edu_fmc
GForum VIP
- Entrou
- Fev 29, 2008
- Mensagens
- 21,260
- Gostos Recebidos
- 19
Esta manhã reina a calma na casa da Anita. O Pai
e a Mãe saíram e só regressam à noite. O Bebé, o
Pom-Pom e o Pantufa ainda dormem.
O despertador toca. Anita levanta-se logo, pois
hoje tem de substituir a Mãe e tratar do Francisco,
o seu irmãozinho, que deve estar a acordar.
Anita corre as cortinas e abre as janelas. O sol
entra no quarto. Lá fora o galo canta e o jardim
cheira bem.
É um lindo dia que começa.
Os sonhos da noite vão-se … O Bebé acorda e
olha para o cuco que sai do relógio e canta: “Cucu,
cucu.” No papel da parede, os patos parece que vão
lançar-se no charco. O Pom-Pom sobe a escada a correr para saber se o Bebé dormiu bem.
Quando o Francisco já está bem desperto, Anita
pega nele ao colo. O Bebé, atrapalhado com o sol, faz
uma careta e fecha os olhos.
Bom dia, bom dia! - diz a Anita, beijando-o
para o tranquilizar.
O dia do Bebé começa com o banho. Atenção,
que a água não esteja muito quente !
Dar banho ao Francisco não é fácil, pois ele chapinha com as mãos na água para ver baloiçar o peixe encarnado e o pato de celulóide.
Quer pôr-se de pé na banheira, salpica a cara e
deita a língua de fora. Cuidado com o sabão nos
olhos !
O banho terminou. Ora, é muito importante que o Bebé não apanhe frio. Uma fricção com água-de-colónia vai fazer-lhe bem.
Água-de-colónia - diz o Pantufa, desviando o
focinho. - Os perfumes fazem-me dores de cabeça …
O Bebé bem gostaria de voltar para a banheira,
mas não lhe vale de nada esbracejar. Não pode tomar
banho outra vez.
Anita não sabe o que há-de fazer. Como vai ela vestir o Bebé? Se a Mãe estivesse ali … Mas não faz mal; há-de conseguir desembaraçar-se.
Faz por ter todo o cuidado, para não picar o irmãozinho com o alfinete-de-ama. E agora? O Bebé fecha a mãozinha dentro da manga da camisola e não consegue tirá-la. Mas a Anita não se atrapalha.
E aqui está um laço nada fácil de fazer.
O Bebé chora. Anita sabe bem a razão da sua
impaciência. É a hora do biberão. E quando o Bebé
tem fome não se pode fazê-lo esperar.
Assim, Anita trata de aquecer a água na chaleira.
Onde está o leite? E o açúcar ? O biberão está lavado?
Muito bem. Já só falta medir o leite, a água e o açúcar. A Mãe disse:
Até este risco do biberão.
O leite está como deve ser : nem muito quente
nem muito frio. O Bebé já não chora. Está ao colo
da irmã e bebe sofregamente.
Devagarinho ! -diz ela, baixando o biberão-,
senão daqui a pouco estás com soluços.
O irmãozinho da Anita observa o tecto. Nos seus
olhos já não há sombras de tristeza. Agarra o biberão
com as duas mãos e o Pom-Pom olha-o, esperando
que ele lhe deixe um bocadinho de leite.
Antes de sair, a Mãe disse : ” Se estiver bom tempo,
podes levar o menino a passear ao parque.” É uma
sorte o sol estar de acordo !
Anita vai buscar o carrinho do Bebé, e põe-lhe
uma almofada e uns lindos lençóis, onde estão bordados a cores, coelhos e passarinhos.
Não são precisos cobertores, porque está muito
calor. O que é preciso é não esquecer a sombrinha !
Anita sente-se orgulhosa ao passear o irmão no
lindo carrinho. Mal entra no parque, as crianças correm para ela.
- É o teu irmão? pergunta a Isabel.
- Como se chama? interroga a Cláudia.
- Chama-se Francisco.
- Que lindo que é ! Que idade tem?
- Fez treze meses no dia quinze de Abril.
No parque, os meninos gritam muito alto, a jogar
às escondidas. O Bebé não consegue adormecer. É
melhor voltar para casa.
Em casa, no terraço, debaixo de um guarda-sol,
o Bebé não tarda a fechar os olhos.
- Silencio! - recomenda a Anita, pondo um dedo
nos lábios. - Não acordem o Bebé.
E vai-se embora em bicos de pés. O Pom-Pom
vigia, em cima de um banco. Tudo está calmo.
De repente, pela janela aberta, ouve-se um barulho de latas.
Anita vai logo ver o que aconteceu. Foi o Pom-Pom que descobriu um rato e começou a correr atrás dele.
Durante a perseguição, fez cair a vassoura sobre o
balde e este rebolou para o meio do pátio. O Bebé
acordou, assustou-se e pôs-se a chorar.
- Não foi nada! - diz a Anita pegando nele ao
colo.
O Bebé acalma-se … e só pensa em brincar. O
cavalinho de baloiço atrai-lhe a atenção.
O cavalinho tem guizos em volta do pescoço e
fitas na crina. Espera que o Bebé esteja bem instalado
e desata a galopar para trás e para a frente como um
cavalo de verdade.
- Cuidado com as patinhas do Pom-Pom !
O Bebé já não quer brincar com o cavalo. Agora
quer andar.
É verdade que não tarda a ser um rapazinho crescido.
Mas ainda não anda muito bem. É preciso que a
Anita o segure. Assim, conseguirá ir até ao fundo do
jardim, onde está a pastar um carneirinho.
- Bom dia, carneirinho !
Claro que o Bebé ainda não fala. Mas o que o
Bebé não diz toda a gente o adivinha.
O carneirinho, esse, então, nunca chegará a falar.
Mas dá saltos na relva e faz toda a espécie de cabriolas. Com isto ele quer dizer : “Vamos! Faz-me uma
festa … “
Mas nada é tão difícil como fazer festas a um carneirinho que nunca está quieto.
A tarde está no fim. O ar livre abre o apetite e o
Bebé reclama o jantar.
Anita senta o Francisco na cadeira, que tem um
tabuleiro à frente e uma linda almofada. Depois traz
uma colher e um prato e sopra para arrefecer a papa.
- Uma colher pelo Pom-Pom. Outra pelo cavalinho de baloiço e mais outra pelo carneirinho !
- Não se esqueçam de mim ! -parece dizer o
Pantufa.
As estrelas aparecem no céu. São horas de deitar
o Bebé. A Anita despe-o.
Já está de pijama, pronto para dormir com o urso
de peluche e o coelho de orelhas compridas.
Pom-Pom pergunta a si próprio se o urso de
peluche deixará o Bebé dormir e se o coelho matreiro
não passará a noite a correr no quarto.
E o gato abana a cauda para dizer:
Amanhã vamo-nos divertir a valer.
Bons sonhos! -deseja a Anita ao Francisco.
Mal se deita no berço, o Bebé adormece. Anita
gosta muito do irmãozinho … Mas está contente
porque os Pais estão quase a chegar, e, está claro, não
é fácil tratar do Bebé um dia inteiro !
FIM DO LIVRO
e a Mãe saíram e só regressam à noite. O Bebé, o
Pom-Pom e o Pantufa ainda dormem.
O despertador toca. Anita levanta-se logo, pois
hoje tem de substituir a Mãe e tratar do Francisco,
o seu irmãozinho, que deve estar a acordar.
Anita corre as cortinas e abre as janelas. O sol
entra no quarto. Lá fora o galo canta e o jardim
cheira bem.
É um lindo dia que começa.
Os sonhos da noite vão-se … O Bebé acorda e
olha para o cuco que sai do relógio e canta: “Cucu,
cucu.” No papel da parede, os patos parece que vão
lançar-se no charco. O Pom-Pom sobe a escada a correr para saber se o Bebé dormiu bem.
Quando o Francisco já está bem desperto, Anita
pega nele ao colo. O Bebé, atrapalhado com o sol, faz
uma careta e fecha os olhos.
Bom dia, bom dia! - diz a Anita, beijando-o
para o tranquilizar.
O dia do Bebé começa com o banho. Atenção,
que a água não esteja muito quente !
Dar banho ao Francisco não é fácil, pois ele chapinha com as mãos na água para ver baloiçar o peixe encarnado e o pato de celulóide.
Quer pôr-se de pé na banheira, salpica a cara e
deita a língua de fora. Cuidado com o sabão nos
olhos !
O banho terminou. Ora, é muito importante que o Bebé não apanhe frio. Uma fricção com água-de-colónia vai fazer-lhe bem.
Água-de-colónia - diz o Pantufa, desviando o
focinho. - Os perfumes fazem-me dores de cabeça …
O Bebé bem gostaria de voltar para a banheira,
mas não lhe vale de nada esbracejar. Não pode tomar
banho outra vez.
Anita não sabe o que há-de fazer. Como vai ela vestir o Bebé? Se a Mãe estivesse ali … Mas não faz mal; há-de conseguir desembaraçar-se.
Faz por ter todo o cuidado, para não picar o irmãozinho com o alfinete-de-ama. E agora? O Bebé fecha a mãozinha dentro da manga da camisola e não consegue tirá-la. Mas a Anita não se atrapalha.
E aqui está um laço nada fácil de fazer.
O Bebé chora. Anita sabe bem a razão da sua
impaciência. É a hora do biberão. E quando o Bebé
tem fome não se pode fazê-lo esperar.
Assim, Anita trata de aquecer a água na chaleira.
Onde está o leite? E o açúcar ? O biberão está lavado?
Muito bem. Já só falta medir o leite, a água e o açúcar. A Mãe disse:
Até este risco do biberão.
O leite está como deve ser : nem muito quente
nem muito frio. O Bebé já não chora. Está ao colo
da irmã e bebe sofregamente.
Devagarinho ! -diz ela, baixando o biberão-,
senão daqui a pouco estás com soluços.
O irmãozinho da Anita observa o tecto. Nos seus
olhos já não há sombras de tristeza. Agarra o biberão
com as duas mãos e o Pom-Pom olha-o, esperando
que ele lhe deixe um bocadinho de leite.
Antes de sair, a Mãe disse : ” Se estiver bom tempo,
podes levar o menino a passear ao parque.” É uma
sorte o sol estar de acordo !
Anita vai buscar o carrinho do Bebé, e põe-lhe
uma almofada e uns lindos lençóis, onde estão bordados a cores, coelhos e passarinhos.
Não são precisos cobertores, porque está muito
calor. O que é preciso é não esquecer a sombrinha !
Anita sente-se orgulhosa ao passear o irmão no
lindo carrinho. Mal entra no parque, as crianças correm para ela.
- É o teu irmão? pergunta a Isabel.
- Como se chama? interroga a Cláudia.
- Chama-se Francisco.
- Que lindo que é ! Que idade tem?
- Fez treze meses no dia quinze de Abril.
No parque, os meninos gritam muito alto, a jogar
às escondidas. O Bebé não consegue adormecer. É
melhor voltar para casa.
Em casa, no terraço, debaixo de um guarda-sol,
o Bebé não tarda a fechar os olhos.
- Silencio! - recomenda a Anita, pondo um dedo
nos lábios. - Não acordem o Bebé.
E vai-se embora em bicos de pés. O Pom-Pom
vigia, em cima de um banco. Tudo está calmo.
De repente, pela janela aberta, ouve-se um barulho de latas.
Anita vai logo ver o que aconteceu. Foi o Pom-Pom que descobriu um rato e começou a correr atrás dele.
Durante a perseguição, fez cair a vassoura sobre o
balde e este rebolou para o meio do pátio. O Bebé
acordou, assustou-se e pôs-se a chorar.
- Não foi nada! - diz a Anita pegando nele ao
colo.
O Bebé acalma-se … e só pensa em brincar. O
cavalinho de baloiço atrai-lhe a atenção.
O cavalinho tem guizos em volta do pescoço e
fitas na crina. Espera que o Bebé esteja bem instalado
e desata a galopar para trás e para a frente como um
cavalo de verdade.
- Cuidado com as patinhas do Pom-Pom !
O Bebé já não quer brincar com o cavalo. Agora
quer andar.
É verdade que não tarda a ser um rapazinho crescido.
Mas ainda não anda muito bem. É preciso que a
Anita o segure. Assim, conseguirá ir até ao fundo do
jardim, onde está a pastar um carneirinho.
- Bom dia, carneirinho !
Claro que o Bebé ainda não fala. Mas o que o
Bebé não diz toda a gente o adivinha.
O carneirinho, esse, então, nunca chegará a falar.
Mas dá saltos na relva e faz toda a espécie de cabriolas. Com isto ele quer dizer : “Vamos! Faz-me uma
festa … “
Mas nada é tão difícil como fazer festas a um carneirinho que nunca está quieto.
A tarde está no fim. O ar livre abre o apetite e o
Bebé reclama o jantar.
Anita senta o Francisco na cadeira, que tem um
tabuleiro à frente e uma linda almofada. Depois traz
uma colher e um prato e sopra para arrefecer a papa.
- Uma colher pelo Pom-Pom. Outra pelo cavalinho de baloiço e mais outra pelo carneirinho !
- Não se esqueçam de mim ! -parece dizer o
Pantufa.
As estrelas aparecem no céu. São horas de deitar
o Bebé. A Anita despe-o.
Já está de pijama, pronto para dormir com o urso
de peluche e o coelho de orelhas compridas.
Pom-Pom pergunta a si próprio se o urso de
peluche deixará o Bebé dormir e se o coelho matreiro
não passará a noite a correr no quarto.
E o gato abana a cauda para dizer:
Amanhã vamo-nos divertir a valer.
Bons sonhos! -deseja a Anita ao Francisco.
Mal se deita no berço, o Bebé adormece. Anita
gosta muito do irmãozinho … Mas está contente
porque os Pais estão quase a chegar, e, está claro, não
é fácil tratar do Bebé um dia inteiro !
FIM DO LIVRO