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- Nov 17, 2008
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00h46m:espi28:
J.N. PEDRO VILA CHÃ
"Quero mostrar-vos a alma por trás da realidade." A proposta é do pintor Óscar Casares, que volta à ribalta com um quadro da cantora pop Madonna, a apresentar na Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Florença, de 5 a 13 de Dezembro.
O artista plástico bracarense foi o único português convidado pelo comité internacional da bienal, em Setembro de 2008.
Madonna foi-se mantendo a par do processo artístico e logístico da obra (com 260 centímetros por 180), sendo premissa do autor que a pintura que apresenta é "um apelo para a arte que intervém na vida social, na liberdade, na imaginação, na fantasia, na descoberta e no sonho".
O processo criativo é descrito por Óscar como um ovo que se transforma em larva e, depois, em borboleta e voa. O processo como criação, transformação e mudança. Tendo a capacidade para aceitar essa transformação.
Óscar já havia experimentado a recriação de divas da actualidade com a pintura de Nicole Kidman, uma obra que teve o melhor acolhimento internacional, após um rocambolesco processo de transporte até à Austrália, com desvios de itinerário até chegar à posse da actriz que, ante a obra, rendeu-se à fidelidade da recriação. Essa percepção foi transversal aos críticos de arte, com as referências ao artista a dispararem exponencialmente nos sítios da net que se dedicam a estas questões, como o "artbreak".
Madonna vestida de vermelho, para incarnar a virilidade, feminismo e dinamismo, pelo calor que a cor encerra, impondo-se na vida e na excitação. Mas essa é, também, a cor que representa a fé de Madonna na Kabbalah.
"A pintura apresenta uma Madonna com a natureza selvagem, afirmando-se ela própria como uma líder felina que continuamente planeia a sua próxima emboscada. Ela possui um exótico e inato talento e uma beleza graciosa com aparência charmosa. Em tempo algum ela será orgulhosa, autoritária e desagrada-lhe ser contrariada", descreve Óscar Casares, no catálogo que acompanha a obra.
Madonna, segundo Óscar, caracteriza-se como extrovertida e uma pessoa com elevado potencial artístico e criativo que revela os seus desejos e preocupações com muita intensidade. Mas o pintor foi mais longe, retratando o lado em que a artista se recolhe na solidão reflexiva e estudo, onde ganha espaço a dificuldade em manifestar afectos. Onde transmite a impressão de demasiada seriedade e frieza, mas que são falaciosos. "Ela tem vergonha em demonstrar amor pelos outros", resume. A sedução de Óscar assenta no "poder de comunicação de Madonna. A sua voz cativa milhões".
J.N. PEDRO VILA CHÃ
"Quero mostrar-vos a alma por trás da realidade." A proposta é do pintor Óscar Casares, que volta à ribalta com um quadro da cantora pop Madonna, a apresentar na Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Florença, de 5 a 13 de Dezembro.
O artista plástico bracarense foi o único português convidado pelo comité internacional da bienal, em Setembro de 2008.
Madonna foi-se mantendo a par do processo artístico e logístico da obra (com 260 centímetros por 180), sendo premissa do autor que a pintura que apresenta é "um apelo para a arte que intervém na vida social, na liberdade, na imaginação, na fantasia, na descoberta e no sonho".
O processo criativo é descrito por Óscar como um ovo que se transforma em larva e, depois, em borboleta e voa. O processo como criação, transformação e mudança. Tendo a capacidade para aceitar essa transformação.
Óscar já havia experimentado a recriação de divas da actualidade com a pintura de Nicole Kidman, uma obra que teve o melhor acolhimento internacional, após um rocambolesco processo de transporte até à Austrália, com desvios de itinerário até chegar à posse da actriz que, ante a obra, rendeu-se à fidelidade da recriação. Essa percepção foi transversal aos críticos de arte, com as referências ao artista a dispararem exponencialmente nos sítios da net que se dedicam a estas questões, como o "artbreak".
Madonna vestida de vermelho, para incarnar a virilidade, feminismo e dinamismo, pelo calor que a cor encerra, impondo-se na vida e na excitação. Mas essa é, também, a cor que representa a fé de Madonna na Kabbalah.
"A pintura apresenta uma Madonna com a natureza selvagem, afirmando-se ela própria como uma líder felina que continuamente planeia a sua próxima emboscada. Ela possui um exótico e inato talento e uma beleza graciosa com aparência charmosa. Em tempo algum ela será orgulhosa, autoritária e desagrada-lhe ser contrariada", descreve Óscar Casares, no catálogo que acompanha a obra.
Madonna, segundo Óscar, caracteriza-se como extrovertida e uma pessoa com elevado potencial artístico e criativo que revela os seus desejos e preocupações com muita intensidade. Mas o pintor foi mais longe, retratando o lado em que a artista se recolhe na solidão reflexiva e estudo, onde ganha espaço a dificuldade em manifestar afectos. Onde transmite a impressão de demasiada seriedade e frieza, mas que são falaciosos. "Ela tem vergonha em demonstrar amor pelos outros", resume. A sedução de Óscar assenta no "poder de comunicação de Madonna. A sua voz cativa milhões".