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As simulações compararam inúmeras possibilidades, envolvendo desde a ida direta a Marte, preconizada pela NASA, até paradas nas luas do planeta.
[Imagem: Takuto Ishimatsu et al.]
Estação Lua
Oficialmente, a NASA reconhece que ir a Marte é um sonho distante, pois com os estudos mais optimistas prevê-se essa possibilidade de o homem chegar a Marte por volta de 2040.
Na parte do marketing, a agência norte-americana mantém a atenção divulgando uma vez por outra planos bastante genéricos para chegar a Marte.
Contudo, um novo modelo desenvolvido por Takuto Ishimatsu e os seus colegas do MIT, concluiu que o melhor caminho para uma missão rumo a Marte é contar com uma central de produção de combustível e um posto de reabastecimento na Lua.
O modelo baseia-se em estudos, que sugeriram que o solo lunar e o gelo de água em certas crateras da Lua poderiam ser extraídos e reconvertidos em combustível para foguetes - europeus e russos estão prestes a testar essas hipóteses, com a missão Luna 27, enquanto o projeto norte-americano mais avançado nesse sentido é o robô Polaris, projetado para procurar água na Lua.
Assumindo que esses recursos sejam encontrados na Lua, e as tecnologias para sua exploração estejam desenvolvidas no momento de uma missão a Marte, o grupo do MIT conclui que fazer uma paragem na Lua para reabastecer, reduziria reduziria os custos da missão em 68% no momento do lançamento.
A NASA já possui planos para construir centrais nucleares na Lua e em Marte,
assim como vários projetos para instalar uma Estação Espacial Lunar, mas nenhum com agenda definida.
[Imagem: NASA]
Reabastecimento no espaço
As simulações compararam inúmeras possibilidades, envolvendo desde a ida directa a Marte, preconizada pela NASA, até paragens nas luas do planeta, sempre tentando diminuir o peso da carga dos foguetes a serem lançados da Terra - um elemento-chave na determinação do custo das missões de exploração espacial.
A rota mais eficiente envolve o lançamento de uma tripulação da Terra com combustível suficiente apenas para entrar em órbita e alcançar as naves-tanque que seriam lançadas a partir de uma central de produção de combustível na superfície da Lua.
Essas naves ficariam estacionadas em pontos de equilíbrio gravitacional, conhecidos como Pontos de Lagrange.
"O nosso objetivo final é colonizar Marte e estabelecer uma presença humana permanente autos sustentável lá," disse Ishimatsu.
"No entanto e igualmente importante, eu acredito que nós precisamos 'pavimentar a estrada' no espaço para que possamos viajar entre corpos planetários de uma forma acessível."
"A optimização sugere que a Lua poderia desempenhar um papel importante para nos levar para Marte repetidamente de forma sustentável," acrescentou Olivier de Weck, coautor do trabalho.
"As pessoas sugeriram isso antes, mas nós acreditamos que este é o primeiro trabalho que mostra matematicamente por que essa é a resposta correta."
Planos e projetos
Apesar de uma proposta deste tipo não estar nos projetos preferidos da NASA, a agência espacial já possui planos para construir centrais nucleares na Lua e em Marte, assim como vários projetos para instalar uma Estação Espacial Lunar.
Além disso, a NASA já está a testar o primeiro posto de abastecimento espacial, para encher os depósitos de satélites artificiais.