Cinema de Natal dominado pelo 3D

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,997
Gostos Recebidos
358
As bilheteiras de cinema não se podem queixar do Natal. Sobretudo quando exibem filmes para o público mais jovem. Este ano não foge à regra. A oferta, que arrancou logo no início deste mês, é dominada por filmes 3D. Apenas "O mágico", que estreia a 23, foge à regra.

ng1402829.jpg


São as animações em três dimensões (3D) que marcam a quadra natalícia. E nem o facto de os bilhetes para estes filmes serem mais caros impede a existência de salas esgotadas com criancinhas eufóricas e pais à beira de um ataque de nervos.

A saga começou no início do mês, com uma produção da Dreamworks, "Megamind", com realização de Tom Mcgra. Para quem ainda não viu, e sem retirar o factor surpresa, avançamos que "Megamind" é um extra-terrestre enviado para a Terra ainda recém-nascido e que acaba por se tornar num inusitado super-vilão que conseguiu aniquilar o último super-herói, o Metro Man....

Tartaruga contra aquecimento

Desde a semana passada que as telas de várias salas de cinema oferecem "As aventuras de Sammy - A passagem secreta", uma produção belga de Ben Stassen, que demonstra que a filmografia europeia também está a seguir as pisadas de Hollywood, produzindo animação em 3D. O filme conta a história de uma tartaruga que procura uma amiga de infância e que, nessa demanda, transporta consigo uma mensagem ecológica contra o aquecimento global.

E eis que nesta semana a febre da animação em 3D para os mais jovens volta a subir, com a aguardada estreia, depois de amanhã, de "Entrelaçados", a produção da Disney para o Natal que os realizadores Nathan Greno e Byron Howard produziram a partir do clássico infantil "Rapunzel", dos irmãos Grimm.

Este não é um filme qualquer, já que assinala a 50.ª produção de animação da produtora norte-americana e custou quase 200 milhões de euros. É o filme de animação mais caro feito até agora. O investimento é justificado com o facto de a Disney pretender com este filme combinar o melhor de dois mundos, isto é, o traço das suas antigas histórias de princesas e a tecnologia 3D do actual cinema animado.

Inicialmente, o filme chamava-se "Rapunzel", mas a Disney alterou para "Tangled" ("Entrelaçados"), para poder cativar também o público masculino, adicionando-lhe Flynn Rider, uma personagem que contracena com a protagonista, a princesa Rapunzel.

Flynn Rider é um ladrão que se esconde na torre mais alta do reino, onde encontra a princesa Rapunzel, de longos e mágicos cabelos loiros e que desconhece o Mundo para lá da torre onde está encarcerada. A princesa faz um acordo com Flynn Rider e promete dar-lhe uma tiara se o ladrão a tirar da torre.

Finalmente, aos filmes citados, junta-se, nas vésperas de Natal, a 23, "O mágico", de Sylvain Chomet, o realizador do genial "Belleville rendez-vous" (2003). E não. Não recorre à técnica 3D, fugindo, assim, àquilo que vai sendo a regra desta quadra e defendendo a chamada animação tradicional.

"O mágico" tem como argumento uma história inédita do realizador francês Jacques Tati (que assinou filmes como "As férias do Dr. Hulot" e "O meu tio" ) escrita em 1956 e dedicada à filha mais velha, que o cineasta nunca chegou a rodar.

Jornal de Notícias
 
Topo