Mau tempo: Proprietário florestal de Castelo de Vide com "lágrimas nos olhos" ao ver azinheiras arrancadas.
- José Eduardo Fragoso, um dos proprietários florestais de Castelo de Vide (Portalegre) afectados pelo "pequeno tornado" de quarta-feira à noite, garantiu hoje terem-lhe vindo "lágrimas aos olhos" ao deparar-se com 500 azinheiras arrancadas nas suas herdades.
"A minha primeira reacção, hoje de manhã, foi virem-me as lágrimas aos olhos. A gente chega ali e vê o montado todo partido e destruído... Ninguém pode ficar contente", lamentou, em declarações à agência Lusa.
Cerca de mil árvores, sobretudo sobreiros e azinheiras, foram derrubadas ou arrancadas quarta-feira à noite, por volta das 21:30, em várias herdades na zona de Castelo de Vide por violentos ventos, que as autoridades locais apelidaram hoje de "pequeno tornado".
O vereador da Câmara Municipal de Castelo de Vide, António Pita, adiantou hoje à agência Lusa que o "pequeno tornado", verificado às 21:30, afectou uma área de 125 hectares, a norte da freguesia de Póvoa e Meadas, naquele concelho.
Segundo o autarca, os serviços florestais do município ainda estão a fazer um "levantamento rigoroso" dos estragos sofridos pelos proprietários florestais, mas já foram contabilizadas, até ao momento, perto de 500 azinheiras arrancadas ou derrubadas.
Contudo, António Pita admitiu que o número total de árvores danificadas, de várias espécies, atinja o dobro, ou seja, perto de um milhar.
Depois de uma noite de temporal, marcada por "ventos extremamente violentos", segundo o autarca, os proprietários florestais da zona atingida só durante o dia de hoje se aperceberam do "fenómeno" e dos danos provocados.
"O fenómeno apanhou, essencialmente, uma área florestal constituída por azinheiras e sobreiros, bem como várias dependências agrícolas, como palheiros", disse António Pita, indicando que foram também danificadas "vedações e muros de divisão de propriedades".
Contactado pela Lusa, José Eduardo Fragoso relatou que, ainda na noite passada, por ter faltado a electricidade, observou o temporal, tendo logo constatado que várias árvores tinham sido arrancadas.
"Só hoje é que estivemos a ver bem o montado e, nos três prédios rústicos (herdades) da minha família, já contabilizámos 500 azinheiras arrancadas, partidas, ripadas, chame-lhe o que quiser porque tudo serve", lamentou.
Os prejuízos, segundo as primeiras estimativas do proprietário, rondam "os 50 mil euros", faltando contabilizar ainda "o custo relacionado com a reposição das árvores".
"Eram todas azinheiras adultas, muitas de grande porte, em produção de bolota, situadas numa zona de caça grossa", acrescentou, referindo que várias vedações também ficaram destruídas.
O "pequeno tornado", segundo José Eduardo Fragoso, terá "começado perto" e, depois, "foi andando e destruindo tudo por onde ia passando", não restando agora outro remédio aos proprietários atingidos do que "andar para a frente".
O Instituo de Meteorologia (IM) disse hoje à Lusa não ter ainda "qualquer relato" da formação de um tornado naquela área do concelho de Castelo de Vide, mas admitiu que a situação meteorológica da altura era "propícia" a fenómenos dessa natureza.
"O que não quer dizer que ocorram sempre. Vamos analisar a situação, com base nos produtos do radar e das imagens de satélite", disse a fonte do IM, acrescentando que o instituto "não descura" mesmo "uma visita ao local".
Segundo o vereador do município de Castelo de Vide, o fenómeno meteorológico terá afectado um corredor com "uma largura de 150 metros, por sete quilómetros e meio de comprimento".
Lusa
- José Eduardo Fragoso, um dos proprietários florestais de Castelo de Vide (Portalegre) afectados pelo "pequeno tornado" de quarta-feira à noite, garantiu hoje terem-lhe vindo "lágrimas aos olhos" ao deparar-se com 500 azinheiras arrancadas nas suas herdades.
"A minha primeira reacção, hoje de manhã, foi virem-me as lágrimas aos olhos. A gente chega ali e vê o montado todo partido e destruído... Ninguém pode ficar contente", lamentou, em declarações à agência Lusa.
Cerca de mil árvores, sobretudo sobreiros e azinheiras, foram derrubadas ou arrancadas quarta-feira à noite, por volta das 21:30, em várias herdades na zona de Castelo de Vide por violentos ventos, que as autoridades locais apelidaram hoje de "pequeno tornado".
O vereador da Câmara Municipal de Castelo de Vide, António Pita, adiantou hoje à agência Lusa que o "pequeno tornado", verificado às 21:30, afectou uma área de 125 hectares, a norte da freguesia de Póvoa e Meadas, naquele concelho.
Segundo o autarca, os serviços florestais do município ainda estão a fazer um "levantamento rigoroso" dos estragos sofridos pelos proprietários florestais, mas já foram contabilizadas, até ao momento, perto de 500 azinheiras arrancadas ou derrubadas.
Contudo, António Pita admitiu que o número total de árvores danificadas, de várias espécies, atinja o dobro, ou seja, perto de um milhar.
Depois de uma noite de temporal, marcada por "ventos extremamente violentos", segundo o autarca, os proprietários florestais da zona atingida só durante o dia de hoje se aperceberam do "fenómeno" e dos danos provocados.
"O fenómeno apanhou, essencialmente, uma área florestal constituída por azinheiras e sobreiros, bem como várias dependências agrícolas, como palheiros", disse António Pita, indicando que foram também danificadas "vedações e muros de divisão de propriedades".
Contactado pela Lusa, José Eduardo Fragoso relatou que, ainda na noite passada, por ter faltado a electricidade, observou o temporal, tendo logo constatado que várias árvores tinham sido arrancadas.
"Só hoje é que estivemos a ver bem o montado e, nos três prédios rústicos (herdades) da minha família, já contabilizámos 500 azinheiras arrancadas, partidas, ripadas, chame-lhe o que quiser porque tudo serve", lamentou.
Os prejuízos, segundo as primeiras estimativas do proprietário, rondam "os 50 mil euros", faltando contabilizar ainda "o custo relacionado com a reposição das árvores".
"Eram todas azinheiras adultas, muitas de grande porte, em produção de bolota, situadas numa zona de caça grossa", acrescentou, referindo que várias vedações também ficaram destruídas.
O "pequeno tornado", segundo José Eduardo Fragoso, terá "começado perto" e, depois, "foi andando e destruindo tudo por onde ia passando", não restando agora outro remédio aos proprietários atingidos do que "andar para a frente".
O Instituo de Meteorologia (IM) disse hoje à Lusa não ter ainda "qualquer relato" da formação de um tornado naquela área do concelho de Castelo de Vide, mas admitiu que a situação meteorológica da altura era "propícia" a fenómenos dessa natureza.
"O que não quer dizer que ocorram sempre. Vamos analisar a situação, com base nos produtos do radar e das imagens de satélite", disse a fonte do IM, acrescentando que o instituto "não descura" mesmo "uma visita ao local".
Segundo o vereador do município de Castelo de Vide, o fenómeno meteorológico terá afectado um corredor com "uma largura de 150 metros, por sete quilómetros e meio de comprimento".
Lusa
