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Álvaro Barreirinhas Cunhal

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Álvaro Cunhal
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Álvaro Barreirinhas Cunhal (Coimbra, 10 de Novembro de 1913 — Lisboa, 13 de Junho de 2005) foi um político e escritor português, conhecido por ser um dos mais importantes resistentes ao Estado Novo, e ter dedicado a vida ao seu ideal comunista.



Biografia

Juventude
Álvaro Cunhal nasceu em Coimbra (na freguesia da Sé Nova), filho de Avelino Henriques da Costa Cunhal, advogado, liberal e republicano, natural de Seia, e de Mercedes Simões Ferreira Barreirinhas Cunhal, católica fervorosa.

A sua infância decorreu em Seia. O pai retirou-o da escola primária porque não queria que o filho «aprendesse com uma professora primária autoritária e a menina-de-cinco-olhos» [1]

Com 11 anos, Cunhal mudou-se com a família para Lisboa, onde fez os seus estudos secundários tendo seguidamente ingressado na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde iniciou a sua actividade revolucionária.

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Em 1931, com dezassete anos, filia-se no Partido Comunista Português (PCP) e integra a Liga dos Amigos da URSS e o Socorro Vermelho Internacional.

Em 1934, é eleito representante dos estudantes no Senado da Universidade de Lisboa.

Em 1935 é eleito secretário-geral da Federação das Juventudes Comunistas.

Em 1936, após uma visita à URSS, é cooptado para o Comité Central do Partido Comunista.

Ao longo da década de 30, Cunhal foi colaborador de vários jornais e revistas como a Seara Nova e o O Diabo, e nas publicações clandestinas do PCP, o Avante e o Militante, onde escreveu artigos de intervenção política e ideológica.

Em 1940, Cunhal é escoltado pela polícia à Faculdade de Direito, onde apresenta a sua tese de licenciatura em Direito, sobre a temática do aborto e a sua despenalização, tema pouco vulgar para a época em questão. A sua tese, apesar do contexto político pouco favorável, foi classificada com 16 valores (num máximo de 20 possíveis).


Oposição ao Estado Novo

Devido aos seus ideais comunistas e à sua assumida e militante oposição ao Estado Novo, esteve preso em 1937, 1940 e 1949-1960, num total de 13 anos, 8 dos quais em completo isolamento. A 3 de Janeiro de 1960, Cunhal, juntamente com outros camaradas, todos quadros destacados do PCP, protagonizaram a célebre fuga da prisão-fortaleza de Peniche possível graças a um planeamento muito rigoroso e uma grande coordenação entre o exterior e o interior da prisão.

Em 1962 é enviado pelo PCP para o estrangeiro, primeiro para Moscovo, depois para Paris.

Ocupou o cargo de secretário-geral do Partido Comunista Português, sucedendo a Bento Gonçalves, entre 1961 e 1992, tendo sido substituído por Carlos Carvalhas.

Em 1968 Álvaro Cunhal presidiu à Conferência dos Partidos Comunistas da Europa Ocidental, o que é revelador da influência que já nessa altura detinha no movimento comunista internacional. Neste encontro, mostrou-se um dos mais firmes apoiantes da invasão da então Checoslováquia pelos tanques do Pacto de Varsóvia, ocorrida nesse mesmo ano.


Após o 25 de Abril

Regressou a Portugal cinco dias depois do 25 de Abril de 1974.

Foi ministro sem pasta no I, II, III e IV governos provisórios e também deputado à Assembleia da República entre 1975 e 1992.

Em 1982, tornou-se membro do Conselho de Estado, abandonando estas funções dez anos depois, quando saiu da liderança do PCP.

Além das suas funções na direcção partidária, foi romancista e pintor, escrevendo sob o pseudónimo de Manuel Tiago, o que só revelou em 1995.

Nos últimos anos da sua vida sofreu de glaucoma, acabando por cegar.

Faleceu em 13 de Junho de 2005, em Lisboa, e no seu funeral (a 15 de Junho), participaram mais de 250.000 pessoas[carece de fontes?]. Por sua vontade, o corpo foi cremado.

Deixou como descendência uma filha, Ana Cunhal, nascida em 25 de Dezembro de 1960, fruto da sua relação com Isaura Maria Moreira.

Álvaro Cunhal fica na memória como um revolucionário que nunca abdicou do seu ideal.

Obras

Colectâneas
Obras escolhidas. Lisboa, Editorial «Avante!», vol I (1935-1947), 2007. Coordenação, prefácio e notas de Francisco Melo. ISBN 978-972-550-321-8.


Intervenção política e ensaio

O Aborto: Causas e Soluções (tese apresentada em 1940 para exame no 5.º ano jurídico da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa). Porto, Campo das Letras, 1997.
Rumo à Vitória: As Tarefas do Partido na Revolução Democrática e Nacional, Edições Avante!, 1964, duas edições clandestinas. 3.ª ed., Porto, Edições "A Opinião", 1974. Lisboa, Edições Avante!, 4.ª ed., 1979.
A Questão Agrária em Portugal. Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira, 1968. Reeditado após 1974 como:
Contribuição Para o Estudo da Questão Agrária"". Lisboa, Editorial «Avante!», 2 vols., 1976.
O Radicalismo Pequeno-Burguês de Fachada Socialista, Edições Avante! (2 edições clandestinas, 1970 e 1971, 3.ª edição, 1974).
A Revolução Portuguesa: O Passado e o Futuro. Lisboa, Edições Avante! (1.ª edição, 1976, 2.ª edição, 1994 (Inclui o artigo A revolução portuguesa 20 Anos Depois).
As Lutas de Classes em Portugal nos Fins da Idade Média. Lisboa, Editorial Estampa, 2.ª edição revista e aumentada, 1980.
O Partido com Paredes de Vidro. Lisboa, Edições Avante!, 1985.
Discursos Políticos - 22 volumes, (1974-1987).
Acção Revolucionária, Capitulações e Aventura. Lisboa, Edições Avante!, 1994.
A Arte, o Artista e a Sociedade, Lisboa, Editorial Caminho, 1996. ISBN: 972-21-1068-3.
A Verdade e a Mentira na Revolução de Abril: A Contra-Revolução Confessa-se). Lisboa, Edições Avante!, 1999;

Literatura

Autor de vários romances e novelas, publicados sob o pseudónimo de Manuel Tiago.

Até Amanhã, Camaradas. Lisboa, Edições Avante!
Adaptado como série televisiva pela SIC.
Cinco Dias, Cinco Noites. Lisboa, Edições Avante!
Em 1996 foi produzido um filme baseado nesta obra pelo realizador José Fonseca e Costa.
A Estrela de Seis Pontas. Lisboa, Edições Avante!
A Casa de Eulália. Lisboa, Edições Avante!
Fronteiras. Lisboa, Edições Avante!, 1998.
Um Risco na Areia. Lisboa, Edições Avante!, 2000.
Sala 3 e Outros Contos. Lisboa, Edições Avante!, 2001.
Os Corrécios e Outros Contos. Lisboa, Edições Avante!, 2002.
Lutas e vidas: Um Conto. Lisboa, Edições Avante!, 2003.



 
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