Atopia: quando a pele da criança se revolta

Luz Divina

GF Ouro
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Dez 9, 2011
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Todos os bebés têm a pele delicada por definição, mas há crianças que parecem vir equipadas com uns sensores ultra-sensíveis que as tornam especialmente reactivas. aprenda a reconhecer os sinais de alerta e a saber o que pode fazer para ajudar a combatê-los.



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Quase toda a gente tem na família ou conhece uma criança destas: choram mais do que as outras, andam mais inquietas, costumam ter manchas vermelhas na pele e normalmente ficam mais sensíveis no Inverno... elas fazem parte da 'tribo' das atópicas.

A palavra 'atopia' vem do grego atopos, literalmente 'sem lugar' ou 'deslocado'. De facto, aplica-se quando o nosso sistema de defesa está 'deslocado'.

O termo 'atopia' designa as pessoas com tendência para sofrer de alergias, como a dermatite, a rinite alérgica e a asma, e afecta 20% das crianças com menos de três anos. A atopia não pode ser curada, mas pode ser controlada, não é uma doença conta-giosa e já se nasce com ela.

Mas anime-se: tem tendência a melhorar com a idade, à medida que o sistema imunológico se torna mais resistente e adaptado.


QUAIS OS SINTOMAS


A atopia manifesta-se de várias formas: pode ser-se mais ou menos atópico, alér-gico a factores diferentes, com mais ou menos alergias, e mais ou menos crises. São crianças com pele muito seca, a qual não exerce a sua função de barreira e pro- tecção.

A pele muito seca não tem lípidos específicos, e portanto torna-se permeável aos alergenos (que podem utilizar ainda outras portas para entrar, como o tubo digestivo ou as vias respiratórias).

Resultado: o sistema imunológico hiper-reage. Podem aparecer lesões avermelhadas, sobretudo nas bochechas, nas pregas dos cotovelos e nos joelhos.

Como todos os pais de crianças atópicas sabem, o pior são as crises de comichão: um adulto pode fazer um esforço conscien-te para não coçar, mas é quase impossível impedir uma criança de o fazer.

A atopia está ligada ao foro imunológico e é quase sempre hereditária. As causas ainda não estão totalmente determinadas, mas acredita-se que a superprotecção retire defesas ao organismo.

O nosso tempo parece fechar-nos cada vez mais num mundo ao mesmo tempo estéril e agressivo: por um lado, temos a invasão de ares condicionados, a poluição e o tabaco, por outro, a ausência de contacto com a terra e a Natureza e uma alimentação vazia de verdadeiros nutrientes.


COMO TRATAR UMA CRIANÇA ATÓPICA


As crises podem ser desencadeadas por vários factores: vestuário, clima, higiene. Por isso é que se devem evitar fibras sin-téticas, lãs e roupa justa com pregas, ter cuidado com os produtos de higiene e até com os detergentes para a roupa, evitando os que têm amaciador.

O melhor é ir por tentativa e erro, verificando aquele que parece causar menos alergias à criança.

A água do banho nunca deve estar muito quente. E atenção que os costuma-dos 37ºC já são quentes de mais para um atópico. É que a temperatura do corpo é 37ºC, sim, mas a temperatura da pele anda geralmente à volta de 25ºC. Não o mate de frio, mas prefira água morna.

Como é óbvio, esqueça luvas de fricção e esponjas sintéticas e seque-o devagar, sem esfregar, para não a agredir ainda mais.

O frio e o vento costumam também agravar os sintomas. Mas, geralmente, no Verão as crises são menos constantes. Isto não quer dizer que vá a correr com ele para o sol, até porque o sol a mais também pode ser visto como um agressor.

Por vezes, pode ser necessário um trata-mento com corticosteróides, mas, se o seu médico os prescrever, siga à risca as suas indicações e a duração da terapia.

O tratamento habitual da atopia, quando esta se manifesta na pele, são cuidados emolientes, aplicados directamente sobre a pele. Já existem produtos especialmente pensados para estas crianças.

Quais são as suas vantagens? Permitem neutralizar o calcário da água (e no Sul do País, por exemplo, a água tende a ser muito calcá-ria), que seca a pele.

Ao repor os lípidos essenciais, estes produtos estão a dar à pele aquilo que ela devia ter naturalmente para se proteger e não tem. Possuem uma acção anti-inflamatória, mantêm o Ph estável e controlam as bactérias.

Importa tornar a criança o mais confor-tável possível, explicar-lhe em linguagem clara o que se passa com ela e aprender a reconhecer os agressores para saber a quem 'declarar guerra'.


CUIDADOS A TER

Usar uma linha específica para este tipo de pele.

Preferir roupas de algodão soltas em vez de la e materias sinteticas.

Não aquecer demasiado o quarto da criança e arejá-lo frequentemente.

Evitar alcatifas e tapetes e aspirar frequentemente.

Usar colchões e almofadas em espuma sintetica, em vez de penas e latex.

Cortar-lhe as unhas bem curtas: ja que nem sempre é possivel impedi-lo de se coçar, pelo menos pode-se diminuir as auto-agressões...


NUNCA SE ESQUEÇA

Os agentes a que a pele reage, que podem ser varios: polen, poeira domestica, pelos de animais, penas...

Fume bem longe da criança: o fumo do cigarro e um dos mais poderosos irritantes.

O sabão não deve ser usado nas áreas afectadas, porque pode secar e irritar a pele.

Nao use esponjas para o banho, talcos e perfumes.

Se o banho aumentar visivelmente os sintomas, diminua a sua frequência.

Não o agasalhe demasiado com medo do frio. O suor provocado por excesso de roupa tambem piora os sintomas.


NOVIDADES PARA CUIDAR DA PELE
DITOPY PIERRA FABRE)

É um suplemento alimentar, um probiótico que segue uma filosofia simples: reequilibrar a flora digestiva para melhorar a barreira a certos germes gastrointestinais e ajudar o sistema imunitário a lutar contra as infecções, minimizando os riscos de atopia. Para crianças de qualquer idade. Em farmácias.


LIPIKAR (LA ROCHE-POSAY)

É uma linha completa que utiliza os benefícios da água termal de La Roche-Posay especificamente para os cuidados da pele seca e atópica. Tem uma textura não gordurosa, que não deixa aquela camada desconfortável sobre a pele e que ao mesmo tempo vai reparar a barreira cutânea. Pode ser usada quer nas crianças quer nos adultos. Em farmácias.








Fonte:activa
 
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