billshcot
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A mãe da criança de cinco anos que ficou sem almoço na EB1/Jardim de Infância da Abelheira, Quarteira, garante que apenas falhou o pagamento dos almoços da filha porque "à hora que sai do trabalho a secretaria da escola já está fechada".
Teresa Francisco reage assim às acusações da direcção do Agrupamento de Escolas Drª Laura Ayres, que a considera responsável pela situação. "Trabalho das 09h00 às 17h00 e pediram-me para ir buscar a minha filha às 11h30. Eu avisei que estava a trabalhar e não podia mesmo ir buscá-la. No dia seguinte, tive de pedir a uma colega para ir lá pagar a dívida." Assume que a criança não esteve no refeitório a ver os colegas a comer, mas continua a criticar a decisão da directora Conceição Bernardes. "É humilhante porque os colegas foram almoçar ao refeitório e ela ficou na sala a comer uma sandes", considera.
A criança, de origem angolana, está inserida no escalão B e só paga metade do almoço, que custa 1,46 euros. "A minha filha não almoçou apenas por 73 cêntimos", lamentou.
Segundo José Joaquim Pedreira, da Associação de Pais e Encarregados de Educação, estão a ser feitos esforços para se "perceber qual o contexto familiar" e, se for necessário, "a criança pode passar para o escalão A", em que as refeições são gratuitas. Já o presidente da Junta de Quarteira, José Mendes, entende que "a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens devia ter sido avisada antes de ser cortado o almoço".
FUNCIONÁRIOS LEVAM COMIDA
A comida que sobra nas cantinas do Agrupamento de Escolas Drª Laura Ayres é "levada para casa pelos funcionários ou por alunos carenciados, para não ir para o lixo", referiu ao CM o presidente da Junta de Quarteira, José Mendes, que anteontem questionou a directora, Conceição Bernardes, no conselho geral do agrupamento.
"Como esses alimentos não podem ser armazenados de um dia para o outro é muitas vezes impossível entregá-los a instituições de solidariedade, apesar de ter sido feita essa oferta", explica o autarca.
José Joaquim Pedreira, da Associação de Pais e Encarregados de Educação, garante mesmo que "é frequente" os alunos levarem refeições para casa.
Nas restantes escolas do Algarve, segundo o director regional de Educação, Alberto Almeida, "a comida que sobra é distribuída normalmente por alunos ou pessoas carenciadas e referenciadas pelas instituições".
NOVA PETIÇÃO NA INTERNET PARA APOIAR DIRECTORA
Foi criada ontem na internet uma petição para apoiar a directora do Agrupamento de Escolas Drª Laura Ayres, Conceição Bernardes. À hora de fecho desta edição, contava com cerca de 270 subscrições. Contactado pelo CM, José Joaquim Pedreira, da Associação de Pais e Encarregados de Educação, garantiu que a "moção de confiança não partiu da associação, mas que, "juntamente com muitos outros pais, já a assinou".
Por coincidência foi ontem retirada a petição que exigia a demissão da directora, Conceição Bernardes.
cm
Teresa Francisco reage assim às acusações da direcção do Agrupamento de Escolas Drª Laura Ayres, que a considera responsável pela situação. "Trabalho das 09h00 às 17h00 e pediram-me para ir buscar a minha filha às 11h30. Eu avisei que estava a trabalhar e não podia mesmo ir buscá-la. No dia seguinte, tive de pedir a uma colega para ir lá pagar a dívida." Assume que a criança não esteve no refeitório a ver os colegas a comer, mas continua a criticar a decisão da directora Conceição Bernardes. "É humilhante porque os colegas foram almoçar ao refeitório e ela ficou na sala a comer uma sandes", considera.
A criança, de origem angolana, está inserida no escalão B e só paga metade do almoço, que custa 1,46 euros. "A minha filha não almoçou apenas por 73 cêntimos", lamentou.
Segundo José Joaquim Pedreira, da Associação de Pais e Encarregados de Educação, estão a ser feitos esforços para se "perceber qual o contexto familiar" e, se for necessário, "a criança pode passar para o escalão A", em que as refeições são gratuitas. Já o presidente da Junta de Quarteira, José Mendes, entende que "a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens devia ter sido avisada antes de ser cortado o almoço".
FUNCIONÁRIOS LEVAM COMIDA
A comida que sobra nas cantinas do Agrupamento de Escolas Drª Laura Ayres é "levada para casa pelos funcionários ou por alunos carenciados, para não ir para o lixo", referiu ao CM o presidente da Junta de Quarteira, José Mendes, que anteontem questionou a directora, Conceição Bernardes, no conselho geral do agrupamento.
"Como esses alimentos não podem ser armazenados de um dia para o outro é muitas vezes impossível entregá-los a instituições de solidariedade, apesar de ter sido feita essa oferta", explica o autarca.
José Joaquim Pedreira, da Associação de Pais e Encarregados de Educação, garante mesmo que "é frequente" os alunos levarem refeições para casa.
Nas restantes escolas do Algarve, segundo o director regional de Educação, Alberto Almeida, "a comida que sobra é distribuída normalmente por alunos ou pessoas carenciadas e referenciadas pelas instituições".
NOVA PETIÇÃO NA INTERNET PARA APOIAR DIRECTORA
Foi criada ontem na internet uma petição para apoiar a directora do Agrupamento de Escolas Drª Laura Ayres, Conceição Bernardes. À hora de fecho desta edição, contava com cerca de 270 subscrições. Contactado pelo CM, José Joaquim Pedreira, da Associação de Pais e Encarregados de Educação, garantiu que a "moção de confiança não partiu da associação, mas que, "juntamente com muitos outros pais, já a assinou".
Por coincidência foi ontem retirada a petição que exigia a demissão da directora, Conceição Bernardes.
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