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Borba, uma tragédia anunciada que ninguém evitou
Cinco pessoas morreram na derrocada da pedreira.
Começou o julgamento do caso da tragédia de Borba, no banco dos réus estão o presidente e vice-presidente da autarquia de Borba, António Anselmo e Joaquim espanhol, depois dois técnicos superiores da Direção Geral de Energia e Geologia, o técnico responsável pela pedreira Paulo Alves e a própria empresa exploradora da pedreira que com a morte do empresário entrou em insolvência, aliás não houve neste tribunal ninguém a representar a empresa apenas o advogado.
Em causa estão crimes de homicídio por omissão e violação de regras de segurança, pela morte de 5 pessoas, (três pessoas que estavam em viaturas que circulavam na via na altura da queda e dois trabalhadores que estavam no interior da pedreira e que ficaram subterrados).
Nesta primeira sessão de julgamento, foi possível ouvir os autarcas e o técnico responsável pela segurança da empresa exploradora. O primeiro foi António Anselmo, autarca desde 2013 na câmara de Borba."O único responsável da autarquia sou eu enquanto presidente da câmara e não sabia que a estrada pudesse ruir. Se soubesse que isso era uma possibilidade, teria fechado a estrada, mas não havia nenhum documento técnico que apontasse para esse desfecho", disse.
A juíza presidente do coletivo de Évora interrompeu as declarações para pedir para que António Anselmo consultasse uma série de emails e de memorandos da Direcção Geral de Energia e Geologia, emails dirigidos ao autarca e que o próprio reconheceu que teve conhecimento. Os documentos chamam a atenção para o estado de derrocada eminente e que datam de 2014, ainda nesse ano houve uma assembleia municipal para discutir a Municipal 255.
Nessa assembleia foi decidido criar um grupo de trabalho para estudar o problema. No entanto, essa ideia nunca avançou nem chegou a sair do papel. A Direcção Geral de Energia e Geologia também tinha identificado o problema, mas apesar disso continuava a licenciar os trabalhos das inúmeras pedreiras que operam ao longo deste torção desta via que liga Borba a vila Viçosa.
A próxima sessão é já amanhã para se ouvir as testemunhas que o ministério público arrolou para este processo, mas a ideia com que se fica nesta primeira sessão é que a derrocada de Borba a 19 de novembro de 2018 foi uma tragédia anunciada que ninguém quiz evitar.
Correio da Manhã
Cinco pessoas morreram na derrocada da pedreira.
Começou o julgamento do caso da tragédia de Borba, no banco dos réus estão o presidente e vice-presidente da autarquia de Borba, António Anselmo e Joaquim espanhol, depois dois técnicos superiores da Direção Geral de Energia e Geologia, o técnico responsável pela pedreira Paulo Alves e a própria empresa exploradora da pedreira que com a morte do empresário entrou em insolvência, aliás não houve neste tribunal ninguém a representar a empresa apenas o advogado.
Em causa estão crimes de homicídio por omissão e violação de regras de segurança, pela morte de 5 pessoas, (três pessoas que estavam em viaturas que circulavam na via na altura da queda e dois trabalhadores que estavam no interior da pedreira e que ficaram subterrados).
Nesta primeira sessão de julgamento, foi possível ouvir os autarcas e o técnico responsável pela segurança da empresa exploradora. O primeiro foi António Anselmo, autarca desde 2013 na câmara de Borba."O único responsável da autarquia sou eu enquanto presidente da câmara e não sabia que a estrada pudesse ruir. Se soubesse que isso era uma possibilidade, teria fechado a estrada, mas não havia nenhum documento técnico que apontasse para esse desfecho", disse.
A juíza presidente do coletivo de Évora interrompeu as declarações para pedir para que António Anselmo consultasse uma série de emails e de memorandos da Direcção Geral de Energia e Geologia, emails dirigidos ao autarca e que o próprio reconheceu que teve conhecimento. Os documentos chamam a atenção para o estado de derrocada eminente e que datam de 2014, ainda nesse ano houve uma assembleia municipal para discutir a Municipal 255.
Nessa assembleia foi decidido criar um grupo de trabalho para estudar o problema. No entanto, essa ideia nunca avançou nem chegou a sair do papel. A Direcção Geral de Energia e Geologia também tinha identificado o problema, mas apesar disso continuava a licenciar os trabalhos das inúmeras pedreiras que operam ao longo deste torção desta via que liga Borba a vila Viçosa.
A próxima sessão é já amanhã para se ouvir as testemunhas que o ministério público arrolou para este processo, mas a ideia com que se fica nesta primeira sessão é que a derrocada de Borba a 19 de novembro de 2018 foi uma tragédia anunciada que ninguém quiz evitar.
Correio da Manhã