Antas Botelho: Directiva europeia não trará directo contributo para a cogeração

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Antas Botelho: Directiva europeia não trará directo contributo para a cogeração

Para Antas Botelho, da empresa de projectos térmicos industriais e de ambiente Protermia, a transposição da directiva europeia da cogeração «não trará qualquer contributo» para o desenvolvimento da cogeração em Portugal. Isto porque, explica, cabe a cada Estado-membro estabelecer quais os estímulos a atribuir a esta actividade, por forma a que se atinjam os patamares de penetração no tecido económico, inerentes às metas estabelecidas a nível comunitário.


No entanto, o responsável salienta que a directiva da cogeração será bem-vinda, na medida em que «contribuirá para recolocar a cogeração na agenda dos decisores políticos e pela visibilidade que esta passará a ter no contexto dos restantes países europeus».


Em relação ao estudo que está a ser realizado por iniciativa da Direcção Geral de Energia e Geologia, segundo o responsável, a duplicação do potencial de cogeração para 2015 pode ser atingido ou mesmo ultrapassado em função dos estímulos que o legislador contemple na futura legislação. No entanto, destaca, não se afigura exequível que a meta estabelecida pelo Plano Nacional para as Alterações Climáticas, de 2000 MW de capacidade instalada, seja alcançada em 2010, mas apenas 5 anos mais tarde.


Para Antas Botelho não há cogeração sem estímulos, visto tratar-se de uma actividade com certas particularidades. Desde logo, «é sujeita a riscos, desenvolve-se num ambiente em sobreposição com o das companhias de produção de electricidade, desenvolve-se na maior parte dos casos por meio de agentes em que esta não constitui a principal actividade». Por estas razões, o responsável advoga que o legislador deve ter presente que «a cogeração não floresce nem se mantém num ambiente de "geração espontânea" e que, por outro lado, esta só faz sentido se constituir uma ferramenta eficaz no controlo dos preços de energia».


Autor / Fonte
Sofia Vasconcelos
 
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