Bebés de seropositivas mais vulneráveis

Luana

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Os recém-nascidos de mães com sida mas que não estão infectados por HIV registaram menores níveis de anticorpos para lidar com a tosse convulsa, o tétano ou infecção por pneumococos, de acordo com um estudo realizado na África do Sul, o que explicaria a alta taxa de mortalidade das crianças com mães portadoras do vírus nesta zona do globo.

O estudo, publicado no Jornal de American Medical Association, e citado no portal Alert, revela que os bebés de mães portadoras de HIV que não contraíram a doença nascem com baixos níveis de anticorpos, proteínas protectoras que atravessam a placenta durante a gravidez. «Os nossos dados explicam a alta morbilidade e mortalidade entre as crianças expostas ao HIV em África», assinalou a autora do estudo, Christine Jones.

A pesquisa foi realizada em Khayelitsha, uma cidade perto da Cidade do Cabo, África do Sul, e contou com a participação de 109 mulheres, portadores e não portadores do vírus da sida, e dos seus filhos. Para o estudo, os cientistas mediram os níveis de anticorpos das mães e dos recém-nascidos ao nascimento. Além da vulnerabilidade que foi encontrada nos bebés com mães seropositivas, os investigadores verificaram que um terço das mulheres saudáveis também tinha baixos níveis destes anticorpos. Segundo os autores, isto mostra que os seus filhos não estão bem protegidos contra as infecções.

Aos quatro meses, os investigadores voltaram a medir os níveis de anticorpos dos bebés após terem recebido as vacinas. «Embora sejam mais vulneráveis durante os primeiros meses de vida, a boa notícia é que as crianças respondem bem à vacinação», explicou a investigadora, em comunicado, acrescentando que: «poderíamos protegê-los melhor contra as infecções com uma vacinação mais precoce ou vacinar a mãe durante a gravidez».
 
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