“Se querem mudar o contrato da colecção têm de vir com uma proposta”

billshcot

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Nov 10, 2010
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O coleccionador diz-se disponível para negociar com o Estado, mas farto de lidar com os políticos.

A relação entre o Estado e Joe Berardo continua tensa, com o primeiro a querer, alegadamente, renegociar o acordo que mantém a Colecção Berardo no espaço do Centro Cultural de Belém. O empresário afirma-se tranquilo, mandando à tutela o recado de que não negoceia contratos pela televisão. No que toca à arte, continua a coleccionar e a investir, mas em nome próprio e não para o espólio que está em exibição em Lisboa.

O actual secretário de Estado da Cultura falou recentemente no que considera serem "cláusulas excessivas" no contracto com o Governo para a colecção Berardo. Já estão em negociações?


Existe um contrato que tem de ser respeitado. Isto é uma lei, que foi aprovada no Parlamento. Se eles querem mudar alguma coisa têm de se sentar. Não é pela televisão. Ainda na semana passada tivemos a reunião dos fundadores e o secretário de Estado diz que vai estudar os estatutos para vermos se podemos rever.


Mas qual é afinal o descontentamento do Estado? O que é que está em causa concretamente? Querem começar a cobrar as entradas? Alterar a cláusula sobre a opção de compra?


Eles estavam a pensar que iam começar a negociar a extensão [do prazo para a opção de compra do Estado]. Como é que eu posso fazer isso? Ainda faltam quatro anos. Nem sei que Governo é que vai cá estar nessa altura. Eu tenho um acordo. Se a colecção não estiver aqui, o museu vai ficar abandonado porque eles não têm dinheiro para pôr outras colecções aqui.

Já disse, por diversas vezes, que não preciso que me façam nenhum favor. Se acham que não querem a colecção aqui porque é dispendioso...

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