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Caiu-lhe o tecto em cima

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Derrocada aconteceu quando homem dormia. Acusa senhorio de não fazer obras

Avisou vezes sem conta o senhorio que a casa precisava de obras. Mas nada foi feito. Ontem, de madrugada, Joaquim Almeida acordou sobressaltado com o tecto a cair-lhe em cima. A mulher só escapou, porque se tinha levantado para passar a ferro.


Em cima da cama de Joaquim Almeida, 51 anos, ainda estão os destroços de parte do tecto que lhe caiu em cima. No rosto do morador da Rua Tomás Ribeiro, em Matosinhos, as marcas evidentes do acidente que aconteceu na madrugada de ontem, quando o homem ainda dormia.

Ana Rosa, 58 anos, tinha "madrugado" por volta das 6 horas para "dar um jeito à roupinha". Meia-hora depois, quando ainda estava na cozinha, ouviu os gritos aflitos do marido: "Ó Ana, vou morrer", contou, ao JN, ainda sem estar refeita do "grande susto".

Joaquim, desempregado há dois anos, depois de ter sofrido um acidente de trabalho, estava a dormir quando o entulho e as pedras o atingiram. "Só senti uma pancada muito forte", disse o morador, que teve de receber tratamento hospitalar.

Além de ter partido o nariz, e de ter levado pontos na cabeça, Joaquim tem vários hematomas e escoriações espalhadas por todo o corpo. "Ainda assim, foi uma sorte muito grande. O meu homem podia ter morrido", lamentou Ana Rosa, que perdeu a conta as vezes que pediu ao senhorio para fazer obras. Por cima da habitação do casal há outra casa, mas há cerca de dois anos que está desabitada.

"Quando ouvi o estrondo até pensei que tinha sido o tecto da sala, que há muito está cheio de humidades, que tinha caído. Nunca pensei que corríamos tal risco no quarto", referiu Joaquim Almeida.

A pequena habitação, onde pagam 150 euros por mês, está replecta de humidade e há mais de duas semanas, quando choveu torrencialmente, o casal passou a colocar toalhas no chão para amparar a água que continua a escorrer pelas paredes.

Com Joaquim desempregado e Ana Rosa a receber apenas o Rendimento Social de Inserção, o casal, que vive com uma filha de 15 anos, não tem forma de fazer obras à casa.

"Ainda o meu marido estava a caminho do hospital e já estava a avisar um dos proprietários da casa para o que tinha acontecido. Mas até agora ainda ninguém nos contactou", queixou-se Ana Rosa. O casal confessou "ter medo" de continuar a viver na habitação.

Sem terem para onde ir e sem recursos financeiros, Joaquim Almeida, a mulher, Ana Rosa, e a filha, preparavam-se para dormir esta noite numa pequena divisão da casa. À espera da acção do senhorio ficou a família que, até ao fim do dia, não recebeu qualquer resposta.

O auxílio veio da mão do presidente da Junta de Matosinhos, António Parada, que logo no primeiro momento, que soube do acidente mostrou-se disponível para ajudar.

Jornal de Notícias
 
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