Animais Mafarricos

xatux

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Segundo apurou o estudo da prática da bruxaria, as bruxas eram frequentemente servidas por familiares – mafarricos ou demónios menores que assumiam a forma de animais de pequenas dimensões, tal como gatos, cães, furões, ratos e sapos –, que as ajudavam a lançar os feitiços e executavam toda a espécie de tarefas. Num dos primeiros julgamentos de bruxas realizado em Inglaterra, Elizabeth Francis, julgada em Chelmsford em 1566, confessou que o Diabo lhe dera um familiar com a aparência de um gato com pintas brancas ... com o nome de Satã. Segundo se dizia, sempre que executava uma ordem de Elizabeth, Satã, exigia uma gota de sangue, que ela lhe dava picando-se a si mesma.

A ideia de que a bruxa alimentava o seu familiar com o seu próprio sangue ou leite constituiu uma prova determinante nos julgamentos ingleses de bruxas. Pensava-se que o local do corpo da bruxa de onde o familiar extraia o sustento estava assinalado por uma espécie de protuberância – uma marca de bruxa, sem sensibilidade. Matthew Hopkins, descobridor geral de bruxas de Inglaterra, tomava nota dos familiares que descobria e registou nomes como Pynewacket, Sack and Sugar, Greedigut e Peckin the Crow. Tratando-se de nomes que nenhum mortal podia inventar, declarou Hopkins, indicavam claramente origem diabólica.

 
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