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Aves de Portugal - Andorinha-dos-beirais

billshcot

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Nov 10, 2010
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Andorinha-dos-beirais - Delichon urbica


Uma das mais emblemáticas aves da nossa fauna, carregada de simbolismo relacionado com a sua chegada, que costuma ser entendida como um anúncio da Primavera. As entradas e saídas dos ninhos são uma constante nas localidades portuguesas.

Identificação
Conhecida de todos, a andorinha-dos-beirais é uma presença bastante frequente nos binóculos dos observadores no nosso território. A sua cauda ligeiramente bifurcada, as partes superiores escuras contrastantes com o uropígio branco e largo, e as partes inferiores brancas, aliadas ao bico fino e bastante curto, tornam esta silhueta de fácil identificação, permitindo a separação da andorinha-das-barreiras, à qual se assemelha nas dimensões.

Abundância e calendário
A andorinha-dos-beirais é bastante abundante e bem distribuída de norte a sul. Associada à Primavera e ao Verão, a maioria das aves chega ao nosso território já a partir de Fevereiro. A debandada dá-se até ao final do Verão e em Outubro já restam poucas aves em Portugal. Alguns exemplares invernam entre nós, sobretudo na metade do sul e junto a zonas húmidas perto do litoral. Fácil de detectar nas localidades, e junto a linhas de
água ou albufeiras, pode concentrar-se em bandos de grande dimensão, sobretudo no final do Verão antes de iniciar a migração


Onde pode ser observada

Bem distribuída de norte a sul, é mais abundante nas localidades de pequena e média dimensão. Os locais seleccionados
referem-se à existência de colónias importantes desta espécie.

Entre Douro e Minho – alguns locais de observação são, por exemplo, o estuário do Cávado e o estuário do Minho, sobretudo durante o Verão.

Trás-os-Montes – a sua detecção é fácil em quase todas as localidades, nomeadamente em Miranda do Douro e na serra de Montesinho, sendo comum nas localidades de média/pequena dimensão.

Litoral Centro – damos como exemplo de locais de distribuição a Ria de Aveiro e o Baixo Mondego, podendo ser observada em quase todas as localidades desta região, nomeadamente em Montemor-o-Velho, Coimbra e Aveiro.

Beira Interior – tal como nas restantes regiões, a sua detecção é fácil por exemplo no Tejo Internacional, (existindo uma colónia no Rosmaninhal), em Segura, Barca d’Alva, Monfortinho, no Planalto de Almeida e nas Portas de Ródão. Esta espécie nidifica também a grande altitude nas Penhas da Saúde (c. 1500m), na serra da Estrela.

Lisboa e Vale do Tejo – fácil de observar ao longo do vale do Tejo, sendo bastante abundante nas localidades aqui situadas, como exemplo de locais onde é fácil observar refiram-se o paul do Boquilobo, o estuário do Tejo e a Lagoa de Albufeira, assim como no Porto Alto, Azambuja, Chamusca e Santarém, entre muitas outras localidades. Mais a sul, pode ser detectada em Azeitão.

Alentejo – fácil de localizar em muitas localidades, nomeadamente nas zonas de Évora, Arraiolos, Castro Verde, estuário do Sado e Lagoa de Santo André, entre outros. Exemplos de colónias importantes ou onde a espécie pode ser bem observada: Castelo de Vide, Póvoa e Meadas, Nisa, barragem do Maranhão, barragem de Montargil e Mértola.

Algarve – distribuída sobretudo pelo sotavento, pode ser facilmente encontrada junto a localidades especialmente junto ao litoral, como é o caso de Tavira, Castro Marim, Olhão e Faro. Para além destas localidades, a andorinha-dos-beirais ocorre no sapal de Castro Marim, na Ria Formosa, na lagoa dos Salgados e na Serra do Caldeirão.
 
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