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Brasil diz-se incomodado com falta de transparência nas presidenciais da Venezuela
Vitória de Nicolás Maduro está a ser posta em dúvida pela comunidade internacional
O enviado especial do governo de Lula da Silva à Venezuela, Celso Amorim, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros e atual conselheiro presidencial para assuntos internacionais, afirmou esta segunda-feira que o Brasil se sente incomodado com a falta de transparência nos dados que basearam a alegada vitória e reeleição do presidente venezuelano, Nicolás Maduro. A vitória de Maduro, que terá sido reeleito com 51,2% dos votos, segundo o Conselho Nacional Eleitoral, CNE, que ele mesmo controla, está a ser posta em dúvida pela comunidade internacional, e vários países latino-americanos já a rejeitaram, mas o governo Lula ainda aguarda dados para se posicionar.
"Eu ainda estou a tentar informar-me. O problema que incomoda é a falta de transparência. O Brasil continua a aguardar mais dados, para poder posicionar-se com base mais sólida. Não estou necessariamente a pôr em dúvida o que tem sido dito (a reeleição de Maduro), mas o governo venezuelano ficou de fornecer as actas das quais resultou o anúncio da vitória e até agora não o fez", declarou Celso Amorim, que chegou à Venezuela horas antes de o governo local mandar fechar as fronteiras e impedir a entrada de diversos observadores internacionais.
Celso Amorim e Lula da Silva têm uma excelente relação política e pessoal com Nicolás Maduro e estão com toda a cautela para não ferir suscetibilidades com o presidente que governa o país vizinho com mão de ferro há 11 anos. Mas o Brasil também não pode ignorar as inúmeras denúncias de que houve irregularidades sem fim no processo eleitoral, nem gostaria de ficar isolado no continente num momento em que boa parte dos países da região já rejeitaram formalmente a vitória de Nicolás Maduro ou pelo menos exigem a divulgação das actas eleitorais que provariam a vitória dele contra o opositor Edmundo González Urrutia, que reivindicou ter sido eleito com 70% dos votos.
Correio da Manhã
Vitória de Nicolás Maduro está a ser posta em dúvida pela comunidade internacional
O enviado especial do governo de Lula da Silva à Venezuela, Celso Amorim, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros e atual conselheiro presidencial para assuntos internacionais, afirmou esta segunda-feira que o Brasil se sente incomodado com a falta de transparência nos dados que basearam a alegada vitória e reeleição do presidente venezuelano, Nicolás Maduro. A vitória de Maduro, que terá sido reeleito com 51,2% dos votos, segundo o Conselho Nacional Eleitoral, CNE, que ele mesmo controla, está a ser posta em dúvida pela comunidade internacional, e vários países latino-americanos já a rejeitaram, mas o governo Lula ainda aguarda dados para se posicionar.
"Eu ainda estou a tentar informar-me. O problema que incomoda é a falta de transparência. O Brasil continua a aguardar mais dados, para poder posicionar-se com base mais sólida. Não estou necessariamente a pôr em dúvida o que tem sido dito (a reeleição de Maduro), mas o governo venezuelano ficou de fornecer as actas das quais resultou o anúncio da vitória e até agora não o fez", declarou Celso Amorim, que chegou à Venezuela horas antes de o governo local mandar fechar as fronteiras e impedir a entrada de diversos observadores internacionais.
Celso Amorim e Lula da Silva têm uma excelente relação política e pessoal com Nicolás Maduro e estão com toda a cautela para não ferir suscetibilidades com o presidente que governa o país vizinho com mão de ferro há 11 anos. Mas o Brasil também não pode ignorar as inúmeras denúncias de que houve irregularidades sem fim no processo eleitoral, nem gostaria de ficar isolado no continente num momento em que boa parte dos países da região já rejeitaram formalmente a vitória de Nicolás Maduro ou pelo menos exigem a divulgação das actas eleitorais que provariam a vitória dele contra o opositor Edmundo González Urrutia, que reivindicou ter sido eleito com 70% dos votos.
Correio da Manhã