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Ópera baseada em obra de García Márquez estreia em Inglaterra
A ópera do húngaro Peter Eotvos baseada em «Do amor e outros demónios», de Gabriel García Márquez, estreia-se dia 10 e tem, segundo o compositor, uma música «muito dramática» e com «uma carga emocional muito forte».
O cenário da estreia será o do festival de Glyndebourne (sul de Inglaterra).
Cada uma das personagens é «uma unidade dramática de enorme expressividade», explicou Eotvos, que tem nesta a sua quinta ópera, depois de «As três irmãs» (Tchekhov), «A varanda» (Genet), «Anjos na América» (Kushner) e «Lady Sarashina» (do diário de uma dama da Corte no Japão medieval), estreada com êxito em Lyon (Gtança)
O compositor, que colaborou estreitamente com Karlheinz Stockhausen e Pierre Boulez e tem utilizado instrumentos electrónicos em algumas das suas composições, assinalou ser sua preocupação, sempre, separar a composição sinfónica da operística, que «se rege por outras leis».
«Utilizam-se outras cores, outra divisão do tempo e a dramaturgia também é diferente», precisou.
No caso do relato de García Márquez, o que o decidiu foi a história de amor entre Sierva María, a menina de 12 anos mordida por um cão e que se acredita estar endemoninhada, e Cayetano Delaura, o discípulo do bispo local.
Eötvös, que leu García Márquez em húngaro, referiu que toda a obra novelística do Nobel colombiano é muito conhecida na Hungria através de excelentes traduções.
«García Márquez - observou - é muito apreciado no meu país. O mundo fantástico que reflecte nas suas obras está muito próximo da cultura húngara e do leste da Europa em geral».
Segundo o compositor, colaboraram com ele na direcção musical o russo Vladimir Jurowski e na direcção cénica o romeno Silvio Purcarete, pertencendo os três a «um mesmo círculo cultural, que sente muito próximo o mundo de García Márquez».
A ópera será cantada em inglês, língua escolhida por Eotvos «para facilitar a compreensão do público», embora se utilizem também o yoruba (idioma da Nigéria), para a escrava Dominga e algumas outras personagens, e o castelhano, na recitação de versos de Garcilaso de la Vega.
«Será uma ópera de amor muito emocional, que o público poderá seguir com facilidade também do ponto de vista musical», assegurou o músico.
Diário Digital / Lusa
A ópera do húngaro Peter Eotvos baseada em «Do amor e outros demónios», de Gabriel García Márquez, estreia-se dia 10 e tem, segundo o compositor, uma música «muito dramática» e com «uma carga emocional muito forte».
O cenário da estreia será o do festival de Glyndebourne (sul de Inglaterra).
Cada uma das personagens é «uma unidade dramática de enorme expressividade», explicou Eotvos, que tem nesta a sua quinta ópera, depois de «As três irmãs» (Tchekhov), «A varanda» (Genet), «Anjos na América» (Kushner) e «Lady Sarashina» (do diário de uma dama da Corte no Japão medieval), estreada com êxito em Lyon (Gtança)
O compositor, que colaborou estreitamente com Karlheinz Stockhausen e Pierre Boulez e tem utilizado instrumentos electrónicos em algumas das suas composições, assinalou ser sua preocupação, sempre, separar a composição sinfónica da operística, que «se rege por outras leis».
«Utilizam-se outras cores, outra divisão do tempo e a dramaturgia também é diferente», precisou.
No caso do relato de García Márquez, o que o decidiu foi a história de amor entre Sierva María, a menina de 12 anos mordida por um cão e que se acredita estar endemoninhada, e Cayetano Delaura, o discípulo do bispo local.
Eötvös, que leu García Márquez em húngaro, referiu que toda a obra novelística do Nobel colombiano é muito conhecida na Hungria através de excelentes traduções.
«García Márquez - observou - é muito apreciado no meu país. O mundo fantástico que reflecte nas suas obras está muito próximo da cultura húngara e do leste da Europa em geral».
Segundo o compositor, colaboraram com ele na direcção musical o russo Vladimir Jurowski e na direcção cénica o romeno Silvio Purcarete, pertencendo os três a «um mesmo círculo cultural, que sente muito próximo o mundo de García Márquez».
A ópera será cantada em inglês, língua escolhida por Eotvos «para facilitar a compreensão do público», embora se utilizem também o yoruba (idioma da Nigéria), para a escrava Dominga e algumas outras personagens, e o castelhano, na recitação de versos de Garcilaso de la Vega.
«Será uma ópera de amor muito emocional, que o público poderá seguir com facilidade também do ponto de vista musical», assegurou o músico.
Diário Digital / Lusa