Aos 15 anos, ele desenvolveu um teste para detetar Alzheimer antes dos primeiros sintomas

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Krtin Nithiyanandam numa fotografia partilhada no Instagram

Krtin Nithiyanandam concorreu à Feira de Ciência da Google e foi notado. Se vencer, terá bolsa de estudos para desenvolver o seu projeto e torná-lo realidade.
Um adolescente britânico de 15 anos desenvolveu um teste que tem o potencial para detetar a doença de Alzheimer dez anos antes dos primeiros sintomas. Na atualidade, a patologia só é detetada após uma série de exames cognitivos ou na análise do cérebro após a morte. Mas Krtin Nithiyanandam, um estudante de Epsom, Surrey, no Reino Unido, desenvolveu um anticorpo que funciona como um "cavalo de Tróia", conseguindo penetrar no cérebro e atacar as proteínas neurotóxicas que surgem na primeira fase da doença. Estes anticorpos, injetados na corrente sanguínea, são ligados a partículas fluorescentes, facilmente reconhecíveis em imagens do cérebro que seriam recolhidas durante o exame.




O projeto do jovem britânico, que tem nacionalidade inglesa mas nasceu na Índia, foi submetido a concurso na Google Science Fair Prize, uma competição global destinada a estudantes até aos 18 anos que têm de inscrever-se e apresentar online os seus projetos científicos. Os vencedores serão conhecidos no próximo mês de agosto, mas Nithiyanandam é um dos finalistas. Se for escolhido, será galardoado com uma bolsa de estudos e terá a possibilidade de levar mais longe o seu projeto.
"As principais vantagens do meu teste relacionam-se com a possibilidade de ser usado para diagnosticar a doença de Alzheimer antes de os sintomas se manifestarem, focando-se nas mudanças patofisiológicas, algumas das quais podem ocorrer uma década antes de os sintomas se manifestarem", disse o jovem ao jornal britânico Telegraph. A hipótese de acompanhar os anticorpos, conjugados com as partículas fluorescentes, através de exame cerebral, determina que o método seja não invasivo, outro dos benefícios assinalados por Krtin Nithiyanandam. Por outro lado, o facto de os anticorpos atacarem as proteínas tóxicas da doença permitirá que impeçam o seu desenvolvimento. "A pesquisa preliminar sugere que o meu método de diagnóstico pode, simultaneamente, ter potencial terapêutico assim como de diagnóstico", sublinhou o jovem, que estuda na Sutton Grammar School. "Escolhi Alzheimer porque sou fascinado por neurociência e pelo funcionamento do cérebro", revelou Nithiyanandam, que quer estudar medicina na universidade.
A doença de Alzheimer é considerada um dos grandes desafios médicos do século XXI. "Estudei os seus efeitos cruéis e devastadores e a forma como interfere com a vida quotidiana, e ninguém deveria ter de viver com esta doença debilitante", reforçou o jovem prodígio.



dn
 
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