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Oito opositores xiitas do regime do Bahrain foram hoje condenados a passarem o resto da vida na prisão. O tribunal condenou ainda 13 outros activistas a longas penas de prisão.
Esta é a mais recente atitude do regime com vista a pôr um ponto final (definitivo) na luta por mais liberdades políticas naquele país do Golfo Pérsico.
Estes indivíduos foram acusados de tentarem derrubar uma monarquia com dois séculos e de terem ligações a «uma organização terrorista estrangeira». Dos 21 condenados, 14 estavam detidos.
A agência noticiosa oficial do Bahrain, citada pela Associated Press, avançou que entre os condenados a prisão perpétua estão figuras influentes como Hassan Mushaima (que regressou do exílio auto-imposto em Londres no início do ano, quando as autoridades que prometeram eliminar antigas acusações) e Abdul Jalil al-Singace.
Em causa estão as supostas associações entre os opositores e o Irão (maioritariamente chiita) e o Hezbollah (apoiado pelo Irão).
Os xiitas, por seu turno, negam estas ligações e acusam os líderes políticos do Bahrain de usarem o ‘factor Irão’ para amedrontarem o povo e incitarem confrontos nas ruas – dos quais resultaram dezenas de mortos e centenas de detidos.
Multidões de xiitas bloquearam estradas com montes de areia e apelaram a novas marchas de protesto, após meses de altos níveis de segurança em que polícias e militares impediram actos rebeldes.
Apesar de serem 70 por cento da população do Bahrein, os xiitas são discriminados pelos sunitas que ocupam os cargos de chefia política e governamental.
SOL/AP