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Paladares diferentes resultam em quê? Segundo o journal Scientific Reports, espelha o código genético de cada um.
O grupo de cientistas que analisou este tipo específico de sensibilidade levou a uma primeira inesperada conclusão: aqueles que mais sentem o amargo do café são os que mais o bebem. Pensava-se que seria o contrário, já que o amargor não é associado a algo agradável ao paladar, contudo, explica um dos autores do estudo, o que acontece é que os consumidores de café “adquirem uma habilidade para detetar o sabor amargo do café e aprendem a tornar tal experiência positiva, a que associam à cafeína em si”, e por isso acabam por beber cada vez mais.
Esta conclusão é relevante para os cientistas por abrir portas a um caminho ainda pouco desvendado – o do próprio cérebro humano – já que quando se sente um sabor amargo, o ser humano recebe a informação de que tal alimento não deve ser consumido. No café, a sensação parece no entanto ser apreendida de forma diferente.
Várias suposições nasceram deste estudo, mas nem todas levaram os investigadores a conclusões em concreto, ainda que se tenha confirmado que é o fator genético que orienta a perceção de cada indivíduo relativamente a certos sabores a que se é mais ou menos sensível. Por exemplo, aqueles que sentem um forte amargor quando provam vegetais como couves de bruxelas, tendem a preferir chá ao café. É uma questão de gosto, mas a sensibilidade no paladar terá, inevitavelmente, uma palavra a dizer.