«Pare, Escute, Olhe» vence DocLisboa

nuno29

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O documentário «Pare, Escute, Olhe», de Jorge Pelicano, foi o grande vencedor da 7.ª edição do festival internacional de cinema DocLisboa, tendo arrecadado dois prémios na competição portuguesa: Melhor Longa-Metragem e Melhor Montagem, e ainda o Prémio Escolas.

«Este é um dia inesquecível para mim», disse Jorge Pelicano, de 32 anos, que subiu três vezes ao palco do pequeno auditório da Culturgest, onde decorreu a sessão de entrega dos prémios, para agradecer as distinções, refere a agência Lusa.

Também este sábado o mesmo documentário de Jorge Pelicano ganhou outro o principal troféu do Festival Internacional de Cinema Ambiente de Seia, o Grande Prémio do Ambiente, atribuído pelo Júri Internacional, o Grande Prémio da Lusofonia e o Prémio Especial da Juventude, arrecadando assim três Campânulas de Ouro, o troféu deste festival.

Concluído este ano, «Pare, Escute e Olhe» constitui uma reflexão sobre o despovoamento e a desertificação provocados pelo encerramento progressivo da linha ferroviária do Tua, que liga Bragança a Mirandela.

O realizador sublinhou que mais importante ainda do que os prémios foi «o facto de este filme ter mexido um pouco com as pessoas».

«A prova disso foi o debate que se seguiu após a exibição do filme, um debate que durou mais de duas horas e meia. Acho que os festivais de documentários servem exactamente para isso, para pôr as pessoas a pensar», defendeu.


E a melhor curta foi...

O filme de Aurora Ribeiro «Passando à de Zé Marôvas», sobre o proprietário de uma loja junto à fronteira de Badajoz que ficou sem clientes depois da construção da auto-estrada, venceu na categoria de Melhor Curta-Metragem.

Na competição portuguesa, patrocinada pela Tobis, foram ainda distinguidos os filmes, «Com que Voz» (Melhor Primeira Obra), de Nicholas Oulman, sobre seu pai, Alan Oulman, compositor que trabalhou de perto com Amália, e «Entrevista com Almiro Vilar da Costa» (Menção Especial para Curta-Metragem), de Sérgio Costa.

Na competição internacional, o prémio de Melhor Longa-Metragem foi para o chinês Zhao Liang, pelo filme «Petition», sobre os peticionários que viajam de toda a China até Pequim para apresentar queixa dos abusos e injustiças cometidos pelas autoridades.

O filme «Mirages», do francês Olivier Dury, venceu o prémio de Melhor Média-Metragem, «10 Min.», do belga Jorge Léon, recebeu o de Melhor Curta-Metragem, e «October Country», dos norte-americanos Michael Palmieri e Donal Mosher, foi distinguido na categoria de Primeira Obra.

Além do Prémio Escolas, o Instituto Português da Juventude (IPJ) patrocinou ainda o Prémio Universidades, que foi para «Hasta la Vitoria», de Chris Guidotti e Matteo Besomi.

Na categoria Investigações, de entre os 13 filmes exibidos, foi distinguido o documentário «The Revolution That Wasn`t», de Aliona Polunina, sobre ex-revolucionários veteranos que querem tomar o poder na Rússia de 2007, um ano antes das eleições presidenciais.

iol
 
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