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Anne Frank

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GF Prata
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Anneliese Marie Frank, mais conhecida como Anne Frank, (Frankfurt am Main, 12 de Junho de 1929 — Bergen-Belsen, início de Março de 1945) foi uma judia obrigada a viver escondida dos nazistas durante o Holocausto. Ela e a sua família, juntamente com mais quatro pessoas, viveram 25 meses, durante a Segunda Guerra Mundial, num anexo de quartos por cima do escritório do pai dela, em Amsterdã, nos Países Baixos, denominado Anexo Secreto. Enquanto vivia no Anexo Secreto, Anne escrevia em seu diário (que ganhou de aniversário), a que ela deu o nome de Kitty. No diário escrevia o que sentia, pensava e o que fazia. Kitty era sua única amiga dentro do Anexo Secreto.

Os longos meses de silêncio e medo aterrorizante, acabaram ao ser denunciada aos nazistas e deportada para campos de concentração nazistas. Primeiro foi levada juntamente com a família para uma escola e depois para Westerkerk, nos Países Baixos, antes de serem deportados para o leste da Europa. Anne Frank foi deportada inicialmente para Auschwitz, juntamente com os pais, irmã e as outras pessoas com quem se refugiava na casa de Amsterdã (hoje casa-museu). Depois levaram-na para Bergen-Belsen, juntamente com a irmã, separando-a dos pais. Em 1945, nove meses após a sua deportação, Anne Frank morre de tifo em Bergen-Belsen. A irmã, Margot Frank, tinha falecido também vítima do tifo e da subnutrição dias antes de Anne. Sua morte aconteceu duas semanas antes de o campo ser libertado.

O seu diário, guardado durante a guerra por Miep Gies, foi publicado pela primeira vez em 1947. O diário está atualmente traduzido em 67 línguas e é um dos livros mais lidos do mundo. O local onde a família de Anne Frank e outras quatro pessoas viveram para se esconder dos nazistas ficou conhecido como Anexo Secreto e tornou-se um famoso museu após a publicação do diário. Nesse há uma reprodução das condições em que os moradores do Anexo Secreto viviam e é apresentada a história de seus oito habitantes e das pessoas que os ajudaram a se esconder durante a guerra. Um dos itens apresentados ao público é o diário escrito por Anne, que viria a se tornar mundialmente famoso após sua morte, devido a iniciativa de seu pai, Otto, de publicá-lo. Hoje, é um dos mais famosos símbolos do Holocausto. Dos oito habitantes do Anexo, o único sobrevivente após a guerra foi Otto, pai de Anne.

Entretanto, já há muitos anos, surgiram fortes evidências de que o manuscrito é uma fraude, perpetrada pelo ambicioso pai de Anne, e que se perpetuou à posteridade graças ao ambiente de grande comoção mundial por conta do holocausto judeu, e às repetidas defesas que muitos fizeram do livro, de fundo antes emocional que realista, porque confundiam a autenticidade do texto com a do próprio Holocausto. A evidência maior de fraude, considerada irrefutável pelos estudiosos que se dedicaram ao assunto, é o fato de muitas páginas do diário terem sido escritas com caneta do tipo esferográfica (e não tinteiro), somente fabricada e vendida na Europa depois da morte de Anne Frank, anos depois da época em que teria escrito seu relato.
 

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A HISTÓRIA DE ANNE FRANK
A história de Anne começa na Alemanha dos anos 20. Filha de Otto Frank (nascido em Frankfurt am Main, Alemanha, no dia 12 de maio de 1889) e Edith Holländer (nascida em Aachen, Alemanha, no dia 16 de janeiro de 1900), seus pais se casaram numa sinagoga no dia 12 de maio de 1925.
O casal Frank na lua-de-mel em Sam Remo, na Itália.

Os recém –casados foram morar na casa da mãe de Otto, Alice Frank-Stern (o pai de Otto falecera em 1909). Nove meses depois, no dia 16 de fevereiro de 1926, a primeira filha do casal, Margot, nasceu em Frankfurt am Main. No outono do ano seguinte, a família Frank mudou-se para uma nova casa (Marbachweg, 307). No dia 12 de junho de 1929, nasceu Annelise Frank.
Em março de 1931, a família Frank mudou-se para Ganghoferstrasse, 24 (Frankfurt am Main).

Em 1933, com a subida ao poder de Adolf Hitler, a família Frank decidiu mudar-se para a relativamente segura Amsterdam, na Holanda. Para tanto no verão Edith, Margot e Anne foram morar com a avó materna Holländer, em Aachen, enquanto Otto partiu para Amsterdam para organizar as coisas.
Anne e Margot em Aachen, antes de se mudarem para Amsterdam.

No dia 15 de setembro de 1933, Otto Frank inaugura a Opekta-Works
(especializada na produção de pectina, uma substância usada na fabricação de geléias.

Em outubro de 1933, Alice Frank-Stern (mãe de Otto) mudou-se para a Basiléia na Suiça.
No dia 5 de dezembro de 1933, Edith e Margot mudaram-se para Amsterdam (Anne permaneceu em Aachen com sua avó materna até que as coisas se estabilizaram na Holanda).
De 1933 até 1942, a família Frank viveu em Merweideplein, em Amsterdam.

No verão de 1937, a família Van Pels trocou Osnabrück na Alemanha, por Amsterdam. No dia 1º de junho de 1938, Otto Frank em parceria com Hermann van Pels inaugurou a Pectacon B.V., especializada na produção de ervas utilizadas no tempero de carne. No dia 8 de dezembro do mesmo ano, Fritz Pfeffer trocou a Alemanha pela Holanda. Em março de 1939, a situação dos judeus na Alemanha começou a ficar intolerável. Isso obrigou a avó materna de Anne a deixar Aachen, indo morar com a família Frank em Amsterdam.

Mesmo com muitos membros do Partido Nazista presentes em seu território, a Holanda tratava seus judeus refugiados muito bem e os Frank se sentiram seguros juntamente com seus vizinhos judeus. Além disso, Anne e Margot tinham muitas amizades, incluindo Nanny Blitz, Laureen Nussbaum, Hanneli Goslar e Jacqueline van Maarsen.

Segundo Anne escreveu em seu diário mais tarde, as coisas não eram mais as mesmas.
”Depois de maio de 1940 os bons tempos foram poucos e muito espaçados: primeiro veio a guerra, depois a capitulação, e em seguida a chegada dos alemães, e foi então que começaram os problemas para os judeus. Nossa liberdade foi seriamente restringida com uma série de decretos anti-semitas: os judeus deveriam usar uma estrela amarela; os judeus eram proibidos de andar nos bondes; os judeus eram proibidos de andar de carros, mesmo que fossem carros deles; os judeus deveriam fazer suas compras entre três e cinco horas da tarde; os judeus só deveriam freqüentar barbearias e salões de beleza de proprietários judeus; os judeus eram proibidos de sair às ruas entre oito da noite e seis da manhã; os judeus eram proibidos de comparecer a teatros, cinemas ou qualquer outra forma de diversão; os judeus eram proibidos de freqüentar piscinas, quadras de tênis, campos de hóquei ou qualquer outro campo de atletismo; os judeus eram proibidos de ficar em seus jardins ou nos de seus amigos depois das oito da noite; os judeus eram proibidos de visitar casas de cristãos; os judeus deveriam frequëntar escolas judias etc. Você não podia fazer isso ou aquilo, mas a vida continuava.”
 

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NO ANEXO SECRETO

No dia 5 de julho de 1942, por volta das três horas da tarde, Edith Frank recebeu a visita de um funcionário do correio que, em troca de sua assinatura, entregou-lhe um documento registrado convocando Margot para ir para o campo de trabalhos forçados de Westerbork, na Alemanha.

Prinsengracht 263, o Anexo Secreto. Diante de tal fato Otto Frank decidiu antecipar do dia 16 de julho (data originalmente marcada) para o dia seguinte a ida da família para o esconderijo localizado na Prinsengracht, 263 (local onde funcionava seu escritório e que desde o ano anterior estava sendo preparado para se tornar esconderijo da família caso fosse necessário).

A família Van Pels (Hermann, Auguste e Peter) se mudou para o Anexo Secreto no dia 13 de julho. No dia 16 de novembro, Fritz Pfeffer chegou ao esconderijo como oitavo clandestino.

Para sobreviver os moradores do Anexo Secreto contaram com a preciosa ajuda dos empregados da Opekta: Victor Gustav Kugler, Johannes Kleiman, Miep, Jan Gies e Elisabeth "Bep" Voskuijl que eram o único contato dos moradores do Anexo com o mundo de fora e que arriscavam diariamente suas vidas comprando comida, alugando livros, reportando os acontecimentos do mundo externo.

Por dois anos os moradores do Anexo fizeram parte de uma grande família, morando num confinado espaço e vivendo sob o constante medo de serem descobertos pelos nazistas e seus simpatizantes.

Anne decorou as paredes de seu quarto com fotografias e cartões postais de artistas de cinema.

Enquanto permaneceram no Anexo, Anne teve que dividir seu quarto com Fritz Pfeffer sendo que grande parte de seu diário foi escrito nesse local.
 

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OS MORADORES DO ANEXO SECRETO

Após o Relatório da Gestapo IV B4 (o "Relatório Judeu" da Euterpestraat) ter recebido na manhã de 4 de agosto de 1944 um telefonema com uma voz em holandês, possivelmente feminina, informando sobre o esconderijo de oito judeus na casa dos fundos da Prinsengracht 263, o segundo-sargento das SS Karl Josef Silberbauer juntamente com três membros holandeses da Polícia de Segurança foram despachados para o local onde prenderam as oito pessoas que ali estavam escondidas a mais de dois anos.

Depois de presos, os oito moradores do Anexo Secreto foram levados para uma prisão em Amsterdam e no dia 8 de agosto transferidos para Westerbork, campo de triagem para judeus no norte da Holanda. Em 3 de setembro de 1944 foram deportados no último trem que partiu de Westerbork para Auschwitz (Polônia), chegando no local no dia 6 de setembro.


OTTO FRANK
Otto Heinrich Frank nasceu em Frankfurt am Main (Alemanha) no dia 12 de maio de 1889. Foi o único dos oito moradores do Anexo a sobreviver, sendo libertado de Auschwitz pelo Exército Vermelho no dia 27 de janeiro de 1945. Otto Frank morreu na Basiléia (Suiça) no dia 19 de agosto de 1980.
Em 7 de novembro de 1942, Anne escreveu sobre Otto Frank em seu diário:
"Eu me guio por papai, e não há ninguém no mundo que eu ame mais."



EDITH FRANK
Edith Hollander Frank nasceu em Aachen (Alemanha) no dia 16 de janeiro de 1900 e morreu em Auschwitz-Birkenau no dia 6 de janeiro de 1945, vítima de fome e exaustão.
Em 7 de novembro de 1942, Anne escreveu sobre Edith Frank em seu diário:
"Eu me agarro a papai porque meu desprezo por mamãe cresce dia a dia (...) Sou o oposto de mamãe, por isso nós nos desentendemos, claro"



MARGOT FRANK
Margot Frank nasceu em Aachen (Alemanha) no dia 16 de fevereiro de 1926. Por volta de 28 de outubro de 1944 foi transferida com Anne e Auguste van Pels para Bergen Belsen, campo de concentração perto de Hannover (Alemanha), onde morreu possivelmente no final de fevereiro de 1945, vítima da epidemia de tifo que matou milhares de prisioneiros no local. Provavelmente seu corpo foi enterrado nas valas comuns de Bergen Belsen.
Em 7 de novembro de 1942, Anne escreveu sobre Margot Frank em seu diário:
"Não tenho ciúmes de Margot, nunca tive. Não invejo seu cérebro ou sua beleza."



ANNE FRANK
Anne Frank nasceu em Frankfurt am Main (Alemanha) no dia 12 de junho de 1929. Por volta de 28 de outubro de 1944 foi transferida com a irmã e Auguste van Pels para Bergen Belsen onde morreu possivelmente no final de fevereiro ou início de março de 1945, vítima de tifo. Provavelmente seu corpo também foi enterrado nas valas comuns do campo que foi libertado por tropas inglesas em 12 de abril de 1945.
Em 1 de outubro de 1942, Anne escreveu sobre si própria em seu diário:
"Quem poderia imaginar há três meses que a espevitada Anne teria de ficar parada durante horas sem fim, e mais, que ela conseguiria?"



HERMANN VAN PELS (VAN DAAN)
Hermann van Pels nasceu em Osnabrück (Alemanha) no dia 31 de março de 1889. Segundo o testemunho de Otto Frank, ele morreu na câmara de gás de Auschwitz em outubro ou novembro de 1944 (pouco depois disto as câmaras foram desativadas).
Em 21 de agosto de 1942, Anne escreveu sobre Hermann van Pels em seu diário:
"O Senhor van Daan e eu estamos sempre nos desentendendo."



AUGUSTE VAN PELS (PETRONELLA VAN DAAN)
Auguste van Pels nasceu em Osnabrück (Alemanha) no dia 9 de setembro de 1890. Por volta de 28 de outubro de 1944 Auguste van Pels foi transferida com Anne e Margot para Bergen Belsen. Em fevereiro de 1945 foi transferida para Buchenwald, depois para Theresienstadt (em 9 de abril de 1945), e aparentemente para outro campo de concentração depois disso. É certo que não sobreviveu, mas não se sabe a data de sua morte.
Em 21 de setembro de 1942, Anne escreveu sobre Auguste van Pels em seu diário:
"A Senhora van Daan é insuportável. Vive brigando comigo porque falo sem parar."



PETER VAN PELS (PETER VAN DAAN)
Peter van Pels nasceu em Osnabrück (Alemanha) no dia 8 de novembro de 1926. Em 16 de janeiro de 1945, Peter van Pels foi forçado a participar da marcha da morte de Auschwitz até o campo de concentração de Mauthausen (Áustria), onde, segundo a Cruz Vermelha, morreu no dia 5 de maio de 1945, três dias antes do campo ser libertado por tropas americanas.
Em 18 de fevereiro de 1944, Anne escreveu sobre Peter van Pels em seu diário:
"Não pense que estou apaixonada, porque não estou, mas tenho a sensação de que vai se desenvolver uma coisa linda entre Peter e eu, uma espécie de amizade e uma sensação de confiança."



FRITZ PFEFFER (ALFRED DUSSEL)
Fritz Pfeffer nasceu em Giessen, na Alemanha, no dia 30 de abril de 1889 e morreu no dia 20 de dezembro de 1944, no campo de concentração de Neuengamme para onde fora transferido de Buchenwald ou de Sachesenhausen.>
Em 28 de novembro de 1942, Anne escreveu sobre Fritz Pfeffer em seu diário:
"O Senhor Dussel, o homem que, segundo haviam dito, se dava tão bem com crianças e absolutamente as adorava, acabou sendo um disciplinador antiquado e um pregador de sermões insuportavelmente longos sobre boas maneiras."
 

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OS AJUDANTES DO ANEXO SECRETO


No dia 4 de agosto de 1944 Victor Kugler e Johannes Kleiman foram presos com os oito moradores do Anexo Secreto pelo segundo-sargento das SS Karl Josef Silberbauer (Hermine "Miep" Santrouschitz Gies, Elizabeth "Bep" Voskuijl e Jan Gies não foram levados) e levados para a prisão de Amsterdam.

No dia 1º de setembro de 1944 Kugler e Kleiman foram transferidos, sem julgamento, para um campo de trabalho em Amersfoot (Holanda) Em 3 de setembro de 1944 foram deportados no último trem que partiu de Westerbork para Auschwitz (Polônia), chegando no local no dia 6 de setembro.


HERMINE "MIEP" SANTROUSCHITZ GIES (MIEP)
Hermine "Miep" Santrouschitz Gies nasceu em Viena (Austria) em 1909. Logo após a prisão dos moradores do Anexo, ela procurou o segundo-sargento das SS Karl Josef Silberbauer na Gestapo e lhe ofereceu dinheiro em troca da libertação dos amigos. Ele não aceitou.
Pouco antes da polícia de Adolf Hitler voltar no Anexo Secreto para retirar os móveis e tudo o que julgasse aproveitável para mandar para a Alemanha (era um costume do Partido Nazista fazer isso quando alguma família judia era deportada), Miep encontrou os diários de Anne espalhados pelo local, recolheu-os e guardou consigo sem nunca ter lido (quando após a guerra a morte de Anne foi confirmada, ela entrregou os manuscritos da menina para Otto Frank). Em 1947, quando dirigia provisoriamente a Opekta, enquanto Kleiman estava na prisão, Miep pediu demissão pois era preciso se dedicar a sua casa onde no momento estavam morando seu marido (Jan Gies), Otto Frank e Albert Cauvern (amigo de Otto). Três anos depois nasceu seu único filho, Paul.
Nos anos 90 Miep foi homenageada várias vezes por seu papel como colaboradora dos moradores do Anexo e atualmente vive em Amsterdam, sendo a única dos cinco ajudantes do Anexo Secreto viva.


JAN GIES (HENK)
Jan Gies, holandês, casado com Miep Gies e pai de Paul, participou durante a guerra da Resistência Holandesa.
Jan Gies morreu no dia 26 de janeiro de 1993 em Amsterdam.


ELIZABETH "BEP" VOSKUIJL (ELLI VOSSEN)
Elli Vossen Elizabeth demitiu-se de seu cargo na Opekta logo após a guerra.
No dia 15 de maio de 1946, Bep se casou e teve uma filha chamada Anna.
Bep morreu no dia 6 de maio de 1983, em Amsterdam.


JOHANNES KLEIMAN (SENHOR KOOPHUIS)
Johannes Kleimanfoi solto de Amersfoot no dia 18 de setembro de 1944, devido a intervenção da Cruz Vermelha Internacional por causa de seus problemas de saúde.
Após o final de 1944, Johannes Kleiman voltou a dirigir os negócios da Opekta, assumindo a firma por completo em 1952, quando Otto Frank se mudou para a Suiça.
Kleiman morreu no dia 30 de janeiro de 1959 em Amsterdam.


VICTOR GUSTAV KUGLER (SENHOR KRALER)
Após Amersfoot, Victor Gustav Kugler foi transferido para o campo de trabalho de Zwolle e em seguida para o de Wageningen.
No dia 28 de março de 1945, quando estava sendo mandado com outros prisioneiros para trabalhos forçados na Alemanha, Victor Kugler conseguiu fugir, ficando escondido em sua casa em Amsterdam.
Sua mulher morreu no final da guerra e nos anos 50 ele se casou pela segunda vez.
Em 1955 o casal emigrou para o Canadá onde ele morreu em Toronto, no dia 16 de dezembro de 1981.
 

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A AUTENTICIDADE DO DIÁRIO DE ANNE FRANK


O diário de Anne Frank.
O professor alemão L. Stielau escreveu em uma revista em 1958 sobre suas dúvidas a respeito da autenticidade do diário de Anne Frank. Nos anos 30 ele esteve envolvido na liderança da juventude hitleriana e depois da guerra se tornou um ativo membro de organizações nazistas. Essa sua publicação de 1958 recebeu uma extensiva cobertura da imprensa.


No início de 1959, Otto Frank deu entrada em um processo contra Stielau. Após exaustivas e autorizadas pesquisas sobre a autenticidade da letra de Anne Frank, a corte em Lubeck anunciou em 1960 que o diário era autentico. Isso foi razão suficiente para que em 1961 se tomasse medidas legais. Com isso Stielau declarou que baseado nesse exame ele estava convencido de que o diário era verdadeiro e retirou suas afirmações.

Nos anos 60 e 70, a autenticidade do diário foi questionada em várias publicações sem nenhuma ação legal até 1976 quando o diário de Anne Frank se tornou o tema de um processo em Frankfurt.

Desde 1975, H. Roth vinha publicando com sua própria companhia revistas e folhetos com títulos como “Anne Frank's Tagebuch - eine Fälschung” (“O Diário de Anne Frank – uma Fraude”). Em 1976, Otto Frank conseguiu impedir a distribuição desses panfletos. A Casa de Anne Frank se envolveu no caso como co-autora do processo. Dois anos depois o juiz decidiu proibir Roth de expressar em público suas idéias sobre o diário sob penalidade de pagamento de multa ou prisão de seis meses.

No recurso de apelação Roth apresentou um relatório de R. Faurisson para quem pediu um extensivo exame sobre a autenticidade do diário. O relatório não convenceu a corte e o recurso foi rejeitado em julho de 1979. Em 1980, Faurisson publicou em francês o resultado de seu relatório com o título “Le journal d'Anne Frank est-il authentique?”. Em 1985, na Bélgica, apareceu uma tradução alemã do relatório de Faurisson: “Het dagboek van Anne Frank: een vervalsing”. Esta sem o sinal de pergunta.

Houveram dois processos judiciais a respeito da autenticidade do diário baseados na liberdade de expressão. Ambos os casos ocorreram na Alemanha em 1979. O primeiro caso foi baseado na distribuição dos panfletos do radical extremista de direita E. Schönborn em 1978 em Frankfurt. A publicação alegava que o diário de Anne Frank era uma falsificação e produto da propaganda judaica sobre as atrocidades alemãs para suportar a morte dos seis milhões de judeus e para financiar o estado de Israel. No segundo caso, em Stuttgart, o nazista W. Kuhnt foi acusado de publicidade incitando o ódio racial e difamação da memória de pessoas mortas. Huhnt escreveu em uma publicação de extrema direita que o diário era “eine Fälschun” (“uma fraude”) e “ein Schwindel” (“uma mentira”). Em ambos os casos a corte decidiu que se a queixa realmente persistisse pela parte prejudicada a acusação de blasfêmia poderia ainda prosseguir. Essa determinação causou um certo tumulto na imprensa.

Em 19 de março de 1993, após vários anos, um caso em Hamburgo também chegou ao fim. A autenticidade do diário de Anne Frank também estava sendo questionada lá. Isto começou em 1976 quando a peça teatral baseada no diário estreou no local. E. Römer distribuiu panfletos intitulados de “Best-Seller - ein Schwindel” (“Best-Seller – uma Mentira”) que alegava que o diário era uma falsificação. O promotor público decidiu processar Römer novamente. Otto Frank foi co-autor do processo. Em 1977 a corte distrital multou Römer. Durante o período de apelação um companheiro seu de direita, E. Geiss, distribuiu panfletos na sala de audiência alegando que o diário era uma grande fraude. Ambos foram condenados.

O Laboratório Criminal Alemão, o Bundeskriminalamt (BKA) foi convidado a examinar o tipo de papel e os tipos de tinta usados nos manuscritos do diário de Anne. Os resultados mostraram que o papel e a tinta em questão tinham sido usados durante a guerra e por alguns anos depois. Consideravelmente o BKA concluiu que “as últimas correções feitas nas folhas soltas do diário foram escritas em caneta esferográfica azul, verde e preta”. Analisando as descobertas do BKA, ficou impossível considerá-las corretas já que não foram mencionados o local exato, natureza e extensão dessas supostas correções. Durante o caso de Stielau, vinte anos antes, os especialistas em manuscritos já tinha dito que todo o trabalho tinha sido escrito pela própria Anne Frank.

O relatório do BKA mostrou ter muitos erros no seu veredito. Em 1980 a revista alemã Der Spiegel publicou um artigo baseado nas conclusões do relatório do BKA. A mensagem do artido era: “este questionamento sobre a autenticidade do documento vai continuar”. E isto causou uma enorme perturbação no país e fora dele.

Em agosto de 1980 Otto Frank morreu. Os manuscritos de sua filha foram deixados para a Alemanha que entregou os documentos para o Instituto de Documentação de Guerra dos Países Baixos (RIOD - Rijksinstituut voor Oorlogsdocumentatie). Otto Frank nomeou a Fundação Anne Frank na Basiléia como sendo a herdeira do copyright do diário. O RIOD decidiu publicar todo o diário de Anne Frank em uma versão detalhada, em parte como resposta para os contínuos ataques a respeito da autenticidade do diário.

O "Gerechtelijk Laboratorium" em Rijswijk foi convidado a conduzir um extensivo exame dos manuscritos de Anne considerando sua letra e outros aspectos técnicos. O BKA foi convidado pelo "Gerechtelijk Laboratorium" a indicar onde eles tinham encontrado tinta de caneta esférica sendo que nesse momento ele (BKA) foi incapaz de apontar uma só correção desse tipo. Em 1986 os diários completos de Anne Frank e os resultados positivos dessa pesquisa de laboratório foram publicadas com o título “De dagboeken van Anne Frank” (“O Diário de Anne Frank”) e a autenticidade do diário foi definitivamente comprovada.
 
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