Andre Geim e Konstantin Novoselov distinguidos com Nobel da Física

aiam

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Os trabalhos «revolucionários» de Andre Geim e Konstantin Novoselov sobre o grafeno valeram aos dois investigadores da Universidade de Manchester, no Reino Unido, o Nobel da Física. O prémio foi anunciado esta terça-feira em Estocolmo, Suécia.

O secretário do Comité Nobel da Academia Sueca de Ciências, Staffan Normark, explicou que os dois cientistas realizaram «pelas suas experiências fundamentais sobre o material bidimensional», matéria de carbono superfina, cita o Público.

O prémio, atribuído desde 1901, é de quase um milhão de euros. Andre Geim, de 51 anos, é holandês de origem russa. Konstantin Novoselov, de 36 anos, tem dupla nacionalidade russa e britânica.


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O Nobel da Física trocado por miúdos

O material mais fino do mundo, o graphene, conferiu a dois físicos Russos o mais cobiçado prémio da comunidade científica. Saiba porquê.

Andre Geim, 51, e Konstantin Novoselov, 36, investigadores na Universidade de Manchester, ganharam o Nobel da Física este ano devido ao seu trabalho (experiências que originaram uma grande dose de conhecimento) sobre um material muito interessante chamado graphene.

Numa descrição não muito científica podemos caracterizá-lo por ser semelhante a uma colmeia (com os alvéolos hexagonais) em que as paredes são extremamente finas (uma camada de cera apenas) tanto em altura como em espessura. A altura e as paredes do graphene medem 1 átomo de carbono.

As suas propriedades mais interessantes para nós, os comuns mortais, são: a condução da eletricidade e do calor (melhor que o cobre, o material mais utilizado para o efeito da distribuição da electricidade dentro da nossa casa), a transparência, a impermeabilidade e o facto de ser antibacteriano. A nível tecnológico permite, por exemplo, a criação de transístores (a base para o computador) mais rápidos e energeticamente eficientes que os que são feitos de sílicio.


As suas propriedades conferem a este material o estatuto de material mais fino do mundo e um dos mais fortes.

Como disse a Royal Academy, relativamente ao graphene, numa frase: "O Carbono, essência da vida, surpreende-nos outra vez!". E eu acrescento: "E de que maneira!". Há muito tempo que não era identificado um material com tão estrondosas capacidades e que, apesar da sua elegância e simplicidade, promete revolucionar tudo o que está à nossa volta.

Para além das suas inúmeras aplicações na nossa vida quotidiana a sua mais promissora qualidade (para a comunidade científica) é o facto de possibilitar que experiências que normalmente necessitam de um acelerador de partículas possam ser realizadas sem a necessidade de um.

Para quem não sabe o maior acelerador de partículas do mundo (o LhC, Large Hadron Collider, onde se procura a Partícula de Deus, para os amigos, o Bosão de Higgs) custou um balúrdio tão grande que, em termos latos, chegava para matar a fome a toda a gente e animais do mundo durante um ano. E nem o podemos ver porque está enterrado no chão.

Para além de ser o maior (em perímetro mede 27 km) e mais complexo aparato que alguma vez nos lembrámos de fazer, quando avaria (sim já avariou), é um pincel de 6 meses repara-lo.

Com folhas de graphene em campo basta fazer outra com um pedaço de fita-cola e um lápis (é mesmo verdade, é uma das maneiras de fazer "raspas de graphene").


Agora podemos (nós a humanidade) passar mais tempo à procura da tal partícula uma vez que, em breve, passará a ser necessário menos tempo para as outras experiências que lá se realizam.

Aplicações do graphene no nosso quotidiano:



Em breve veremos surgir aplicações deste material revolucionário em vários planos do nosso quotidiano.

Por exemplo, dadas as suas propriedades anti-bacterianas (é impermeável a gases e líquidos) pode ser utilizado na embalagem de alimentos fazendo com que estes durem mais tempo. É transparente pelo que o consumidor continuará (ou passará) a ver o produto que está no interior.


Expresso
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