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Abordagem da Vítima

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Fev 29, 2008
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ABORDAGEM A - B - C - D - E

A (do inglês "Airway" , Vias Respiratórias)Na primeira abordagem pesquise a via aérea da vítima, sem movimentar a cabeça e procure:

1. Elevação da mandíbula com os dedos em gancho.

abordagem_fig1.jpg

1.1. Se a boca abre naturalmente;
1.2. Se existe sangue ou outros fluídos;
1.3. Se existem dentes partidos;
1.4. Se existem próteses dentárias soltas;


2. Abertura da boca com a técnica dos dedos cruzados

abordagem_fig2.jpg

2.1. Uma ligeira tração a região cervical;
2.2. Alinhe a região cervical;
2.3. Efetue a elevação da mandíbula;
2.4. Aplicar um tubo orofaríngeo;
2.5. Aspire se existirem fluídos;


3. Elevação da mandíbula

abordagem_fig3.jpg

3.1. Se ao alinhar a região cervical sentir resistência, não forçar e manter a posição;
3.2. Só aplicar o colar cervical quando a vítima se encontrar devidamente alinhada;
3.3. Aplicar o tubo orofaríngeo somente se a vítima não reagir;
3.4. Efetuar uma aspiração rápida, atenção ao vômito;


B (do inglês "Breathing" , Ventilação)1. Atuação

1.1. Se a vítima não ventila efetue duas insuflações, e verifique a circulação;
1.2. Se a vítima estiver com pulso e não ventilar, efetue uma insuflação cada 5 segundos (adulto), ou 1 insuflação cada 3 segundos (criança)
1.3. Se os ciclos ventilatórios forem inferiores a 10, assista a ventilação;Administrar oxigênio:
1.3.1. Traumatismo simples - 3Lt/m
1.3.2. Traumatismo aberto - 10 Lt/m
1.3.3. Paragem ventilatória - 15 Lt/m
1.3.4. Ventilação assistida - 15 Lt/m

2. Recomendações

2.1. Se ao ventilar o ar não entrar, verifique a elevação da mandíbula;
2.2. Se mesmo após ter corrigido a elevação da mandíbula o ar ainda não entrar, considere obstrução da via aérea, que pode ser por:
2.2.1. Edema
2.2.2. Fluídos (sangue ou outro)
2.2.3. Dentes partidos
2.3. Pesquise novamente a cavidade bucal e aspire se necessário.
2.4. Se a vítima apresenta dificuldade ventilatória, procure:
2.4.1. Se não existe sangue na orofaringe;
2.4.2. Se a expansão torácica é eficaz e simétrica;
2.5. Despiste um possível pneumotórax;

C (do inglês "Circulation" , Circulação)1. Na primeira abordagem pesquise:

1.1. Se a vítima tem pulso;
1.2. Se existem hemorragias ativas;
1.3. Se existe alterações da cor, umidade e temperatura da pele

2. Atuação

2.1. Se a não tem pulso, inicie de imediato as manobras de Ressucitação Cárdio-Pulmonar (R.C.P.).
2.2. Se tiver alguma hemorragia, controle-a;
2.3. Se a vítima apresentar, palidez, sudorese, hipotermia, pulso rápido efetue a elevação dos membros inferiores, aqueça a vitima;
2.4. Administrar oxigênio:
2.4.1. Se não apresenta alterações da pele, da ventilação ou do pulso-3 lt/m
2.4.2. Se apresentar sinais de CHOQUE - 10 lt/m
2.4.3. Se apresentar hemorragia - 10 Lt/m
2.5. Recomendação: se estiver executando manobras de R.C.P. verifique a eficácia da compressões, palpando pulso carotídeo durante a sua execução;

3. Recomendações

3.1. Se estiver a executar as manobras de R.C.P. verifique a eficácia das compressões, palpando pulso carotídeo durante a sua execução;
3.2. Controle as hemorragias utilizando uma ou mais técnicas:
3.2.1. Compressão direta
3.2.2. Elevação do membro;
3.2.3. Compressão indireta;
3.2.4. Aplicação de frio;
3.3. Garrote/torniquete - a usar somente em amputados ou esmagamentos e quando todas as outras técnicas falharem;
3.4. Ao efetuar a elevação dos membros inferiores não ultrapasse os 45º para não interferir com um possível traumatismo vertebro-medular .

D (do inglês "Disability" , Comprometimento Neurológico O exame neurológico deve ser feito avaliando:

1. Nível de consciência

Habitualmente é classificado segundo a Escala de Coma de Glasgow que descreve a resposta ocular, verbal e motora a estímulos verbais e dolorosos. Trata-se de uma escala utilizada por equipas médicas. Para o leigo recomenda-se a quantificação da resposta da doente de acordo com a nomenclatura A-V-D-I:

A - ALERTA – Neste caso o doente apresenta-se consciente, no entanto é necessário verificar se está orientado no tempo e no espaço, se o discurso que apresenta é compreensível, etc.., Caso esteja inconsciente passe a fase seguinte

V - Responde a estímulos VERBAIS – O doente encontra-se inconsciente, neste caso chame pela vítima e verifique se esta reage, e se sim, que tipo de reação obtém ao estímulo verbal, se abre espontaneamente os olhos ou outro tipo de reação;

D - Responde a estimulação DOLOROSA – Não se obteve qualquer estimulo à voz, neste caso vai-se provocar dor ao doente, verificando se este reage a dor e se sim que tipo de reacção obtemos, se este localiza a dor ou se apresenta um movimento de fuga a dor;

I - Sem resposta (IRRESPONDÍVEL)– O doente não reage a nenhum estímulo, quer verbal quer doloroso, no entanto é necessário verificar se este apresenta algum movimento de flexão ou extensão anormal, ou outro tipo de movimentos que possam surgir.

Estes elementos depois de recolhidos e transmitidos ao médico vai possibilitar que este os enquadre na escala de Glasgow.

2. Reatividade das pupilas

Além da nomenclatura A-V-D-I, deve-se avaliar a resposta pupilar à luz, pois é um bom indicador da existência ou não de sofrimento cerebral. Para isso, deve-se incidir uma luz diretamente sobre cada uma das pupilas.

Miose (pupilas contraídas em respostas à luz)
Midriase (pupilas dilatadas apesar da luz)
Anisocoria (pupilas reagindo diferentemente à luz)

Verifique se a reação é idêntica em ambas. Se não existir contração pupilar (midríase) ou se esta for diferente de pupila para pupila (anisocoria), pode estar ocorrendo sofrimento do Sistema Nervoso Central.

E (do inglês "Exposition" , Exposição da Vítima)Procure expor as possíveis lesões retirando as vestes da vítima em locais mais fáceis para o corte e tomando o cuidado com a hipotermia. Mas evite exposições desnecessárias evitando constrangimentos, principalmente em mulheres e idosos.

Fonte: educacaofisica.com.br
 
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