Luz Divina
GF Ouro
- Entrou
- Dez 9, 2011
- Mensagens
- 5,990
- Gostos Recebidos
- 0
As alergias alimentares são para toda a vida e causam muitos transtornos. Saiba quais os sintomas e como minimizar os danos.
Toda a gente já viu nos filmes as célebres cenas em que alguém alérgico come um amendoim e sufoca até à morte.
Este é um exemplo das consequências mais graves da alergia alimentar, mas, em formas mais leves, este tipo de distúrbio está a tornar-se cada vez mais comum.
Uma alergia alimentar não é mais do que uma reacção anormal do sistema imunitário a determinados alimentos. A razão por que o corpo se comporta como se determinadas substâncias, na verdade inofensivas, fossem ameaçadores ainda não é bem compreendida.
Mas o que acontece é que, achando que está em perigo, o organismo tenta defender-se libertando substâncias, como a histamina, que provocam os conhecidos sintomas de comichão e vermelhidão cutâneas, náuseas ou febre.
Só em casos muito graves (e raros) é que se dá o tal choque anafiláctico, com uma descida acentuada da tensão arterial, o que pode ser mortal.
Causas e sintomas
Em teoria, qualquer alimento pode provocar uma alergia, mas na prática há alimentos mais propensos: morangos, moluscos, amendoins, nozes, leite de vaca, carne de porco, ovos, peixe, tomate, laranja, banana, soja, nozes, amendoim, trigo, chocolate e marisco são os que costumam causar mais problemas.
Isto acontece provavelmente porque o corpo tem dificuldade em absorver, no intestino, as proteínas de alguns alimentos. “É por isso que pessoas com problemas digestivos e prisão de ventre têm maior probabilidade de vir a desenvolver alergias alimentares”, explica o alergologista Manuel Jorge Guerra Seada.
Os sintomas costumam aparecer uma a duas horas após a ingestão dos alimentos e podem ir da dor abdominal à náusea, passando por erupções cutâneas, comichão, diarreia e olhos inchados.
As crianças são mais propensas, porque o seu sistema imunitário ainda não está plenamente desenvolvido, mas as alergias podem surgir em qualquer altura da vida, mesmo sem qualquer razão aparente.
Alergia versus intolerância
Têm sintomas parecidos, mas a alergia é menos grave. A intolerância é transitória, surge devido a disfunções pontuais do organismo e, como não é um problema do sistema imunitário (não há a criação de anticorpos), as análises não detectam nenhuma reacção às substâncias causadoras da reacção alérgica.
“É importante que as pessoas percebam a diferença, porque é comum confundirem as duas. Hoje toda a gente acha que é alérgica porque uma vez comeu camarão e ficou indisposta ou com borbulhas”, afirma Manuel Jorge Seada.
O diagnóstico da alergia alimentar baseia-se na história clínica. A maior parte das vezes esta é uma condição genética. “Se há problemas intestinais, prisão de ventre, problemas cutâneos, como a atopia, rinites… então a pessoa já terá propensão para a alergia alimentar”, diz o alergologista.
Para saber qual o alimento causador, o médico pode fazer testes cutâneos ou análises. É conveniente também anotar os alimentos suspeitos, as quantidades consumidas e o período de tempo entre a ingestão e os sintomas, para ver se existe um padrão.
Se se confirmar, a solução mais fácil é deixar de consumir os alimentos em causa, pois não há medicamentos que curem esta patologia. “Só em casos especiais é que fazemos a vacinação para dessensibilizar o organismo da pessoa à substância, geralmente nas alergias a ovos ou ao leite, porque são tão comuns e estão tão presentes em quase tudo que é muito difícil abdicar deles na dieta alimentar.”
Fonte.activa