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O juiz de instrução do Tribunal do Barreiro libertou Bruno de Carvalho. O ex-presidente do Sporting fica com Termo de Identidade e Residência e apresentações periódicas às autoridades.
O ex-presidente do Sporting e o líder da claque Juventude Leonina foram detidos no domingo, no âmbito da investigação da invasão à academia de Alcochete.
Em 15 de maio, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na academia do clube por um grupo de cerca de 40 alegados adeptos encapuzados, que agrediram alguns jogadores, membros da equipa técnica e outros funcionários.
A GNR deteve no próprio dia 23 pessoas e efetuou, posteriormente, mais detenções, que elevaram para 38 o número de detidos, todos ainda em prisão preventiva, entre os quais está o antigo líder da Juventude Leonina Fernando Mendes.
Bruno de Carvalho indiciado por 98 crimes, incluindo terrorismo
O ex-presidente do Sporting, Bruno de Carvalho está indiciado por 98 crimes (ofensa à integridade física qualificada e ameaça agravada) e Nuno Mendes, conhecido por "Mustafá", líder da claque leonina, por 99, pois também é suspeito de tráfico de droga.
Na acusação do Ministério Público (MP), que fundamentou a detenção de Bruno de Carvalho de "Mustafá", é referido que foi o ex-dirigente leonino, juntamente com o líder da "Juve Leo" e Bruno Jacinto, antigo Oficial de Ligação aos Adeptos, a determinar as agressões ocorridas, no dia 15 de maio, na Academia de Alcochete, de que foram vítimas jogadores e equipa técnica do Sporting.
O MP considera que Bruno de Carvalho criou um "clima de violência" nas semanas que antecederam o ataque, deixando os jogadores "em pânico" e provocando-lhes, sublinha a acusação, "receio pelas suas vidas". O ex-dirigente é, assim, tido como principal instigador dos acontecimentos.
De acordo com partes do despacho de acusação do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, a que a Lusa teve acesso, Bruno de Carvalho está acusado de 40 crimes de ameaça agravada, 19 de ofensa à integridade física qualificada, 38 de sequestro.
Os mesmos crimes são imputados a Nuno Mendes, conhecido como Mustafá e líder da claque Juventude Leonina, e Bruno Jacinto, que à data dos factos tinha as funções de oficial de ligação do Sporting aos adeptos, e que está em prisão preventiva desde 09 de outubro. Mustafá está também acusado de um crime de tráfico de droga.
De acordo com a acusação, referida pelo "Observador", no grupo do Whatsapp onde o ataque é discutido fala-se em irem "todos tapados" e prontos para bater. E é sublinhada uma conversa de Mustafá, alegadamente citando Bruno de Carvalho: "Façam o que quiserem aos jogadores".
No total, são imputados aos 44 arguidos deste processo 4441 crimes (ofensa à integridade física qualificada e ameaça agravada, este configurando o crime de terrorismo), sendo que Bruno de Carvalho, Nuno Mendes e Bruno Jacinto são considerados autores morais do ataque à Academia de Alcochete.