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A principal falha nas negociações governo/PSD

gatusko

GF Ouro
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Em termos financeiros, a opção sobre o BPN foi um erro crasso deste governo de José Sócrates, cujas consequências estão agora, desesperadamente, a transferir para o povo.

Afinal, uma das principais divergências nas conversações entre os "sábios das finanças" que, com a devida distribuição percentual de responsabilidades, um não fica imune quando da sua passagem pelo Governo e o outro, todos sabemos até onde está "entalado" pela sua inércia e sonegação da verdade, foi e é o malfadado caso BPN.

Meus amigos, estamos a falar de 5 biliões de euros!!! (Desculpem-me falar em biliões mas foi assim que me ensinaram na primária e custa-me um pouco a habituar e compreender porque é que há-de ser mil milhões em vez de biliões...) colocados diretamente na sarjeta. Até porque o governo está preparado a administrar mais quatrocentos milhões para depois vender por 180...

Peço desculpa mas, ou sou muito burrinho ou não consigo atingir!...

Ouvi ontem um comentador do Bloco de Esquerda a dizer, e bem, que tanto se falou e fala da compra dos submarinos e, por cada mês que passa é mais o valor de um submarino que se vai...

Enfim, eu que até prefiro discutir outras coisas que me são mais queridas e nem gosto e nem me acho à altura de discutir política e muito menos finanças, porque isso deveria ser colocado a quem para isso se preparou. Mas não posso deixar passar sem comentar esta inexplicável situação.

Em ambos os lados da barricada estão com certeza pessoas inteligentes e competentes mas que terá um peso muito inferior às divergências políticas e ideológicas que teimam em os separar! Entretanto, quem paga é sempre o Zé.

Acabei de ler há pouco que a China se encontra aberta a nos comprar parte da dívida!... Fui a correr para o espelho, retirei os óculos e, felizmente, verifiquei que os meus olhos ainda são mais para o redondo que para o oval Graças a Deus!

A história já nos uniu por mais que uma vez, isso é certo. Inclusive Macau onde estivemos presentes desde meados do sec XV até finais do sec. XX foi para nós um entreposto muito importante para a entrada do comércio na china e, os chineses como agradecimento aos portugueses por, com essa mesma posse, ter-mos evitado a invasão dos Japoneses à china durante a segunda grande guerra ( se a memória não me falha ) . Com a constituição da RPC em meados do sec. XX começaram as negociações para o n/ abandono definitivo em 1999.

Qualquer dia, vou ver os Supermercados Continente com a indicação 大陆 ou o Feira Nova 费拉新星 !!! Assim como Lisboa passará a ser Lisboyn...

Transcrevo artigo do jornal O Público do passado dia 21.





Que escândalo !

Governo quer meter* mais 400 milhões de euros no BPN, para que haja alguém que o possa comprar por 180 milhões !

* depois de já antes haver lançado no banco mais de 4,5 mil milhões !

Então é pertinente esta pergunta:
Como é que este ministro das finanças tem este dinheiro para OFERECER ao potencial comprador do BPN e rejeitou o acordo com o PSD, porque disse não ter possibilidade de cortar na despesa cerca de 450 milhões ?!


Aumento de capital antes da reprivatização

Governo vai meter mais 400 milhões de euros no BPN
21.10.2010

PÚBLICO

O Estado comprometeu-se a meter mais 400 milhões de euros no BPN, através de um aumento de capital a realizar antes de terminar a reprivatização do banco, segundo a documentação entregue aos potenciais interessados na sua compra.


Este aumento de capital só deverá acontecer no próximo ano, atendendo à data expectável da reprivatização, segundo o Jornal de Negócios, que avançou hoje a notícia do aumento de capital.

O preço que o Governo tinha estipulado para a reprivatização do banco (onde vendia apenas a sua rede de balcões) era de 180 milhões de euros, mas não houve interessados. [Agora, para arranjar algum interessado, o Governo injecta-lhe mais 400 milhões !]

Este aumento de capital aumentará o dinheiro que o Estado pôs no banco, directa e indirectamente, para cinco mil milhões de euros, um valor da ordem de grandeza do pacote de austeridade que o Governo ver aprovado na sua proposta de Orçamento do Estado para 2011. [O que quer dizer que aquilo que está ser brutalmente exigido ao povo, corresponde ao erro irresponsável do governo pelos 5.000.000.000 que injectou no banco, sem ter previamente procedido a um rigoroso cálculo do valor global e impacto da medida]

A Moodys emitiu ontem uma com a revisão em baixa da notação de solidez financeira do BPN, de E+ para E, mantendo a notação de risco de crédito mas revelando preocupações sobre a viabilidade do banco – antes de ser conhecida a intenção do Governo de reforçar o capital do banco.

O Negócios lembra que as faltas de capital do BPN rondam actualmente os dois mil milhões de euros, sobretudo devido ao impacto de imparidades associadas ao crédito malparado e à reavaliação em baixa do património imobiliário.
 
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