Associação lança campanha para promover biodiesel em Portugal

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Associação lança campanha para promover biodiesel em Portugal

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A Associação Portuguesa de Produtores de Biocombustíveis (APPB) lançou a campanha “Se não há petróleo em Portugal, planta-se”, que pretende divulgar as vantagens ambientais e económicas da produção e uso do biodiesel em Portugal.

Até 2020, a União Europeia quer que pelo menos dez por cento do gasóleo vendido no território europeu tenha biodiesel incorporado.

Em Portugal, essa percentagem é de apenas sete por cento, pelo que ainda há espaço para esta indústria crescer, até porque, "a maior parte dos veículos está preparada para funcionar com percentagens superiores de biodiesel, nalguns casos de 20 a 30%", explicou ao Boas Notícias o presidente da APPB.

"As fábricas em Portugal têm uma capacidade de produção instalada de 690 mil toneladas de biodiesel" por ano mas, atualmente, a meta fica a menos de 60 por cento da capacidade total. Ou seja, a produção anual ronda as 390 mil toneladas.

No entanto, "se houver vontade das autoridades é possível subir a percentagem de biodiesel no gasóleo", acrescentou João Rodrigues.

O responsável explicou que "a incorporação de biodiesel no gasóleo permite reduzir as emissões de gases poluentes para a atmosfera e traz vantagens para os veículos já que permite aumentar a vida útil dos motores, com melhor desempenho, melhor lubrificação e limpeza".

Os produtores de biodiesel da APPB - a Iberol, a Fábrica Torrejana, a PRIO (Grupo Martifer), a Biovegetal (Grupo SGC) e a Sovena - utilizam a soja e a colza para produzir combustível biológico. Isto porque estas oleaginosas "não competem diretamente com a alimentação humana" e "são utilizadas essencialmente para a produção de rações animais". As fábricas de biodiesel podem, assim, reaproveitar este óleos que, "até ao aparecimento dos biocombustíveis, eram desperdiçados".

Por outro lado, do ponto de vista agrícola, a plantação de soja e colza beneficia os solos, porque fornece azoto, evitando o recurso a fertilizantes químicos. "No caso de Portugal, é uma excelente solução para aproveitar terras abandonadas, ajudando a combater em simultâneo a desertificação e o desemprego", sublinhou o responsável da APPB.

João Rodrigues conclui sublinhando que o nosso país importa, todos os anos, "350 milhões de euros de soja ou colza para produção do biodiesel" e "essas importações poderiam ser substituídas aumentando a riqueza do país e promovendo a criação de novos postos de trabalho".

Ainda que, em Portugal, o biodiesel custe mais do que noutros países, já que está sujeito ao imposto sobre produtos petrolíferos, o presidente da APPB não tem dúvidas que o custo da incorporação deste combustível biológico é "pequeno face aos benefícios".

Pode ver o site da campanha aqui.


PER / Boas Notícias
 

Hyd3

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Há uns anos, as bombas de gasolina do Pingo Doce vendiam um combustível com biodiesel que era substancialmente mais barato. Infelizmente não me recordo nem da percentagem, nem do preço, mas recordo-me que colocava frequentemente na minha carrinha e nunca tive qualquer problema. Posteriormente o preço ficou igual ao do gasoleo normal e acabou por desaparecer.

Acho que é de louvar a campanha em curso e que esta deveria ser uma bandeira do governo, com esforços conjuntos dos ministérios da economia e agricultura. É preciso em primeiro lugar uma campanha de informação e depois investir na produção e desenvolvimento de soluções alternativas.

É o futuro e não podemos virar costas ao futuro.
 
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