Achigãs saltadores

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O achigã peixe de reconhecido interesse desportivo, oriundo do continente norte-americano e que foi introduzido em Portugal e em quase todos os continentes do globo terrestre, fascina pelas sua pesca que é uma das mais variadas que existem, e com mais técnicas.


Achigãs saltadores



O achigã (micropterus salmoides) peixe de reconhecido interesse desportivo, oriundo do continente norte-americano e que foi introduzido em Portugal e em quase todos os continentes do globo terrestre, fascina pelas sua pesca que é uma das mais variadas que existem, e com mais técnicas.

Astuto, de coloração esverdeada com manchas pretas no dorso e ventre esbranquiçado, prepara-nos quase sempre boas surpresas quando o vamos pescar, pois nunca sabemos se ele estará no fundo, a meia água ou à superfície, nos fundos de pedra, nas entradas ou recantos de baías, nos bicos, junto a árvores, ou mesmo, no meio das árvores.

Por vezes ataca as nossas amostras com grande voracidade, outras, com toques subtis, o que faz com que o pescador esteja sempre o mais atento possível, caso contrário dificilmente conseguirá êxito na sua captura.

Em Portugal continental encontra-se praticamente em todo o território, sendo no entanto mais frequente do rio douro para sul.

Preocupa-nos a inépcia com que é tratado, tanto pelas autoridades, com pelo maior predador da natureza, o homem, o qual teima em pescar com redes, matar peixe sem razão plausível, conservar peixe sem medida.

Sendo um peixe de elevado valor desportivo e gastronómico é muito cobiçado e a sua captura faz-se cada vez mais com iscos artificiais.

É através desta pesca que temos a oportunidade de enriquecer os nossos conhecimentos e desfrutar de uma natureza maravilhosa nos locais onde habita.

E vai de superfície !!!


É sem dúvida nenhuma a expressão máxima de espectáculo e sensação, a pesca de superfície.

Se o leitor é um dos que está a começar e se prepara para encher uma caixa de amostras, dou-lhe um conselho, guarde o dobro do espaço para as de superfície.

O sentido de emoção que dá ver um achigã roubar uma amostra destas é indescritível, só estando lá para ver, e se quer iniciar alguém nesta pesca, aproveite, e vá de superfície.

Mas atenção, quando vamos seleccionar a amostra artificial para a pesca de uma determinada espécie de peixe é fundamental antes de qualquer opção, aprender algo sobre o peixe que pretendemos pescar, bem como o meio ambiente onde vive.

A imitação do comportamento e da forma de uma presa é de fundamental importância. Assim, escolha imitações de perca sol, boga, lagostim de água doce, rã, salamandra, insectos aquáticos, os quais são bons manjares para o nosso amigo achigã.

Voltando às amostras fique a saber que existem pelo menos cinco categorias de superfície, cada uma com vários modelos, tamanhos e cores.

A família da superfície é uma das maiores neste tipo de pesca e dado não ser possível normalizar a classificação das amostras e a tradução para um português à letra a qual é por vezes contraditória ficamos pela nomenclatura americana.
 
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BUZZBAITS
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São similares aos spinnerbaitts sendo no entanto desenhadas para trabalhar à superfície.

A sua forma de construção posiciona o anzol sempre voltado para cima, que por sua vez é protegido pela hélice.

O movimento rotativo da hélice ao cortar a superfície da água cria uma turbulência que enlouquece o achigã.

São excelentes amostras ao passarem sobre plantas aquáticas e árvores submersas.



STICKBAITS


Não têm qualquer acção, são mesmo um “pau” e requerem alguma habilidade para as manobrar.

“Walking de dog” é a melhor forma de ter algum sucesso, e consiste em fazer deslocar a amostra em zig-zag com pequenos toques de ponteira. Este movimento aparenta uma cobra a deslocar-se.

Obterá melhores resultados em bicos, árvores em linha, troncos e mesmo em água aberta, no entanto não produzem o efeito desejado se a água estiver turva e / ou muito vento.

Pretendem imitar peixes doentes agonizando.




PROPBAITS

Em alguns casos têm corpo alongado, tendo uma ou mais hélices nos extremos. Criam uma turbulência quando trabalhadas em movimento uniforme e recolhidas com pequenos toques e pausas.

Devem ser utilizadas junto `vegetação, bicos que se prolongam bem dentro de água e junto a saliências e desníveis acentuados.

São muito eficientes em águas claras, sem vento ou com vento moderado.
 
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POPPERS ou CHUGGERS

Atraem o peixe pelo seu “POP” e / ou “cuspidura” de água. Esse som não é mais do que o rebentar das bolhas de ar provocadas pela cabeça côncava da amostra ao deslocar-se na água.

Devem ser trabalhadas com pequenos toques e pausas embora por vezes a melhor solução é um recolher uniforme, sem grandes paragens.

Podem imitar um peixe a caçar e a alimentar-se à superfície.



JERKBAITS


São realmente imitações de peixes e requerem um trabalhar idêntico aos stickbaits, embora estes tenham a possibilidade de descerem um pouco a linha de superfície.

A sua recolha deve ser uniforme eou com pequenas pausas.

A sua capacidade de flutuação permite que saiam com mais facilidade após colisão com obstáculos submersos.

Existem algumas derivações de todos os tipos de amostra já referidos, no entanto a mais importantes foram referenciadas.


FERRAR O PEIXE

O facto de ser possível visualizar toda a acção pode criar um problema : aprender a ferrar o peixe.

A tendência é cravar os anzóis da amostra assim que se avista a explosão à superfície, mas se o fizer, na maioria das vezes, falhou o achigã.

Teremos que treinar, deixar o peixe levar a amostra para baixo e ferrar quando sentir a força do peixe e já não conseguirmos ver a amostra.

Será difícil? Não tanto como parece. Estamos a falar de décimos de segundo, tanto como o tempo que leva a fechar os olhos duas vezes.

Retardar esta acção é possível com a ajuda de uma cana de acção mais leve.

Pessoalmente prefiro uma cana com 1,80 mt e acção média ou média ligeira, porque, quando o peixe pega na amostra a cana acompanha e oscila mais rápido do que eu sou capaz de reagir e desta forma o peixe tem mais tempo de levar a amostra, caso contrário, poderemos tirar a amostra da boca do achigã.

Os lançamentos devem ser efectuados para lá do local onde imaginamos se encontrar o peixe, tentando que o impacto da amostra na água seja o mais silencioso possível.

As canas devem ser inteiriças, e a acção deve ser ponderada em relação ao peso da amostra e à técnica que vamos utilizar.

Os carretos poderão ser de casting (tambor móvel) ou de spinnig (tambor fixo) e devem ter uma recuperação rápida (superior a 5.5:1), devem ser leves, com sistema anti-retrocesso, preferencialmente de dupla manivela, e serem integrados por alguns rolamentos, que melhoram o desempenho e aliviam o desgaste.

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Não devemos esquecer outros dois pontos essenciais; verificar se os anzóis estão realmente afiados e a forma de trabalhar da amostra. Todas elas, excepto os Buzzbaits que estão constantemente em movimento, devem ser trabalhadas sem grande tensão na linha.

Existem muitos factores que podem influenciar a actividade do achigã, assim, quando relacionamos as condições de luminosidade do dia com a da água, obtemos em termos genéricos as cores predominantes e de maior eficácia.

DIAS CLAROS / ÁGUAS CLARAS – prateado, dourado e branco

DIAS CLAROS / ÁGUAS ESCURAS – branco, preto, laranja e chartreause

DIAS ESCUROS / ÁGUAS CLARAS – preto, castanho e azul-escuro
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AMOR PELA NATUREZA, A PAIXÃO PELA PESCA

Se existe alguém que possa apreciar, em toda a sua plenitude, a harmonia do universo e da natureza, somos nós, os pescadores.

E quando optamos pela prática da pesca desportiva e não predadora, passamos a integrar, mais activamente, o elenco responsável pela manutenção dessa harmonia.

Assim, é com a natureza e com tudo o resto, que cada personagem deve cumprir, da melhor maneira possível a sua função, para que o todo seja beneficiado, e o que realmente tem valor, é saber que se fizermos as coisas certas para com o meio ambiente e a natureza, o resultado será sempre positivo para ambos.

É assim que vamos sonhando com pescarias, em busca de momentos felizes, de emoções e de belos achigãs.

Boas pescarias!

cumpts
hell
 
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