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Tecnologia: Sistema mais moderno custa 500 mil euros
Câmara de Lisboa planeia mudar dez mil semáforos
A Câmara de Lisboa prepara-se para substituir as lâmpadas dos cerca de dez mil semáforos existentes na cidade por outras mais económicas e seguras. A iniciativa consta do plano de actividades da Agência Municipal de Energia e Ambiente Lisboa E-Nova e implica um investimento de 500 mil euros.
O projecto, denominado Eficiência Energética nos Semáforos de Lisboa, prevê a substituição das lâmpadas incandescentes tradicionais por díodos emissores de luz – Light Emitting Diodes (LED) –, alimentáveis através de painéis solares.
É uma tecnologia que, segundo Delgado Domingos, presidente do conselho de administração da Lisboa E-Nova, tem inúmeras vantagens na redução do consumo energético e na segurança rodoviária. "É o casamento perfeito", comenta.
Entre as vantagens destaca-se uma baixa de consumo na ordem dos 85 a 90 por cento, dado que os LED podem ser alimentados por painéis que transformam a energia solar em energia eléctrica, além de uma redução na manutenção pois funcionam com temperaturas mais baixas.
Por outro lado, ainda segundo o responsável pela agência municipal, aumenta a segurança rodoviária, dado que o índice de reflexão da luz solar é 50 por cento mais baixo neste sistema do que no tradicional, acabando com a impressão de que as lâmpadas estão ligadas quando efectivamente não estão. Outra vantagem dos LED é o facto de terem uma duração superior às lâmpadas convencionais e funcionarem bem com 80 por cento do equipamento operacional.
A nova tecnologia implicará um investimento de 500 mil euros, financiados através de patrocínios que estão a ser negociados. De outra forma, "a Câmara de Lisboa não teria condições para suportar este valor", diz o presidente do conselho de administração da Lisboa E-Nova,
As vantagens são muitas mas na verdade o investimento é indiscutivelmente superior em relação ao sistema com lâmpadas incandescentes. DelgadoDomingos não sabe especificar a dimensão dessa diferença, mas lembra o contributo que esse investimento terá na redução da factura energética da autarquia. "As lâmpadas são mais caras, mas também são melhores e a diferença que se reflecte na factura leva a uma amortização rápida desse valor", adianta.
As lâmpadas dos dez mil semáforos da cidade deverão ser substituídas ao longo deste ano, mas "tudo depende do volume de patrocínios". O mais provável é que a mudança seja feita de forma gradual, à medida que os actuais semáforos forem avariando.
EDP E ENDESA QUEREM PATROCINAR
A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) abriu um concurso para fabricantes e fornecedores de energia no País interessados em patrocinar a substituição das lâmpadas dos cerca de dez mil semáforos espalhados por Lisboa. Dada a situação de contenção e combate que se vive na autarquia, o investimento não pode depender de verbas da própria câmara. Porém, garante a Lisboa E-Nova, candidaturas ao patrocínio não têm faltado. "Há várias empresas interessadas", adianta ao CM Delgado Domingos, presidente do conselho de administração da agência municipal. Entre os potenciais patrocinadores constam o grupo EDP, de António Mexia, e a Endesa Portugal, de Nuno Ribeiro da Silva.
APONTAMENTOS
23 MIL LÂMPADAS
A Câmara de Lisboa conta actualmente com cerca de dez mil semáforos espalhados pela cidade, a que correspondem aproximadamente 23 mil lâmpadas incandescentes que funcionam praticamente 24 horas por dia. Este número implica um potencial considerável de economia no que toca ao nível de consumo energético e de manutenção das infra--estruturas.
MARQUÊS DE POMBAL
Dos cerca de dez mil semáforos espalhados por Lisboa, 49 situados no Marquês de Pombal já funcionam com base na tecnologia LED. A diferença em relação ao sistema que será implementado é que, em vez de se alterarem todos os semáforos, se mudaram apenas as lâmpadas, uma alteração que implica um investimento bastante mais reduzido.
PROCESSO GRADUAL
As lâmpadas dos semáforos deverão ser substituídas gradualmente e até ao final deste ano, nomeadamente, à medida que as tradicionais lâmpadas incandescentes deixarem de funcionar. A nova tecnologia simboliza um investimento de 500 mil euros que será maioritariamente assegurado através de patrocínios de empresas. AEDPe a Endesa Portugal já mostraram disponibilidade.
OS NOVOS SEMÁFOROS
LÂMPADA INCANDESCENTE Actual
Potência: 100 watts
Tempo de vida: 1000 a 2000 horas (dependentes de factores externos, como vento, chuva)
Segurança: Provoca 'efeito-fantasma', dá a falsa impressão de uma lâmpada estar indevidamente ligada
Eficácia: Compromete a iluminação, dado que quando a lâmpada funde não existe alternativas para a sua substituição
TECNOLOGIA LED Futuro
Potência: 6 a 15 watts
Tempo de vida: 100 000 horas
Segurança: Ausência do 'efeito-fantasma', dado que o índice de reflexo da luz do Sol é 50% mais baixo
Eficácia: Como são várias lâmpadas por semáforo, asseguram o funcionamento do equipamento até à eliminação de 20% do conjunto de LED, não comprometendo a iluminação
Janete Frazão
Correio da Manhã
Câmara de Lisboa planeia mudar dez mil semáforos
A Câmara de Lisboa prepara-se para substituir as lâmpadas dos cerca de dez mil semáforos existentes na cidade por outras mais económicas e seguras. A iniciativa consta do plano de actividades da Agência Municipal de Energia e Ambiente Lisboa E-Nova e implica um investimento de 500 mil euros.
O projecto, denominado Eficiência Energética nos Semáforos de Lisboa, prevê a substituição das lâmpadas incandescentes tradicionais por díodos emissores de luz – Light Emitting Diodes (LED) –, alimentáveis através de painéis solares.
É uma tecnologia que, segundo Delgado Domingos, presidente do conselho de administração da Lisboa E-Nova, tem inúmeras vantagens na redução do consumo energético e na segurança rodoviária. "É o casamento perfeito", comenta.
Entre as vantagens destaca-se uma baixa de consumo na ordem dos 85 a 90 por cento, dado que os LED podem ser alimentados por painéis que transformam a energia solar em energia eléctrica, além de uma redução na manutenção pois funcionam com temperaturas mais baixas.
Por outro lado, ainda segundo o responsável pela agência municipal, aumenta a segurança rodoviária, dado que o índice de reflexão da luz solar é 50 por cento mais baixo neste sistema do que no tradicional, acabando com a impressão de que as lâmpadas estão ligadas quando efectivamente não estão. Outra vantagem dos LED é o facto de terem uma duração superior às lâmpadas convencionais e funcionarem bem com 80 por cento do equipamento operacional.
A nova tecnologia implicará um investimento de 500 mil euros, financiados através de patrocínios que estão a ser negociados. De outra forma, "a Câmara de Lisboa não teria condições para suportar este valor", diz o presidente do conselho de administração da Lisboa E-Nova,
As vantagens são muitas mas na verdade o investimento é indiscutivelmente superior em relação ao sistema com lâmpadas incandescentes. DelgadoDomingos não sabe especificar a dimensão dessa diferença, mas lembra o contributo que esse investimento terá na redução da factura energética da autarquia. "As lâmpadas são mais caras, mas também são melhores e a diferença que se reflecte na factura leva a uma amortização rápida desse valor", adianta.
As lâmpadas dos dez mil semáforos da cidade deverão ser substituídas ao longo deste ano, mas "tudo depende do volume de patrocínios". O mais provável é que a mudança seja feita de forma gradual, à medida que os actuais semáforos forem avariando.
EDP E ENDESA QUEREM PATROCINAR
A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) abriu um concurso para fabricantes e fornecedores de energia no País interessados em patrocinar a substituição das lâmpadas dos cerca de dez mil semáforos espalhados por Lisboa. Dada a situação de contenção e combate que se vive na autarquia, o investimento não pode depender de verbas da própria câmara. Porém, garante a Lisboa E-Nova, candidaturas ao patrocínio não têm faltado. "Há várias empresas interessadas", adianta ao CM Delgado Domingos, presidente do conselho de administração da agência municipal. Entre os potenciais patrocinadores constam o grupo EDP, de António Mexia, e a Endesa Portugal, de Nuno Ribeiro da Silva.
APONTAMENTOS
23 MIL LÂMPADAS
A Câmara de Lisboa conta actualmente com cerca de dez mil semáforos espalhados pela cidade, a que correspondem aproximadamente 23 mil lâmpadas incandescentes que funcionam praticamente 24 horas por dia. Este número implica um potencial considerável de economia no que toca ao nível de consumo energético e de manutenção das infra--estruturas.
MARQUÊS DE POMBAL
Dos cerca de dez mil semáforos espalhados por Lisboa, 49 situados no Marquês de Pombal já funcionam com base na tecnologia LED. A diferença em relação ao sistema que será implementado é que, em vez de se alterarem todos os semáforos, se mudaram apenas as lâmpadas, uma alteração que implica um investimento bastante mais reduzido.
PROCESSO GRADUAL
As lâmpadas dos semáforos deverão ser substituídas gradualmente e até ao final deste ano, nomeadamente, à medida que as tradicionais lâmpadas incandescentes deixarem de funcionar. A nova tecnologia simboliza um investimento de 500 mil euros que será maioritariamente assegurado através de patrocínios de empresas. AEDPe a Endesa Portugal já mostraram disponibilidade.
OS NOVOS SEMÁFOROS
LÂMPADA INCANDESCENTE Actual
Potência: 100 watts
Tempo de vida: 1000 a 2000 horas (dependentes de factores externos, como vento, chuva)
Segurança: Provoca 'efeito-fantasma', dá a falsa impressão de uma lâmpada estar indevidamente ligada
Eficácia: Compromete a iluminação, dado que quando a lâmpada funde não existe alternativas para a sua substituição
TECNOLOGIA LED Futuro
Potência: 6 a 15 watts
Tempo de vida: 100 000 horas
Segurança: Ausência do 'efeito-fantasma', dado que o índice de reflexo da luz do Sol é 50% mais baixo
Eficácia: Como são várias lâmpadas por semáforo, asseguram o funcionamento do equipamento até à eliminação de 20% do conjunto de LED, não comprometendo a iluminação
Janete Frazão
Correio da Manhã