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Astrónomos descobrem planeta feito de diamante

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Foto © Haven Giguere/Universidade de Yale (Ilustração)
[/h] Um grupo internacional de astrónomos acaba de anunciar a existência de um verdadeiro "diamante" no Universo, a cerca de 40 anos-luz da Terra. Trata-se de um planeta composto por diamante e grafite com o dobro do tamanho e uma massa oito vezes superior à do nosso, mas que, tal como ele, orbita em torno de uma estrela semelhante ao Sol.

Embora não seja o primeiro planeta de diamante descoberto, é o primeiro detetado pelos cientistas a orbitar uma estrela e cuja composição pôde ser desvendada.

De acordo com os especialistas da Universidade de Yale, de nacionalidade francesa e norte-americana, responsáveis pelo achado, o corpo celeste "parece ser constituído principalmente por carbono (grafite e diamante), ferro, silício e silicatos", pode ler-se no resumo do estudo que será publicado na revista científica Astrophyical Journal Letters.


Segundo Nikku Madhusudhan, especialista em física e astronomia da Universidade de Yale e um dos autores do artigo, a descoberta significa que os cientistas terão de deixar de considerar a possibilidade de os planetas rochosos longínquos terem uma constituição, um interior, uma atmosfera ou um grupo de caraterísticas biológicas idênticos aos da Terra.

"A superfície deste planeta será, provavelmente, coberta de grafite e diamante em vez de água e granito", apontou Madhusudhan. Aliás, o planeta, batizado 55 Cancri, parece não ter quaisquer sinais de água - o que impossibilita a existência de vida - "e um terço da sua massa deverá ser feita de diamante", adiantou o cientista. O interior da Terra, pelo contrário, é rico em oxigénio e muito pobre em carbono, explicou, em comunicado, o co-autor do estudo Kanani Lee.


Além disso, o planeta completa a sua órbita muito rapidamente: um ano dura apenas 18 horas neste "diamante" do Universo e, por estar demasiado próximo da sua estrela, as temperaturas na superfície andarão em torno dos 2.148 ºC.

Para os astrónomos, a importância deste achado, situado na constelação de Caranguejo, deve-se ao facto de a descoberta abrir caminho ao estudo dos processos geoquímicos e geofísicos das "Super-Terras" que existem fora do nosso sistema solar, uma vez que os planetas são muito mais complexos do que as estrelas, e aumentar a certeza de que estes são muito mais em número e em tipos do que se pensava.
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