A importância dos materiais

helldanger1

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Feita que está a introdução ao buldo, bem como uma primeira abordagem das características que devem possuir cana e carreto, debrucemo-nos agora sobre as montagens em que incluímos a bóia de água, o bulrag, as amostras e todo um conjunto de acessórios considerado necessário.

Para que os lançamentos possam ser efectuados é necessário que algo com peso faça funcionar a cana e simultaneamente reboque a amostra. Esta dupla tarefa é cumprida pela bóia de água ou pelo bulrag.

Existem disponíveis no mercado bóias de água de diferentes formas, tamanhos e cores. A forma simultaneamente mais aéreo e aquadinâmica, é a oval, sendo por isso mesmo a mais utilizada, geralmente nas dimensões 3, 4 ou 5, consoante o peso que pretendemos lançar. Quanto à coloração, esta deve ser escolhida em função das condições em que se pesca e da maior ou menor necessidade de controle visual em acção de pesca.

Mais pratico e eficaz que a bóia de água, é o já referido bulrag, fabricado em material plástico maciço e indestrutível, pode resistir aos choques mais violentos, como aqueles que frequentemente ocorrem quando pescamos em zonas. Onde há afloramentos rochosos, que pretendemos explorar em busca dos predadores.

O bulrag possui a forma de um ovo, oferecendo reduzida resistência ao ar proporcionando lançamentos mais longos e mais precisos. Pode ainda dizer-se que o bulrag está sempre pronto a utilizar, pois não é necessário perder tempo a enchê-lo, possuindo peso e volume constantes.

De origem, os bulrag trazem já montados dois destorcedores de boa qualidade, um destinado a receber a linha do carreto e outro ao estralho da amostra, o que diminui consideravelmente o risco de embaraçamento.

As cores em que os bulrag são fabricados são o laranja, o amarelo, o branco e o verde fosforescente, com pesos de 30g, 40g, 60g, 80g, e 100g, cobrindo assim praticamente a totalidade das necessidades que as mais diversas condições de pesca exigem.

Em acção de pesca, nomeadamente na recuperação, é necessário provocar ruídos que possam provocar a excitação dos predadores. Este efeito consegue-se efectuando "sacadas" enérgicas e curtas, que para além do barulho, vão fazer com que a água salte à superfície, produzindo-se assim um efeito semelhante ao de um cardume de pequenos peixes, (comedia), em pânico ao ser atacado pelo predador. As amostras utilizadas no buldo, são de uma forma geral muito flexíveis, praticamente sem peso, o que impossibilita o seu lançamento sem a ajuda do bulrag, excepção feita a algumas montagens em que se utilizam cabeçotes em chumbo.

De uma forma geral, estas amostras pretendem imitar as galeotas, também conhecidas como "enguias da areia e fura chão", pela forma fácil e rápida com que se escondem nos fundos arenosos. Entre a grande diversidade de amostras existente no mercado, a "raglou" fabricada pela "Ragot" pretende imitar a referida galeota, pequeno peixe que os predadores em geral e o robalo em particular tanto "aprecia".

As amostras "raglou" estão disponíveis em mais de quinze cores e decorações diferentes, em tamanhos que vão dos 5,5cm aos 16cm, já montados com anzol. Contudo, e caso seja necessário substitui-lo, sugere-se a utilização dos anzóis "Mustad", em aço inoxidável, ref. 34007.

Sugere-se que os fios escolhidos para confeccionar os estralhos e montagens, devam ser de excelente qualidade e o mais finos possível, de forma a que as amostras possam trabalhar com naturalidade.

Nesta técnica de pesca, tudo é importante, desde o material até as montagens, passando pela escolha dos pesqueiros, mas factor decisivo é a atitude do pescador, na sua capacidade de observar e discernir, disponível a uma permanente aquisição de conhecimentos, pois, no buldo como em outras técnicas de pesca a evolução é contínua.

Fonte:Jorge Barreto
 
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