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[h=2]Aves primitivas tinham dois pares de asas, dizem paleontólogos[/h]
As primeiras aves do mundo tinham algo em comum com alguns dos mais antigos aviões: em vez de um único par de asas, tinham dois. Essa é a hipótese defendida por paleontólogos para explicar um conjunto de belos e bizarros fósseis encontrados no nordeste da China. Eles representam espécies de aves primitivas cujas patas parecem ter sido cobertas por uma plataforma de penas compridas.
Concepção artística da ave Sapeornis, que tinha patas com penas
É verdade que algumas raças de galinhas e certas espécies selvagens de hoje (como aves de rapina) também possuem penas nas patas.
Mas nenhum penoso actual tem membros posteriores semelhantes aos dos fósseis chineses. Para a equipa liderada por Xing Xu, da Universidade Linyi, a explicação mais plausível é que tenham funcionado como uma espécie de «asa de trás».
Não é a primeira vez que Xu defende essa ideia radical. O investigador é um dos mais prestigiados caçadores de fósseis da China e já teve a sorte de encontrar quase todo o tipo de exemplar com penas delicadamente preservadas.
A diferença é que Xu e os seus colegas tinham proposto a presença de quatro asas não em aves, mas em dinossauros. O «rosto» desta ideia é o minidino Microraptor gui, criatura do tamanho de um quero-quero descoberta em 2003.
É consensual entre os paleontólogos que as aves são um subgrupo dos dinossauros pequenos e comedores de carne, como o M. gui. O animal tinha penas de formato assimétrico (responsáveis pela propulsão durante o voo) grudadas nas patas de trás, o que levou os chineses a propor que os primeiros passos evolutivos rumo à capacidade de voar entre as aves teriam começado com dinos «4x4».
A ideia é que os dois pares de asas teriam ajudado os animais a planar quando saltavam de árvores. Com o refinamento da arte de bater as asas, o segundo par teria sido aposentado.
É esse cenário que as penas compridas e rígidas sugerem. Elas foram encontradas em pelo menos cinco espécies de aves com 120 milhões de anos. Para Xu, as asas seriam estabilizadores de voo.
A pesquisa foi publicada na Science. Entrevistado pela revista, o paleontólogo americano Kevin Padian, da Universidade da Califórnia, elogiou o estudo, mas disse que não há evidências da relação entre as penas das patas e o voo. Elas poderiam até atrapalhar o movimento nos ares, declarou Padian.

As primeiras aves do mundo tinham algo em comum com alguns dos mais antigos aviões: em vez de um único par de asas, tinham dois. Essa é a hipótese defendida por paleontólogos para explicar um conjunto de belos e bizarros fósseis encontrados no nordeste da China. Eles representam espécies de aves primitivas cujas patas parecem ter sido cobertas por uma plataforma de penas compridas.

Concepção artística da ave Sapeornis, que tinha patas com penas
É verdade que algumas raças de galinhas e certas espécies selvagens de hoje (como aves de rapina) também possuem penas nas patas.
Mas nenhum penoso actual tem membros posteriores semelhantes aos dos fósseis chineses. Para a equipa liderada por Xing Xu, da Universidade Linyi, a explicação mais plausível é que tenham funcionado como uma espécie de «asa de trás».
Não é a primeira vez que Xu defende essa ideia radical. O investigador é um dos mais prestigiados caçadores de fósseis da China e já teve a sorte de encontrar quase todo o tipo de exemplar com penas delicadamente preservadas.
A diferença é que Xu e os seus colegas tinham proposto a presença de quatro asas não em aves, mas em dinossauros. O «rosto» desta ideia é o minidino Microraptor gui, criatura do tamanho de um quero-quero descoberta em 2003.
É consensual entre os paleontólogos que as aves são um subgrupo dos dinossauros pequenos e comedores de carne, como o M. gui. O animal tinha penas de formato assimétrico (responsáveis pela propulsão durante o voo) grudadas nas patas de trás, o que levou os chineses a propor que os primeiros passos evolutivos rumo à capacidade de voar entre as aves teriam começado com dinos «4x4».
A ideia é que os dois pares de asas teriam ajudado os animais a planar quando saltavam de árvores. Com o refinamento da arte de bater as asas, o segundo par teria sido aposentado.
É esse cenário que as penas compridas e rígidas sugerem. Elas foram encontradas em pelo menos cinco espécies de aves com 120 milhões de anos. Para Xu, as asas seriam estabilizadores de voo.
A pesquisa foi publicada na Science. Entrevistado pela revista, o paleontólogo americano Kevin Padian, da Universidade da Califórnia, elogiou o estudo, mas disse que não há evidências da relação entre as penas das patas e o voo. Elas poderiam até atrapalhar o movimento nos ares, declarou Padian.