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A Estrela do Natal e a Constelação Orgulhosa

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Fev 29, 2008
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Seis estrelas se encontram em uma galáxia qualquer no infinito. As

estrelas formam um semicírculo. Um pouco afastada, encolhida, está a

estrela Branca. Atrás, ocupando toda a extensão, a estrela Negra. Cada qual

com sua cor, representando os anos-luz de existência.

Suscitou-se entre as cinco estrelas uma contenda sobre qual delas

seria a maior.

-Sou a estrela Verde. Simplesmente a mais jovem, explosiva e

formosa. A força da juventude interplanetária.

-Sou a Amarela. Ninguém pode viver sem a minha presença mágica.

Em torno de mim giram a terra e os outros planetas, estes astros sem luz

própria. Minha luz leva oito minutos e meio para atingir a terra. Sou a

claridade de cada manhã!

-Como podem percebem sou a estrela Azul. Já penetrei quase todo o

universo. Jamais encontrei alguém que tenha o brilho superior ao meu!

-Eu a Vermelha, simplesmente sou a mais forte! Pelo super poder da

minha cor tenho coragem de lutar e vencer a escuridão entre as galáxias.

Sou a guia dos guerreiros vencedores.

-Sou a Negra. Uma estrela circumpolar de primeira grandeza, maior

que o sol, que é um milhão de vezes maior que a terra dos humanos. Meu

tamanho é descomunal, adornando todo o infinito. Meninas, vocês brilham

sob meu corpo!

A estrela Branca continua recolhida, indiferente a arrogância das

companheiras, observando um rastro luminoso de um cometa.

-E você branquinha, não fala nada? – perguntou a Vermelha.

-Além de ser a última fase de uma estrela, ainda é surda e muda! –

exclamou a Verde.

-Coitadinha! Ela é tão velhinha! Perdeu toda luz, brilha menos que

um vaga-lume! – disse a Negra com sua voz de trovão.

- Reaja vovozinha! – gritou a Azul.

- O seu recanto é o cemitério das estrelas decadentes. Você apagou e

esqueceu de cair. – comentou a Amarela.

A Branca ergue-se e, quase chorando, com ternura diz:

-Queridas amigas, vocês têm toda razão. Já estou velha, passei por

todos estágios da vida: verde, amarela, azul, vermelha e até negra! Hoje sou

branca como a neve…

-O que você quer dizer, desbotada? – indignada, perguntou a

Vermelha.

-Que todas serão assim como eu: sem combustível e não emitindo

mais radiação. Infelizmente é o ciclo natural da vida.

- Pois eu sou o que quero ser, sempre azul!

- Eu também… – disse a Verde.

-Nós somos unidas e orgulhosas por sermos maravilhosas, cinco

estrelas soberanas. Você é uma estrela solitária do deserto Saara. Ninguém

percebe sua presença. – comentou a Negra.

-Quem é você afinal, para nos dar lição de moral? – indagou a

Amarela.

- Contarei minha história: “Tendo Jesus nascido em Belém de Judéia,

eis que uns magos vieram a Jerusalém. Vendo eles a estrela, alegraram-se.

A estrela que tinham visto no oriente, ia adiante deles, até que, se deteve

sobre o lugar onde estava o Prometido”. Entre quintilhões de estrelas, eu fui

escolhida para esta missão sublime.

- Então você é a divina, a consagrada? – debochou a Amarela.

- Assim predestinou Deus… Poderia ser qualquer uma de nós, mas o

Criador achou graça em mim. Assim como escolheu Maria para conceder

vida ao Rei.

-Você é famosa, tem sua história narrada na Bíblia, o livro mais

importante e verídico da Terra! – exclamou a Verde.

- Você quer dizer que é tudo isso e nós nada? – perguntou a Negra.

-Eu quero dizer que mesmo sendo tão diferentes, somos iguais nas

mãos do Senhor do universo.

- Entendo! É a rainha da humildade! - zombou a Vermelha.

- Nós não dávamos nada por você… Achávamos, erroneamente, que

não teria valor. Jamais devemos julgar o semelhante sem conhecimento.

Vejo o quanto estávamos enganadas… – comentou a Azul.

-Estamos felizes por ter você ao nosso lado. Mas a sua luz é tão

fraquinha! Como conseguiu brilhar tanto como nem uma outra estrela já

brilhou? – perguntou a Amarela.

-Neste majestoso dia eu era a lanterna da esperança, dissipando as

trevas, anunciando as boas-novas ao povo cristão. Minha luz era poderosa,

um astro multicolor assim como o arco-íris. Esgotei toda força luminária,

descarreguei todo potencial energético, guiando os magos que ofertaram ao

rebento as mais valiosas dádivas. Eu ofertei toda minha energia.

- Em nome da nossa constelação imploramos perdão pela nossa tola

maneira de falar e agir – disse a Amarela.

- Sim! Como líder, declaro nossa união, igualdade e respeito mútuo –

disse a Negra.

- Não há o que perdoar… A minha maior felicidade é ouví-las

proclamarem tão belas palavras de amor – disse a Branca.

- Que legal! Temos em nosso meio um super star! – exclamou a

Amarela.

- Alegrai-vos, temos motivos de grande júbilo! – gritou a Vermelha.

-Vamos festejar esta noite com um brilho de luzes e cores jamais

visto pelos olhos humanos, com uma chuva estrelar. Afinal, hoje é natal! O

mesmo que nossa querida Branca anunciou a vinte é um século passado –

disse a Azul.

-Portanto, aquele que se tornar humilde como uma estrelinha, este

será o maior no reino celestial – disse a Branca.

Contemplamos nas alturas não uma estrela, mas, inumeráveis

exércitos de estrelas proclamando a presença de Deus. “Olha para os céus e

conta as estrelas, se é que podes”.
 
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