Afogamentos em piscinas

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O perigo é constante, a vigilância não pode ser intermitente. Neste início de Verão já houve dois afogamentos fatais.

Chegadas as férias nunca é demais lembrar algumas regras de segurança para proteger as crianças dos perigos que aumentam nesta altura do ano. Os acidentes em piscinas, com morte ou sequelas irreversíveis, são um deles.

As férias são para descontrair, mas quando se tem crianças, a prioridade deve ser a sua segurança. Quando se está numa casa com piscina e se tem uma criança pequena, o perigo é constante. Por isso, a descontracção tem de ser rotativa.

O perigo está lá sempre: mesmo quando o seu filho está a dormir a sesta. Mesmo quando pensa que todas as portas estão fechadas. E o perigo é ainda maior quando há muita gente e quando há crianças mais velhas.

«Pensava que tu estavas com eles». «Pensava que a porta estava fechada». Pensava que ele não conseguia sair da cama». São frases comuns que todos os pais já ouviram ou terão dito. Mas quando há uma piscina, não podem chegar a ser ditas. Não há tempo para isso.

Neste início de Verão já houve dois afogamentos fatais. Crianças com idades entre os dois e os três anos morreram em pisicnas de casas particulares, no Algarve. Cumpra as regras, para que o seu filho não se torne um número na estatística das vítimas de afogamento. Para que não pense, depois, que não fez tudo o que estava ao seu alcance para o evitar. Acredite: não acontece só aos outros.

A morte por afogamento é rápida e silenciosa
Em Portugal continua a não existir legislação que estabeleça medidas de segurança obrigatórias para prevenir estes acidentes. Por isso, são poucas as pisicnas que têm barreiras de protecção. E todos os anos aumenta o número de afogamentos, porque aumenta o número de piscinas.

Os afogamentos são a segunda causa de morte acidental nas crianças. Segundo a APSI (Associação para a Promoção da Segurança Infantil), no Algarve 80 por cento dos afogamentos acontece em piscinas e 85 por cento regista-se em famílias que estão de férias.

Acontece mesmo. E acontece a qualquer um. Acredite: não acontece só a pais negligentes. Acontece quando há muitos adultos. Acontece em segundos. Acontece de forma rápida e silenciosa.

As barreiras físicas que impdem o acesso das crianças às pisicnas são importantes pois dão mais tempo aos pais para agir, atrasando o acesso da criança à piscina. Mas lembre-se: todos os métodos são falíveis.

Conselhos da APSI:
# Nenhuma vedação ou barreira substitui a supervisão. Estabeleça um sistema de vigilância, que pode ser rotativo para não sobrecarregar ninguém, no qual há sempre um adulto designado para a tarefa exclusiva de olhar pelas crianças que se aproximam da zona da piscina -sobretudo em dias de festa, quando há muita gente. Já agora, deverá ser um adulto que saiba nadar e agir em caso de emergência.

# Se tem uma piscina em casa, mesmo que vedada, tire um curso de socorrismo ou, pelo menos, aprenda a praticar reanimação cardio-pulmonar (suporte básico de vida).

# Retire da piscina todos os brinquedos flutuantes e apelativos que possam atrair a criança.

# Habitue as crianças a andar de braçadeiras junto à piscina, tendo consciência de que estas podem cair com um mergulho.

# Se está a vigiar as crianças, não interrompa para atender o telefone. Tenha um telefone sem fios à mão, ou entregue essa tarefa a outra pessoa, mas não interrompa a vigilância nem por um segundo.

# As piscinas insufláveis contêm água suficiente para o afogamento de uma criança pequena. Se a cara cair dentro de água, a criança não consegue levantar a cabeça sozinha.
 
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