Carro com "zero emissões"

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Investigadores americanos desenvolvem sistema para capturar e armazenar carbono emitido pelos carros

Uma equipa de investigadores do Instituto de Tecnologia da Georgia, Atlanta, diz ter desenvolvido uma tecnologia que permite capturar, armazenar e, eventualmente, reciclar o carbono emitido pelos automóveis. O seu objectivo é um carro de “zero emissões”.

A comunidade internacional assumiu as tecnologias de captura e armazenamento de carbono como uma forma de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) e combater as alterações climáticas. Só agora a tecnologia começa a ser implementada em centrais de produção de energia. Mas, segundo o Instituto de Tecnologia da Geórgia, cerca de dois terços das emissões globais de dióxido de carbono (CO2) são criadas por poluidores muito mais pequenos, como os automóveis.

Esta equipa, liderada por Andrei Fedorov, diz ter concebido um processador de combustível – o CO2/H2 Active Membrane Piston (CHAMP) - para produzir hidrogénio e separar o carbono. Depois, o hidrogénio será utilizado para alimentar o veículo e o carbono armazenado sob a forma líquida – mais estável e fácil de armazenar e transportar - até ser transferido para uma estação de reabastecimento. Daqui será transportado para uma instalação centralizada que o manterá sequestrado, de forma permanente. A longo prazo, os investigadores pensam reciclar o dióxido de carbono.

Os sistemas de combustão tradicionais diluem as emissões de dióxido de carbono, o que as torna muito difíceis de capturar. “Procurámos um sistema que nunca diluísse o combustível com o ar porque, uma vez diluído, o CO2 não pode ser capturado nos veículos ou em outros sistemas de dimensão reduzida”, explicou David Damm, colaborador de Fedorov no projecto.

O desafio agora é criar um método para produzir um combustível líquido a partir do CO2 e água, utilizando fontes de energia renováveis, disse Fedorov.

“Temos uma economia insustentável baseada no carbono, com várias limitações, incluindo uma oferta de combustíveis fósseis limitada, preços elevados e poluição”, comentou Andrei Fedorov, em comunicado disponível no site do instituto.

“Quisemos criar uma estratégia prática e sustentável para os automóveis que seja capaz de resolver cada uma dessas limitações, eventualmente usando fontes de energia renovável e de uma forma consciente”.

O trabalho destes investigadores foi publicado na revista “Energy Conversion and Management” e foi financiado pela NASA (Agência Espacial Norte-Americana), pelo Departamento de Defesa norte-americano e pelo instituto.


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