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Anita parte hoje para Nova Iorque. Acompanha-a
Miss Daisy, a sua professora de Inglês.
Os amigos americanos, na carta que escreveram a
convidá-la, diziam : “E vê lá, Anita, não te esqueças do
teu cão Pantufa. Gostamos tanto dele, é tão engraçado ! Era uma pena se não o trazias!”
Por isso Anita e Miss Daisy entraram a bordo
levando o Pantufa.
No camarote, Miss Daisy arruma as bagagens.
Anita arranja logo novos amigos.
Eu chamo-me Guida - diz uma menina.
Eu sou Anita. E o meu cãozinho, Pantufa.
E ele porta-se bem?
Conforme… Nem sempre. Olhem, o meu
camarote é do lado do vosso. Pela vigia vê-se o mar!
Vamos dormir aqui muito bem ! Temos dois beliches… e um cesto para o Pantufa.
O barco onde vai a Anita chama-se Martinica.
Foi todo arranjadinho de novo. Cheira bem, a alcatrão e a tintas frescas. Os galhardetes agitam-se ao vento. A chaminé deita muito fumo.
É a hora da largada. Os passageiros põem-se à
amurada, e acenam com as mãos. A Anita e os amigos estão radiantes : é a primeira viagem !
O navio já lá vai ao largo, a desaparecer no horizonte. De terra só se vê agora um penacho de fumo.
As gaivotas pairam sobre as ondas. Quase não há
vento. O oceano parece respirar suavemente, como
um grande animal adormecido. A noite cai. Ao longe, sobre o mar, passeiam nuvenzinhas cor-de-rosa.
Estão à espera de que as estrelas acordem, para se
irem embora. O sol mergulha nas ondas, vermelho
e enorme como um balão.
Nove horas da manhã, Anita e os seus amigos
já estão no convés. Há tanto que ver a bordo de um
navio … Mas lá vem o comandante:
-Bom dia, meus meninos !
Que ar tão sério que ele tem! Não admira é
quem manda no barco …
O Pantufa que se livre de fazer tolices, senão…
Nem de propósito ! Lá vem ele a fugir das
cozinhas : foi bisbilhotar os cestos do peixe - e zás !
uma lagosta pendurou-se-lhe com as pinças no focinho.
Acode o cozinheiro, ainda todo vermelho do
lume dos fogões.
Pantufa! … Pantufa ! … -chama a Anita.
Pantufa atravessa o convés como uma seta. Os
passageiros voltam-se para o ver. Pobre Pantufa,
saiu-lhe cara a bisbilhotice !
Miss Daisy não se zangou. Estava a repousar no
camarote, porque não aguenta o sol nem o vento.
Vamos aproveitar para visitar a casa das máquinas ! O maquinista-chefe já disse que nos mostra…
Essa escada é empinada… Veja lá se cai, menina Anita.
As escadas de bordo são difíceis de descer.
Nada falta no paquete: até tem uma bela piscina
para se nadar!
E é tão bom mergulhar e jogar a bola na água!
Anita é uma excelente nadadora.
Mas, cuidado!, os cães estão proibidos de tomar
banho com os meninos …
Meio-dia. Miss Daisy e Anita vão almoçar.
Aqui está a ementa -diz o chefe de mesa.
Sopa do dia
Lagosta ao natural
Frango no espeto
Queijo. Sorvete. Café
Duas horas da tarde. Está cada vez mais calor.
Só se ouve o zumbido das hélices e. o grito das
gaivotas.
No convés, alguns passageiros dormem a sesta,
outros lêem romances. Os que não têm nada que
fazer vêem passar as nuvens no céu.
Anita sonha, na sua cadeira de repouso. Julga-se
já na América, nas ruas de Nova Iorque-ou então
no Texas, a viver uma aventura de cow-boys.
Guida, a amiguinha de Anita, veio ter com ela
para jogarem ao badminton.
Aqui estão as raquetas ! Começa tu !
O volante salta, de cá para lá, de lá para cá.
Eu também quero jogar! - grita o Pantufa.
E põe-se aos pulos.
Nisto, uma grande vaga sacode o navio.
E pumba ! … O Pantufa falhou o salto e foi cair
no convés inferior, nos braços do senhor Silva. O
senhor Silva tinha adormecido a ler um romance
policial. Esbugalhou os olhos e torceu o bigode:
Vou fazer queixa ao comandante!
Desculpe, senhor Silva…
O Pantufa não fez por mal-diz a Anita.
Não, não foi por mal - parece confirmar o
Pantufa, abanando a cauda.
Mas o tempo transtornou-se. O céu enche-se de
nuvens negras. O vento sopra em rajadas. A chuva
cai, e o navio começa a dançar nas ondas.
Fecham-se à pressa as cadeiras de lona.
Anita enfia o impermeável e o chapéu de
oleado.
As vagas salpicam o convés. Os trovões ribombam de repente. Depressa, todos têm de se abrigar !
É a tempestade. O convés fica deserto. Os senhores juntam-se no bar, a jogar as cartas ou o xadrez. As senhoras conversam no salão, e os meninos entretêm-se a ler livros de histórias. Miss Daisy
está com dores de cabeça.
A Anita e o Pantufa é que não se aborrecem
nada. Vão para o camarote e põem-se à janela. Pela
vigia vêem a chuva a cair, e as vagas a correr como
um rebanho de carneiros.
Voltou o bom tempo ! A borrasca desaparece ao
longe, no horizonte. O mar acalma e estende-se para
todos os lados, muito lisinho, a perder de vista.
De repente, mesmo ao pé do navio, quatro
golfinhos saltam fora das ondas. Parece que andam
a fazer corridas, que engraçados !
São bons amigos dos marinheiros.
Uma semana depois.
O navio corta as ondas a toda a pressa, e aproxima-se das costas americanas.
Miss Daisy, no camarote, fecha as malas. No convés, Anita tornou a encontrar a sua amiga. O comandante emprestou-lhe o binóculo, e a Guida pergunta:
Que vês tu, Anita?
Vejo rebocadores! São três, uns atrás dos
outros. Vêm ao nosso encontro … E lá ao longe vejo
o porto de Nova Iorque.
Nova Iorque. O paquete atracou. Por toda a
parte, guindastes gigantes, cargueiros, arranha-céus.
A bela viagem por mar acabou. Miss Daisy,
Anita e Pantufa desembarcam.
O coração de Anita põe-se a bater muito depressa.
A Guida veio despedir-se dela
-Adeus, Anita, e boa viagem pela América !
FIM DO LIVRO
Miss Daisy, a sua professora de Inglês.
Os amigos americanos, na carta que escreveram a
convidá-la, diziam : “E vê lá, Anita, não te esqueças do
teu cão Pantufa. Gostamos tanto dele, é tão engraçado ! Era uma pena se não o trazias!”
Por isso Anita e Miss Daisy entraram a bordo
levando o Pantufa.
No camarote, Miss Daisy arruma as bagagens.
Anita arranja logo novos amigos.
Eu chamo-me Guida - diz uma menina.
Eu sou Anita. E o meu cãozinho, Pantufa.
E ele porta-se bem?
Conforme… Nem sempre. Olhem, o meu
camarote é do lado do vosso. Pela vigia vê-se o mar!
Vamos dormir aqui muito bem ! Temos dois beliches… e um cesto para o Pantufa.
O barco onde vai a Anita chama-se Martinica.
Foi todo arranjadinho de novo. Cheira bem, a alcatrão e a tintas frescas. Os galhardetes agitam-se ao vento. A chaminé deita muito fumo.
É a hora da largada. Os passageiros põem-se à
amurada, e acenam com as mãos. A Anita e os amigos estão radiantes : é a primeira viagem !
O navio já lá vai ao largo, a desaparecer no horizonte. De terra só se vê agora um penacho de fumo.
As gaivotas pairam sobre as ondas. Quase não há
vento. O oceano parece respirar suavemente, como
um grande animal adormecido. A noite cai. Ao longe, sobre o mar, passeiam nuvenzinhas cor-de-rosa.
Estão à espera de que as estrelas acordem, para se
irem embora. O sol mergulha nas ondas, vermelho
e enorme como um balão.
Nove horas da manhã, Anita e os seus amigos
já estão no convés. Há tanto que ver a bordo de um
navio … Mas lá vem o comandante:
-Bom dia, meus meninos !
Que ar tão sério que ele tem! Não admira é
quem manda no barco …
O Pantufa que se livre de fazer tolices, senão…
Nem de propósito ! Lá vem ele a fugir das
cozinhas : foi bisbilhotar os cestos do peixe - e zás !
uma lagosta pendurou-se-lhe com as pinças no focinho.
Acode o cozinheiro, ainda todo vermelho do
lume dos fogões.
Pantufa! … Pantufa ! … -chama a Anita.
Pantufa atravessa o convés como uma seta. Os
passageiros voltam-se para o ver. Pobre Pantufa,
saiu-lhe cara a bisbilhotice !
Miss Daisy não se zangou. Estava a repousar no
camarote, porque não aguenta o sol nem o vento.
Vamos aproveitar para visitar a casa das máquinas ! O maquinista-chefe já disse que nos mostra…
Essa escada é empinada… Veja lá se cai, menina Anita.
As escadas de bordo são difíceis de descer.
Nada falta no paquete: até tem uma bela piscina
para se nadar!
E é tão bom mergulhar e jogar a bola na água!
Anita é uma excelente nadadora.
Mas, cuidado!, os cães estão proibidos de tomar
banho com os meninos …
Meio-dia. Miss Daisy e Anita vão almoçar.
Aqui está a ementa -diz o chefe de mesa.
Sopa do dia
Lagosta ao natural
Frango no espeto
Queijo. Sorvete. Café
Duas horas da tarde. Está cada vez mais calor.
Só se ouve o zumbido das hélices e. o grito das
gaivotas.
No convés, alguns passageiros dormem a sesta,
outros lêem romances. Os que não têm nada que
fazer vêem passar as nuvens no céu.
Anita sonha, na sua cadeira de repouso. Julga-se
já na América, nas ruas de Nova Iorque-ou então
no Texas, a viver uma aventura de cow-boys.
Guida, a amiguinha de Anita, veio ter com ela
para jogarem ao badminton.
Aqui estão as raquetas ! Começa tu !
O volante salta, de cá para lá, de lá para cá.
Eu também quero jogar! - grita o Pantufa.
E põe-se aos pulos.
Nisto, uma grande vaga sacode o navio.
E pumba ! … O Pantufa falhou o salto e foi cair
no convés inferior, nos braços do senhor Silva. O
senhor Silva tinha adormecido a ler um romance
policial. Esbugalhou os olhos e torceu o bigode:
Vou fazer queixa ao comandante!
Desculpe, senhor Silva…
O Pantufa não fez por mal-diz a Anita.
Não, não foi por mal - parece confirmar o
Pantufa, abanando a cauda.
Mas o tempo transtornou-se. O céu enche-se de
nuvens negras. O vento sopra em rajadas. A chuva
cai, e o navio começa a dançar nas ondas.
Fecham-se à pressa as cadeiras de lona.
Anita enfia o impermeável e o chapéu de
oleado.
As vagas salpicam o convés. Os trovões ribombam de repente. Depressa, todos têm de se abrigar !
É a tempestade. O convés fica deserto. Os senhores juntam-se no bar, a jogar as cartas ou o xadrez. As senhoras conversam no salão, e os meninos entretêm-se a ler livros de histórias. Miss Daisy
está com dores de cabeça.
A Anita e o Pantufa é que não se aborrecem
nada. Vão para o camarote e põem-se à janela. Pela
vigia vêem a chuva a cair, e as vagas a correr como
um rebanho de carneiros.
Voltou o bom tempo ! A borrasca desaparece ao
longe, no horizonte. O mar acalma e estende-se para
todos os lados, muito lisinho, a perder de vista.
De repente, mesmo ao pé do navio, quatro
golfinhos saltam fora das ondas. Parece que andam
a fazer corridas, que engraçados !
São bons amigos dos marinheiros.
Uma semana depois.
O navio corta as ondas a toda a pressa, e aproxima-se das costas americanas.
Miss Daisy, no camarote, fecha as malas. No convés, Anita tornou a encontrar a sua amiga. O comandante emprestou-lhe o binóculo, e a Guida pergunta:
Que vês tu, Anita?
Vejo rebocadores! São três, uns atrás dos
outros. Vêm ao nosso encontro … E lá ao longe vejo
o porto de Nova Iorque.
Nova Iorque. O paquete atracou. Por toda a
parte, guindastes gigantes, cargueiros, arranha-céus.
A bela viagem por mar acabou. Miss Daisy,
Anita e Pantufa desembarcam.
O coração de Anita põe-se a bater muito depressa.
A Guida veio despedir-se dela
-Adeus, Anita, e boa viagem pela América !
FIM DO LIVRO