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Berlim apresenta projecto de banco de combustível nuclear

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Berlim apresenta projecto de banco de combustível nuclear

A Alemanha anunciou ter apresentado à Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) um projecto de banco internacional de combustível nuclear para responder ao interesse de um número crescente de países pela energia nuclear, sem risco de proliferação.

Este plano, intitulado "Projecto de santuário multilateral de enriquecimento (MESP) prevê garantir, sob supervisão da AIEA, uma agência da ONU, o acesso ao combustível nuclear aos países com objectivos estritamente civis, segundo uma apresentação do embaixador alemão junto da AIEA, Peter Gottwald, publicada no site Internet da agência.

A Alemanha "respeita o direito inalienável de cada país a uma utilização pacífica da energia nuclear mas estamos todos interessados em minimizar os riscos de proliferação ligados ao desenvolvimento anunciado desta energia para fins civis", sublinhou.

Neste documento, a Alemanha não cita qualquer país, nem sequer o Irão, suspeito pelos ocidentais de querer enriquecer o urânio para fins militares e não apenas civis.

Esta proposta, formulada pela primeira vez em Setembro de 2006 pelo chefe da diplomacia alemã, Frank-Walter Steinmeier, vem juntar-se a um projecto defendido várias vezes pelo director-geral da AIEA, o egípcio Mohamed ElBaradei, para contrariar a proliferação. Todavia, esta ideia ainda não se concretizou por falta de apoio suficiente.

A criação de centros internacionais de enriquecimento de urânio sob fiscalização da AIEA permitirá garantir o fornecimento dos países interessados limitando os riscos de desvio", segundo Berlim.

Estes centros, que seriam geridos como empresas comerciais, beneficiaram da extra-territorialidade e seriam administrados pela AIEA.

A Alemanha preconiza que estes centros sejam criados em países que já não praticam o enriquecimento de urânio para fins comerciais (Alemanha, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Holanda e Rússia).

Os países anfitriões deverão além disso dispor de "infra-estruturas sólidas, terem boas acessibilidades, e darem provas de respeitarem integralmente os acordos de salvaguarda do Tratado de não-proliferação", segundo o embaixador alemão junto da AIEA.
 
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