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"Tentaram enterrar-me vivo", mas "estou aqui para governar o país"
O Presidente eleito do Brasil, Lula da Silva, afirmou domingo à noite que o povo brasileiro é "o grande vencedor" das eleições e declarou-se pronto para governar o país "numa situação muito difícil", após terem tentado enterrá-lo "vivo".
"Hoje chegamos ao final de uma das eleições mais importantes da nossa história. Hoje tem um único e grande vencedor, o povo brasileiro", declarou Luiz Inácio Lula da Silva, na sua sede de candidatura, em São Paulo, perante apoiantes e membros do Partido dos Trabalhadores e de outros partidos que o apoiaram na corrida eleitoral.
"Agradeço de coração" aos brasileiros, repetiu, no seu discurso.
Nas suas primeiras palavras após a confirmação da sua eleição como Presidente da República do Brasil, Lula da Silva afirmou-se como "um cidadão que teve um processo de ressurreição na política brasileira".
"Tentaram enterrar-me vivo e eu estou aqui", disse.
"Estou aqui para governar este país, numa situação muito difícil, mas eu tenho fé em Deus e com a ajuda do povo, vamos encontrar uma saída, para que este país possa voltar a viver democraticamente, harmoniosamente, e que a gente possa voltar a restabelecer a paz entre as famílias para construir o mundo que nós precisamos e o Brasil", salientou.
Lula da Silva prosseguiu: "Esta não é uma vitória minha nem do PT nem dos partidos que me apoiaram. É a vitória de um imenso movimento democrático que se formou acima dos partidos políticos, dos interesses pessoais, das ideologias, para que a democracia saísse vencedora".
Para Lula da Silva, a sua vitória mostra que "a maioria do povo brasileiro deixou bem claro que deseja mais e não menos democracia, deseja mais e não menos inclusão social e oportunidades para todos, deseja mais e não menos respeito e entendimento entre os brasileiros, em suma, deseja mais e não menos liberdade, igualdade e fraternidade".
Nesta corrida eleitoral, que terminou este domingo à segunda volta, a sua candidatura não enfrentou "um adversário", sustentou.
"Enfrentámos a máquina do Estado brasileiro colocada ao serviço do candidato da situação [o Presidente Jair Bolsonaro] para tentar evitar que ganhássemos", comentou.
No seu discurso, com várias referências a Deus e Jesus Cristo e por vezes interrompido para que Lula da Silva, 77 anos, bastante rouco, bebesse água, o político também recorreu ao humor, quando disse que ia colocar os óculos "para parecer intelectual", arrancando gargalhadas na plateia.
Cumprimentou Fernando Haddad, seu antigo ministro da Educação e derrotado por Tarcísio de Freitas, ex-membro do Governo de Jair Bolsonaro, na corrida para o governo estadual de São Paulo, felicitando-o pela "campanha extraordinária" e também a ex-senadora Marina Silva, que o apoiou.
Aos candidatos do PT derrotados, deixou uma palavra de alento: "A nossa luta não começa e não termina com a eleição. (...) O Brasil é a minha causa, o povo é a minha causa, combater a miséria é o combate da minha vida".
De acordo com os resultados oficiais divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (STE) do Brasil, o antigo Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva venceu a segunda volta da eleição presidencial deste domingo, derrotando o chefe de Estado em exercício, Jair Bolsonaro.
Cerca das 23:00 de Lisboa o STE deu a eleição como matematicamente definida.
Quando estavam apuradas 99,66% das secções, o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT, esquerda), Lula da Silva tinha 50,88% dos votos, contra 49,12% para Jair Bolsonaro (extrema-direita).
Lula da Silva, que já cumpriu dois mandatos como Presidente, entre 2003 e 2011, regressa ao Palácio do Planalto após uma vitória na segunda volta, a primeira na história democrática recente do Brasil contra um chefe de Estado recandidato.
O antigo sindicalista terá como vice-presidente Geraldo Alckmin, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), que já tinha sido seu opositor nas eleições presidenciais de 2006, então pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
Vitória de Lula significa que foi "feita justiça", diz José Ramos-Horta
O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, saudou a vitória de Lula da Silva na segunda volta das presidenciais de domingo no Brasil considerando ter sido "feita justiça ao restaurar-se a vibrante democracia brasileira".
"Parabéns Amigo Lula! Parabéns Povo Brasileiro! Justiça foi feita ao restaurar-se a vibrante democracia brasileira e assim corrigirem-se os graves atropelos ao Estado de Direito, as graves injustiças na perseguição e manipulação do poder judicial contra Lula", escreve Ramos-Horta na sua mensagem de felicitações.
Segundo Ramos-Horta, "não houve muitos lideres mundiais que se solidarizaram com Lula quando ele foi humilhado e preso"
"Eu fui um dos poucos que denunciou a manipulação da Justiça Brasileira por 'Juízes" politizados e se solidarizou com Lula", acrescentou Ramos-Horta, recordando a declaração que fez em 22 de agosto de 2019 à Radio Brasil Atual, em que considerava Lula um "preso político" e que a sua condenação visou afastá-lo das anteriores eleições presidenciais.
Em qualquer outro país, o processo contra Lula da Silva "seria arquivado", salientou.
"O povo reelegeu Lula para Presidente da República Federativa do Brasil. As eleições foram limpas gerenciadas com muita competência e integridade pelas instituições eleitorais brasileiras com muita experiência e credibilidade reconhecidas internacionalmente", vinca ainda Ramos-Horta na sua mensagem.
Passadas as eleições brasileiras, o Presidente timorense defende ser agora altura de o povo brasileiro "reconciliar-se, sarar as feridas profundas na sociedade, eliminar a exclusão e discriminação, reunir toda a grande família brasileira multicolor, multiétnica, multicultural, mobilizar a sua criatividade para a visão de um Brasil novo, reconciliado, pacifico, solidário, fraterno".
"Neste mundo conturbado, extremamente perigoso, em fragmentação, sem uma carismática liderança global, Lula poderá ser a voz da moderação, o construtor de pontes de diálogo e de solução de conflitos", conclui Ramos-Horta.
Luís Inácio Lula da Silva, foi eleito no domingo Presidente brasileiro, com 50,90% dos votos, derrotando Jair Bolsonaro (extrema-direita), que obteve 49,10%, quando estão contadas 99,93% das secções eleitorais.
Lula da Silva, que já cumpriu dois mandatos entre 2003 e 2011, regressa ao Palácio da Alvorada após uma vitória na segunda volta, pela primeira na história democrática recente do Brasil, sobre um chefe de Estado que era recandidato.
O antigo sindicalista terá como vice-presidente Geraldo Alckmin, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), que já havia sido seu opositor nas eleições presidenciais de 2006, então pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
Presidente da Argentina visita Lula da Silva um dia depois da vitória
O chefe de Estado da Argentina, Alberto Fernández, visita hoje o Brasil para reunir-se com o Presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que venceu a segunda volta das eleições presidenciais no domingo.
Segundo os 'media' brasileiros, a viagem tem um peso político relevante para Fernández e marca uma tentativa de resgatar uma tradição diplomática entre os dois países já que o líder recém-empossado do Brasil ou da Argentina usualmente se encontram.
Segundo o jornal O Globo, Lula da Silva e conversaram ao telefone na noite de domingo e acertaram a vinda do chefe de Estado argentino ao Brasil.
Alguns minutos depois da vitória de Lula da Silva se confirmar na eleição presidencial mais disputada do Brasil desde a redemocratização, com uma diferença de pouco mais de dois milhões de votos, o Presidente Argentino usou as redes sociais para felicitá-lo.
"Parabéns@LulaOfficial! Sua vitória abre um novo tempo para a história da América Latina. Um tempo de esperança e futuro que começa hoje. Aqui você tem um parceiro para trabalhar e sonhar alto com a boa vida de nossos povos", escreveu Fernández na rede social Twitter.
Desde que Fernández foi eleito, as relações do Brasil com a Argentina, países que mantêm uma parceira económica muito importante e integram o Mercado Comum do Sul (Mercosul), estremeceram já que Bolsonaro apoiou publicamente a reeleição de Maurício Macri e fez reiterados ataques ao atual Presidente argentino.
Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito Presidente do Brasil com 50,90% dos votos e derrotou Jair Bolsonaro (extrema-direita), que obteve 49,10%. Com 77 anos, Lula da Silva vai ser o 39.º Presidente do Brasil, depois de já ter cumprido dois mandatos como chefe de Estado, entre 2003 e 2011. É a primeira vez na história democrática recente do Brasil que um recandidato regressa ao Palácio da Alvorada depois de uma vitória na segunda volta.
Camionistas bloqueiam rodovias em atos contra a derrota de Bolsonaro
Camionistas de várias partes do Brasil bloqueiam algumas das principais rodovias do país, desde a noite de domingo, em protesto pela derrota do Presidente demissionário, Jair Bolsonaro, nas eleições brasileiras vencidas por Lula da Silva.
APolícia Rodoviária Federal informou que correm protestos em vários estados do país, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Mato Grosso, embora as autoridades ainda estejam a recolher dados.
Em vários vídeos que circulam nas redes sociais, os camionistas são vistos bloqueando as vias com seus veículos ou com pneus queimados.
Em alguns casos, os manifestantes contestaram a vitória eleitoral do líder progressista Luiz Inácio Lula da Silva e alguns pediram uma "intervenção" das Forças Armadas em favor de Bolsonaro.
Lula da Silva venceu as eleições de domingo com 50,9% dos votos, ante 49,1% de Jair Bolsonaro, apoiado pela extrema-direita, que ainda não se pronunciou sobre o resultado eleitoral.
O bloqueio mais importante foi registado na Via Dutra, uma estrada que liga as duas maiores cidades do Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro.
Segundo um porta-voz da polícia, os bloqueios no Rio de Janeiro já foram suspensos, mas dificultam o trânsito em cidades industriais como Barra Mansa e Resende.
No estado do Paraná, na fronteira com Argentina e Paraguai, ocorreu um bloqueio na rodovia BR-476, no alto do município de União da Vitória, do qual participaram "cerca de 30 pessoas".
Em Mato Grosso, estado fronteiriço com a Bolívia e grande produtor de soja, houve bloqueios no polo agrícola dos municípios de Sinop, Lucas do Rio Verde, Sorriso e Nova Mutum.
A Justiça Federal do Pará, por sua vez, proibiu os protestos a partir de hoje convocados por diferentes associações de camionistas.
Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito Presidente do Brasil com 50,90% dos votos e derrotou Jair Bolsonaro (extrema-direita), que obteve 49,10%.
Com 77 anos, Lula da Silva vai ser o 39.º Presidente do Brasil, depois de já ter cumprido dois mandatos como chefe de Estado, entre 2003 e 2011. É a primeira vez na história democrática recente do Brasil que um recandidato regressa ao Palácio da Alvorada depois de uma vitória na segunda volta.
Aliados de Bolsonaro tentam convencê-lo a aceitar derrota
Um ministro próximo de Bolsonaro acredita que o ainda presidente precisa de "agir em duas frentes".
Ministros e líderes do apelidado centrão brasileiro estarão a tentar convencer Jair Bolsonaro a evitar confrontos com o presidente eleito Lula da Silva, alegando que Bolsonaro tem mais a perder do que a ganhar, porque é alvo de várias investigações no Supremo Tribunal Federal (STF), e os seus filhos também enfrentam inquéritos no Ministério Público.
O G1 cita declarações de um ministro próximo de Bolsonaro e revela que este acredita que o ainda presidente precisa de "agir em duas frentes" e "cuidar pessoalmente deles e dos seus filhos, que são alvos de investigação".
Ainda segundo fontes diretamente ligadas a Bolsonaro, este precisa de ler os sinais emitidos após o resultado da segunda volta das eleições deste domingo.
Alguns de seus aliados mais importantes já reconheceram a vitória de Lula. Entre eles, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e o governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Para os aliados, isso mostra que Bolsonaro não terá apoio fora de seu grupo ideológico para qualquer tipo de confronto com Lula.
"Partir para o confronto vai aguçar um sentimento de revanchismo por parte de quem vai assumir o governo", explica fonte ao G1, que assevera que, "a partir do ano que vem, Bolsonaro" não terá imunidade enquanto presidente.
Na noite deste domingo após a eleição, Bolsonaro não fez declaração alguma nem reconheceu a vitória do adversário. Recolheu ao Palácio da Alvorada - de onde já saiu - mas manteve-se em silêncio.
Bloqueio dos camionistas? "Bolsonaro está a mandar trancar rodovias"
A acusação é feita pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
A presidente do PT acusou, esta segunda-feira, o atual presidente do Brasil de estar a incentivar a greve dos camionistas no país, que já bloquearam estradas em, pelo menos, 16 estados brasileiros.
"Bolsonaro orientando para o caos no país. Mandando empresários do transporte e gente do agronegócio trancar rodovias, com objetivo político de questionar eleição e ele poder agir pela Lei e Ordem", escreveu Gleisi Hoffmann numa publicação partilhada no Twitter.
"A preocupação com o povo e a economia do país é zero", considerou a deputada federal, acrescentando: "É tudo pelo poder. Vergonhoso".
A aliada de Lula da Silva, o presidente eleito do Brasil, já tinha utilizado as redes sociais para criticar estes protestos, que começaram no dia seguinte à derrota de Jair Bolsonaro, e que já fizeram também a Polícia Militar encerrar a circulação de trânsito desde a Esplanada dos Ministérios até ao Congresso Nacional, em Brasília, para prevenir manifestações pró-bolsonaristas.
"Esse movimento de caminhões paralisando estradas, eminentemente político, prejudica o país e o povo", referiu ao início da tarde de hoje, considerando que "as autoridades estaduais e nacionais tem de tomar providências urgente". A aliada do presidente eleito deixa ainda algumas críticas às autoridades, questionando ainda se a Polícia Rodoviária Federal será "tão rápida para resolver esse bloqueio como foi para parar eleitores no Nordeste".
Com 100% das urnas apuradas, Luiz Inácio Lula da Silva venceu as eleições presidenciais no domingo por uma curta margem, obtendo 50,9% dos votos contra os 49,1% alcançados pelo atual chefe de Estado, Jair Bolsonaro, que aspirava a um novo mandato de quatro anos.
Lula da Silva assumirá novamente a presidência do Brasil em 1 de janeiro de 2023 para um terceiro mandato, depois de ter governado o país entre 2003 e 2010.
Jair Bolsonaro, líder da extrema-direita brasileira, ainda não se pronunciou sobre o assunto, gerando incerteza sobre se aceitará ou não os resultados eleitorais.
Apoiantes de Bolsonaro cortam acesso ao aeroporto de Guarulhos
Protestos já causaram 13 cancelamentos de voos, só esta terça-feira, devido à dificuldade em chegar aos acessos aos terminais.
Esta terça-feira, vários camionistas, apoiantes de Jair Bolsonaro, bloquearam várias estradas em São Paulo, nomeadamente a rodovia Hélio Smidt, que dá acesso ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
A concessionária responsável pelo aeroporto, GRU Airport, revelou que 12 voos foram cancelados na segunda-feira e, hoje, pelo menos 13 aviões não descolaram, o que provocou momentos de tensão.
Em comunicado citado pelo G1, a Latam Airlines lamentou a situação "totalmente alheia ao seu controle", que fez com que "alguns dos voos fossem impactados".
Apoiantes de Bolsonaro provocam tensão na fronteira com o Paraguai
Um grupo de camionistas brasileiros, apoiantes do candidato presidencial Jair Bolsonaro, que saiu derrotado nas eleições de domingo, bloquearam segunda-feira a fronteira com o Paraguai, provocando momentos de tensão, com a polícia a disparar tiros para o ar.
Segundo reporta a agência Europa Press, com sede em Madrid, os camionistas protestavam contra os resultados da votação presidencial, que deu a vitória ao candidato apoiado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Luís Inácio "Lula" da Silva.
Segundo o jornal paraguaio ABC Color, a Polícia Nacional do Paraguai foi obrigada a intervir para normalizar o trânsito, embora a situação continue tensa do outro lado da fronteira, no Mato Grosso do Sul.
Um motorista de uma viatura particular que pretendia atravessar a fronteira e que nada tinha a ver com o bloqueio, na posse de uma arma, disparou vários tiros para o ar, provocando o pânico.
As forças de segurança procederam à detenção do motorista, advogado de profissão, que alegou que em nenhum momento colocou em perigo a integridade física de alguém.
Temendo uma possível falta de combustível nas áreas fronteiriças, o fluxo nos postos de gasolina da região também aumentou.
Com 100% dos votos contados, Luiz Inácio Lula da Silva venceu as presidenciais de domingo por uma margem estreita, recebendo 50,9% dos votos, contra 49,1% para Jair Bolsonaro, que procurava obter um novo mandato de quatro anos.
Polícia Militar tenta dispersar manifestantes em cidade paulista
Os manifestantes estão a oferecer resistência à unidade de choque.
A Polícia Militar (PM) começou a intervir, esta terça-feira, no estado brasileiro de São Paulo, no Brasil, por forma a dispersar os manifestantes pró-Bolsonaro que estão, desde segunda-feira, a bloquear estradas por todo o país.
De acordo com as imagens transmitidas pelas publicações brasileiras, a unidade de choque desta polícia está a atuar, pelo menos, na rodovia Castelo Branco, na cidade paulista de Barueri.
A atuação surge depois de o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, ter dado 'luz verde', esta manhã, para que a PM trabalhasse em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal para desobstruir as vias. De acordo com as atualizações mais recentes, há pelo menos 227 estradas no Brasil que estão a ser bloqueadas por estes camionistas.
Esta unidade encontra-se a tentar desobstruir as vias, no entanto, com alguma resistência dos manifestantes.
Silêncio de Bolsonaro? Polícias dizem que é estímulo aos protestos
Sindicatos de polícias brasileiros consideram que o silêncio do Presidente, Jair Bolsonaro, que não reconheceu a derrota nas eleições de domingo, estimula atos dos camionistas que bloqueiam estradas em todo o país como forma de protesto.
"A postura do atual Presidente da República, Jair Bolsonaro, em manter o silêncio e não reconhecer o resultado das urnas acaba dificultando a pacificação do país, estimulando uma parte de seus seguidores a adotarem ações de bloqueios nas estradas brasileiras", refere um comunicado divulgado nesta terça-feira pela Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) e os Sindicatos dos Policiais Rodoviários Federais de todo o Brasil.
As organizações que representam polícias do país também reafirmaram "o compromisso com o Estado Democrático de Direito. O resultado das eleições de 2022 expressa a vontade da maioria da população e deve ser respeitado".
Segundo o mesmo documento, os polícias estão a trabalhar para o restabelecimento do direito de circulação da população que, desde domingo à noite, tem sido colocado em causa por apoiantes do Presidente brasileiro.
Os camionistas que apoiam o governante brasileiro alegam não reconhecer o resultado das urnas, que deram a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva, e segundo os 'media' locais mantém bloqueadas 267 vias em todo o país.
Os sindicatos frisaram que "compete exclusivamente à gestão do Departamento de Polícia Rodoviária Federal providenciar e disponibilizar os meios e a organização do efetivo necessários para dar cumprimento à desobstrução das rodovias federais."
O comunicado acrescentou que os sindicatos exigem uma posição firme da hierarquia "para prover os meios necessários para que a corporação cumpra suas funções constitucionais, garantindo assim o direito de ir e vir da população e resguardando a segurança e integridade dos polícias."
Os protestos, alegadamente inorgânicos e sem líder, já foram condenados por proeminentes apoiantes de Bolsonaro ligados ao agronegócio e à indústria de transportes, como a Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA).
A presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, responsabilizou o chefe de Estado brasileiro e acusou Bolsonaro de orientar "o caos no país".
O chefe de Estado e candidato derrotado, Jair Bolsonaro, ainda não telefonou a Lula da Silva para o felicitar e está há mais de 24 horas sem fazer qualquer declaração pública desde o anúncio do resultado das presidenciais de domingo.
Bolsonaro esteve reunido, na segunda-feira, no Palácio do Planalto, com vários ministros, mas até agora ainda não lançou qualquer informação sobre quando falará sobre as eleições presidenciais.
Justiça ordena intervenção da polícia nos protestos pró-Bolsonaro
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral ordenou à Policia Rodoviária ações imediatas para desobstruir os bloqueios de estradas em vários pontos do país, num protesto de camionistas apoiantes do chefe de Estado, derrotado nas eleições presidenciais.
Em resposta a um pedido da Confederação Nacional dos Transportes e do vice-procurador geral eleitoral, Alexandre de Moraes, disse ainda que, caso não tome providências, o diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, apoiante do Presidente Jair Bolsonaro, terá uma multa de 100 mil reais por hora (cerca de 20 mil euros) a partir das 00h00 (03h00 em Lisboa), podendo mesmo ser detido e afastado do cargo por desobediência.
Entretanto, o ministro da Justiça brasileiro, Anderson Torres, indicou ter determinado "um reforço de efetivo e de meios de apoio, a todas as ações possíveis para normalização do fluxo nas rodovias, com a brevidade que a situação requer".
Bloqueios e interdições de estradas estão a afetar pelo menos 25 dos 27 estados do país.
A Esplanada dos Ministérios em Brasília, espaço que concentra as sedes dos três poderes do Brasil, encontra-se encerrada de forma a impedir a invasão de camionistas apoiantes de Jair Bolsonaro, que estão em protesto pelo resultado das eleições.
Os manifestantes, que bloquearam as estradas com camiões ou queimaram pneus, protestaram contra a vitória eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva e alguns pediram "uma intervenção" das forças armadas em defesa de Bolsonaro.
A Polícia Rodoviária já tinha sido acusado pela campanha de Lula da Silva de ter promovido, no domingo, operações stop, principalmente no interior da região do Nordeste, bastião de Lula, para impedir eleitores de votar.
Eesponsável por assegurar a livre circulação nas estradas, a Polícia Rodoviária Federal não tomou até agora qualquer medida para remover os camiões e alegou estar à espera que a Procuradoria-Geral do Governo peça aos tribunais uma ordem para remover os manifestantes.
Este protesto, inorgânico e sem líder, já foi condenado por proeminentes apoiantes de Bolsonaro ligados ao agronegócio e à industria de transportes, como a Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA).
Entre as estradas bloqueadas encontrava-se a Via Dutra, estrada que liga o Rio de Janeiro a São Paulo e a que regista maior volume de tráfego no Brasil.
A presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, responsabilizou o chefe de Estado brasileiro e acusou Bolsonaro de orientar "o caos no país".
O chefe de Estado e candidato derrotado, Jair Bolsonaro, ainda não telefonou a Lula da Silva para o felicitar e está há mais de 24 horas sem fazer qualquer declaração pública desde o anúncio do resultado das presidenciais de domingo.
Apoiantes de Bolsonaro em frente de quartéis pedem intervenção militar
Milhares de pessoas reuniram-se hoje em frente às portas de quartéis em grandes cidades como São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro, para exigir uma "intervenção militar" contra a vitória eleitoral do líder progressista Lula da Silva.
Nos atos, os manifestantes proclamam que autorizam o Presidente cessante, Jair Bolsonaro, a convocar as Forças Armadas para se manter no poder.
Os maiores atos estão a ocorrer na capital federal e nas duas maiores cidades do país, mas listas que circulam nas redes sociais e em grupos da aplicação Telegram têm convocações para todo o país.
Os protestos foram convocados nas redes sociais por grupos de extrema-direita que apoiam o Presidente e não reconhecem a vitória de Luiz Ináci Lula da Silva nas eleições e acontecem paralelamente a bloqueios realizados por camionistas nas estradas com o mesmo objetivo desde segunda-feira.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), hoje, feriado no Brasil pelo Dia dos Mortos, existem ainda 167 bloqueios de camionistas face aos quase 500 que foram registados na segunda-feira, um dia depois das eleições.
Num desses bloqueios, na cidade paulista de Barueri, os motoristas de camião se recusaram a desfazer o bloqueio e foram reprimidos pela polícia com gás lacrimogéneo, o que gerou pequenos incidentes, sem vítimas até ao momento.
Jair Bolsonaro pronunciou-se sobre o resultado das eleições na terça-feira, dois dias depois de a contagem oficial determinar a vitória de Lula da Silva por uma margem muito estreita de 1,8 pontos percentuais.
Enquanto Bolsonaro se calava, os seus simpatizantes mais extremistas deram início ao movimento que exige um golpe militar das Forças Armadas para fechar o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF) para manter o atual Presidente no poder.
No entanto, os manifestantes foram contrariados pelo próprio Bolsonaro na sua declaração, apesar de ter dito que o "movimento popular" foi "resultado da indignação e do sentimento de injustiça pelo desenrolar do processo eleitoral".
Mesmo assim, Jair Bolsonaro afirmou que "manifestações pacíficas serão sempre bem-vindas", mas reforçou que seus métodos "não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como a invasão de propriedade ou a destruição de património", e ressaltou que ninguém pode impedir "o direito de ir e vir".
Grupo de apoiantes de Bolsonaro atropelados em São Paulo. Há sete feridos
Dos sete feridos, dois estão em estado grave. Motorista já foi detido.
Um grupo de apoiantes do presidente cessante do Brasil, Jair Bolsonaro, foi, esta quarta-feira, atropelado por um carro durante um bloqueio na Rodovia Washington Luís, em Mirassol, no estado brasileiro de São Paulo.
Segundo o jornal brasileiro G1, que cita fonte policial, o carro avançou sobre o grupo numa tentativa de passar pelo bloqueio.
Sete pessoas ficaram feridas, duas das quais com gravidade. O motorista já foi detido.
Nas redes sociais são vários os vídeos que mostram o momento do atropelamento e o veículo a ser cercado por manifestantes.
O Brasil tem sido palco de vários bloqueios de estradas nos últimos dias. Em causa está o facto de os apoiantes de Jair Bolsonaro não aceitarem a vitória de Luíz Inácio Lula da Silva na segunda volta das eleições presidenciais, que se realizou no passado domingo.
Jair Bolsonaro pronunciou-se sobre o resultado das eleições na terça-feira, dois dias depois de a contagem oficial determinar a vitória de Lula da Silva por uma margem muito estreita de 1,8 pontos percentuais.
Enquanto Bolsonaro se calava, os seus simpatizantes mais extremistas deram início ao movimento que exige um golpe militar das Forças Armadas para fechar o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF) para manter o atual presidente no poder.
No entanto, os manifestantes foram contrariados pelo próprio Bolsonaro na sua declaração, apesar de ter dito que o "movimento popular" foi "resultado da indignação e do sentimento de injustiça pelo desenrolar do processo eleitoral".
Mesmo assim, Jair Bolsonaro afirmou que "manifestações pacíficas serão sempre bem-vindas", mas reforçou que seus métodos "não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como a invasão de propriedade ou a destruição de património", e ressaltou que ninguém pode impedir "o direito de ir e vir".
Bolsonaro pede desbloqueio de estradas. "Não vamos perder a legitimidade"
"Protestem de outra forma, noutros locais, isso é bem-vindo", sublinhou.
Opresidente do Brasil, Jair Bolsonaro, partilhou, esta quarta-feira, um vídeo no qual pede aos seus apoiantes para desobstruírem as centenas de estradas, bloqueadas desde segunda-feira numa onda de protestos contra os resultados eleitorais.
"Sei que estão chateados, triste e esperavam outra coisa. Eu também. esperava outra coisa - mas vamos ter a cabeça no lugar", começa por dizer o chefe do executivo brasileiro, que reagiu há pouca mais de 24 horas.
Repetindo, tal como disse ontem, que as manifestações eram bem vindas, Bolsonaro voltou a repetir durante os anos em que esteve no poder sempre respeitou a Lei, e que manifestações podem acontecer, dando exemplo da grande manifestação da Esplanada dos Ministérios, em 2021. "O fechamento de rodovias por todo o Brasil prejudica o direito das pessoas de ir e vir das pessoas. Está na nossa Constituição, sempre estivemos dentro dessas quatro linhas [...]. Além e que prejudica a nossa economia", referiu no vídeo partilhado no Twitter.
"Desobstrua as rodovias. Isso não faz parte de manifestações legítimas. Não vamos perder a nossa legitimidade [...]. E deixo claro: vocês estão a manifestar-se espontaneamente", apontou, acrescentando que têm havido dificuldades enormes nesta situação.
"Protestem de outra forma, noutros locais, isso é bem-vindo", sublinhou.
O atual líder do executivo brasileiro, no poder desde 2018, esteve mais de 24 horas em silêncio. Os resultados eleitorais resultaram num bloqueio levado a cabo por camionistas apoiantes de Bolsonaro.
A paralisação, que começou na segunda-feira, levantou algumas dúvidas sobre a segurança no país, tendo a Polícia Militar encerrado a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, até ao Congresso Nacional, por forma a prevenir manifestações de apoiantes do atual presidente.
Condutor que atropelou apoiantes de Bolsonaro explica que foi agredido
O homem foi detido em flagrante delito por tentativa de homicídio e deverá ser ouvido esta quinta-feira.
Ocondutor detido esta quarta-feira após ter avançado sobre apoiantes do presidente cessante do Brasil, Jair Bolsonaro, provocando dez feridos, explicou à polícia civil que acelerou depois de ter sido agredido pelos manifestantes.
É uma versão diferente daquela que contam algumas testemunhas, que explicam que o homem avançou sobre a multidão "do nada", na Rodovia Washington Luís, em Mirassol, no estado brasileiro de São Paulo.
"Foi um verdadeiro absurdo. O pessoal correu atrás do veículo", conta um dos manifestantes pró-Bolsonaro ao G1.
O homem foi detido em flagrante delito por tentativa de homicídio e deverá ser ouvido esta quinta-feira.
"Estávamos em negociação com os manifestantes para poder desobstruir a estrada por completo. A negociação estava a correr de forma pacífica, quando a estrada foi totalmente interrompida. Alguns manifestantes chegaram a deitar-se na via. Não houve uso da força, mas um condutor arrancou bruscamente sobre as pessoas e só parou quando os policias fizeram a abordagem", explicou àquele portal o capitão da Polícia Militar Rodoviária de São José do Rio Preto, Maurício Noé Cavalari.
A polícia deverá ouvir também algumas testemunhas nos próximos dias.
Nas redes sociais, vários vídeos mostram o momento do atropelamento e o veículo a ser cercado por manifestantes. De acordo com as autoridades, 17 pessoas foram atropeladas e dez ficaram feridas, incluindo duas crianças e três agentes da polícia.
Muitas pessoas cercaram e danificaram, depois, o carro.
Jair Bolsonaro apelou ontem aos seus apoiantes para desobstruírem as centenas de estradas bloqueadas desde segunda-feira numa onda de protestos contra os resultados eleitorais.
"Sei que estão chateados, tristes e esperavam outra coisa. Eu também. esperava outra coisa - mas vamos ter a cabeça no lugar", começa por dizer o chefe do executivo brasileiro, num vídeo divulgado nas redes sociais.
"Desobstrua as rodovias. Isso não faz parte de manifestações legítimas. Não vamos perder a nossa legitimidade [...]. E deixo claro: vocês estão a manifestar-se espontaneamente", apontou, acrescentando que têm havido dificuldades enormes nesta situação.
Na quinta-feira, de acordo com a Polícia Rodoviária, os bloqueios persistiram em cerca de 150 pontos em 15 dos 27 estados do país e em muitos casos foram apenas parciais, obstruindo mas não bloqueando completamente o tráfego.
Em alguns locais, como na cidade paulista de Baruerí, as estradas foram libertadas por uma intervenção firme da polícia, que dispersou os camionistas com gás lacrimogéneo, mas sem quaisquer confrontos ou baixas.
"Não precisam". Padre pede que votantes de Lula abandonem missa
O padre acabou por abandonar a celebração, quando o seu pedido não teve a reação esperada.
Um padre despiu a batina, deixou-a no altar e abandonou a missa de domingo, em Nerópolis, na região brasileira de Goiás, depois de ter solicitado que quem tivesse votado no presidente eleito do Brasil, Lula da Silva, deixasse a igreja.
Após o pedido, uma mulher ter-se-á levantado e discutido com o padre, segundo uma testemunha no local, citada pelo g1.
Outras pessoas terão feito o símbolo ‘L’, associado ao candidato do Partido dos Trabalhadores, gesto que fez com que o padre Danilo Neto abandonasse o local.
“É? Então beleza. Vocês não precisam de padre. Então, estou deixando a paróquia”, disse, despindo a batina e deixando-a no altar, antes de sair.
Ao mesmo meio de comunicação, a Diocese de Anápolis lamentou “profundamente o episódio ocorrido durante a celebração da Santa Missa no dia 6 de novembro, na Paróquia Imaculado Coração de Maria, em Nerópolis”, assegurando que o bispo diocesano está a acompanhar “pessoalmente a situação e tomará as devidas providências”.
“Reiteramos a posição não partidária da Igreja e repudiamos qualquer ato de intolerância. Rogando ao Senhor Deus pela unidade e a paz, a Diocese de Anápolis convida os fiéis a rezar pelo sacerdote e pela comunidade”, remata.
Forças Armadas do Brasil reafirmam "pleno compromisso" com a democracia
As forças armadas brasileiras reforçaram hoje o seu "pleno compromisso" com a democracia, em resposta aos protestos de manifestantes de extrema-direita que exigiam um golpe militar contra a vitória eleitoral de Lula da Silva nas presidenciais.
"Sobre as manifestações populares que ocorrem em numerosas partes do país, a Marinha, o Exército e a Força Aérea brasileiros reafirmam o seu compromisso absoluto com o povo brasileiro, com a democracia e com a harmonia e a paz social", lê-se na nota, assinada pelos comandantes de cada um dos três ramos.
Os protestos, embora tenham vindo a perder a força, continuam desde a noite de 30 de outubro, quando Lula da Silva ganhou as eleições com uma diferença de 1,8 pontos percentuais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, líder da extrema-direita que procurava a reeleição.
Os manifestantes, apoiados por grupos de camionistas, reuniram-se à porta de inúmeros quartéis e exigiram um "golpe militar" para impedir o "comunismo" de tomar o poder no Brasil.
Na nota, os militares reconhecem que a Constituição nacional garante o direito "à manifestação crítica contra os poderes constitucionais", mas salientam que, tal como "eventuais restrições a estes direitos" são "condenáveis", também o são "eventuais excessos" por parte daqueles que protestam.
Advertem, assim, que as manifestações que "restringem os direitos individuais ou coletivos", "põem em risco a segurança pública" ou ameaçam "a harmonia da sociedade" não podem ser aceites.
O alto comando militar defende que "a solução de possíveis controvérsias dentro da sociedade deve valer-se dos instrumentos legais do Estado de Direito democrático", respeitando a "plena independência" dos poderes da nação.
Afirma também que "a verdadeira democracia pressupõe o culto da tolerância, ordem e paz social", e assegura que as forças armadas continuarão a "primar pela legalidade, legitimidade e estabilidade" do sistema democrático.
Bolsonaristas 'invadem' centro comercial em Brasília
Lojistas fecharam as portas para evitar conflitos.
Um grupo de apoiantes do ainda presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, manifestaram-se, no sábado, num centro comercial em Guará, Brasília.
De acordo com as publicações brasileiras, cerca de 100 pessoas invadiram o rés-do-chão do centro comercial e começaram a gritar contra o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. "Lula, Ladrão, seu lugar é na prisão", gritaram, tal como pode ver no vídeo que se encontra abaixo.
Também na galeria acima é possível ter uma imagem geral da 'invasão', que acabou por assustar algumas crianças, que estariam a brincar na vila de Natal do centro comercial.
O Correio Braziliense conta ainda que o episódio, que aconteceu durante a tarde, levou ainda algumas lojas a fecharem as portas, por forma a evitarem eventuais conflitos.
Já polícia Militar do Distrito Federal explicou que não houve nenhuma ocorrência, mas que estariam atentos para qualquer eventualidade.
Apoiantes de Bolsonaro destroem carros e tentam invadir Polícia Militar
Apoiantes do ainda Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, tentaram invadir na segunda-feira à noite a sede da Polícia Militar, em Brasília, destruíram vários carros e queimaram um autocarro, na sequência da detenção de um manifestante.
"Por enquanto, estamos agindo com as forças policiais. Todas as nossas forças policiais (...) estão nas ruas" e "a ordem é prender os vândalos", disse, o governador da capital brasileira, citado pela imprensa local.
A polícia disparou balas de borracha e lançou gás lacrimogéneo contra os manifestantes.
Cerca de 200 manifestantes, que recusam reconhecer a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais, bloquearam algumas das principais vias de Brasília. Devido aos bloqueios várias pessoas ficaram retidas dentro de um dos maiores centros comerciais de Brasília, noticiou a imprensa local.
Os distúrbios surgiram na sequência da detenção de um indígena identificado como José Acácio Tserere Xavante, por decisão do Supremo Tribunal Federal, por ter participado em manifestações antidemocráticas.
A Polícia Militar de Brasília reforçou também a segurança do hotel onde está hospedado o Presidente eleito do Brasil, cuja vitória foi confirmada na segunda-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Desde a segunda volta das presidenciais, em 30 de outubro, milhares de apoiantes de Bolsonaro saíram à rua para protestar contra o resultado das eleições e exigir "a intervenção" dos militares para impedir a tomada de posse de Lula da Silva.
À frente do quartel-general do exército, em Brasília, está concentrada a maior manifestação de 'bolsonaristas', que criaram uma autêntica 'cidade paralela', a partir da qual exigem uma intervenção militar para revogar o resultado eleitoral.
Na segunda-feira, milhares de apoiantes de Bolsonaro concentraram-se, no jardim do Palácio da Alvorada, residência oficial do chefe de Estado do Brasil, naquele que consideraram ser "o dia D" para impedir que Lula da Silva suba a rampa.
A poucos quilómetros de distância decorria a cerimónia no TSE, durante a qual Lula da Silva e o vice-Presidente eleito, Geraldo Alckmin, receberam os diplomas que confirmam a vitória nas eleições presidenciais de outubro e os tornam aptos para assumirem os respetivos mandatos em 01 de janeiro de 2023.
Jair Bolsonaro encontrou-se com os manifestantes junto ao Palácio da Alvorada, acompanhado por um padre que pregou aos apoiantes.