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- Set 24, 2006
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Abanar da cauda pode indicar o estado emocional do seu cão
Uma equipa de cientistas italianos da Universidade de Trento, que está a estudar a linguagem corporal dos cães, avançou num artigo na revista cientifica Current Biology que o lado para que os cães abanam a cauda pode indiciar o seu estado de espírito a cada momento.
Para realizar este trabalho, os investigadores observaram detalhadamente o comportamento dos animais perante um conjunto de situações, recorrendo a imagens de vídeo em super câmara lenta, para conseguirem ter a percepção dos cães perante cada situação. Para realizar este trabalho, foram utilizados 43 cães, de várias raças e tamanhos, tendo sido avaliado o seu batimento cardíaco, os níveis de ansiedade e a forma como abanavam a cauda, e concluiu-se que existe de facto um fio condutor entre a forma como o fazem e as suas reações e emoções face a cada situação.
Uma das conclusões deste estudo é que os próprios cães reagem de forma diferente, dependendo de como um outro cão a que são apresentados abana a cauda. Sabendo de antemão que os cães tendem a abanar a cauda mais para a direita quando sentem emoções positivas, ou mais para a esquerda quando se sentem ameaçados ou sentem emoções negativas, puderam constatar que os animais detectam esses sinais nos outros cães. Para chegarem a estes resultados, os investigadores puseram os cães a ver imagens de outros cães cujo abanar das caudas era bem claro, o que permitiu concluir que os animais detectam estes sinais sublimes entre si.
Para se saber para que lado os cães abanam a cauda quando acusam esses sentimentos positivos, os animais foram primeiro afastados dos donos, e depois colocados novamente junto destes, e nesse momento os cães abanavam mais a cauda para a direita, baixavam os níveis de ansiedade e mantinham um ritmo cardíaco normal. Por outro lado, quando o mesmo cão era colocado frente a frente com um outro mais agressivo, tendencialmente abanava a cauda mais para a esquerda, ficava mais ansioso e aumentava o ritmo cardíaco.
Estes sinais ajudam a identificar o que se passa no cérebro dos cães e os investigadores puderam assim concluir que, quando o hemisfério direito é activado, o cão abana tendencialmente a cauda para a esquerda, apresentando o animal nesses momentos estados emocionais negativos. Pelo contrário, quando activa o hemisfério esquerdo, abanando a cauda para a direita, os sinais emocionais do cão já são positivos.
Apesar de os resultados serem considerados «espantosos» pelos responsáveis pelo estudo, a verdade é que os investigadores envolvidos não acreditam que este tipo de reação não seja intencional, mas antes que se trata de uma reação automática dos hemisférios perante determinada situação.
Como podem estes resultados ter aplicação prática? Não é fácil, até porque para se aferirem estes resultados foi necessário recorrer às últimas tecnologias ligadas à imagem, mas acreditam os investigadores que os mesmos podem vir a ser aproveitados pelos veterinários, para saberem à partida qual o estado emocional de um animal que estão a observar ou a tratar.
Este estudo, sobre a linguagem corporal dos cães, já vem a decorrer desde há algum tempo e vai continuar a ser feito pela mesma equipa para tentar perceber outros sinais corporais que, embora ténues, possam indicar qual o tipo de reação a outros estímulos.
Bicharada.net
Uma equipa de cientistas italianos da Universidade de Trento, que está a estudar a linguagem corporal dos cães, avançou num artigo na revista cientifica Current Biology que o lado para que os cães abanam a cauda pode indiciar o seu estado de espírito a cada momento.
Para realizar este trabalho, os investigadores observaram detalhadamente o comportamento dos animais perante um conjunto de situações, recorrendo a imagens de vídeo em super câmara lenta, para conseguirem ter a percepção dos cães perante cada situação. Para realizar este trabalho, foram utilizados 43 cães, de várias raças e tamanhos, tendo sido avaliado o seu batimento cardíaco, os níveis de ansiedade e a forma como abanavam a cauda, e concluiu-se que existe de facto um fio condutor entre a forma como o fazem e as suas reações e emoções face a cada situação.
Uma das conclusões deste estudo é que os próprios cães reagem de forma diferente, dependendo de como um outro cão a que são apresentados abana a cauda. Sabendo de antemão que os cães tendem a abanar a cauda mais para a direita quando sentem emoções positivas, ou mais para a esquerda quando se sentem ameaçados ou sentem emoções negativas, puderam constatar que os animais detectam esses sinais nos outros cães. Para chegarem a estes resultados, os investigadores puseram os cães a ver imagens de outros cães cujo abanar das caudas era bem claro, o que permitiu concluir que os animais detectam estes sinais sublimes entre si.
Para se saber para que lado os cães abanam a cauda quando acusam esses sentimentos positivos, os animais foram primeiro afastados dos donos, e depois colocados novamente junto destes, e nesse momento os cães abanavam mais a cauda para a direita, baixavam os níveis de ansiedade e mantinham um ritmo cardíaco normal. Por outro lado, quando o mesmo cão era colocado frente a frente com um outro mais agressivo, tendencialmente abanava a cauda mais para a esquerda, ficava mais ansioso e aumentava o ritmo cardíaco.
Estes sinais ajudam a identificar o que se passa no cérebro dos cães e os investigadores puderam assim concluir que, quando o hemisfério direito é activado, o cão abana tendencialmente a cauda para a esquerda, apresentando o animal nesses momentos estados emocionais negativos. Pelo contrário, quando activa o hemisfério esquerdo, abanando a cauda para a direita, os sinais emocionais do cão já são positivos.
Apesar de os resultados serem considerados «espantosos» pelos responsáveis pelo estudo, a verdade é que os investigadores envolvidos não acreditam que este tipo de reação não seja intencional, mas antes que se trata de uma reação automática dos hemisférios perante determinada situação.
Como podem estes resultados ter aplicação prática? Não é fácil, até porque para se aferirem estes resultados foi necessário recorrer às últimas tecnologias ligadas à imagem, mas acreditam os investigadores que os mesmos podem vir a ser aproveitados pelos veterinários, para saberem à partida qual o estado emocional de um animal que estão a observar ou a tratar.
Este estudo, sobre a linguagem corporal dos cães, já vem a decorrer desde há algum tempo e vai continuar a ser feito pela mesma equipa para tentar perceber outros sinais corporais que, embora ténues, possam indicar qual o tipo de reação a outros estímulos.
Bicharada.net