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AmbiCidade aposta no aluguer de veículos amigos do ambiente
A empresa AmbiCidade, de Veríssimo Borges, que se dedica ao aluguer de veículos “amigos do ambiente” - bicicletas e veículos eléctricos - em Ponta Delgada, teve um “arranque muito conturbado”, influenciado por diversas contrariedades, que obrigaram a mudanças de estratégia “mais cedo do que seria previsto”.
No entanto, o dono da empresa acredita que “valeu a pena” apostar no negócio e prepara com optimismo o futuro da empresa.
Problemas com a data de abertura do espaço, problemas de saúde graves e conflitos com empregados “indisciplinados”, fazem parte do rol das inúmeras contrariedades que Veríssimo Borges enfrentou no arranque “desastroso” da AmbiCidade, mas foi a falta de civismo e responsabilidade da maioria dos clientes que o fez tomar medidas improváveis em qualquer negócio, com o objectivo de perder o tipo de clientes que, durante as primeiras duas semanas, correspondeu a 90 por cento dos alugueres: jovens com idades entre os 12 e os 20 anos.
Assim, para além de exigir o pagamento através de cartão de crédito, o empresário decidiu fechar o estabelecimento nos períodos de maior procura: fins-de-semana e noites.
A utilização dos veículos da empresa sem qualquer tipo de medidas de segurança e respeito pelos outros, pondo em risco os transeuntes e os próprios equipamentos, situação presenciada diversas vezes por Veríssimo Borges, e denunciada na loja por outras pessoas, foi a principal razão que levou o empresário a tomar as “medidas drásticas”. O empresário micaelense assistiu a “cavalinhos e outras manobras perigosas”, que, para além de desgastarem os equipamentos, “assustavam as pessoas, criando situações de desconforto”.
Mas, ao contrário do que pensava Veríssimo Borges, o problema não estava só nos jovens, pois muitos pais e avós assinavam declarações de responsabilidade, autorizando os seus filhos e netos, com idades inferiores a 16 anos, a utilizar os veículos motorizados, permitindo a utilização indevida dos mesmos, e participando, por vezes, na “irresponsabilidade”.
O dono da AmbiCidade descreve situações em que viu adultos a permitirem que uma criança de 4 anos andasse “à boleia” com uma jovem de 14, um pai a transportar o filho, num segway, veículo para apenas uma pessoa, agarrado às pernas, ou um avô que alugou trotinetes eléctricas, que atingem os 30 km/h, para os netos, de aproximadamente 8 anos, e que, quando um deles sofreu um acidente, do qual saiu ferido, danificando também o veículo, o adulto não assumiu o sucedido.
Estas situações levaram Veríssimo Borges a proibir a utilização dos veículos eléctricos da empresa a menores de 16 anos, mesmo que possuam autorização de adultos.
Os resultados das medidas tomadas já se fizeram sentir e a loja tem agora turistas como clientes principais.
João Cordeiro
Açoriano | 2008-08-05
A empresa AmbiCidade, de Veríssimo Borges, que se dedica ao aluguer de veículos “amigos do ambiente” - bicicletas e veículos eléctricos - em Ponta Delgada, teve um “arranque muito conturbado”, influenciado por diversas contrariedades, que obrigaram a mudanças de estratégia “mais cedo do que seria previsto”.
No entanto, o dono da empresa acredita que “valeu a pena” apostar no negócio e prepara com optimismo o futuro da empresa.
Problemas com a data de abertura do espaço, problemas de saúde graves e conflitos com empregados “indisciplinados”, fazem parte do rol das inúmeras contrariedades que Veríssimo Borges enfrentou no arranque “desastroso” da AmbiCidade, mas foi a falta de civismo e responsabilidade da maioria dos clientes que o fez tomar medidas improváveis em qualquer negócio, com o objectivo de perder o tipo de clientes que, durante as primeiras duas semanas, correspondeu a 90 por cento dos alugueres: jovens com idades entre os 12 e os 20 anos.
Assim, para além de exigir o pagamento através de cartão de crédito, o empresário decidiu fechar o estabelecimento nos períodos de maior procura: fins-de-semana e noites.
A utilização dos veículos da empresa sem qualquer tipo de medidas de segurança e respeito pelos outros, pondo em risco os transeuntes e os próprios equipamentos, situação presenciada diversas vezes por Veríssimo Borges, e denunciada na loja por outras pessoas, foi a principal razão que levou o empresário a tomar as “medidas drásticas”. O empresário micaelense assistiu a “cavalinhos e outras manobras perigosas”, que, para além de desgastarem os equipamentos, “assustavam as pessoas, criando situações de desconforto”.
Mas, ao contrário do que pensava Veríssimo Borges, o problema não estava só nos jovens, pois muitos pais e avós assinavam declarações de responsabilidade, autorizando os seus filhos e netos, com idades inferiores a 16 anos, a utilizar os veículos motorizados, permitindo a utilização indevida dos mesmos, e participando, por vezes, na “irresponsabilidade”.
O dono da AmbiCidade descreve situações em que viu adultos a permitirem que uma criança de 4 anos andasse “à boleia” com uma jovem de 14, um pai a transportar o filho, num segway, veículo para apenas uma pessoa, agarrado às pernas, ou um avô que alugou trotinetes eléctricas, que atingem os 30 km/h, para os netos, de aproximadamente 8 anos, e que, quando um deles sofreu um acidente, do qual saiu ferido, danificando também o veículo, o adulto não assumiu o sucedido.
Estas situações levaram Veríssimo Borges a proibir a utilização dos veículos eléctricos da empresa a menores de 16 anos, mesmo que possuam autorização de adultos.
Os resultados das medidas tomadas já se fizeram sentir e a loja tem agora turistas como clientes principais.
João Cordeiro
Açoriano | 2008-08-05