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Como Tudo Funciona

Luz Divina

GF Ouro
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Como funciona o medo



Está escuro e você está sozinho em casa. Com exceção do programa que você está assistindo na TV, o silêncio é total. Então, você ouve a porta da frente repentinamente batendo. Sua respiração acelera. Seu coração dispara. Seus músculos enrijecem. Um segundo depois, você percebe que não tem ninguém tentando entrar em sua casa. Era apenas o vento.

Mas, por meio segundo, você sentiu tanto medo que reagiu como se sua vida estivesse em perigo. O que causa essa reação tão intensa? O que é o medo exatamente? Neste artigo, vamos examinar as propriedades físicas e psicológicas do medo, descobrir o que causa uma reação de medo e ver algumas maneiras de derrotá-lo.



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O que é o medo?

O medo é uma reação em cadeia no cérebro que tem início com um estímulo de estresse e termina com a liberação de compostos químicos que causam aumento da freqüência cardíaca, aceleração na respiração e energização dos músculos. O estímulo pode ser uma aranha, um auditório cheio de pessoas esperando que você fale ou a batida repentina da porta de sua casa.



[SIZE=+1]Passando a borracha
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[SIZE=-1] Estudo descobre que é possível "abrir" nosso cérebro e remover nossas memórias mais dolorosas - quase como é encenado no filme Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças.[/SIZE][SIZE=-1]
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O cérebro é um órgão extremamente complexo. Mais de 100 bilhões de células nervosas compõem uma intrincada de rede de comunicações que é o ponto de largada para tudo o que sentimos, pensamos ou fazemos. Algumas dessas comunicações levam ao pensamento e à ação consciente, ao passo que outras produzem respostas autônomas.

A resposta ao medo é quase inteiramente autônoma: não a disparamos conscientemente. Como as células do cérebro estão constantemente transferindo informações e iniciando respostas, há dúzias de áreas do cérebro envolvidas no sentimento de medo. Mas pesquisas mostram que determinadas partes desempenham papéis centrais nesse processo.


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  • Tálamo - decide para onde enviar os dados sensoriais recebidos (dos olhos, dos ouvidos, da boca e da pele).



  • Córtex sensorial - interpreta os dados sensoriais.



  • Hipocampo - armazena e busca memórias conscientes, além de processar conjuntos de estímulos para estabelecer um contexto.



  • Amígdala (Tonsila cerebelar) - decodifica emoções, determina possíveis ameaças e armazena memórias do medo.



  • Hipotálamo - ativa a reação de "luta ou fuga".


O processo de criação do medo começa com um estímulo assustador e termina com a reação de luta ou fuga. Mas há pelo menos dois caminhos entre o início e o final do processo.

Criando medo

O processo de criação do medo acontece no cérebro e é totalmente inconsciente. Há dois caminhos envolvidos na reação de medo: o caminho baixo é rápido e desordenado, ao passo que o caminho alto leva mais tempo e entrega uma interpretação mais precisa dos eventos. Ambos os processos acontecem simultaneamente.

A idéia por trás do caminho baixo é "não arrisque". Se a porta da frente de sua casa repentinamente bate, pode ser o vento, mas também pode ser um ladrão tentando entrar. É muito menos perigoso presumir que se trata de um ladrão e descobrir que era só o vento do que presumir que é o vento e aparecer um ladrão em sua frente. O caminho baixo é do tipo que atira primeiro e pergunta depois. O processo desse caminho é mais ou menos assim:


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A porta batendo é o estímulo. Quando você ouve o som e vê o movimento, seu cérebro envia esses dados sensoriais para o tálamo. Nesse ponto, o tálamo não sabe se os sinais que está recebendo são sinais de perigo ou não. Mas, pelo fato de poder ser, ele encaminha a informação para a amígdala.

A amígdala, por sua vez, recebe os impulsos neurais e age para proteger você: ela diz ao hipotálamo para iniciar a reação de luta ou fuga.
O caminho alto é muito mais ponderado. Ele reflete sobre todas as opções. Será um ladrão ou será que é o vento? Esse é um processo meis longo.


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Quando seus olhos e ouvidos captam o som e o movimento da porta, eles desviam essa informação para o tálamo, que, por sua vez, envia a informação para o córtex sensorial, no qual é interpretada em busca de um significado. O córtex sensorial determina que há mais de uma interpretação possível para os dados e os envia ao hipocampo para que ele estabeleça um contexto.

O hipocampo faz perguntas como: "Eu já vi este estímulo específico antes? Se vi, o que significou naquela vez? O que mais está acontecendo que pode me indicar se isso é um ladrão ou efeito de um vento forte"? O hipocampo pode captar outros dados sendo enviados pelo caminho alto, como o bater de galhos contra a janela, ruídos externos, etc. E, levando em consideração essas outras informações, ele determina que a batida da porta provavelmente foi resultado do vento.

Depois, envia uma mensagem para a amígdala dizendo que não há perigo e a amígdala informa ao hipotálamo para desligar a reação de luta ou fuga.
Os dados sensoriais a respeito da porta (os estímulos) seguem os dois caminhos ao mesmo tempo. Mas o caminho alto leva mais tempo do que o caminho baixo. É por isso que você tem um ou dois momentos de medo antes de se acalmar.


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Tanto o caminho alto quanto o caminho baixo levam ao hipotálamo. Essa parte do cérebro controla a reação de sobrevivência chamada de reação de luta ou fuga.


Luta ou fuga


Para produzir a reação de luta ou fuga, o hipotálamo ativa dois sistemas: o sistema nervoso simpático e o sistema adrenocortical. O primeiro usa vias nervosas para iniciar reações no corpo, ao passo que o segundo usa a corrente sangüínea. Os efeitos combinados dos dois sistemas são a reação de luta ou fuga.

Quando o hipotálamo informa ao sistema nervoso simpático que é hora de entrar em ação, o efeito geral é que o corpo acelera, fica tenso e mais alerta. Se houver um ladrão à porta, você vai ter de fazer algo, e rápido. O sistema nervoso simpático envia impulsos para as glândulas e músculos lisos e diz à medula adrenal para liberar adrenalina e noradrenalina na corrente sangüínea. Esses "hormônios do estresse" efetuam várias mudanças no corpo, incluindo um aumento na freqüência cardíaca e na pressão sangüínea.

Ao mesmo tempo, o hipotálamo livra o fator de liberação de corticotropina (CRF) na glândula pituitária, ativando o sistema adrenocortical. A glândula pituitária (uma das principais glândulas endócrinas - em inglês) secreta o hormônio ACTH (hormônio adrenocorticotrópico), que se move pela corrente sangüínea e finalmente chega ao córtex adrenal, no qual ativa a liberação de aproximadamente trinta hormônios diferentes para preparar o corpo para lidar com uma ameaça.




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A vazão repentina de adrenalina, noradrenalina e vários outros hormônios causa mudanças no corpo:


  • aumento da pressão arterial e freqüência cardíaca;



  • as pupilas dilatam para receber a maior quantidade possível de luz;



  • as artérias da pele se contraem para enviar uma quantidade de sangue mais significativa aos grupos musculares maiores (reação responsável pelo "calafrio" muitas vezes associado com o medo - há menos sangue na pele para mantê-lo aquecido);



  • o nível de glicose sangüínea diminui;



  • os músculos enrijecem, energizados por adrenalina e glicose (reação responsável pelos arrepios - quando pequenos músculos conectados a cada pêlo da superfície da pele tensionam, os fios são forçados para cima, puxando a pele com eles);



  • a musculatura lisa relaxa para permitir que entre uma maior quantidade de oxigênio nos pulmões;



  • sistemas não essenciais (como o digestivo e o imunológico) são desligados para guardar a energia para as funções de emergência;



  • há dificuldade para se concentrar em tarefas pequenas (o cérebro deve se concentrar em somente uma coisa para determinar de onde vem a ameaça).


Todas essas reações físicas têm a intenção de lhe ajudar a sobreviver a uma situação perigosa. O medo (e a reação de luta ou fuga em particular) é um instinto que todo animal possui.


Por que sentimos medo?


Instinto


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Se não tivéssemos medo, não teríamos nenhum receio de carros em alta velocidade, de animais venenosos e de doenças contagiosas. Tanto nos seres humanos como nos animais, o medo tem por objetivo promover a sobrevivência. Com o decorrer do tempo, as pessoas que sentiram medo, tiveram mais pressão evolutiva favorável. Durante a polêmica que existia no século XIX a respeito da evolução, a "face do medo" (a expressão de olhos arregalados e boca aberta que costuma acompanhar o medo extremo) se tornou motivo de discussão. Por que as pessoas fazem essa expressão quando estão aterrorizadas?

Alguns diziam que Deus deu a todas as pessoas uma maneira para que outras soubessem que estavam com medo caso não falassem a mesma língua. Charles Darwin, por outro lado, disse que isso era o resultado de um enrijecimento instintivo dos músculos disparado por uma resposta desenvolvida para o medo e, para provar isso, foi à seção de répteis do zoológico de Londres.

Tentando permanecer totalmente calmo, aproximou-se o máximo possível do vidro enquanto uma víbora disparava em sua direção do outro lado. Em todas as tentativas, ele fez aquela cara e pulou para trás. Em seu diário, ele escreveu: "minha força de vontade e razão estavam impotentes contra a imaginação de um perigo pelo qual jamais havia passado". A conclusão a que chegou foi a de que toda a reação ao medo é um instinto antigo intocado pelas nuanças da civilização moderna .

A maioria de nós não precisa mais lutar (ou correr) por nossas vidas na selva, mas o medo está longe de ser desaparecer, pois continua servindo ao mesmo propósito que servia na época em que se encontrava com um leão enquanto se trazia água do rio. A diferença é que agora carregamos carteiras e andamos pelas ruas da cidade. A decisão de usar ou não aquele atalho deserto à meia-noite é baseada em um medo racional que promove a sobrevivência.

Na verdade, o que mudou foram só os estímulos, já que corremos o mesmo risco que corríamos há centenas de anos e nosso medo ainda serve para nos proteger da mesma forma que nos protegia antes.
A maioria de nós jamais esteve perto da peste bubônica (epidemia que atacou a Europa na época medieval), mas nosso coração pára ao vermos um rato. Para o ser humano, além do instinto, também há outros fatores envolvidos no medo.

O ser humano pode ter o dom da antecipação, o que nos faz imaginar coisas terríveis que poderiam acontecer: coisas sobre as quais ouvimos, lemos ou vimos na TV. A maioria de nós nunca vivenciou um acidente de avião, mas isso não nos impede de sentar em um avião e agarrar firme nos apoios dos braços. A antecipação de um estímulo de medo pode provocar a mesma reação que teríamos se vivêssemos a situação real e isso também é um benefício obtido com a evolução.



Condicionamento


O circuito da reação de medo pode ter sido afinado pela evolução, mas também há um outro aspecto do medo: condicionamento. O condicionamento é o motivo pelo qual algumas pessoas temem cachorros, ao passo que outras os consideram praticamente um membro da família.

O temor que uma pessoa sente de cachorros provavelmente se deve a uma resposta condicionada. Quem sabe se essa pessoa não foi mordida por um cachorro quando tinha três anos de idade e, muitos anos depois, o cérebro dela (a amígdala, em especial) ainda associa a visão de um cachorro com a dor da mordida?



[SIZE=+1]Medo e excitação

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[SIZE=-1]Se você gosta de filmes de terror, já sabe que o medo pode ser excitante. Muitas pessoas gostam de sentir medo. E a excitação da reação de luta ou fuga pode ser prazerosa e até imitar a excitação sexual, o que faz que não seja nenhuma surpresa o fato de pessoas quererem ver filmes de terror e andar de montanha-russa em encontros românticos. [/SIZE] [SIZE=-1]Existem evidências científicas que apóiam a conexão entre o medo e a excitação.

O psicólogo Arthur Aron conduziu um estudo usando o tão comum medo de altura. Ele fez que um grupo de homens andasse por uma ponte instável de 140 m suspensa a uma altura de 70 m, ao passo que outro grupo teve de andar sobre uma ponte idêntica, mas perfeitamente estável.

No final de cada ponte, os homens encontravam a estonteante assistente de Aron, que fazia a cada participante um conjunto de perguntas relacionadas a um estudo imaginário e lhes dava o número de telefone dela caso quisessem obter mais informações. Dos 33 homens que cruzaram a ponte estável, dois ligaram para a assistente. Agora, dos 33 homens que andaram sobre a ponte instável, nove ligaram. A conclusão de Aron foi que o estado de medo estimula a atração sexual.


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[SIZE=+1]Fobias
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[SIZE=-1]Uma fobia é um temor intenso e persistente que não se baseia em nenhum sentido racional de perigo iminente e impede que o portador participe de atividades que possam desencadeá-la. Existem três tipos principais de fobias:

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[SIZE=-1]Agorafobia: medo de lugares difíceis de se escapar ou onde a ajuda pode não estar prontamente disponível caso algo de ruim aconteça.[/SIZE]

[SIZE=-1]Fobia social: medo de encontros com outras pessoas. [/SIZE]

[SIZE=-1]Fobias específicas: medo de uma coisa ou situação específica, como cobras, falar em público, altura ou sangue.[/SIZE]



Do que temos medo?


Uma pesquisa do Instituto Gallup, realizada em 2005, revelou os medos mais comuns entre os adolescente americanos. A lista dos "10 mais" é a seguinte:



  1. ataques terroristas
  2. aranhas
  3. morte
  4. fracasso
  5. guerra
  6. altura
  7. crime/Violência
  8. ficar sozinho
  9. o futuro
  10. guerra nuclear


A maior parte desses medos entra com eles na vida adulta. Outros medos comuns incluem falar em público, ir ao dentista, dor, câncer e cobras. Muitos de nós tememos as mesmas coisas. Será, então, que existem medos universais? Coisas que todos tememos? Alguns estudos mostram que os seres humanos podem ser geneticamente predispostos a temer determinadas coisas como aranhas, cobras e ratos, todos eles animais que já apresentaram um perigo real pelo fato de serem venenosos ou carregarem doenças.

O medo de cobras, por exemplo, já foi encontrado em pessoas que nunca estiveram frente a frente com uma cobra. Isso faz sentido se pensarmos no medo como um instinto evolucionário incrustado no consciente humano. Essa idéia do medo universal é apoiada por várias fontes famosas, programas populares da TV como o "Fear Factor" (Fator medo) da rede americana NBC.

E essa idéia também é apoiada por pesquisas científicas. O psicólogo Martin Seligman realizou um experimento de condicionamento no qual mostrava aos participantes fotos de certos objetos e lhes dava um choque elétrico em seguida.

A idéia era criar uma fobia (um medo intenso e irracional) do objeto da foto. Quando era uma foto de algo como uma aranha ou uma cobra, bastavam de dois a quatro choques para estabelecer uma fobia, mas quando a foto era de algo como uma flor ou árvore, eram necessários muito mais choques para que se estabelecesse um medo real.

No entanto, embora possa haver medos universais, também há medos específicos de certos indivíduos, comunidades, regiões ou mesmo culturas. Alguém que cresceu na cidade grande provavelmente tem um medo mais intenso de ser roubado do que alguém que passou a maior parte de sua vida na fazenda. Pessoas que vivem no Sul da Flórida podem ter um medo maior de furacões do que pessoas que vivem no Kansas.

Por outro lado, as pessoas que vivem no Kansas podem ter um medo mais profundo de tornados do que as pessoas que vivem em Vermont. As coisas de que temos medo dizem muito sobre as experiências que já tivemos. Por exemplo, existe uma fobia chamada de taijin kyofusho, que é considerada pela comunidade psiquiátrica (de acordo com o DSM IV - Manual de estatísticas e diagnósticos de doenças mentais - em inglês) como uma "fobia culturalmente específica do Japão". Para você não ficar curioso, ela é o "medo de ofender outras pessoas por um excesso de modéstia ou de respeito", uma fobia específica, cuja criação se deve aos complexos rituais sociais que permeiam a vida dos japoneses.

Sentir medo de vez em quando faz parte da vida. O problema é viver com medos crônicos que podem debilitar uma pessoa tanto física quanto emocionalmente, já que viver com uma resposta imunológica debilitada pode acarretar várias doenças. Então como podemos resolver esse problema?



[SIZE=+1]Distúrbios do medo
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[SIZE=-1]De acordo com o Instituto Nacional de Saúde Mental , há 19 milhões de pessoas só nos EUA que sofrem de doenças mentais relacionadas a reações irracionais ao medo, entre as quais estão o distúrbio de ansiedade generalizada, distúrbio do pânico e distúrbio de estresse pós-traumático.[/SIZE]



Superando o medo



Pesquisas mostraram que ratos com amígdalas danificadas correm na direção de gatos . Isso levou os cientistas a explorarem maneiras de superar o medo.



Extinção do medo


O cientista Mark Barad, da UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles), realizou um experimento no qual ele e sua equipe associaram um som a um choque elétrico. Eles tocavam o som e imediatamente aplicavam um choque ao chão de metal da gaiola das cobaias (ratos).

Esse é um tipo clássico de condicionamento e não foi preciso muito tempo para que os ratos começassem a se preparar para o choque assim que ouviam aquele som específico. O que aconteceu foi que, naquele ponto, suas amígdalas já haviam associado o som ao choque, bastando o primeiro para criar uma reação de medo. Depois, os pesquisadores começaram o processo de treinamento para a extinção do medo, no qual reproduziam o som sem aplicar o choque. Após várias vezes ouvindo o som sem o choque, os ratos pararam de sentir medo.

A extinção do medo envolve a criação de uma resposta condicionada que contrapõe a reação condicionada àquele medo. Embora os estudos indiquem a amígdala como a localização das memórias de medo formadas por condicionamento, os cientistas teorizam que as memórias de extinção do medo também se formam na amígdala, mas são posteriormente transferidas para o córtex pré-frontal medial (mPFC), no qual são armazenadas. A nova memória criada pela extinção do medo se estabelece no córtex pré-frontal medial e tenta cancelar a memória de medo iniciada na amígdala.




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A maioria das terapias comportamentais para a extinção do medo concentra-se na exposição. Por exemplo, a terapia para uma pessoa com medo de cobras pode incluir visitas a uma fazenda de cobras e percorrer pequenas etapas. Primeiro, a pessoa pode ficar a 3 m da cobra e ver que nada de terrível acontece.

Então, essa pessoa pode ficar a 1,5 m e, ao ver que nada de ruim acontece, pode tomar coragem de chegar perto o suficiente para tocá-la. E esse processo continua até que novas memórias de extinção do medo sejam formadas e sirvam para contradizer aquele medo de cobras. O medo ainda existe, mas a idéia é cancelar sua ação com a nova memória.



Assistência química


Os cientistas aprenderam que a inibição de uma proteína chamada de NMDA (N-metil D-asparato) presente na amígdala inibe a extinção do medo. Usando a lógica, então, imaginaram que o estímulo da proteína poderia estimular a extinção do medo.

E estudos mostram que o antibiótico D-cicloserina (bem conhecido por sua utilização no tratamento da tuberculose) pode ajudar na extinção do medo ao auxiliar a ação da NMDA . Esse tipo de abordagem poderia ser benéfica quando associada com terapias comportamentais que tentem criar memórias de extinção do medo.

Mas a idéia não é substituir a terapia de exposição e sim acelerá-la. Essa hipótese foi testada em um experimento com ratos que haviam sido condicionados a associar uma luz brilhante com um choque nas patas. Quando a luz foi apresentada repetidamente sem o choque, os ratos que haviam recebido a D-cicloserian desaprenderam seu medo muito mais rápido do que aqueles que percorreram o caminho natural.

Além disso, o antibiótico também atingiu resultados em um estudo feito com pessoas que tinham medo de altura: após sessões de realidade virtual projetadas para expor os indivíduos a grandes alturas dentro de um ambiente seguro, aqueles que receberam o antibiótico se expuseram a alturas no mundo real com o dobro da freqüência dos participantes que não o receberam.

Esse tipo de pesquisa é muito promissor para pessoas sob o controle das fobias debilitantes e distúrbios de ansiedade. Mas e aqueles de nós que apenas sentem um frio no estômago antes de fazer uma apresentação ou têm dificuldades para chegar perto da sacada do trigésimo andar e apreciar a vista?


Oito dicas práticas



O artigo da revista Prevention intitulado "Do que você tem medo? Oito segredos para fazer o medo sumir" oferece estas dicas para lidar com os medos diários.




  1. Não importa o motivo de você ter medo - saber o motivo de ter desenvolvido um medo específico não ajuda você na hora de superar esse medo e atrasa seu progresso em áreas que realmente vão lhe ajudar a ter menos medo. Relaxe e pare de tentar descobrir o porquê.
  2. Aprenda sobre aquilo que você teme - a incerteza é um grande componente do medo: desenvolver um entendimento do que você tem medo ajuda bastante a apagá-lo.
  3. Pratique - se houver algo que você tem medo de tentar porque parece assustador ou difícil, trabalhe em etapas. Criar familiaridade aos poucos torna essa coisa mais fácil de se controlar.
  4. Descubra alguém que não tem medo - se há algo de que tem medo, encontre alguém que não tenha medo dessa coisa e passe um tempo com essa pessoa, levando-a para lhe acompanhar na hora de enfrentar seu medo. Acredite, vai ficar muito mais fácil.
  5. Fale sobre seu medo - compartilhar seu medo com outras pessoas faz com que ele fique bem menos aterrorizante.
  6. Faça jogos mentais consigo mesmo - se tiver medo de falar na frente de várias pessoas, isso provavelmente acontece porque você acha que elas irão lhe julgar. Tente imaginá-las sem roupa, já que ser o único vestido na sala coloca você na posição de julgá-las.
  7. Pare de olhar a floresta inteira - olhe apenas a árvore que está a sua frente. Se tem medo de alturas, não pense que tem de ir ao quadragésimo andar de um prédio. Em vez disso, concentre-se apenas em entrar no corredor.
  8. Procure ajuda - o medo não é uma emoção simples. Se estiver com problemas para superar um medo sozinho, procure um profissional para ajudá-lo. Há vários tratamentos para o medo, e não há nenhuma razão para você não experimentá-los, desde que tenha a orientação de alguém com treinamento e experiência.



HowStuffWorks
 

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In Memoriam
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Excelente post, didáctico, informativo, completo. :espi28:

Parabéns Amiga.

Abraço

:shy_flower_2_text:
 

Luz Divina

GF Ouro
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Como funciona o coma






Como funciona o coma



Introdução




Em dezembro de 1999, uma enfermeira estava esticando os lençóis da cama quando a pacien­te repentinamente sentou e exclamou: "Não faça isso!" Apesar de parecer normal, foi uma grande surpresa para a família e amigos - Patricia White Bull ficou em coma por 16 anos. Os médicos tinham dito para eles que ela nunca voltaria.

Como um paciente em coma pode sair do coma depois de tanto tempo? O que faz as pessoas entrarem em coma? Qual é a diferença entre estar em coma e estar em estado vegetativo? Há vários conceitos errados e muita confusão sobre este estado de inconsciência conhecido como coma. Nesse artigo, você aprenderá quais são os processos fisiológicos que levam ao coma, como um coma de verdade difere do que é mostrado na televisão e com que freqüência as pessoas acordam depois de meses ou até anos em coma.


O que é o coma?



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A palavra coma vem da palavra grega koma, que significa "estado de dormir." Mas estar em coma não é o mesmo que estar dormindo. Você pode acordar uma pessoa que está dormindo falando com ela ou encostando nela. O mesmo não é verdadeiro para o paciente em coma, que está viva e respira, mas tão inconscientemente que não pode responder a qualquer estímulo (como dor ou o som de uma voz) ou fazer nenhum movimento voluntário. O cérebro ainda está funcionando, mas em seu nível mais básico. Para entender isso, antes precisamos rever as partes do cérebro e como elas funcionam.




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O cérebro é formado de três partes principais: o cérebro , o cerebelo e o tronco cerebral. O cérebro controla funções cognitivas e sensoriais como a inteligência, memória, razão e emoções. O cerebelo, na parte de trás do cérebro, controla o equilíbrio e o movimento. O tronco cerebral conecta os dois hemisférios cerebrais com a medula espinhal.

Ele controla a respiração, pressão arterial, ciclos do sono, consciência e outras funções orgânicas. Além disso, há uma grande massa de neurônios embaixo do cérebro chamada tálamo. Essa área pequena, porém crítica, envia impulsos sensoriais para o córtex cerebral. Para uma explicação mais detalhada da função do cérebro, veja Como funciona o cérebro.



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Os cientistas acreditam que a consciência depende da constante transmissão de sinais químicos do tronco cerebral e tálamo para o cérebro. Estas áreas estão conectadas por caminhos neurais chamados Substância Reticular Ativada. Qualquer interrupção nestas mensagens pode colocar a pessoa em um estado alterado de consciência.
O estado vegetativo é um tipo de coma em que o paciente está acordado mas não reage aos estímulos. Geralmente, quem se encontra neste estado são pessoas que estavam em coma e depois de alguns dias ou semanas saem do coma e permanecem num estado inconsciente no qual seus olhos ficam abertos, dando a impressão de que estão acordados.

Pacientes assim podem ter comportamentos que levam os membros da família a acreditarem que estão ficando acordados e comunicativos. Estes comportamentos podem incluir resmungos, bocejos e movimentos da cabeça e membros. Entretanto, eles não respondem a qualquer estímulo interno ou externo e as evidências de danos cerebrais extensivos ainda persistem. A evolução dos pacientes nos quais um estado vegetativo dura um mês ou mais é geralmente pequena, e os médicos usam o termo estado vegetativo persistente.
A seguir, descobriremos como alguém pode tornar-se comatoso.




[SIZE=+1]Outros estados de consciência
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[SIZE=-1]Um paciente em estado profundo de coma vai mostrar um pouco de eletroatividade no EEG; um paciente em morte cerebral não mostra
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  • Catatonia - as pessoas neste estado não se movem ou falam, e tendem a não fazer contato visual com os outros. Pode ser um sintoma de distúrbios psiquiátricos como a esquizofrenia.
  • Estupor - o paciente pode ser acordado somente por estímulo vigoroso, acompanhado por comportamento motor que leva a contenção de estímulo desconfortável ou exacerbado.
  • Sonolência - simula um sono leve, caracterizado por despertar fácil e períodos de vigilância.
  • Síndrome do enclausuramento - as pessoas com esta condição neurológica rara são capazes de pensar e raciocinar, mas estão completamente paralisados com exceção de abrir e fechar os olhos (o que eles, às vezes, usam como meio de comunicação). Derrames ou outras doenças que lesam o tronco cerebral, mas não o cérebro, podem causar esta síndrome.
  • Morte cerebral - as pessoas nessa condição não mostram sinais de função cerebral. Apesar de seu coração ainda bater, elas não podem pensar, se mover, respirar ou fazer qualquer função orgânica. Uma pessoa declarada "em morte cerebral" não consegue responder à dor, respirar sem aparelhos ou digerir comida. Legalmente o paciente é declarado morto e o desejo dele ou da familia com relação a doação de órgãos pode ser considerado. Para saber mais sobre a morte cerebral, veja Como funciona a morte cerebral.
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Como alguém se torna comatoso

[SIZE=+1]Coma induzido
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Quando o corpo está machucado, tenta se reparar sozinho por vários mecanismos, incluindo uma inflamação que pode cortar o fluxo de oxigênio para o cérebro. Colocando os pacientes em coma, os médicos estão essencialmente colocando o cérebro em hibernação, reduzindo o fluxo de sangue e oxigênio necessários e ajudando a proteger contra danos nos tecidos até que o corpo do paciente tenha tido uma chance de se recuperar. Em 2004, médicos de Wisconsin induziram um coma de sete dias em uma menina de 15 anos de idade com raiva (uma doença que destrói o cérebro e freqüentemente leva a morte). Após sair do coma, a paciente começou a se recuperar.



O coma pode ser causado por doenças que afetam o cérebro ou por danos cerebrais. Se uma pessoa sofre um traumatismo craniano grave, o impacto pode fazer o cérebro se chocar com a calota craniana e voltar, como o movimento de um chicote. Este movimento pode romper vasos sanguíneos e fibras nervosas, causando edema cerebral. Este edema pressiona os vasos sanguíneos, interrompendo o fluxo de sangue (e conseqüentemente o fluxo de oxigênio) para o cérebro.

As partes do cérebro que não recebem o sangue e oxigênio começam a morrer. Algumas infecções do cérebro e medula espinhal (como a encefalite ou meningite) também podem causar edema cerebral. Condições que causam um acúmulo de sangue dentro do cérebro ou do crânio, como uma fratura do crânio ou um aneurisma, também podem levar a um edema e mais tarde a um dano cerebral. Um tipo de derrame chamado derrame isquêmico, também pode levar ao coma. Este derrame acontece quando uma artéria que leva sangue ao cérebro é obstruída. Esse bloqueio impede o fluxo de sangue e oxigênio e se for muito grande a pessoa pode entrar em estado de estupor ou em coma.

Nas pessoas com diabetes, o corpo não produz quantidade suficiente do hormônio insulina. Como a insulina ajuda as células a usarem a glicose como fonte de energia, a falta desse hormônio aumenta os níveis de glicose no sangue (hiperglicemia). Por outro lado, quando a insulina não está na proporção correta, o açúcar no sangue pode ficar muito baixo (hipoglicemia). Se o nível de açúcar no sangue estiver extremamente alto ou baixo, a pessoa pode entrar em um coma diabético.

O coma também pode ser causado por um tumor cerebral, excesso de álcool ou overdose de drogas, distúrbios convulsivos, falta de oxigênio no cérebro (como em afogamentos) ou pressão sangüínea muito alta.
Uma pessoa pode ficar comatosa imediatamente ou gradativamente. Se, por exemplo, uma infecção ou outra doença causar o coma, a pessoa pode ter febre muito alta, pode sentir enjôos ou parecer letárgica antes de entrar em coma. Se a causa for um derrame ou traumatismo craniano grave o paciente pode entrar em coma quase que imediatamente.


Como você sabe que uma pessoa está em coma


O coma pode parecer diferente dependendo da situação. Algumas pessoas ficam deitadas completamente imóveis e sem reação, outras podem se mexer involuntariamente. Se os músculos respiratórios forem afetados, a pessoa pode não conseguir respirar sozinha. Os médicos avaliam pacientes em possível coma com base em duas escalas: a escala de Glasgow e a escala Rancho Los Amigos. A escala de Glasgow identifica o grau de incapacidade mental com uma nota de três a quinze, sendo três um coma profundo e quinze o estado normal de vigilância. Os pontos são baseados em três parâmetros:

A escala Rancho Los Amigos, desenvolvida por médicos do hospital Rancho Los Amigos, na Califórnia, ajuda a avaliar o progresso de um sobrevivente a um traumatismo craniano em recuperação após o coma. É mais útil nas primeiras semanas ou meses após a lesão.

Baseados nos resultados destas duas escalas, os médicos colocam os pacientes em um dos quatro estados de consciência:



  • comatoso e não responsivo - o paciente não se mexe e não responde a estímulos;
  • comatoso mas responsivo - o paciente responde a estímulos com reações como movimentos ou aceleração do batimento cardíaco;
  • consciente mas não responsivo - o paciente pode ver, ouvir, tocar e sentir o gosto, mas não responde;
  • consciente e responsivo - o paciente está fora do coma e pode responder aos comandos.




[SIZE=+1]O coma nas novelas[/SIZE]

Nas novelas, os personagens geralmente ficam em coma após um acidente trágico. Ficam deitados numa cama de hospital (com a maquiagem intacta, é claro), com médicos e familiares constantemente ao seu lado, torcendo pela vida. Após alguns dias seus olhos se abrem e a vida continua como se nada tivesse acontecido.
Infelizmente, esse coma de novelas parece muito pouco com um coma na vida real. Quando uma equipe de pesquisadores estudou nove novelas num período de dez anos, descobriram que 89% dos personagens recuperaram-se completamente. Somente 3% continuaram em estado vegetativo e 8% morreram (sendo que dois deles "ressuscitaram"). Na realidade, as taxas de sobrevivência ao coma são de 50% ou menos, e menos de 10% das pessoas que saem do coma conseguem uma recuperação completa . Apesar das novelas desviarem-se totalmente da realidade em muitos outros aspectos, os autores do estudo ficaram preocupados porque esses comas de novela podem levar a família e amigos dos pacientes em coma de verdade a ter expectativas falsas.



Como os médicos tratam os pacientes em coma




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[SIZE=-1]Os médicos normalmente usam a ressonância magnética para verificar os danos cerebrais de um paciente em coma


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Não existe um tratamento para tirar um paciente do coma, os tratamentos servem para prevenir futuros danos físicos e neurológicos. Em primeiro lugar, os médicos tomam as devidas precauções para que o paciente não corra risco eminente de morte. Pode ser necessário o uso de uma máquina de ventilação artificial, conectada ao paciente através de um tubo que passa pela boca e pela traquéia, também chamada de respirador.

Se há outros ferimentos graves em outras partes do corpo que possam colocar a vida do paciente em risco, eles serão tratados. Se uma pressão intracraniana excessiva causou o coma, os médicos podem aliviar essa pressão colocando cirurgicamente um tubo dentro do crânio para drenar o líquido. Um procedimento chamado hiperventilação, que aumenta a freqüência da respiração para contrair os vasos sangüíneos no cérebro, também pode ser usado para diminuir a pressão intracraniana.

O médico também pode usar medicação para prevenir convulsões. Se uma overdose de drogas ou taxa muito baixa de açúcar no sangue causou o coma, os médicos tentam corrigir isto o mais rápido possível. Os pacientes que tiveram acidente vascular (derrame) isquêmico agudo podem passar por procedimentos ou receber medicação anticoagulante para melhorar o fluxo sanguíneo cerebral.

Os médicos também podem usar exames de imagem como a ressonância magnética (MRI) ou a tomografia computadorizada (CT), para ver dentro do cérebro e identificar um tumor, aumento de pressão ou qualquer sinal de dano cerebral. A eletroencefalografia (EEG) é um exame usado para detectar anormalidades na atividade elétrica cerebral. Se o médico suspeitar de uma infecção como a meningite, pode fazer uma coleta de líquor para chegar ao diagnóstico. Para fazer este exame, o médico coloca uma agulha na espinha do paciente e remove uma amostra do líquido cérebro-espinhal para ser analisado.



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[SIZE=-1]Muitos pacientes em coma precisam de um respirador



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Assim que o paciente estiver estável, os médicos se concentram em mantê-lo o mais saudável possível. Pacientes em coma são suscetíveis a pneumonia e outras infecções. Muitos comatosos ficam na unidade de terapia intensiva (UTI), onde são continuamente monitorados pelos médicos e enfermeiros. Pessoas em coma por muito tempo podem receber fisioterapia para evitar atrofia muscular.

Os enfermeiros também mudam esses pacientes de posição periodicamente para prevenir escaras, feridas de pele muito doloridas causadas por ficar deitado no mesmo lado por muito tempo. Como os pacientes em coma não comem nem bebem sozinhos, recebem nutrientes e líquidos pelas veias ou através de um tubo de alimentação para que não morram de fome ou desidratação. Eles também recebem eletrólitos, sal e outras substâncias que ajudam a regular os processos orgânicos.

Se o paciente em coma continuar a depender de um ventilador para respirar, pode receber um tubo especial que entra na traquéia pela parte frontal do pescoço (uma traqueostomia). O tubo de traqueostomia pode ser deixado no lugar por longos períodos de tempo por precisar de menos manutenção e não machucar os tecidos da cavidade oral e da traquéia superior. Como esses pacientes também não podem urinar sozinhos, recebem um tubo de borracha chamado catéter, inserido diretamente na bexiga para remoção da urina.



[SIZE=+1]Decisões difíceis
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[SIZE=-1]Acompanhar uma esposa ou membro da família em coma ou estado vegetativo é muito difícil, mas quando a condição persiste por muito tempo, a família pode ter que tomar algumas decisões muito mais difíceis. Nos casos onde o paciente não se recupera rapidamente, a família precisa decidir se deixa o ente amado em um respirador artificial e tubo de alimentação indefinidamente, ou se remove o aparato e permite que a pessoa morra. [/SIZE] [SIZE=-1]Se a pessoa em questão assinou um advanced medical directive (ordem antecipada de cuidados médicos) essa decisão é muito mais fácil, pois a família pode simplesmente atender o desejo do paciente. Na falta desse documento, a família tem que conversar cuidadosamente com o médico para determinar o que é melhor para o paciente. [/SIZE]

[SIZE=-1]Em muitos casos, essa decisão pode ser controversa o suficiente para acabar na justiça e nas manchetes dos jornais. Em 1975, Karen Ann Quinlan, de 21 anos, sofreu sérios danos cerebrais e acabou em estado vegetativo persistente após ingerir uma perigosa combinação de álcool e sedativos. Sua família foi à corte judicial pedir que seu tubo de alimentação e respirador fossem removidos. Em 1976, a justiça de Nova Jersey concordou. Entretanto, quando os tubos foram removidos ela começou a respirar sozinha e viveu até 1985, quando morreu de pneumonia. [/SIZE]

[SIZE=-1]Um caso recente gerou uma batalha judicial ainda maior, chegando ao poder executivo. Em 1990, o coração de Terri Schiavo parou de bater temporariamente por causa de complicações devido à bulimia. Ela sofreu sérios danos cerebrais e entrou em estado vegetativo persistente. Seu marido e pais começaram uma briga para decidir se o tubo de alimentação seria removido. A disputa deles chegou ao congresso e chamou a atenção do presidente George W. Bush. Finalmente, o tubo foi removido e Terri morreu em março de 2005.[/SIZE]




Como as pessoas saem do coma?




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[SIZE=-1]Um paciente em recuperação de um coma pode usar aparelhos de fisioterapia como esse pedal para exercitar os braços



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O tempo que uma pessoa demora para sair do coma depende da causa e da gravidade da lesão cerebral. Se a causa for um problema metabólico, como a diabete, e os médicos tratarem isso com medicamentos, ele pode sair do coma relativamente rápido. Muitos pacientes que tiveram overdose de drogas ou álcool também puderam se recuperar assim que a substância foi eliminada do organismo. Uma lesão cerebral grave ou um tumor cerebral podem ser mais difíceis de tratar, levando a um coma longo ou irreversível. A maioria dos comas não duram mais do que duas a quatro semanas.

A recuperação normalmente é gradativa, com os pacientes ficando cada dia mais conscientes. Eles podem ficar acordados e alertas por apenas alguns minutos no primeiro dia, mas gradativamente ficam mais tempo acordados. As pesquisas mostram que a recuperação de um paciente comatoso está diretamente relacionada a sua pontuação na escala Glasgow. A maioria dos pacientes (87%) que tem uma nota três ou quatro nessa escala dentro das primeiras 24 horas de coma, tem uma grande possibilidade de morrer ou de entrar em um estado vegetativo persistente. No outro lado da escala, aproximadamente 87% dos pacientes com notas entre 11 e 15 têm grande possibilidade de terem uma boa recuperação.

Algumas pessoas saem do coma sem nenhuma incapacidade física ou mental, mas a maioria precisa de pelo menos algum tipo de terapia para recuperar suas funções físicas ou mentais. Elas podem precisar aprender a falar novamente, andar e até comer. Algumas nunca se recuperam completamente, podem recuperar algumas funções (como respirar e digerir) e passar para um estado vegetativo, mas nunca vão reagir a um estímulo de forma consciente.


[SIZE=+1]Recuperações impressionantes
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[SIZE=-1]Patricia White Bull é apenas mais uma das impressionantes histórias de recuperação de um coma. Em abril de 2005, Donald Herbert acordou surpreendentemente. O bombeiro teve queimaduras graves em 1995, quando o teto de um prédio em chamas desabou sobre ele. Ele ficou em coma por dez anos, e quando os médicos começaram a dar a ele drogas normalmente usadas para tratar mal de Parkinson, depressão e problemas de déficit de atenção, Donald acordou e falou com sua família por 14 horas sem parar. Infelizmente ele morreu alguns meses depois de pneumonia. [/SIZE] [SIZE=-1]Estes não são os únicos casos de histórias impressionantes de recuperação do coma, os médicos têm documentado alguns casos de pacientes com lesão cerebral grave que acordaram repentinamente e falaram com sua família e amigos. Porém, esses casos são raros, na maioria das vezes os pacientes que não acordam após alguns dias ou semanas continuam em coma ou em estado vegetativo pelo resto de suas vidas.


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Como a adrenalina pode ajudá-lo a levantar um carro de 1750 kg?





Como a adrenalina pode ajudá-lo a levantar um carro de 1750 kg?




Introdução



Em 2006, em Tucson, Arizona, Tim Boyle viu um Chevrolet Camaro atropelar Kyle Holtrust, de 18 anos. Holtrust ficou preso embaixo do carro, ainda vivo. Boyle correu para a cena do acidente e levantou o carro, enquanto o motorista puxava Holtrust.

Em 1982, em Lawrenceville, Geórgia, Angela Cavallo levantou um Chevrolet Impala 1964 cujo macaco escapou e o carro caiu sobre seu filho, Tony, que trabalhava embaixo. Ela ergueu o veículo a uma altura suficiente para que dois vizinhos recolocassem o macaco e puxassem o rapaz.



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A adrenalina pode explicar por que uma pessoa consegue levantar um carro, como Bubba Smith, como o policial Moses Hightower, na comédia "Loucademia de Polícia"?



Marie "Bootsy" Payton estava cortando a grama, em High Island, Texas, quando o cortador escapou de sua mão. A jovem neta de Payton, Evie, tentou parar o cortador, mas acabou sendo derrubada para baixo do equipamento ainda em funcionamento. Payton conseguiu pegar o cortador e levantá-lo rapidamente, limitando as lesões de Evie a quatro dedos do pé decepados. O curioso é que ela tentou depois levantar o cortador e não conseguiu movê-lo do chão. O que explica forças sobre-humanas como essas? São o reflexo dos alter egos dos super-heróis em suas vidas? Ou todos nós estamos cheios de uma força incrível?



[SIZE=+1]Mulher x urso polar
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[SIZE=-1]A adrenalina não ajuda simplesmente as pessoas a levantarem carros. Em Ivujivik, Quebec, em 2006, Lydia Angyiou lutou com um enorme urso polar que estava indo em direção a seu filho e outro menino enquanto jogavam hóquei. Angyiou se atracou e brigou com o animal enquanto os meninos buscavam ajuda. Embora Angyiou tenha sofrido alguns ferimentos, o urso, no final das contas, perdeu. Angyiou brigou tempo suficiente para que um vizinho conseguisse acertá-lo com quatro tiros, até que ele morreu[/SIZE]




Embora bem documentadas quando ocorreram, essas proezas de força histérica - força extraordinária e anormal que surge durante situações de muito estresse - não são reconhecidas pela medicina. Isso se deve em boa parte ao problema de se coletar provas: exemplos como esses ocorrem sem aviso prévio, e reproduzir essas situações em um ambiente clínico seria antiético e perigoso. Mas nós conhecemos os efeitos da adrenalina, um hormônio que aumenta a força por curtos períodos de tempo.



Adrenalina e força


Quando sentimos medo ou nos deparamos com uma situação repentina de perigo, o corpo humano sofre uma mudança incrível. O estressor - por exemplo, ver seu filho preso embaixo de um carro - estimula o hipotálamo. Essa região do cérebro é responsável pela manutenção do equilíbrio entre o estresse e o relaxamento em seu corpo.

Quando recebe um aviso de perigo, ele envia um sinal químico a suas glândulas supra-renais, ativando o sistema simpático, que deixa o corpo em um estado de excitação. Essas glândulas liberam adrenalina (epinefrina) e noradrenalina (norepinefrina), hormônios que criam o estado de prontidão, que ajuda uma pessoa a enfrentar melhor o perigo. Juntos, esses hormônios aumentam os batimentos cardíacos, a respiração, dilatam as pupilas, diminuem a velocidade da digestão e - talvez o mais importante - permitem que os músculos se contraiam.




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Seja enfrentando um perigo repentino ou fazendo escalada, seu sistema simpático cria um estado de hiperexcitação para ajudá-lo a encarar o risco


Todas essas mudanças em nosso estado físico normal nos preparam para enfrentarmos o perigo de frente. Juntas, tornam-nos mais ágeis, permitem que captemos mais informações e nos ajudam a usar mais energia. Mas o efeito da adrenalina nos músculos é responsável por essa força surpreendente. A adrenalina age nos músculos, permitindo que eles se contraiam mais do que quando o corpo está em estado calmo ou neutro.


Quando a adrenalina é liberada pela medula supra-renal - região interior das glândulas supra-renais que estão localizadas bem acima de seus rins - ela permite que o sangue circule com mais facilidade nos músculos. Isso significa que uma quantidade maior de oxigênio é transportada para seus músculos pelo sangue extra, o que permite que eles funcionem a níveis elevados. Os músculos esqueléticos - aqueles presos aos ossos por tendões - são ativados pelos impulsos elétricos do sistema nervoso.

Quando são estimulados, os músculos contraem-se, o que significa que eles diminuem. Isso é o que acontece quando você levanta um objeto, corre ou dá um soco. A adrenalina também facilita a conversão da fonte de combustível do corpo, o glicogênio, para seu combustível, a glicose. Esse carboidrato dá energia aos músculos, e uma explosão repentina da glicose também permite que eles fiquem mais fortes.


Então, isso significa que temos forças sobre-humanas que se revelam quando nos deparamos com o perigo? Essa é uma maneira de liberá-las.

Algumas pessoas criam teorias de que nós normalmente usamos apenas uma pequena porcentagem da capacidade de nossos músculos. Quando estamos frente a frente com o perigo, ultrapassamos os limites de nossos músculos e simplesmente agimos. O aumento súbito da adrenalina, responsável pelo aumento repentino da força, facilita uma pessoa a levantar um carro. Em outras palavras, quando enfrentamos um estresse extremo, usamos involuntariamente nossos músculos além dos limites de seu uso voluntário normal.

Essa teoria é apoiada pelo que acontece quando uma pessoa é eletrocutada. A pessoa que recebe um choque pode ser arremessada longe. Mas isso não se deve ao choque elétrico. Ao contrário, é a contração inesperada e violenta dos músculos da pessoa, como resultado da carga elétrica que passa pelo corpo. Isso demonstra o potencial da contração muscular que não é utilizado sob circunstâncias normais. De forma bem semelhante que as pessoas não conseguem se jogar do outro lado do quarto, elas normalmente também não conseguem levantar um carro - os recursos não estão disponíveis sem uma ameaça.
Mas por que não temos forças sobre-humanas o tempo todo? Não seriam benéficas?



Por que ser calmo é melhor



Então, por que somente temos força em momentos curtos, quando frente a frente com o perigo? Por que não vivemos em um constante estado de agitação? A resposta é: isso nos mataria. E aqui vai a explicação.
A transformação da força potencial do músculo em força real requer treinamento cuidadoso.

Os músculos se fortalecem ao longo do tempo, com seu uso, como nos levantamentos de peso. Embora eles possam apresentar uma enorme força quando nos deparamos com o perigo, isso também pode ter repercussões arriscadas. Os músculos usados repentinamente além de sua capacidade podem se romper, e as articulações, sair.




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O desenvolvimento da força muscular requer treinamento cuidadoso; o uso repentino do músculo pode resultar em lesão. Acima, Cristian Escalante, do Chile, levanta 180 kg para bater o recorde nos Jogos Panamericanos 2007, no Brasil


O estado físico de agitação também pode provocar efeitos negativos permanentes além da lesão imediata. O médico austríaco Hans Selye estudou a reação humana ao estresse e concluiu que existem três estágios que formam o que ele chamou de síndrome de adaptação geral. O primeiro estágio ocorre quando você encontra o estresse; o estágio da reação de alarme (RA).

Ele inclui a excitação de sua resposta lutar ou fugir a um estressor. Todos os seus alarmes internos são ativados e você se prepara para enfrentar o perigo ou fugir dele. O próximo é o estágio de resistência (ER). Nele, a resposta humana ao perigo está em total mudança: suas pupilas se dilatam, seus batimentos cardíacos e sua respiração aumentam e seus músculos se contraem. Nesse momento, você está fugindo para proteger sua vida, tirando um carro de cima de alguém ou envolvido em outra atividade além do normal.


No caso de ver uma pessoa presa sob um carro, o estressor é rápido. O corpo começa a relaxar e volta ao normal depois de alguns minutos de tensão. Depois que o estressor desapareceu, o sistema parassimpático começa a funcionar. Esse sistema tem a função contrária a do sistema simpático. Quando o sistema parassimpático assume o controle, os batimentos cardíacos diminuem, a respiração volta ao normal, os músculos relaxam e as funções não essenciais (como a digestão) imediatamente recomeçam. O hipotálamo, responsável pelo estímulo da resposta simpática diante do perigo e pela resposta parassimpática depois que o perigo passou, é responsável pelo equilíbrio entre os dois. Esse equilíbrio, o estado normal do corpo, é chamado de homeostase.

Quando o corpo permanece excitado por um período prolongado, ele entra no estágio final da síndrome de adaptação geral de Selye - o estado de exaustão (EE). Esse estágio ocorre quando a resposta a um estressor durou por muito tempo. Nesse estado de hiperexcitação, o sistema imunológico do corpo começa a se cansar. Conseqüentemente, a pessoa ficará mais suscetível a infecções e a outras doenças, já que as defesas do corpo foram gastas lidando com um estressor. Uma pessoa em um estado prolongado de estresse pode facilmente ficar gripada ou ter um risco maior de sofrer um infarto. O estado do estágio de exaustão é visto com mais freqüência em casos de estresse prolongado, como no local de trabalho.


Dessa forma, o ideal é que o objetivo de seu corpo seja a homeostase. Se vivêssemos o tempo todo em estado de excitação, ficaríamos sem energia.



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10 mitos sobre o cérebro






10 mitos sobre o cérebro




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O cérebro é verde, vermelho, preto e cinza



10. Seu cérebro é cinza



Você já parou para pensar na cor do seu cérebro? Talvez não, a menos que você trabalhe na área médica. Temos todas as cores do arco-íris em nossos corpos na forma de sangue, tecido, osso e outros líquidos. Mas você deve ter visto cérebros preservados em vidros na sala de aula ou na TV. Na maioria das vezes, esses cérebros são de uma coloração branca, cinza, verde ou amarelada.

Na verdade, o cérebro vivo e pulsante que reside no seu crânio não é apenas de um insosso e frio cinza. É também branco, preto e vermelho. Como muitos mitos sobre o cérebro, este tem um pouco de verdade, porque muito do cérebro é cinza. Às vezes, o cérebro todo é referido como massa cinzenta. O famoso detetive Hercule Poirot, dos livros de mistério da escritora Agatha Christie, diz com frequência que está usando suas "pequenas células cinzas". A massa cinzenta existe em cada uma das várias partes do cérebro (assim como na medula); ela consiste de diferentes tipos de células, como os neurônios. Contudo, o cérebro também contém massa branca, que inclui as fibras nervosas que conectam a massa cinzenta.

O componente negro é chamado de substantia nigra, que ó o latim para (você adivinhou!) "substância preta". Ela é preta por causa da neuromelanina, um tipo especializado do mesmo pigmento que colore pele e cabelos, e é uma parte do gânglio basal. Finalmente, nós temos o vermelho - graças aos muitos vasos sanguíneos no cérebro. Então, por que os cérebros preservados têm aparência fria do giz em vez de esponjosa e colorida? Reclame com os fixadores - como o formaldeído - que mantêm o cérebro preservado.

Da cor para o som. O próximo mito pode fazer você repensar suas escolhas musicais.




9. Ouvir Mozart o torna mais inteligente


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Estudos não comprovaram o mito de que ouvir Mozart torna as pessoas mais inteligentes


Você não se sente culto ao sintonizar a estação de música clássica no rádio ou na internet e ouvir uma ópera ou uma sinfonia de um grande compositor como Mozart? Baby Einstein, uma empresa que faz DVDs, vídeos e outros produtos para bebês incorporando arte, música e poesia clássica, é uma franquia de 1 milhão de dólares. Pais compram os produtos porque acreditam que a exposição à grande arte (como os DVDs e CDs Baby Mozart) pode ser bom para o desenvolvimento cognitivo de seus filhos.

Há até CDs de música clássica criados para ser tocados durante a gravidez, para o feto em desenvolvimento. A ideia de que ouvir música clássica pode aumentar sua capacidade cerebral se tornou tão popular que foi apelidada de "O efeito Mozart". Então como esse mito começou? Nos anos 1950, um médico de ouvido, garganta e nariz chamado Albert Tomatis começou a tendência, alegando que o uso da música de Mozart foi um sucesso para ajudar pessoas com distúrbios de fala e de audição. Nos anos 90, 36 estudantes em um estudo da Universidade da Califórnia em Irvine ouviram 10 minutos de uma sonata de Mozart antes de fazerem um teste de QI. De acordo com Gordon Shaw, o psicólogo encarregado do estudo, a pontuação dos estudantes subiu em torno de oito pontos. O efeito Mozart acabava de nascer.

Um músico chamado Dan Campbell registrou a frase e criou uma linha de livros e CDs baseados no conceito, e Estados como a Geórgia, a Flórida e o Tennessee separaram dinheiro para música clássica para bebês e outras crianças pequenas. Campbell e outros foram mais longe, afirmando que ouvir Mozart pode até melhorar a saúde das pessoas.

Contudo, o estudo da UC Irvine original foi controverso na comunidade científica. Frances Rauscher, pesquisador envolvido no estudo, declarou que eles nunca afirmaram que ouvir Mozart tornava as pessoas mais inteligentes; apenas que aumentava o desempenho em certas tarefas espaço-temporais. Outros cientistas foram incapazes de reproduzir os resultados originais, e não há atualmente nenhuma informação científica para provar que ouvir Mozart, ou qualquer música clássica, faz alguém ficar mais esperto. Rauscher até disse que o dinheiro gasto por aqueles Estados seria de mais utilidade em programas de música - há algumas evidências que mostram que aprender um instrumento melhora a concentração, a auto-confiança e a coordenação.

Mozart certamente não pode lhe fazer mal, e você até pode gostar dele se você tentar, mas não conseguirá ficar mais inteligente.


8. Seu cérebro ganha rugas quando você aprende algo



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Nós nascemos, vivemos e morremos com a mesma quantidade de rugas no cérebro



Quando você pensa em como nosso cérebro se parece, provavelmente imagina dois lobos de massa cinzenta arredondada cobertos por "rugas". À medida que os humanos evoluíram como espécie, nossos cérebros cresceram para acomodar todas as futuras funções que nos diferenciam dos outros animais. Mas para manter o cérebro compacto o suficiente para caber no crânio proporcional ao resto do tamanho do nosso corpo, o cérebro dobrou-se enquanto crescia.

Se nós desdobrarmos todas as cadeias de montanhas e cavidades, o cérebro seria do tamanho de uma fronha. As montanhas são chamadas giros, e as cavidades são chamadas sulcos. Vários desses giros e sulcos têm até nomes, e há variações de como exatamente eles se parecem de uma pessoa para outra.Nós não começamos com cérebros enrugados, contudo; um feto em seu desenvolvimento tem um cérebro pequeno e liso.

À medida em que o feto cresce, seus neurônios também crescem e migram para diferentes áreas do cérebro, criando os sulcos e os giros. Quando alcança 40 semanas, seu cérebro é tão enrugado quanto o de um adulto (menor, é claro). Por isso não desenvolvemos novas rugas enquanto aprendemos. As rugas com as quais nascemos são as rugas com as quais vivemos e morremos - assumindo que nossos cérebros permaneçam saudáveis.

Nossos cérebros mudam, sim, quando aprendemos - não só na forma de sulcos e giros adicionais. Esse fenômeno é conhecido como plasticidade do cérebro. Ao estudarem mudanças nos cérebros de animais como ratos enquanto aprendiam tarefas, pesquisadores descobriram que as sinapses (as conexões entre os neurônios) e as células sanguíneas que suportam os neurônios crescem e aumentam em número. Alguns acreditam que nós conseguimos novos neurônios quando fazemos novas memórias, mas isso ainda não foi provado em cérebros de mamíferos como o nosso.


7. Você pode aprender através de mensagens subliminares



O conceito de mensagens subliminares alimenta nossa suspeita sobre o que o governo, as grandes corporações e a imprensa estão realmente tentando nos dizer. Uma mensagem subliminar (significando sob o "limen", ou nosso limite de percepção consciente) é uma mensagem embutida dentro das imagens ou de sons para penetrar nosso subconsciente e influenciar nosso comportamento. A primeira pessoa a cunhar o termo foi James Vicary, um pesquisador de mercado. Em 1957, Vicary declarou que ele inseriu mensagens dentro de um filme que estava sendo exibido em New Jersey. As mensagens, que piscavam por 1/3000 de um segundo, diziam aos espectadores para beber Coca-Cola e comer pipoca.

De acordo com Vicary, as vendas da Coca-Cola no cinema aumentaram cerca de 18%, e as de pipoca, mais de 57%, provando que suas mensagens subliminares funcionavam. Livros publicados no final dos anos 50 e começo dos 70 mostravam como os anunciantes poderiam usar técnicas como a de Vicary para convencer os consumidores a comprar seus produtos. Alguns comerciais de rádio e TV incluíram mensagens subliminares, mas muitas redes e associações profissionais as baniram. Em 1974, a FCC baniu por completo o uso de publicidade subliminar.

Mas as mensagens funcionavam? Acontece que Vicary na verdade mentiu sobre os resultados de seu estudo. Estudos subsequentes, incluindo um que piscava a mensagem "Telefone agora" durante a transmissão de uma estação de TV canadense, não teve efeito sobre os telespectadores. O infame julgamento do Judas Priest nos anos 90, em que as famílias de dois jovens que cometeram suicídio alegavam que uma canção da banda dizia aos garotos para fazê-lo, terminou com o juiz declarando que não havia evidência científica em seu favor. Ainda assim, algumas pessoas afirmam que a música, bem como anúncios, contêm mensagens escondidas.


Por isso, escutar aquelas fitas de auto-ajuda enquanto você dorme provavelmente não vai machucá-lo, mas também não vão ajudá-lo a parar de fumar.

Quando se trata do cérebro humano versus o cérebro de outros animais, tamanho importa?


6. O cérebro humano é o maior


Muitos animais podem usar seu cérebro para fazer algumas coisas que os humanos não podem, como encontrar formas criativas para solucionar problemas, mostrar auto-consciência, mostrar empatia por outros e aprender como usar ferramentas, Mas embora os cientistas não concordem com uma definição única do que torna uma pessoa inteligente, eles geralmente concordam que os humanos são as mais inteligentes criaturas na Terra. Na nossa sociedade "maior é melhor", então, essa deve ser a razão para os humanos terem o maior cérebro de todos os animais, porque nós somos os mais inteligentes. Bem, não exatamente.

O cérebro de um adulto mediano pesa cerca de 1,3 kg. O golfinho - um animal muito inteligente - também tem um cérebro que pesa cerca de 1,3 kg em média. Mas a baleia cachalote, que não é considerada tão inteligente quanto o golfinho, tem um cérebro que pesa 7,8 kg. No lado menor da balança, o cachorro beagle tem um cérebro que pesa 72 g, e o do orangotango tem apenas 370g. Tanto o cachorro quanto o orangotango são animais bem inteligentes, mas eles têm cérebros pequenos. Um pássaro como o papagaio tem um cérebro que pesa menos do que 1 grama.

Você deve ter notado alguma importância em todas essas comparações. O corpo de um golfinho médio pesa cerca de 158,8 kg, enquanto uma cachalote pode chegar a 13 toneladas. Em geral, quanto maior o animal, maior o crânio, e, consequentemente, maior o cérebro. O beagle é um cachorro razoavelmente pequeno, com cerca de 11 kg no máximo - razão pela qual seu cérebro é tão pequeno. A relação entre o tamanho do cérebro e a inteligência não é sobre o peso do cérebro; é sobre a relação do peso do cérebro com o peso de todo o corpo. Para humanos, essa relação é de 1 para 50. Para a maioria dos outros mamíferos, é de 1 para 80, e para pássaros, de 1 para 220. O cérebro pesa mais em um humano do que em outros animais.

Inteligência também tem a ver com os diferentes componentes do cérebro. Os mamíferos têm córtexes cerebrais muito grandes, ao contrário dos pássaros, peixes ou répteis. O cerebelo nos mamíferos hospeda os hemisférios cerebrais, que são responsáveis por funções mais altas, como memória, comunicação e pensamento. Humanos têm o maior córtex cerebral entre os mamíferos, em relação ao tamanho de seus cérebros.


5. O cérebro ainda funciona depois de uma decapitação



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Quanto tempo o cérebro reage depois de termos a cabeça decepada?


Em um momento na história, a decapitação era um dos métodos preferidos de execução, em parte graças à guilhotina. Embora muitos países que executam criminosos tenham acabado com este método, ele ainda é usado por certos governos, terroristas e outros. Não há nada mais final do que arrancar a cabeça de alguém.

A guilhotina surgiu devido ao desejo de uma morte rápida e relativamente humana. Mas quão rápida ela é? Se sua cabeça fosse cortada fora, você ainda seria capaz de ver ou movê-la, mesmo que por alguns segundos? Esse conceito apareceu pela primeira vez durante a revolução Francesa, período em que a guilhotina foi criada. Em julho de 1793, uma mulher chamada Charlotte Corday foi executada pela guilhotina pelo assassinato de Jean-Paul Marat, jornalista radical, político e revolucionário.

Marat era adorado por suas ideias, e a massa que esperava a guilhotina estava ansiosa para ver Corday pagar. Depois que a lâmina desceu e a cabeça de Corday caiu, um dos executores a pegou e deu um tapa em sua bochecha. De acordo com testemunhas, os olhos de Corday viraram e olharam para o homem, e seu rosto mudou para uma expressão de indignação. Depois desse incidente, pessoas executadas pela guilhotina durante a Revolução eram instadas a piscar na sequência, e testemunhas afirmaram que a piscada ocorria por até 30 segundos.

Outro conto frequentemente contado de demonstração de consciência seguindo a degola data de 1905. O médico francês Gabriel Beaurieux testemunhou a degola de um homem chamado Languille. Ele escreveu que imediatamente após a decapitação, "as pálpebras e os lábios... moveram-se em contrações rítmicas irregulares por cerca de cinco ou seis segundos". Beaurieux chamou o nome de Languille e disse que as pálpebras dele "abriram-se devagar, sem qualquer contração espasmódica" e que "suas pupilas se focaram" . Isso aconteceu uma segunda vez, mas na terceira vez que Beaurieux chamou por Languille, não obteve resposta.

Essas histórias parecem dar credibilidade à ideia de que é possível para alguém permanecer consciente, mesmo que por alguns segundos, depois de ser decapitado. Contudo, os médicos mais modernos acreditam que as reações descritas acima são, na verdade, movimentos reflexos dos músculos, em vez de movimento consciente e deliberado. Separado do coração (e, por consequência, do oxigênio), o cérebro imediatamente entra em coma e começa a morrer. De acordo com Harold Hillman, a consciência é "provavelmente perdida entre 2 e 3 segundos, devidos à rápida queda do bombeamento do sangue intracraniano.

Por isso, embora não seja inteiramente impossível para alguém ainda estar consciente depois de ter a cabeça cortada, não é provável. Hillman também aponta que a assim chamada guilhotina indolor é qualquer coisa menos isso. Ele declara que "a morte ocorre devido à separação do cérebro e da medula espinhal, depois da transecção dos tecidos que a cercam. Isso causa dor aguda e possivelmente severa". Essa é um das razões pelas quais a guilhotina, e a decapitação em geral, não é mais um método de execução aceito em muitos países com pena capital.

Esta, porém, não é a única forma de perder a cabeça. Ela pode ser danificada além do reparo.



4.Lesões no cérebro são sempre permanentes




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Quanto tempo dura o dano cerebral? Depende do local e do tamanho da lesão


Mas esse nem sempre é o caso. Há muitos diferentes tipos de dano cerebral, e exatamente como eles afetarão alguém depende muito da sua localização e do quão grave eles são. Um dano leve no cérebro, como uma concussão, geralmente ocorre quando o cérebro salta dentro do crânio, resultando em sangramento e laceração. O cérebro pode se recuperar de machucados pequenos incrivelmente bem; a vasta maioria das pessoas que experimentam uma lesão leve no cérebro não experimenta invalidez permanente.

Na outra ponta do espectro, uma lesão cerebral grave significa que o cérebro sofreu danos extensos. Isso às vezes exige uma cirurgia para remover coágulos ou aliviar a pressão intracraniana. Para quase todos os pacientes que sofrem danos cerebrais graves, o resultado é dano permanente e irreversível.

E aqueles que ficam no meio? Algumas pessoas com dano cerebral experimentam invalidez permanente, mas podem recuperar-se parcialmente de suas lesões. Se os neurônios estão danificados ou perdidos, eles não podem crescer novamente - mas as sinapses, ou as conexões entre os neurônios, podem. Essencialmente, o cérebro cria novas trilhas entre os neurônios. Além disso, áreas do cérebro não originalmente associadas com algumas funções podem assumir o controle delas e permitir que o paciente reaprenda como fazer as coisas. Lembra-se do fenômeno da plasticidade do cérebro mencionado no mito sobre as rugas cerebrais? É assim que pacientes de derrames, por exemplo, podem recuperar habilidades de fala e motora através de terapia.

A coisa importante a se lembrar é que ainda há muitas coisas desconhecidas sobre o cérebro. Quando uma pessoa é diagnostica com lesão no cérebro, nem sempre é possível para os médicos saber exatamente quão bem alguém será capaz de se recuperar do dano. Pacientes surpreendem os médicos sempre e excedem as expectativas do que são capazes de fazer dias, meses e até anos depois. Nem todo dano cerebral é permanente.




3. Drogas fazem buracos no cérebro



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Nem toda droga do mundo é capaz de fazer buracos no cérebro


Exatamente como os diferentes tipos de drogas afetam o cérebro é um assunto bem controverso. Algumas pessoas alegam que apenas o uso de drogas mais graves pode ter qualquer efeito duradouro, enquanto outros acreditam que a primeira vez que você usa uma droga, está provocando um dano de longo prazo. Um estudo recente afirma que usar drogas como maconha apenas causa perdas pequenas de memória, enquanto outro firma que o uso pesado de maconha pode encolher partes do cérebro permanentemente.

Quando se trata de usar drogas como cocaína ou ecstasy, algumas pessoas até acreditam que você pode, na verdade, fazer buracos no seu cérebro.Na verdade, a única coisa que pode de fato fazer um buraco no seu cérebro é um trauma físico. Pesquisadores alegam, sim, que as drogas podem causar mudanças de curto e longo prazo no cérebro. Por exemplo, o uso da droga pode baixar o impacto de neurotransmissores (químicos naturais usados para comunicar sinais no cérebro) como a dopamina, motivo pelo qual os viciados precisam de mais e mais da droga para atingir a mesma sensação. Além disso, mudanças nos níveis dos neurotransmissores podem resultar em problemas com funções neurológicas. Se isso é ou não reversível é algo para debate.

Por outro lado, um estudo publicado na revista "New Scientist" de agosto de 2008 mostra que o uso prolongado de algumas drogas na verdade provoca o crescimento de certas estruturas no cérebro, resultando em uma mudança permanente. Eles dizem que é por isso que é tão difícil mudar o comportamento dos viciados.
Mas embora o júri ainda esteja decidindo sobre como exatamente as drogas podem afetar o cérebro no longo prazo, nós podemos ter razoável certeza de uma coisa: nenhuma droga faz buracos no cérebro.




2. O álcool mata as células cerebrais




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O álcool não mata as células do cérebro, mas danifica as terminações nervosas


Apenas a observação de uma pessoa bêbada é suficiente para nos convencer de que o álcool afeta diretamente o cérebro. Pessoas que bebem até ficar bêbadas acabam com a fala mole e capacidades motoras e de julgamento comprometidas, entre outros efeitos colaterais. Muitas delas sofrem de dor-de-cabeça, náusea e outros efeitos colaterais desagradáveis na sequência - em outras palavras, uma ressaca. Mas alguns poucos drinks no final de semana, ou mesmo uma sessão de bebedeira ocasional, são suficientes para matar as células do cérebro? E a bebedeira por farra ou a frequente ingestão de bebidas dos alcóolicos?Nem tanto.

Até em alcóolicos, o uso do álcool não resulta de fato em morte das células do cérebro. Ele pode, contudo, danificar as terminações nervosas, chamadas de dendritos. Isso resulta em problemas no transporte de mensagens entre os neurônios. A célula em si não é danificada, mas a forma como ela se comunica com outras é alterada. De acordo com pesquisadores como Roberta J. Pentney, professora de anatomia e biologia celular da Universidade de Buffalo, esse dano é reversível na maioria das vezes.

Alcoólicos desenvolvem um distúrbio neurológico chamado síndrome de Wernicke-Korsakoff, que pode resultar em perda de neurônios em algumas partes do cérebro. Essa síndrome também causa problemas de memória, confusão, paralisia dos olhos, falta de coordenação muscular e amnésia. E pode levar à morte. Contudo, o distúrbio não é causado pelo álcool em si. Ele é o resultado da deficiência de tiamina, uma vitamina B essencial. Não apenas os alcóolicos graves são frequentemente malnutridos, como o consumo extremo de álcool pode interferir na absorção da tiamina pelo corpo.

Por isso, embora o álcool não mate as células do cérebro, ele pode danificar seu cérebro se você beber em quantidades massivas.

Quanto do seu cérebro você já usou enquanto lia essa lista de dez mitos?



1. Você usa só 10% do cérebro




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Usamos o nosso cérebro todo o tempo inteiro. Não existe o lance de usarmos só 10% do cérebro


Com frequência nos dizem que usamos apenas 10% de nosso cérebro. Pessoas famosas como Albert Einstein e Margaret Mead teriam dito variações disso. Esse mito é provavelmente um dos mais conhecidos mitos sobre o cérebro, em parte porque tem sido publicado na mídia sempre. De onde veio isso? Muitas fontes apontam para um psicólogo americano do começo dos anos 1900 chamado William James, que disse que "uma pessoa comum raramente atinge senão uma pequena porção de seu potencial" . De algum modo, isso foi convertido no uso de apenas 10% do nosso cérebro.

À primeira vista, isso parece realmente enigmático. Por que teríamos o maior cérebro em proporção ao nosso corpo entre os animais (como discutido no sexto mito desta lista) se nós não usamos de fato todo ele? Muitas pessoas pularam na ideia, escrevendo livros e vendendo produtos que diziam aproveitar o poder dos outros 90%. Crentes nas habilidades psíquicas, como percepções extrassensoriais, usam isso como prova, alegando que pessoas com essas habilidades usavam o resto de seu cérebro.


Eis aqui uma coisa: isso não é realmente verdade. Além daqueles 100 bilhões de neurônios, o cérebro também está cheio de outros tipos de células que estão continuamente em uso. Podemos nos tornar incapazes por danificar apenas uma pequena área do cérebro, dependendo de sua localização, por isso não há como funcionarmos com apenas 10% de nosso cérebro em uso.


Imagens do cérebro mostraram que não importa o que estamos fazendo, nosso cérebro está sempre ativo. Algumas áreas são mais ativas que outras, mas a menos que tenhamos dano cerebral, não há uma parte do cérebro que não esteja funcionando. Aqui está um exemplo. Se você estiver sentado na mesa, comendo um sanduíche, você não está usando ativamente seu pé. Você está concentrado em levar o sanduíche à boca, mastigá-lo e engoli-lo. Mas isso não significa que seus pés não estejam funcionando - ainda há atividade neles, como fluxo sanguíneo, mesmo quando você não os está movendo.


Por isso não existe potencial extra escondido que você possa mexer, em termos do espaço no cérebro. Talvez em capacidade, mas isso é outra história. Há muito ainda a aprender sobre ele.




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16 fatos curiosos sobre o corpo humano






16 fatos incomuns sobre o corpo humano




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As pessoas geralmente dizem que conhecem algo como a palma de sua mão para indicar que estão familiarizadas com ela da cabeça aos pés. Mas quanto você realmente sabe sobre seu próprio corpo? Temos 16 petiscos para você.


Impressão da língua



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Não saia mostrando a língua por aí se quiser esconder sua identidade. Similar à impressão digital, todo mundo tem uma impressão da língua única e exclusiva.



Perda de pele e pelos


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Seu animal de estimação não é o único na casa com problema de queda de pelos. Os humanos perdem 600 mil partículas de pele por hora. Isso resulta em cerca de 680 g por ano, por isso uma pessoa comum terá perdido cerca de 47 kg de pele até os 70 anos de idade.


Contagem de ossos



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Um adulto tem menos ossos que um bebê. Começamos a vida com 350 ossos, mas como eles se fundem durante o crescimento, terminamos com apenas 206 quando adultos.


Novo estômago


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Você sabia que seu estômago ganha um revestimento novo a cada três ou quatro dias? Do contrário, os ácidos fortes que seu estômago usa para digerir a comida também o fariam digerir-se.


Memória de cheiro


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Seu nariz pode não ser tão sensível quanto o de um cachorro, mas ele é capaz de lembrar-se de 50 mil cheiros diferentes.


Intestinos longos


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O intestino delgado é cerca de quatro vezes maior que a altura de um adulto médio. Se ele não desse voltas e mais voltas, seu comprimento de 5,5 m a 7 m não caberia dentro da cavidade abdominal, tornando as coisas meio bagunçadas para nós.


Bactérias


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Isso realmente vai fazer sua pele arrepiar: cada 6,4 cm[SUP]2[/SUP] de pele no corpo humano tem cerca de 32 milhões de bactérias, mas felizmente, a grande maioria delas não oferece risco algum.


Fonte do odor do corpo


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A fonte de pés com chulé, como a do cecê, é o suor. E as pessoas transpiram muito em seus pés. Um par de pés tem 500 mil glândulas sudoríparas e pode produzir mais de 470 ml de suor por dia.


Velocidade do espirro



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O ar do espirro humano pode viajar a uma velocidade de 160 km/h ou mais - outra boa razão para você cobrir seu nariz e boca quando espirrar, ou desviar a cabeça quando ouvir um vindo em sua direção.



Distância do sangue


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O sangue tem uma longa estrada para percorrer: estendidos de ponta a ponta, há cerca de 96,5 mil km de vasos sanguíneos no corpo humano. E o trabalhador árduo que é o coração bombeia cerca de 7.500 litros de sangue através dessas veias todos os dias.


Quantidade de saliva


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Você pode não querer nadar em sua saliva, mas se você guardasse toda ela, poderia. Durante sua vida, uma pessoa média produz cerca de 23.650 litros de saliva - o suficiente para encher duas piscinas.



Altura do ronco



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Aos 60 anos de idade, 60% dos homens e 40% das mulheres vão roncar. Mas o som de um ronco pode parecer ensurdecedor. Embora o ronco beire os 60 decibéis (o nível de ruído de uma fala normal), ele pode atingir mais de 80 decibéis. Oitenta decibéis é tão alto quanto o som de uma britadeira quebrando o concreto. Os níveis de ruído acima de 85 decibéis são considerados perigosos ao ouvido humano.


Cor e quantidade de cabelo


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Louras podem ou não se divertir mais, mas elas definitivamente têm mais cabelo. A color dos cabelos ajuda a determinar quão denso o cabelo da cabeça é, e as louras (apenas as naturais, claro), lideram a lista. A cabeça humana média tem 100 mil folículos capilares, cada um dos quais é capaz de produzir 20 fios de cabelos durante a vida de uma pessoa. As louras têm cerca de 146 mil folículos. As morenas tendem a ter cerca de 110 mil folículos, enquanto aquelas com cabelos castanhos têm exatos 100 mil folículos. As ruivas têm a cabeleira menos densa, com cerca de 86 mil folículos.


Crescimento das unhas




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Se você corta as unhas das mãos com mais frequência que a dos pés, isso é natural. As unhas que ficam mais expostas e são mais usadas geralmente crescem mais rápido. As unhas dos dedos das mãos crescem mais rápido na mão que você escreve e nos dedos mais longos. Em média, unhas crescem cerca de 2,5 mm por mês.


Peso da cabeça


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Não é de se espantar que os bebês têm dificuldade para sustentar suas cabeças: a cabeça humana tem 1/4 do nosso comprimento total ao nascimento, mas apenas 1/8 quando chegamos à fase adulta.


Necessidade de sono


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Se você disser que está morrendo por uma boa noite de sono, pode estar sendo literal. Dá até para ficar sem comer por semanas sem sucumbir, mas 11 dias é o máximo que se chega sem dormir. Depois de 11 dias, você dormirá - para sempre!



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5 fatores de risco de doenças cardíacas






5 fatores de risco de doenças cardíacas



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Nos EUA, 3 entre 10 mortes são causadas por doenças do coração todos os anos


Se você está tentando a sorte no jogo, aqui está uma aposta segura - você vai morrer de doença do coração. Ela é a causa número 1 de mortes nos EUA: quase 3 entre 10 mortes todos os anos, mais do que qualquer outra causa única . "Doença do coração" é um termo que abrange vários distúrbios cardíacos.

Um desses distúrbios é a doença da artéria coronariana, acúmulo excessivo de placas nas artérias que distribuem sangue oxigenado aos tecidos do seu coração. Quando essas artérias ficam muito estreitas ou entupidas, seu coração não consegue o combustível de que precisa para fazer seu trabalho. Esse estado pode levar à angina, uma sensação de aperto no peito que resulta em ataque cardíaco.

Insuficiência cardíaca é também uma forma de doença do coração. O nome insuficiência cardíaca sugere que seu coração para de bater de repente, mas não é o caso - trata-se da capacidade reduzida por um batimento danificado. A insuficiência cardíaca geralmente o faz sentir-se exausto ou sem ar, porque seu coração está tendo problemas para distribuir sangue suficiente - e o oxigênio naquele sangue - para todas as partes do seu corpo.

Arritmia (ritmo anormal do coração) é também considerada uma forma de doença cardíaca. Um coração doente pode começar a bater muito rápido (taquicardia) e, em casos extremos, pode evitar que o sangue se mova corretamente para as câmaras do coração.

Uma das maneiras de os médicos predizerem a sua predisposição a esses distúrbios é através de uma pequena equação chamada fórmula Framingham, que pega um monte de fatores de risco e calcula as chances de você desenvolver uma doença coronariana do coração. O problema é que essa fórmula é muito complexa. Por isso, para facilitar a sua vida, nós vamos mostrar neste artigo quais são os cinco maiores fatores de risco.
Primeiro, vamos falar de um fator que, provavelmente, todos nós culpamos quando olhamos para nosso nariz enorme ou para as nossas grossas sobrancelhas: a genética.



5. Genética


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Sua árvore genealógica influi diretamente na sua propensão de ter uma doença cardíaca

A genética é um grande fator na determinação da sua propensão a uma doença cardíaca. Quando se trata da árvore genealógica, você corre maior risco se um parente direto (pais ou irmãos) já teve um ataque cardíaco. Se seu pai ou irmão teve um antes dos 45 anos de idade - ou se sua mãe ou irmã, antes dos 55 anos - você deveria ficar especialmente preocupado.

Um histórico de doença cardíaca na sua família estendida também é um fator de risco. Seus genes podem torná-lo mais suscetível a doenças cardíacas, mas eles também podem torná-lo mais propenso a fatores contribuintes como obesidade, pressão alta, colesterol alto. Negros tendem a ter pressão alta, que contribui para as doenças cardíacas . Na verdade, estudos mostraram que os negros são duas vezes mais propensos a morrer de doenças cardíacas que os brancos. Certas etnias asiáticas e hispânicos também correm alto risco.

A maneira como você é criado pode ter papel fundamental também, especialmente quando dieta, tabagismo e bebida são uma preocupação. Sem levar isso em conta, você vai ter de pelejar para colocar esses gênios dentro da garrafa da genética, dando muito duro para manter o excesso de peso longe e levando um estilo de vida saudável.



4. Gênero


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Os homens desenvolvem doenças do coração antes das mulheres


Quando se trata da batalha dos sexos, a vitória favorece as mulheres - por simples desgaste. Os homens têm, em média, 66 anos quando do primeiro ataque cardíaco, e quase 50% dos homens que têm um ataque cardíaco aos 65 anos morrerá quando tiver 73.

Mais homens morrem nos EUA de doenças cardíacas do que de qualquer outra causa individual, e elas foram responsáveis por 28% de todas as mortes de americanos em 2003 . As mulheres tendem a desenvolver uma doença coronariana cerca de dez anos depois que os homens, e para eventos sérios, como ataque cardíaco ou morte súbita, há um espaço de 20 anos .

Apesar de as mulheres viverem mais que os homens (nascidas em 2005 viverão cinco anos a mais que os nascidos no mesmo ano), mulheres no pós-menopausa correm igual risco de doenças cardíacas, e elas atingem número igual de homens e mulheres anualmente. De algum modo, as mulheres se colocam em grande risco ao superestimar o risco de doenças cardíacas dos homens, acreditando erroneamente que elas estão fora do gancho. Felizmente, há tempo suficiente para aprender os fatos - mulheres geralmente não experimentam um ataque cardíaco até os 70 anos de idade, mas as doenças do coração começam a cobrar pedágio muito tempo antes disso .




3. Diabetes


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Os diabéticos são duas vezes mais propensos a sofrer de uma doença do coração, em função da quantidade de partes do corpo que ela afeta diretamente


Diabetes é a incapacidade do corpo de autorregular os níveis de glicose do sangue. É também uma causa contribuinte de doença do coração. Os diabéticos são duas vezes mais propensos que os não diabéticos a sofrer de doença do coração. Pior ainda, eles têm cinco vezes mais probabilidade de ter ataques cardíacos . A diabetes afeta muitas partes do corpo, especialmente os rins.

À medida que os sistemas perdem função completa, o coração é forçado a trabalhar mais e até a carregar um fardo maior. O revestimento interno da artéria já paga o preço de produtos como açúcares e gorduras na corrente sanguínea, e o excesso de açúcar no sangue de um diabético provoca desgaste ainda maior. Não ajuda quando o sangue adoçado está sendo mandado para o corpo com a força maior da pressão alta, o que os diabéticos também tem mais probabilidade de ter.

Diabéticos do tipo 2 (pessoas com uma forma de diabetes que se apresenta na idade adulta) são tratados estatisticamente como se eles já tivessem tido um ataque cardíaco - como um reflexo dos danos que a diabetes causam no coração. Diabéticos do tipo 2 tendem a ter hábitos de exercícios e alimentares pobres, colocando grande peso em seus corações antes mesmo do começo da diabetes. Os diabéticos têm 65% de chance de morrer um dia de doença do coração ou de derrame, mas eles podem lutar contra essa probabilidade monitorando constantemente seus níveis de glicose no sangue, não fumando, exercitando-se, baixando os níveis de colesterol e controlando a pressão sanguínea .


2. Idade




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Pessoas acima de 65 anos somam 83% de todas as mortes causadas por doenças cardíacas



Seu coração vai bater, em média, 3,3 bilhões de vezes antes da última batida. Não importa como você a divida, uma carga tão pesada provoca um bocado de desgaste. À medida que envelhecemos, não temos apenas problemas para encontrar nossos óculos de leitura, mas nossas artérias endurecem, as paredes de nosso coração ficam mais finas, e a função geral do coração diminui.

Além disso, para efeitos normais do envelhecimento, outros fatores contribuintes como pressão alta e falta de exercícios físicos estão no jogo todos esses anos, cobrando seus pedágios também. Tudo isso resulta em uma estatística bem pesada - pessoas acima de 65 anos de idade perfazem 83% de todas as mortes por doenças cardíacas.

Entre o dia em que chegamos aos 40 e o dia em que morremos, os homens têm quase uma em duas chances de desenvolver doença do coração, e a probabilidade para mulheres é de uma em três . Já que não podemos parar a marcha do tempo, as escolhas de hoje são um pedágio pesado ou pagar muitos dividendos ao longo do caminho.

A obesidade na meia-idade leva a uma chance até maior de morrer de doença do coração quando ficamos velhos . Mesmo se as cordas do seu coração estiverem ficando grisalhas, seu coração ainda pode ser feliz e saudável nos seus anos dourados.


1. Estilo de vida



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Seu estilo de vida influi diretamente no desenvolvimento de doenças cardíacas



Ao contrário da genética, do gênero ou da idade, você pode ajudar a evitar uma das maiores causas de doença cardíaca - seu estilo de vida. Se você fuma, tente de tudo para parar. O fumo aumenta a pressão sanguínea e danifica os tecidos do coração. A obesidade é um grande contribuinte da doença cardíaca, então faça uma dieta de baixas calorias e pratique exercícios físicos quantas vezes puder (o ideal é meia hora por dia quatro vezes por semana). Beba com moderação. Uma dose diária de álcool - vinho - pode, na verdade, melhorar a saúde do seu coração.

A falta de exercícios e uma dieta alimentar pobre aumentam a quantidade de colesterol de baixa-densidade, ou mau colesterol, na corrente sanguínea. Isso fica acumulado como placas dentro das suas artérias, levando-as ao endurecimento e estreitamento. Uma boa dieta e exercícios podem, simultaneamente, baixar o mau colesterol e aumentar o bom colesterol (de alta densidade), o que livra o corpo da variedade de baixa densidade.

Pressão alta força o coração, mas exercícios, uma dieta hipossódica e medicamentos podem ajudar. O estresse não é bom para o seu coração, e ele pode empurrá-lo em direção a confortos insalubres, como álcool, cigarro ou comilança. Se a vida te levar pra baixo, limpe sua mente, pratique exercícios ou tire um cochilo relaxante em roupas confortáveis. Mulheres usando pílulas anticoncepcionais também estão no grupo de alto risco de ataque cardíaco, especialmente se elas são fumantes.
Uma dieta inteligente, um bom programa de exercícios e boas escolhas de estilo de vida estão inteiramente dentro do seu alcance.


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A inteligência emocional é um indicador de saúde cerebral melhor que o QI?





A inteligência emocional é um indicador de saúde cerebral melhor que o QI?




Sempre que os funcionários tentam progredir no mundo corporativo, eles geralmente escutam o velho ditado "não é o que você sabe, mas quem você conhece". Consequentemente, esses funcionários são incentivados a participar de happy hours com o pessoal do escritório, evitar almoçar sozinho na mesa e a conversar com o chefe se estiverem sozinhos com ele no elevador.

Mesmo os funcionários tecnicamente mais proficientes provavelmente não receberão aquela promoção se não conseguirem trabalhar bem em pequenos grupos nem comandar uma reunião com os colegas. Aqueles que são promovidos provavelmente possuem inteligência emocional, uma medida de como uma pessoa consegue controlar suas próprias emoções, assim como as emoções de outras pessoas. A inteligência emocional inclui características como empatia e controle emocional.



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Uma pessoa inteligente pode ter dificuldade para progredir em seu trabalho sem inteligência emocional



O termo "inteligência emocional" ficou famoso quando foi título do livro de Daniel Goleman, de 1995, com um brilhante subtítulo que prometia explicar "por que [a inteligência emocional] pode ser mais importante que o QI". Uma pontuação de QI, número formado pela habilidade verbal, matemática, mecânica e de memória, pode parecer o Santo Graal da inteligência, além de continuar sendo um excelente indicador de como uma pessoa se sairá na escola.

Entretanto, o livro de Goleman deu exemplos de quão deficiente pode ser o prognóstico de uma pontuação de QI quanto ao poder, eventual sucesso ou felicidade na vida que uma pessoa pode ter. Por isso, Goleman afirmou que você precisa se concentrar na inteligência emocional e na habilidade da pessoa de usar suas emoções para percorrer o mundo. Embora as pontuações de QI contem com a capacidade da pessoa de identificar uma resposta correta, a vida, às vezes, envolve mais do que uma resposta certa, assim como a habilidade de concordar com mais de um tipo de pessoa.

A inteligência emocional continuou sendo um assunto confuso nos anos que seguiram a publicação do livro de Goleman. Por exemplo, os pesquisadores ainda diferem um pouco quanto à definição precisa para inteligência emocional e à forma como pode ser medida (se puder ser medida de alguma forma, alguns pesquisadores seriam rápidos em acrescentá-la).

Mas ao mesmo tempo em que os pesquisadores lutam com o significado da inteligência emocional, eles tentam determinar o que ela quer dizer para nosso cérebro. A inteligência emocional poderia ser mais do que um indicador de sucesso futuro? Ela poderia nos dizer sobre a saúde de nosso cérebro? Nesse artigo, veremos o papel que a inteligência emocional pode ter no prognóstico da probabilidade de uma pessoa sofrer depressão, demência e outros transtornos cerebrais.



Inteligência emocional e o cérebro



A pontuação de QI de uma pessoa permaneceu como padrão nos debates sobre inteligência; é o tipo de número que fica em seu registro permanente. Consequentemente, os cientistas tentaram usar esse pequeno número como uma forma de determinar o estado do cérebro. Tome o exemplo da demência, em que a memória falha e a pessoa começa a perder a capacidade de se lembrar de fatos e tarefas simples. Uma redução da função cognitiva, ilustrada por uma pontuação de QI decrescente, foi usada como modo de prognosticar essa doença.

Entretanto, esse método possui algumas falhas, pois as pessoas com QIs muito altos apresentam os sintomas de demência muito mais tarde, e sua pontuação fica acima das normas preditivas nos testes cognitivos. A pontuação dessas pessoas, então, diminui rapidamente à medida que elas começam a apresentar os sintomas, pois a doença já progrediu. Como sua pontuação fica muito acima das normas, elas perdem valiosas oportunidades de intervenção precoce. De modo contrário, as pessoas com QIs mais baixos correm o risco de serem diagnosticadas erroneamente com demência, pois sua pontuação fica abaixo das normas cognitivas .



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A irritação desse homem poderia fornecer pistas sobre a saúde de seu cérebro?



Como a demência geralmente inclui um componente emocional, assim como essas falhas de memória, pode ser útil incluir como fator a inteligência emocional de alguém durante o diagnóstico. Mas como a emoção se decompõe no cérebro? Embora muitas partes do cérebro possam estar envolvidas no controle da emoção, o que vale é o que realmente está acontecendo nos hemisférios direito e esquerdo.

O lado direito do cérebro recebe as informações sensoriais relacionadas às emoções e as processa. Em seguida, essas informações são enviadas para o lado esquerdo do cérebro, responsável pela linguagem. Esse lado do cérebro nomeia essas emoções. Também são fundamentais ao processo o cerebelo, a amígdala e o corpo caloso, que transfere as informações entre os dois hemisférios. Embora talvez não saibamos tudo a respeito da inteligência emocional, é razoável presumir que um nível baixo dessa inteligência seja conseqüência do mau funcionamento de uma dessas partes do cérebro.

Mas podemos usar esse conhecimento para determinar a saúde do cérebro? Ainda não, já que os cientistas ainda não sabem exatamente o que causa muitos distúrbios cerebrais. Entretanto, a inteligência emocional pode se mostrar mais valiosa em termos de identificação e tratamento dos fatores de risco. Por exemplo, o tabagismo é um fator de risco para muitas doenças cerebrais, mas um estudo realizado por uma universidade de Barcelona descobriu que os alunos com inteligência emocional elevada tinham menos probabilidade de fumar ou de usar maconha .

Esses alunos, aparentemente, eram capazes de controlar seu estado emocional de modo que sentiam menos necessidade de usarem produtos à base de tabaco, embora aqueles com inteligência emocional inferior pudessem consumir drogas para compensar um estado emocional deficiente.


De forma semelhante, apesar de uma pessoa com um QI alto geralmente saber os princípios básicos da nutrição, uma pessoa emocionalmente inteligente pode fazer as escolhas de alimentos corretas. Em um estudo, os pesquisadores descobriram que as pessoas com inteligência emocional superior conseguiam fazer melhores escolhas de produtos nas lojas . A capacidade de selecionar produtos mais saudáveis pode proteger a pessoa emocionalmente inteligente contra o fator de risco extremamente perigoso da obesidade.


A inteligência emocional também foi associada ao melhor controle do estresse e à menor angústia psicológica, além de índices mais baixos de depressão . Quando as pessoas não conseguem reconhecer e controlar suas emoções, a probabilidade é maior de se sentirem insatisfeitas com a vida. Uma pessoa descontente parece achar graça das coisas? Embora possa parecer óbvio, as pessoas emocionalmente inteligentes têm redes sociais melhores para auxiliá-las em caso de doença; a socialização também pode ajudar a impedir o início da demência. Como a pessoa emocionalmente inteligente se relaciona com vários tipos de pessoas, ela também pode ter maior propensão a procurar um médico e a seguir suas orientações.


Dessa forma, existem aparentemente algumas ligações positivas entre a inteligência emocional elevada e a saúde do cérebro, mas o que acontece quando há falta dessa inteligência?


Alexitimia e falta de inteligência emocional



Em 1991, o psicólogo canadense Robert Hare lançou um estudo indicando que os psicopatas podem ter um cérebro diferente do resto da população. Embora os psicopatas continuem intelectualmente cientes das regras da sociedade, eles não possuem inteligência emocional. O perfil de um psicopata inclui impulsividade, metas grandiosas sem disciplina ou foco para alcançá-las, tendência a se sentir aborrecido, falta de ligações pessoais próximas e, naturalmente, falta de empatia.

Quando Hare monitorou as ondas cerebrais de psicopatas enquanto estes examinavam algumas palavras, como aquelas que despertam inúmeras emoções na maioria das pessoas, descobriu que não havia atividade nas partes do cérebro envolvidas na emoção. Hare descreveu esses psicopatas como sendo "emocionalmente daltônicos" à revista Maclean's, em 1996 .

O trabalho de Hare parece indicar que os psicopatas possuem funções cerebrais anormais nas áreas relacionadas ao processamento da emoção e da linguagem - o que significa que existe uma base neurológica para alguns crimes abomináveis, ao contrário de certos fatores ambientais, como violência infantil. Se o QI desses psicopatas fosse testado, o resultado provavelmente seria normal, mas é na falta de inteligência emocional que vemos os transtornos na saúde cerebral.




[SIZE=+1]Saudação ao cérebro do presidente
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[SIZE=+1]
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[SIZE=-1]Quando Oliver Wendell Holmes encontrou Franklin D. Roosevelt, ex-presidente dos EUA, ele notou que este demonstrou "um intelecto de segunda categoria, mas um temperamento de primeira" [SIZE=-1].[/SIZE] Essa avaliação fala da inteligência emocional de Roosevelt.

A emoção pode ser um fator importante na determinação de quem é mais adequado para assumir uma liderança. Fred I. Greenstein, professor de política na Universidade de Princeton, escreveu um livro avaliando 11 presidentes norte-americanos em seis qualidades de liderança, incluindo o estilo cognitivo e a inteligência emocional. Greenstein descobriu que Eisenhower, Ford e George H.W. Bush não tiveram conflitos emocionais que pudessem ter dificultado sua liderança, enquanto Johnson, Carter, Nixon e Clinton tiveram problemas emocionais que afetaram suas presidências . Na visão de Greenstein, Reagan, Truman, Kennedy e [/SIZE]
[SIZE=-1]Roosevelt[/SIZE][SIZE=-1] encontraram obstáculos emocionais que não afetaram sua liderança .[/SIZE]



Se uma pessoa está na extremidade baixa do espectro de inteligência emocional, ela pode apresentar uma condição conhecida como alexitimia, que é a incapacidade de compreender ou expressar as emoções. Com o conhecimento que os cientistas têm sobre as emoções no cérebro, eles criaram a teoria de que a alexitimia pode estar relacionada a um mau funcionamento do hemisfério direito ou a uma hiperatividade do hemisfério esquerdo (ficando o hemisfério direito incapaz de compensar) .

Também é possível que o corpo caloso, a parte do cérebro que controla a comunicação entre os lados direito e esquerdo do cérebro, esteja danificado a ponto de bloquear as mensagens relacionadas à emoção . A alexitimia, às vezes, manifesta-se após a pessoa sofrer uma lesão cerebral, como um trauma brusco. Mas, no fim, o problema pode nos dizer mais sobre o que acontece durante os distúrbios cerebrais sem esse trauma.

Por exemplo, a alexitimia foi associada a transtornos alimentares, distúrbios do pânico e distúrbios de estresse pós-traumático . A condição também pode fornecer pistas sobre distúrbios do espectro do autismo; um assunto comum dos distúrbios do autismo é a falta de ligação emocional, de modo que as pessoas com o distúrbio não conseguem se apegar a detalhes sociais. A atividade reduzida do cerebelo foi associada ao autismo e à doença de Asperger .


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A moral está localizada no cérebro?





A moral está localizada no cérebro?



A moral está localizada no cérebro?



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Todo ciclo de eleições, os candidatos são questionados sobre questões morais. Saiba que há um motivo para eles responderem a esse tipo de questionamento da maneira como respondem


A cada ciclo de eleições, eleitores levantam as posições morais dos candidatos. O público quer saber como os pontos de vistas dos candidatos combinam com os seus próprios. Algumas questões políticas parecem ter se tornado marcos do debate moral, como a pesquisa com células-tronco, o aborto e o casamento gay.

Outras questões, como política exterior e guerra, podem parecer meramente políticas, mas há bases morais também presentes. Por exemplo: o candidato mandaria bombardear uma cidade inimiga se seu ou sua filha estivesse baseado lá? O candidato consideraria que as pessoas servindo lá pertencem a alguém? Que cada soldado é o pai ou a mãe de alguém, o filho ou a filha de alguém, o marido ou a mulher de alguém?

Com algum esforço de imaginação, então, não é tão irracional perguntar a um candidato se ele ou ela asfixiaria um bebê até a morte. Pode parecer abominável colocar tal questão, mas vamos explicar. Imagine que nós estamos na guerra e um grupo de pessoas está se escondendo do inimigo em um porão. Os inimigos estão no andar de cima, vasculhando a casa atrás de dissidentes, quando o bebê no porão começa a chorar. O bebê deveria ser asfixiado até a morte? Se o bebê for silenciado, todos do grupo sobreviverão. Se o bebê continuar chorando, os inimigos irão encontrá-lo, e todos do grupo morrerão, inclusive o bebê.


Você pode ser capaz de entender racionalmente como é melhor sacrificar o bebê pelo bem do grupo, mas você seria aquele que colocaria a mão sobre a boca da criança? Você quer um presidente que seja capaz de fazer isso? Na verdade, nós podemos não ter muita escolha nessa questão, se acreditarmos em alguns pesquisadores. Apesar de a moral estar há muito tempo no domínio dos filósofos, teólogos e pessoas que fumam maconha, os neurocientistas aproveitam a definição de certo e errado.

E de acordo com alguns deles, existe uma razão muito simples para o por que de candidatos à presidência responderem questões de cunho moral da maneira como eles respondem. Como você pode adivinhar pelo título deste artigo, é culpa daquele órgão que os zumbis adoram comer: cérebros. O que se passa dentro do cérebro quando deparamos com um dilema moral? E se a moral de cada pessoa é diferente, pode o conceito ser reduzido a um ponto no cérebro?

Como você escolhe? Dilemas morais e o cérebro

Em 2001, uma equipe de pesquisa liderada pelo filósofo e neurocientista Joshua Greene lançou uma tese detalhando o trabalho de usar a ressonância magnética funcional para rastrear os cérebros de pessoas brigando com dilemas morais. Greene e sua equipe queriam ver se havia conflito entre as áreas do cérebro que lidam com emoções e aquelas que lidam com a razão.



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Você asfixiaria uma criança até à morte pelo bem maior? A resposta depende do seu senso de moral




Os participantes do estudo foram apresentados a um cenário que envolvia matar uma pessoa com as próprias mãos para salvar um grupo grande de pessoas, como as circunstâncias com o bebê chorando discutidas na primeira página. Em luta com o dilema, várias áreas do cérebro dos participantes acenderam, inclusive as duas partes do lobo frontal.

A varredura mostrou atividade na parte do lobo frontal que regula nossas emoções em relação a outras pessoas bem como a parte do lobo frontal que faz processamento mental, como o raciocínio . Além disso, o córtex cingulado anterior, que é a parte do cérebro que reconhece que há um conflito no cérebro, acendeu. Isso sugere que as pessoas pesaram o benefício de salvar o grupo contra suas emoções sobre matar um bebê inocente.


Em seguida os participantes foram apresentados a um dilema no qual eles não teriam de "sujar as mãos". A mesma pessoa morreria, mas outro a mataria. Ou a tarefa poderia ser delegada a outro. Neste cenário, apenas a parte racional do cérebro estava ativa na ressonância. Quando as pessoas não tinham de lutar com suas emoções sobre como elas se sentiriam se fizessem alguma coisa, elas simplesmente completavam a análise prática do que era melhor para o grupo.


Em um estudo de 2007, pesquisadores de várias universidades tentaram investigar que áreas do cérebro afetam a moral e o que poderia acontecer se essas áreas estivessem danificadas. Foi um estudo pequeno - os participantes consistiam em 12 pessoas com dano cerebral; 12 pessoas com dano cerebral em áreas que regulam emoções como o medo; e seis pessoas com dano cerebral no córtex prefrontal ventromedial, que, se acredita ser o centro de emoções como vergonha, empatia, compaixão e culpa . Os participantes foram apresentados a 50 cenários hipotéticos, alguns dos quais exigiam tomar decisões relacionadas à moral e outros não.


Houve grandes coincidências nas respostas dos grupos a certos cenários. Em situações que não exigiam escolha moral, cada um dos grupos respondeu da mesma maneira. Quando perguntados sobre os cenários que exigiam tomar decisões morais que não machucavam ninguém, como se seria OK classificar algumas despesas pessoais como despesas de trabalho para fugir do fisco, os grupos estavam propensos a quebrar as regras um pouco.

Membros de todos os grupos concordaram que eles não matariam ou machucariam outra pessoa para ganho pessoal, como matar um recém-nascido simplesmente porque seu pai não queria tomar conta dele. Mas a diferença entre os grupos foi evidente em relação a decisões morais que exigiam que o participante decidisse se ele machucaria ou mataria outra pessoa para o bem maior. Aqueles com dano no córtex prefrontal ventromedial foram cerca de 2 a 3 vezes mais propensos a sacrificar uma pessoa pelo bem do grupo .


Parece então que quando a parte do cérebro que regula emoções como empatia e vergonha está danificada, as pessoas são mais propensas a considerar apenas a análise do custo-benefício para o bem maior. Mas alguns estão preocupados com as eventuais implicações de tal descoberta. Saber que o cérebro está danificado dessa maneira poderia ter algum impacto nos casos criminosos? O "córtex prefrontal ventromedial danificado" poderia tornar-se uma desculpa comum no tribunal?


Isso pode parecer improvável, porque diferentes culturas consideram diferentes coisas como crime. Se o senso de moral está programado no cérebro, então porque todos nós temos morais diferentes? Vá para a próxima página para conhecer algumas teorias.

Os sistemas morais em todos nós


Nós podemos atribuir diferenças de como as pessoas percebem a moral a influências culturais ou formação religiosa. Mesmo assim, alguns cientistas alegam que a moral em todos nós está totalmente em nossos cérebros e é meramente formada por forças externas. Um desses cientistas é Marc Hauser, que explora assuntos como antropologia e linguística para mostrar que a moral estava aí antes das primeiras religiões.


A antropologia entra em jogo quando você considera que primatas como macacos e símios exibem comportamentos associados à moral, como renunciar ao alimento caso o contrário machucasse outro primata [fonte: Wade]. Embora nós não saibamos a motivação dos primatas, eles podem servir como um modelo de como a moral é necessária para a vida comunitária que o homem aperfeiçoaria. Mas o salto real de Hauser se deu ao ligar o conceito de moral ao conceito de linguagem.



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O senso de moral é diferente entre as diferentes culturas


Nos anos 1950, Noam Chomsky elaborou a hipótese de que nós nascemos com um senso de gramática universal, mas dentro de cada idioma temos nossas próprias regras e excentricidades. Hauser acredita que com a moral seja parecido. Nós nascemos com certas normas morais, como "não cause danos", mas as normas são modeladas pela nossa criação.

Ele diz que uma razão para esse tipo de programação inconsciente tem a ver com limitações de tempo. Se tivéssemos de manipular a bagunça de verbos, substantivos e sentenças toda vez que falamos, nunca teríamos nada pronto. De modo similar, nós não temos tempo para gastar com preocupações morais toda vez que elas aparecem. Assim como sabemos de imediato quando uma pessoa fala incorretamente - embora não saibamos especificar a regra -, sabemos de modo inconsciente se algo está certo ou errado .


O psicólogo Jonathan Haidt identificou os sistemas morais que podem ser inatos em cada pessoa:



  • Impedimento de causar danos a uma pessoa
  • Reciprocidade e justiça
  • Lealdade a um grupo
  • Respeito pela autoridade
  • Senso de pureza e santidade


É possível que esses sistemas inatos possam ter servido como uma vantagem evolutiva. Por exemplo, um senso de pureza pode acontecer quando deparamos com decisões de quem fez a melhor parceria e que alimentos são melhores para comer. Além disso, encontrar um grupo que pense da mesma maneira que você ajudaria sua sobrevivência individual, porque o grupo o ajudaria em tempos de necessidade. O grupo como um todo também sobreviveria quando fortalecido pelos três últimos princípios.


Esses sistemas morais podem ser modelados por culturas diferentes, que é como as pessoas podem olhar para uma mesma situação e chegar a um conclusão diferente sobre ela. Nós temos todos os cinco sistemas, mas damos mais ênfase a um ou outro baseados em nossa criação. No caso de assassinatos de honra, em que uma mulher é morta por cometer adultério ou mesmo por falar em público com um homem que não seja o seu marido, algumas culturas do Oriente Médio veem claras violações pela mulher relacionadas às áreas de respeito à autoridade e senso de pureza, enquanto outras culturas ocidentais apenas veem a morte da mulher como um dano errado a uma pessoa.


Às vezes, diz Haidt, nós nem percebemos como nossa cultura treinou essas ideias dentro de nós. Isso porque o lado mais racional do nosso cérebro, o lado que acende nos experimentos com imagem de Joshua Greene, pode ter evoluído depois do lado emocional, que contém nosso senso de certo e errado. Esses sistemas do cérebro podem estar em competição, com o lado racional tentando descobrir por que o lado emocional está reagindo de certa forma. Quando o lado racional não pode descobrir o que o lado emocional fez, é chamado de confusão moral, de acordo com Haidt . Às vezes não podemos explicar por que pensamos que alguma coisa é certa ou errada. Apenas sabemos que é.


Como você pode esperar, alguns filósofos ressentem-se da intrusão dos cientistas em seu território. Tanto cientistas quanto filósofos ainda têm de lutar com o que essas descobertas poderiam significar para nossos cérebros ou para a sociedade. Uma coisa que não requer luta, contudo, é a decisão de ir para a próxima página. Lá você vai encontrar mais informações sobre moral e sobre o cérebro.



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A oração pode curar as pessoas?






A oração pode curar as pessoas?




Há algum tempo, a ciência investiga conexões entre a mente e o corpo. Alguns cientistas descobriram que a fé de uma pessoa pode ajudá-la a viver uma vida mais longa e saudável . A oração pode baixar a pressão arterial e diminuir o ritmo cardíaco, dois fatores que contribuem para um sistema imunológico mais resistente .




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Estudos mostram que a oração pode ter um efeito positivo na saúde de uma pessoa. Mas as orações feitas por outras pessoas podem surtir algum efeito?


Alguns estudos mostraram que pessoas religiosamente ativas tendem a ser mais saudáveis. Isso pode ser devido ao poder da oração, mas também pode ser explicado pela disposição de se levar uma vida regrada, já que muitas religiões pedem que seus devotos evitem atos que ponham a saúde ­em risco, como por exemplo o consumo de álcool e de cigarro , além do sexo casual.

Além disso, pessoas religiosamente ativas são beneficiadas pelos laços sociais dentro de seus grupos religiosos. Um estudo da Universidade da Califórnia - Berkeley confirmou que pessoas religiosas apresentam um risco menor de doenças e de morte . Dentro e fora da comunidade científica muitos acreditam que a oração pode ser benéfica à saúde das pessoas.

As intercessões ou orações à distância são um caso à parte. A oração intercessora é o ato de orar pedindo que uma força maior interceda em favor de uma outra pessoa, geralmente para que ela se recupere de um problema de saúde. A oração à distância é uma forma de oração em que alguém reza por uma pessoa que não conhece, geralmente como um pedido de uma igreja ou de alguma outra instituição religiosa.

A crença de que esse tipo de oração tenha qualquer efeito na saúde de alguém é alvo de desdém de grande parte da comunidade científica.


Estudos científicos sobre a oração intercessora obtiveram diferentes resultados. De um lado estão os que acreditam que aquilo que não pode ser provado por meios científicos, não existe. Do outro lado, estão os que acreditam no poder da oração, não importando se comprovado ou não pela ciência.


Mas porque esse é um assunto tão controverso? De acordo com um estudo da Universidade de Rochester cerca de 85% das pessoas que sofrem de alguma doença adotam a oração como tratamento complementar. A oração é considerada o tratamento complementar mais utilizado pelos americanos , mais ainda que as vitaminas , ervas ou exercícios terapêuticos como a yoga. Se isso faz com que uma pessoa se sinta melhor, mesmo que não seja comprovado cientificamente, que mal pode causar?


A idéia de que nós, humanos, temos a capacidade de curar outras pessoas simplesmente utilizando nossas mentes (ou pedindo a uma força maior que interceda) vai contra o que a ciência acredita. Mas, na busca pela verdade, os pesquisadores investigam a prece cientificamente. Com tantas pessoas buscando apoio na oração, os cientistas têm a responsabilidade de determinar se isto é benéfico ou maléfico para elas.


Estudos sobre a oração de cura


Em 1988, o físico Randolph Byrd chocou o mundo com os resultados de um estudo, que ele conduziu cinco anos antes, sobre os efeitos da oração em pacientes cardíacos. Byrd estudou 393 pacientes internados em uma unidade de tratamento cardíaco em um hospital de São Francisco. Os pacientes eram “estatisticamente semelhantes”, o que significa que suas condições eram todas similares. Esses pacientes foram divididos em dois grupos: os que receberam oração intercessora e os que não receberam. Nem o médico nem o paciente sabiam quem estava em qual grupo.





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Estudos investigaram se a oração intercessora pode ou não auxiliar pessoas doentes em recuperação, como este garoto em uma unidade de terapia intensiva em Sydney, Austrália


Byrd forneceu o primeiro nome, o diagnóstico e o estado de um paciente para diferentes grupos de três ou quatro cristãos praticantes de diferentes congregações. Esses grupos rezaram por seu paciente diariamente durante a sua internação, longe do hospital, sem conhecê-lo pessoalmente.

Quando o estudo foi concluído, Byrd descobriu que, de fato, havia uma diferença significativa na qualidade da recuperação dos pacientes que receberam as preces. No geral, eles se sentiram melhor do que os que não receberam as orações.

Quase 85% do grupo que recebeu as orações intercessoras alcançaram “bom” no sistema de classificação utilizado pelos hospitais para medir a resposta do paciente ao tratamento. Eles estavam menos propensos a sofrerem um ataque cardíaco, precisarem de antibióticos ou necessitarem de intervenções como ventilação ou intubação. Por outro lado, 73,1% dos participantes do grupo de controle alcançaram a classificação “bom” .


O estudo de Byrd originou uma série de estudos semelhantes. Mesmo tendo sido alvo de muitas críticas, Byrd desenvolveu um modelo para outros estudos sobre a oração. Um deles, conduzido por um grupo liderado por William Harris em Kansas City no Estado de Missouri em 1999, confirmou o estudo de Byrd. O grupo de Harris chegou a resultados relativamente similares: 67,4% do grupo que recebeu a oração intercessora alcançou a classificação “bom”, comparado com os 64,5% do grupo de controle .


Mas outros estudos não tiveram os mesmos resultados. O Estudo dos Efeitos da Oração Intercessora (STEP - Study of the Effects of Intercessory Prayer), publicado em 2006 no American Heart Journal, acompanhou pacientes em seis centros médicos nos Estados Unidos . Esse estudo dividia pacientes que haviam sofrido cirurgia de ponte de safena em três grupos:




  • os que receberam orações de um grupo de fora, mas que não estavam cientes disso;
  • os que não receberam orações;
  • os que estavam cientes de que estavam recebendo orações.


Não apenas o estudo STEP obteve resultados diferentes dos obtidos por Byrd e Harris, mas também revelou um aspecto totalmente inesperado. Os pacientes que receberam as orações tiveram mais complicações do que os que não receberam (52% contra 51%). Mas, surpreendentemente, os que sabiam que estavam recebendo orações foram os que mais sofreram: 59% desse grupo teve complicações após a cirurgia .


Em um estudo conduzido pela Universidade Duke em 2005, pesquisadores investigaram os efeitos da oração, assim como os da terapia de toque, da música e das imagens (MIT). Esse estudo foi aplicado aos pacientes em seus leitos. Os resultados mostram pouca diferença na recuperação dos que receberam apenas a oração, dos que receberam a terapia, dos que receberam ambos e dos que não receberam nem orações nem terapia. Mas mostrou, entretanto, que houve uma ligeira diferença entre a taxa de mortalidade registrada nos grupos após seis meses de tratamento.

O grupo que recebeu a oração intercessora junto com a terapia teve a menor taxa de morte nos seis meses após a cirurgia, apesar disto não ter sido considerado como uma diferença significativa pelos pesquisadores que conduziam o estudo.

Então qual o resultado? O poder da oração foi provado ou não? A palavra final foi dita? Leia a próxima seção para descobrir os problemas em conduzir estudos sobre o sobrenatural.



Existem respostas?


Provar a existência de Deus por meio de pesquisas científicas pode tornar as pessoas um tanto sensíveis. Para os que acreditam na existência de Deus e no poder curativo da oração, a ciência simplesmente não é capaz de correr tamanho risco. Em outras palavras, Deus não pode ser encontrado pelos métodos científicos. "Deus está além do alcance da ciência", disse o Rev. Raymond J. Lawrence do Hospital Presbiteriano / Centro Médico da Universidade de Columbia, em Nova York ao Washington Post. "É absurdo pensar que se poderia utilizá-la para examinar a obra de Deus".





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Os Amish são freqüentemente apontados como modelos de devoção na América. A ciência é capaz de comprovar ou desmentir a eficiência de crenças religiosas?


Alguns cientistas estão preocupados com a possibilidade de a ciência acrescentar peso à existência de Deus ao investigar a oração. Outros dizem que se a ciência se esforçasse em encontrar Deus, isso deveria acontecer em uma escala muito maior. Procurando por evidências de Deus na recuperação de pacientes cardíacos, o Dr. Gil Gaudia da Universidade de Stanford escreveu: "seria como pedir que um compositor com uma capacidade musical um quadrilhão de vezes maior que a de Ludwig van Beethoven que demonstrasse sua musicalidade escrevendo as notas de "Três Ratinhos Cegos".

Ainda assim, o interesse no estudo do poder da oração não diminuiu desde a publicação do estudo de Byrd em 1988. Uma pesquisa realizada em 2000 avaliou o desempenho dos estudos sobre a oração e outros tipos de "cura à distância". Os pesquisadores investigaram 23 estudos que apresentavam metodologias de alta qualidade, as etapas utilizadas nos estudos para mensurar resultados e controlar os fatores externos. Desses estudos, 57% conseguiram resultados significativos em favor dos impactos positivos da oração à distância na saúde.


Os pesquisadores descobriram que existem grandes desafios para investigar que efeitos a oração tem sobre a cura. Os que se dedicam seriamente ao estudo da oração têm uma grande dificuldade em achar a melhor forma para examinar cientificamente algo tão pouco científico. Para começar, a oração não é como um novo medicamento sendo testado em pacientes humanos. E ela não pode ser medida em microgramas ou centímetros cúbicos. Então como os pesquisadores podem determinar quanta oração uma pessoa recebe?


Os pesquisadores que conduzem estudos sobre os efeitos das orações intercessoras estão bastante cientes de que os resultados não são cientificamente puros. Os grupos que não deveriam receber orações podem receber orações de pessoas de fora da experiência. E aqueles que devem receber orações podem também receber orações adicionais de pessoas de fora do estudo. Os pacientes também podem fazer orações sozinhos. Cada um desses fatores destrói efetivamente a confiabilidade dos dados.


Apesar dos obstáculos, a discussão sobre a importância medicinal da oração intercessora continua. Enquanto as pessoas acreditarem na oração, a ciência provavelmente continuará investigando seus efeitos. Mas até que as metodologias possam ser aperfeiçoadas ou até que evidências irrefutáveis a favor ou contra os poderes da oração sejam descobertas, a crença na oração como um fator de cura continuará sendo uma questão de fé.




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Baixo desempenho escolar na adolescência está ligado aos genes da dopamina





Baixo desempenho escolar na adolescência está ligado aos genes da dopamina




O desempenho escolar de adolescentes irá sofrer em pelo menos uma das quatro matérias principais - português, matemática, ciências e história - se o DNA tiver uma ou mais de três variantes específicas de genes da dopamina. É o que diz um estudo conduzido pelo famoso criminologista Kevin M. Beaver, da Florida State University.




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"Nós acreditamos que os genes da dopamina afetam as notas porque eles já foram relacionados antes a fatores associados com a performance acadêmica, incluindo a delinquência juvenil, memória, inteligência e habilidades cognitivas, déficit de atenção e outros", diz Beaver. A análise foi feita usando o DNA e os dados do estilo de vida de um grupo com 2.500 estudantes de ensino fundamental e médio nos Estados Unidos, acompanhados entre 1994 e 2008.

"Nós descobrimos que quando o número de certas variantes dos genes da dopamina aumentaram, as médias escolares diminuíram, e a diferença foi estatisticamente significante", diz Beaver. Essa pode ser a diferença entre ser aceito numa boa faculdade ou ser rejeitado.

"Infelizmente, sabemos que estudantes com um pior desempenho na escola geralmente têm uma tendência maior de participar em atividades antissociais ou até criminais, e não de cursar uma faculdade e conseguir uma carreira com boa remuneração", completou o criminologista.





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Causas da insônia





Causas da insônia




Você se arrasta para a cama, cansado, pensando que irá pegar no sono em poucos segundos e ainda fica acordado por muito tempo antes de conseguir dormir? Ou você cai no sono rapidamente, mas acorda várias vezes durante a noite? Ou quem sabe você acorda às 4h ou 5h da manhã e não consegue mais dormir, embora ainda se sinta cansado e não tenha que se levantar antes das 7h. Todas essas são formas de insônia. Grande parte das pessoas já teve insônia em algum momento da vida e uma boa quantidade ainda tem regularmente.

A insônia é um termo amplo que descreve problemas para dormir, permanecer dormindo, ou dormir pelo tempo que você precisa para se sentir revigorado. A insônia, como outros transtornos secundários do sono, é geralmente sintoma de que um outro problema físico, emocional, comportamental ou ambiental está afetando o sono. A maioria dos pesquisadores determina os diferentes tipos de insônia baseados em sua freqüência e duração. Veja a seguir, as principais formas de insônia.



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  • Insônia transitória ou ocasional - dura normalmente entre uma e várias noites e, em geral, é causada por estresse ou emoção.



  • Insônia intermitente - aparece e desaparece durante um longo período e geralmente é resultado de estresse ou ansiedade.



  • Insônia crônica - ocorre na maioria das noites, dura pelo menos duas semanas (às vezes dura mais tempo) e pode ser conseqüência de um ou mais problemas de saúde.


As insônias transitória e intermitente são mais facilmente tratadas com métodos comprovados de redução de estresse e/ou mudando o ambiente onde se dorme. Pessoas que têm insônia crônica também podem precisar de ajuda profissional, especialmente se ela estiver relacionada a um problema de saúde.

Existem vários problemas (como a azia, por exemplo) que podem afetar o sono. A ligação entre azia e insônia é discutida na seção seguinte.


Insônia e azia


A maioria de nós já teve aquela sensação de queimação ou dor persistente no meio do peito, que conhecemos como azia. Apesar de seu nome em inglês (heartburn), azia não tem nada a ver com o coração. Ela é provocada quando o esôfago, o tubo que liga a boca ao estômago, é exposto ao conteúdo altamente ácido do estômago.
Quando isso ocorre, diz-se que há um refluxo do que há no estômago para o esôfago. É esse forte ácido no esôfago que causa a sensação de queimação. Além da queimação, você pode sentir um gosto amargo na boca e fortes acessos de tosse, ambos devido ao refluxo ácido.

O refluxo normalmente ocorre quando se está deitado. Nessa posição, a força da gravidade não ajuda a levar o alimento que está no estômago para o intestino delgado, que é para onde ele deve ir. Como geralmente dormimos na posição horizontal, o refluxo é mais comum durante a noite. A apnéia do sono também pode provocar refluxo através de efeito de sifão, que puxa o conteúdo do estômago para o esôfago.

Se você tiver refluxo regularmente, deve procurar um médico. É possível que ele recomende algumas mudanças na sua dieta e no seu estilo de vida, como:


  • evitar o álcool;



  • evitar alimentos muito condimentados e outros alimentos que normalmente provocam azia, como chocolate, hortelã e café;



  • controlar o peso;



  • controlar o estresse;



  • não fazer refeições pesadas até três horas antes de se deitar;



  • deitar depois de pelo menos uma hora após a refeição.


Uma técnica que pode ajudar é elevar a cabeça à noite para deixar que a gravidade faça seu trabalho. Isso pode ser feito colocando-se calços debaixo dos pés da cama do lado da cabeceira. Outra opção é colocar diversos travesseiros sob a cabeça e ombros para elevar a parte superior do corpo na hora de dormir (mas cuidado para não dobrar demais o pescoço).

Você também pode pensar em uma cama ajustável eletronicamente, como as usadas em hospitais. Embora certamente seja uma opção mais cara do que alguns travesseiros, alguns planos de saúde cobrem a despesa com a cama regulável se for necessária para algum problema de saúde. Se a apnéia for a causa da azia, ela precisa ser tratada.

Uma outra função do corpo também pode causar insônia. Descubra na próxima seção como a necessidade freqüente de urinar pode prejudicar o sono.


Insônia e micção noturna


Urinar durante a noite pode causar insônia, mas pode ser um sintoma de doenças mais graves. Na pior das hipóteses, pode ser um sintoma de próstata aumentada ou de diabetes. Mesmo na melhor das hipóteses, ter que acordar para urinar pode ser frustrante e pode deixar você cansado.

Viagens noturnas constantes ao banheiro podem simplesmente significar que você consumiu líquido demais naquela noite. E, certamente, a necessidade de urinar uma vez durante a noite não é motivo para preocupação. Mas é preciso uma investigação quando se urina duas ou mais vezes todas as noites.

Antes de mais nada, cada viagem ao banheiro significa que você tem que acordar. Várias idas durante a noite, somadas ao tempo que se demora para voltar a dormir, podem chegar a uma perda de sono significativa.

Mas, mais importante do que a perda de sono, esse padrão pode significar um problema de saúde. A micção em excesso durante a noite (chamada de noctúria) é um sintoma comum de várias doenças, inclusive de diabetes. Nos homens, uma próstata aumentada (problema que ocorre com a maioria dos homens à medida que envelhecem) geralmente é o problema. O aumento da próstata também pode ser sinal de câncer de próstata e deve ser avaliado imediatamente. Nas mulheres, infecções do trato urinário freqüentemente causam noctúria. A apnéia do sono também pode causar a doença.

Ingestão de álcool à noite também pode ser um fator causal de noctúria. E muitos medicamentos apresentam a noctúria como um efeito colateral. Como a ela tem muitas causas, é importante uma avaliação médica. Posteriormente, seu médico pode encaminhá-lo a um urologista ou a outro especialista.

Se você tiver que ir ao banheiro à noite, use o mínimo de luz necessária. Luz clara demais pode dificultar que você pegue no sono novamente. Se, para você, levantar à noite é freqüente, deixe sempre uma luz fraca acesa para não ter que acender nenhuma luz forte.

Próstata aumentada é uma conseqüência do envelhecimento, a qual pode causar insônia. Com a idade, os sistema reprodutor também muda. A próxima seção explica como essas mudanças podem fazer você perder o sono.


Insônia e problemas no sistema reprodutor


A insônia pode resultar de problemas no sistema reprodutor masculino ou feminino, embora causas específicas sejam únicas para cada sexo.

Menopausa


Ao se aproximar da menopausa, os níveis de hormônio da mulher começam a mudar. Essa mudança provoca o desequilíbrio entre os hormônios femininos (estrogênio e progesterona) e é responsável pelo aumento de transtornos do sono. Como se as ondas de calor, secura vaginal e osteoporose não fossem suficientes, a insônia também é uma ocorrência comum durante a menopausa. Variações hormonais podem causar insônia indiretamente como resultado de freqüentes ondas de calor e sudorese noturna durante a menopausa.

Hormônios masculinos e problemas do sono

Embora os homens tenham uma versão leve de menopausa, a andropausa, eles também passam por uma mudança de hormônios parecida. A diminuição de testosterona pode resultar em transtornos do sono, especialmente com idade avançada, quando a produção desse hormônio cai bruscamente.

Gestação

A gestação pode interferir temporariamente no sono tranqüilo por uma série de razões.


  • aumento da necessidade de urinar durante a noite;



  • os chutes do bebê que podem acordar a mãe;



  • náusea e/ou azia;



  • hemorróidas;



  • cãibras nas pernas e síndrome das pernas inquietas;



  • desconforto em muitas posições para dormir, especialmente nos últimos três meses da gestação.


A maioria desses sintomas associados à gestação desaparecerá logo após o nascimento do bebê. Mas é exatamente após o parto que realmente começa a perda de sono, pelo menos por um determinado tempo. Os melhores tratamentos para as interrupções do sono devido à amamentação são cochilos freqüentes durante o dia e a ajuda de outras pessoas.

Mesmo com ajuda, cuidar de um recém-nascido é estressante. Descubra na próxima seção como o estresse pode causar a insônia.


Insônia, estresse e humor


O estresse e o humor são complicados, e a relação entre cada um deles e o sono também é complicada. Em algumas pessoas, entretanto, o estresse e os transtornos do humor podem causar insônia.

Estresse

O estresse também tem um grande efeito sobre o sono. Entende-se melhor o estresse como uma reação a um estímulo externo (como uma situação difícil no trabalho ou um casamento se aproximando) ou a um estímulo interno (doença ou dor), ou a ambos. As pessoas reagem ao estresse de maneiras diferentes. Algumas, especialmente jovens, usam o sono como uma fuga para situações emocionais desagradáveis e podem passar uma grande parte do dia na cama. Nessas circunstâncias, o sono pode ocupar 12 horas do dia, ou mais. Outras acham que o estresse leva à insônia.

É importante lembrar que o estresse pode se originar de situações positivas e negativas. Formaturas, casamentos, férias e outros acontecimentos agradáveis podem causar estresse e também ansiedade, podendo também afetar o sono. A insônia relacionada a esses tipos de acontecimentos geralmente desaparece quando o evento termina.

Para limitar o efeito que o estresse tem sobre seu sono, você precisa aprender a lidar com a maneira como seu organismo reage a ele.

Transtornos do humor

Você sabia que a depressão, ansiedade e outros distúrbios emocionais podem afetar seu sono? O inverso também acontece: dormir mal pode causar depressão, ansiedade, irritabilidade e mesmo mudanças na personalidade. Às vezes, tudo acontece ao mesmo tempo, resultando em um ciclo muito difícil de quebrar. Entender a possível ligação entre os trasntornos do sono e os transtornos do humor pode ajudar você a chegar à origem dos dois problemas.

A depressão e a ansiedade são os problemas que mais interferem no sono. Existem muitos tipos de depressão e diferentes maneiras com que podem afetar os padrões do sono. No chamado transtorno bipolar pode ocorrer uma forma extrema de insônia em que a pessoa dorme somente quatro horas ou menos por noite. A falta de sono provoca, em vez de tristeza, uma euforia exagerada e potencialmente perigosa.

Se você acha que um transtorno do humor está afetando seu sono e os sintomas persistirem por mais de três semanas, é aconselhável procurar um profissional. A primeira consulta deve ser com seu médico, que deve examinar você. Se não for encontrado nenhum problema físico, então, você deve procurar um terapeuta para ajudar você com seu possível transtorno do humor. Normalmente, seu médico pode indicar um bom terapeuta.

Algumas pessoas nessas condições podem estar sendo medicadas. Infelizmente, como verá na próxima seção, essas substâncias controladas também podem causar insônia.


Insônia e substâncias controladas


Uma variedade de substâncias controladas, desde as legalmente permitidas até as prejudiciais à saúde, pode causar insônia.

Efeitos colaterais dos medicamentos

As interrupções do sono também podem ser causadas por medicamentos. Se você estiver tomando esteróides, diuréticos, inibidores de apetite ou remédios para alergias, dor, asma, dornça cardiovascular ou doença de Parkinson, leia a bula ou converse com seu médico sobre possíveis alterações do sono que podem ocorrer.

Existem também medicamentos que, quando tomados sozinhos, não produzem nenhum efeito sobre o sono, mas que quando usados com outros medicamentos podem causar transtornos do sono. Se você suspeitar que qualquer medicamento, de venda livre ou com receita, que está tomando esteja interrompendo seu sono, converse com seu médico.

Cafeína

O café contém cafeína e algumas pessoas bebem café não só após acordar, mas também para se manterem ativas durante o dia, ou para permanecerem acordadas durante a noite. Não há nenhum mal em uma ou duas xícaras de café pela manhã. E existem algumas pessoas que podem continuar tomando café durante todo o dia sem terem problemas de sono.

Se você está dormindo bem à noite e permanece bem disposto durante o dia, provavelmente não precisa ajustar sua ingestão de cafeína. Mas se tem problemas para dormir à noite, você deve tentar reduzir seu consumo.
Por outro lado, se você consegue dormir mesmo tomando uma xícara de café à noite, mas tem que se arrastar durante o dia apoiando-se no café, provavelmente você está cansado demais. Toda a cafeína ingerida pode tornar seu sono mais leve, prejudicando seu descanso noturno. Assim, faça um favor a si mesmo e limite seu consumo de cafeína.

As pessoas que excedem esse consumo aumentam sua tolerância com o tempo, aumentando assim a necessidade de ingerir mais cafeína para se manterem acordadas. Mas uma tolerância mais alta não ameniza o fato de a cafeína atrapalhar o sono.

Tente evitar cafeína por pelo menos seis horas antes de se deitar. Saiba que ela também é encontrada no chá, em refrigerantes, em chocolates e em alguns medicamentos vendidos livremente. Alguns têm cafeína suficiente para afetar seu sono.

Tabaco

O cigarro não só contribui para inúmeras doenças, como também para a perda do sono. Estudos demonstram que pessoas que fumam muito têm um risco maior de insônia do que os não-fumantes. Os fumantes demoram mais para pegar no sono e acordam mais durante a noite. Na verdade, a tosse provocada hábito de fumar tem se mostrado uma das principais causas de trasntornos do sono.

Mesmo as pessoas que fumam em média um maço, ou menos, por dia, ficam acordadas durante uma parte maior da noite do que os não-fumantes.

Se você decidir parar de fumar, no começo, poderá ter problemas para dormir. Mas não deixe isso desencorajá-lo a largar o hábito. Um horário regular de sono, uma dieta adequada, atividades físicas e redução do estresse podem ajudar você a deixar esse hábito, bem como a ter uma boa noite de sono. Você também pode pedir ajuda a seu médico para largar esse vício.

Álcool

O álcool talvez seja a droga usada com mais freqüência para dar sono, até mais do que alguns remédios. É verdade que o álcool pode ajudar a dar sono mais rapidamente, mas os efeitos não vão além das primeiras horas da noite. Após esse período, o corpo sente falta do álcool e o sono fica mais leve durante a segunda metade da noite.

Usar álcool como ajuda para dormir pode levar a outros problemas, como uso excessivo ou até mesmo alcoolismo. O processo pode começar inocentemente - digamos, com um copo de vinho à noite. Mas como o álcool provoca o despertar durante a noite, há uma tendência de se beber mais para que isso não ocorra. O consumo elevado de álcool atrapalha mais o sono e acaba ocorrendo um círculo vicioso: menos sono, mais bebida. Com o tempo, o álcool passa a ser o problema.

A bebida também pode afetar a respiração da pessoa durante o sono. O álcool provoca roncos mais fortes e pode causar pequenas paradas respiratórias, que acordam a pessoa. Em uma pessoa com apnéia do sono, que já tem muitas paradas durante a noite, o álcool faz com que essas paradas sejam mais longas e mais freqüentes e, conseqüentemente, mais perigosas.
Em contraste com essas substâncias controladas, aprenda na próxima seção como algo tão natural como os ritmos circadianos pode afetar o sono.


Insônia e distúrbios do ritmo circadiano


O ritmo circadiano é um mecanismo do corpo para ajustar o relógio biológico. O corpo tem um tipo de marcapasso interno, ou relógio, centralizado no cérebro. Esse relógio governa o apetite e o sono, e o cérebro gosta de se manter no horário com base nesse relógio.

Mas o que acontece se seu estilo de vida está fora de sincronia com seu relógio biológico? E se você precisa ficar acordado e trabalhando quando seu cérebro manda seu corpo dormir? Algumas interrupções do sono podem levar a um conflito entre o relógio biológico e seu estilo de vida. Essas alterações secundárias do sono são chamadas de distúrbios do ritmo circadiano. Dois dos exemplos mais comuns de alterações do ritmo circadiano são o jet lag e o trabalho noturno.

Uma boa maneira de entender o quanto seu relógio biológico pode ser "teimoso" e o quanto é difícil ajustá-lo, é saber que o relógio também afeta comportamentos, como o apetite. Não é porque você muda repentinamente seus horários de comer que seu corpo sentirá fome automaticamente nos novos horários. Da mesma forma, não é porque você muda de um emprego diurno para um que mantenha você trabalhando até às 2h da madrugada que seu corpo se ajustará automaticamente a esse novo horário de dormir e acordar.

Seu relógio circadiano pode se ajustar, mas isso, geralmente, leva algum tempo. Se você mudar seu horário de dormir, seu corpo se ajustará, mas só se você o mantiver dentro dos novos horários de dormir e acordar. Além disso, parece que o corpo se adapta melhor se o horário de dormir mudar para mais tarde do que para mais cedo. Como você aprenderá logo, essa parece ser a razão pela qual, quando se viaja através de fusos horários, você se adapta mais facilmente quando vai de leste para oeste.

O tratamento de distúrbios do ritmo circadiano freqüentemente envolve uma combinação de cronoterapia (mudando gradualmente o horário de dormir, para mais cedo ou para mais tarde) e terapia com luz (expondo-se à luz solar para reajustar o relógio biológico e reforçar o horário de ficar acordado). Por exemplo, se seu corpo pede para dormir até mais tarde de manhã, mas você precisa acordar mais cedo, tente mudar gradualmente seu horário de dormir e se expor à luz do sol bem cedo para ajudar a reajustar seu ciclo de dormir e acordar.


Insônia e jet lag


As pessoas que viajam sabem como a mudança de fusos horários pode afetar os padrões do sono. Apesar da infinidade de dicas e técnicas sobre como prevenir o jet lag, a única maneira de combatê-lo é começar ajustando o relógio biológico dias antes de viajar. Isso significa alterar gradualmente seus horários de dormir e de acordar. Mas, isso definitivamente funciona.

Primeiro, você deve verificar se no seu destino o seu horário estará adiantado ou atrasado. Comece ajustando seus horários de dormir e de acordar vários dias antes de sua viagem, de acordo com o número de fusos horários que você vai atravessar.

Pesquisas demonstram que para cada fuso horário que se atravessa, é necessário pouco menos de um dia para ajustar o relógio biológico. Assim, tudo o que você fizer antes de viajar para ajustar seus horários de dormir e de acordar será válido.

Para a viagem no sentido leste, para cada hora a mais de fuso horário, você deve dormir a cada dia uma hora mais cedo. Para se preparar para a viagem no sentido oeste, você simplesmente deve aplicar o princípio inverso, indo para a cama uma hora mais tarde. É bem conhecido entre os viajantes o fato de que para a maioria das pessoas parece ser mais fácil a adaptação quando se viaja de leste a oeste do que no sentido contrário.

Infelizmente, tal procedimento se torna difícil para aqueles que atravessam mais de seis fusos horários. Você só pode ajustar seu horário de dormir antes de ele se tornar incômodo de outras formas. Nessas situações mude seu horário tanto quanto for prático fazê-lo antes da partida. Quando chegar ao destino, comece imediatamente a agir de acordo com o horário local, isto é, durma durante a noite e levante e mantenha-se ativo durante o dia.

Embora você provavelmente sinta alguns sintomas do jet lag por pelo menos alguns dias, você se sentirá melhor do que se não tivesse feito absolutamente nenhum ajuste. Uma outra boa mudança, não importa em que direção você vai viajar, é ter umas duas noites de bom sono antes de partir.
Turnos de trabalho à noite também podem afetar o seu sono. Descubra na próxima seção como vencer a insônia trabalhando à noite.

Insônia e trabalho noturno



O trabalho noturno pode causar insônia por tornar quase impossível o sono em um horário regular.

Trabalho em turnos não são naturais para nosso organismo. Nossos corpos são programados para trabalharem de dia e em um horário regular. Trabalhar em horários artificiais com horas à noite tem suas conseqüências. Pessoas que têm essa rotina tendem a dormir mal e, quando estão acordadas, têm sua capacidade de atenção diminuída. Também sofrem mais acidentes, são menos eficientes no trabalho e têm mais estresse em casa.

Infelizmente, não existe uma solução perfeita para pessoas que trabalham regularmente no turno da noite, mas a seguir estão algumas dicas que podem ajudar.


  • Escolha um horário para dormir que minimize a separação entre você e sua família. E reserve algum tempo todos os dias para passar com seu cônjuge e/ou filhos.



  • Ao decidir quando vai dormir, mantenha esse horário o mais regular possível, mesmo nos fins de semana ou nos dias de folga.



  • Planeje suas atividades de modo que elas não interfiram no seu sono. Por exemplo, se você dorme logo após o trabalho, seja cliente de um banco que tenha um horário noturno.



  • Como regra, limite o sono a um único período longo em vez de períodos mais curtos com pequenos cochilos.



  • Minimize as perturbações comuns do dia, como telefone, campainha e outras. Se necessário, arranje um pager que sua família possa usar para entrar em contato em caso de emergência.



  • Impeça a entrada do som externo ligando algum aparelho com ruído ou usando fones de ouvido.



  • Não deixe o sol bater na cama ou use máscara de dormir, e evite ao máximo a entrada de claridade na hora de dormir.


Seguindo essas sugestões, você poderá aliviar o desgaste que o turno da noite causa em você e em sua família.


Como obter ajuda para tratar a insônia


Para obter ajuda para tratar a insônia, você deve consultar um médico. Assim, ele poderá encaminhar você a um especialista ou uma clínica do sono.

Antes de agendar sua primeira visita com um especialista, você provavelmente terá que preencher um questionário e um relatório completo sobre sua rotina de sono. Na primeira consulta, o especialista analisará suas informações e fará algumas perguntas para tentar compreender condições físicas, psicológicas e sociais que podem fazer parte de seu problema para dormir.

Para diagnosticar certas alterações do sono, como a narcolepsia, o especialista pode fazer testes ou providenciar para que você durma uma noite no laboratório para que seus padrões de sono possam ser monitorados. Assim que for feito um diagnóstico, ele poderá discutir com você as descobertas e os possíveis tratamentos, ou passar essas informações para seu médico, de modo que vocês possam escolher as opções de tratamento mais adequadas ao seu caso.

A insônia pode reduzir seriamente sua qualidade de vida. Agora, você sabe onde procurar ajuda e usando esse artigo para ajudar a determinar o que está causando sua insônia, você estará bem próximo de conseguir uma boa noite de sono.




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Cientistas clonam vírus humano





Cientistas clonam vírus humano




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Um time de cientistas do País de Gales conseguiu clonar um vírus humano com sucesso, o que oferece uma nova esperança no tratamento de doenças graves.

O citomegalovírus (CMV) pertence à família do herpesvírus, a mesma dos vírus da catapora, herpes simples, herpes genital e do herpes zoster. Ele também pode causar doenças graves em pacientes de transplante e pessoas com HIV/AIDS.

O médico principal que liderou o estudo, Richard Stanton, disse que "o CMV tem de longe o maior genoma de todos os vírus que afetam os humanos".

Clonar o vírus pela primeira vez vai ajudar os virologistas a desenvolver vacinas e antivirais para combater o vírus que causa a doença.



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Como a espinha dorsal se forma?





Como a espinha dorsal se forma?



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A espinha dorsal é vista aqui por trás e de lado


De certa maneira, sua espinha é a chave-mestra que mantém seu corpo junto. Ela está no centro do seu esqueleto axial - a coluna flexível que fica no centro do seu corpo. No topo do seu esqueleto axial está seu crânio, e o seu cóccix, ou osso do rabo, está na outra ponta.

Juntos, todos esses ossos abrigam alguns dos mais importantes órgãos do seu corpo. Seu cérebro fica na caixa protetora do crânio, e os órgãos em seu peito estão protegidos por 12 pares de costelas, todas elas ligadas diretamente na sua espinha.

E se isso não fosse o suficiente, sua espinha é também o que deixa você mover os braços e as pernas. Seus braços estão ligados à sua espinha e costelas via clavículas e omoplatas. Suas pernas se ligam à coluna pelos quadris. Quando você quer mover braços e pernas, os sinais viajam pela medula espinhal, que está encerrada na sua espinha. Os nervos carregam os sinais da medula espinhal para os músculos que você quer mover.


Mas braços e pernas não são as únicas partes do corpo que se deslocam - seu esqueleto axial também é flexível. Os discos fornecem a lubrificação entre cada um dos 26 ossos da sua coluna. Enquanto seus discos forem saudáveis, suas vértebras não vão ser trituradas quando você se ajoelhar ou girar. Os músculos estão ligados a saliências nas vértebras chamadas de processos. Quando os músculos contraem, eles empurram essas superfícies parecidas com alavancas e suas vértebras se movem.


Já que sua espinha tem muita responsabilidade, não é surpresa que ela também se desenvolva na ordem exata para que todo o sistema funcione. Então, de onde ela vem, e o que pode dar errado enquanto ela cresce?


O desenvolvimento da espinha dorsal.



[SIZE=+1]Curvas de um a quatro
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[SIZE=+1]
[/SIZE]
[SIZE=-1]A espinha de um feto é muito diferente da espinha de um adulto. Enquanto no útero, a espinha de um feto tem uma curva em forma de C. Quando o bebê nasce e começa a andar, a espinha fixa-se em quatro curvas que seguram o corpo em pé enquanto distribui o peso.[/SIZE]




Se você já leu Como funciona a gravidez, sabe sobre como o bebê se desenvolve no corpo na mãe. O esperma do homem se junta ao óvulo da mulher, criando o zigoto unicelular. Essa célula única se divide em duas, que se dividem em quatro e assim por diante até cerca de cem células. Nesse ponto, dias depois da concepção, o zigoto se torna uma blastocisto, e é aí que os o desenvolvimento da espinha começa a acontecer.


Um blastocisto começa como uma coleção de células similares, mas ele não fica assim por muito tempo. Ele desenvolve três camadas de células, chamadas camadas germinativas primárias, num processo chamado gastrulação.

As camadas são a ectoderma, mesoderma e endoderma. A maioria dos órgãos mais profundos do corpo é formada da endoderma, enquanto a maioria das características externas, como pele e cabelos, vem da ectoderma. A espinha, parte do meio do corpo, vem da mesoderma. Essas camadas são distintas 12 dias após a fertilização do óvulo.


A estrada das células indiferenciadas para o corpo todo é complexa, portanto, aqui vai uma descrição resumida do que acontece em termo da espinha:




  1. As camadas do blastocisto mudam para o que elas são necessárias, se rearranjando para construir um corpo.
  2. As células da mesoderma se juntam para forma a estrutura chamada notocórdio, ou corda dorsal. Essa estrutura fornece algum suporte para o desenvolvimento do embrião.
  3. Cerca de 25 dias após a fertilização, a ectoderma sobre o notocórdio se sobra. As dobras forma um canal chamado de tubo neural, que se tornará o sistema nervoso central.
  4. Células mesênquimas da mesoderma formam grupos chamados somitos em cada lado do tubo neural. Elas são como blocos de construção minúsculos que vão se tornar as vértebras. Como um embrião desenvolve um rabo que desaparece à medida que ele cresce, há mais somitos que vértebras.
  5. Quando o embrião tem seis ou sete semanas, a ossificação, ou formação dos ossos, começa. Os somitos endurecem, finalmente começando as vértebras. O notocórdio se torna parte dos discos que lubrificam as conexões entre as vértebras.

Para que a espinha cresça corretamente, tudo tem de acontecer sem nenhum tropeço, da migração das camadas do blastocisto à ossificação. Se a coluna vertebral não se fechar corretamente, o resultado pode ser um de uma série de defeitos congênitos.

Entre os mais comuns estão defeitos do tubo neural, que incluem espinha bífida (espinha vertebral fissurada) e anencefalia, ou falta do desenvolvimento do cérebro. Tomar bastante ácido fólico durante os primeiros dias da gravidez reduz o risco desses defeitos.


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Como a gravidez afeta o olfato e o paladar?






Como a gravidez afeta o olfato e o paladar?




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A sensibilidade a odores aumenta durante a gravidez, por este motivo, a rede de supermercados Tesco chamou grávidas para degustar seus vinhos e indicar os melhores aos seus clientes


Quando a rede de supermercados britânica Tesco pediu que mulheres grávidas fossem degustar seus vinhos em 2004, ela não estava defendendo a síndrome fetal do álcool. As degustadoras de vinho do Tesco não bebem os vinhos, mas os fazem girar em suas bocas para sentir o sabor e então cuspi-los.

Por que a Tesco quis mulheres grávidas, entre todas as pessoas, para fazer isso? A rede esperava tirar vantagem dos narizes e dos paladares de mulheres grávidas para obter os melhores vinhos para seus clientes.

A campanha da Tesco foi inspirada pela sommelier da rede, que engravidou e relatou que sua experiência em degustar vinho se tornou muito mais pronunciada. Ela não está sozinha em descobrir seus sentidos alterados: livros de gravidez alertam sobre o efeito, e vários estudos em que mulheres relataram suas percepções sensoriais descobriram que a maioria das mulheres notou uma mudança.


Um desses estudos, publicado em 2004, pediu a mais de 100 grávidas para relatar sobre seus sentidos em vários pontos da gravidez, e 76% das participantes experimentaram uma mudança no olfato e no paladar [fonte: Nordin et al]. Dois terços das mulheres relataram aumento na sensibiidade a odores, mas elas também relataram distorções de cheiros, cheiros ilusórios e sabores anormais, incluindo sensibilidade aumentada a amargo e diminuição da sensibilidade a sal.

Na maioria das vezes, as mulheres experimentaram esses efeitos durante o primeiro trimestre de gravidez, embora um percentual pequeno tenha relatado as alterações no último estágio da gravidez. Depois da gravidez, todas as mudanças de percepção de cheiro e sabor desapareceram.


Infelizmente, os cientistas não podem respaldar esses relatos com nenhum dado real e concreto. Quando a Tesco anunciou seus planos, um médico do Britain's Royal College of Obstetrics and Gynecology disse que não havia evidências da intensificação do paladar durante a gravidez e acusou a rede de estar fazendo publicidade da ingestão de bebida alcóolica durante a gravidez. Mas um especialista em odores reagiu dizendo ser muito difícil estudar o efeito, já que cada grávida experimenta a alteração de forma diferente [fonte: Sample]. Os cientistas discordam seriamente sobre as origens dessas mudanças.


Então por que tantas mulheres relatam esse sintoma? Há algum benefício na sensibilidade a cheiros, ou é apenas mais uma coisa para tornar os nove meses de gravidez mais sofridos?



Sentidos acentuados durante a gravidez.



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O paladar das mulheres grávidas também sofre mudanças durante a gravidez; muitas delas relatam não sentir o sal na comida


Como muitas coisas durante a gravidez, as mudanças nos sentidos da mulher são amplamente atribuídas aos hormônios. Quando as mulheres engravidam, seus níveis de estrogênio aumentam. O estrogênio também está relacionado com o aumento da percepção do cheiro em não grávidas. Um estudo de 2002 conduzido pelo Monell Chemical Senses Center, da Filadélfia, mostrou que mulheres em idade fértil mostram uma sensibilidade maior a odores do que os homens.

Em grupos com níveis de estrogênio menores - meninas preadolescentes e mulheres pós-menopausa -, a sensibilidade se equipara à dos homens. Por isso, à medida que os níveis de estrogênio sobem e descem, a percepção de odores pode mudar.

Há evidência de que o olfato da mulher também muda durante o ciclo menstrual e na ovulação, bem como durante a gravidez. Mas os cientistas não estão extamente certos sobre como (ou se) o estrogênio cria a alteração no nariz ou no cérebro.

Os cientistas também discutem se a intensificação dos sentidos da mulher grávida tem algum benefício para ela ou para o feto. Alguns pesquisadores acreditam que a sensibilidade a odores e a sabores provocam os enjôos matinais, beneficiando as mulheres, porque elas rejeitam alimentos contendo substâncias químicas e toxinas prejudiciais ao feto. Cientistas que endossam essa teoria dizem que isso explica porque as mulheres grávidas são mais sensíveis ao cheiro e sabor do cigarro, ao álcool, a vegetais amargos e a bebidas cafeinadas, como café. Alguns dados mostram que mulheres que sentem náusea têm uma taxa menor de abortos, sugerindo que o nariz está fazendo seu trabalho em manter o bebê seguro.


Outros cientistas pensam diferente. Um estudo de 2004 testou a seguinte hipótese: como as mulheres grávidas têm maior sensibilidade a odores e sabores, elas classificariam produtos contendo toxinas de forma muito mais negativa. Isso mostrou ser verdade? Não realmente. No experimento, as mulheres grávidas não demonstraram nenhuma sensibilidade a cheiro.

Não houve evidência de que elas tivessem uma sensibilidade a odores maior do que as mulheres não grávidas, e houve poucas diferenças entre mulheres e homens em geral [fonte: Swallow et al]. Mulheres também não classificaram os cheiros de produtos perigosos mais negativamente, e houve pequena correlação entre classificação de odores e náusea.

Os autores do estudo não mencionaram que talvez a náusea do enjôo matinal acontecesse quando o produto já havia sido, na verdade, provado, e não apenas cheirado. Um quarto das mulheres relatou sensibilidade anormal do paladar nos estágios iniciais da gravidez, incluindo acentuação da sensibilidade a items amargos e diminuição da sensibilidade a items salgados.

Novamente, a sensibilidade a items amargos, como café, pode ser uma forma de o corpo proteger seu bebê não nascido. De modo oposto, uma diminuição da sensibilidade ao sal pode ajudar as mulheres a consumir mais sal, o que, em troca, faz com que elas sintam mais sede e, consequentemente, consumam líquidos e vários nutrientes de que precisam para suportar o feto .

Como as mudanças no olfato, tem sido difícil para os cientistas precisar as alterações no paladar e o porquê de elas ocorrerem. Mas quando uma mulher grávida mal-humorada reclama desses sintomas, é melhor não dizer que não há evidências científicas do que ela está sentindo.

Em vez disso, as mulheres grávidas deveriam simplesmente tentar evitar os cheiros que agravam esses sintomas, que podem incluir permitir que o marido faça a comida ou pedir polidamente que o colega de trabalho não use determinada colônia. Mulheres grávidas deveriam tentar deixar as janelas abertas quando possível para ventilação, e poderiam testar se odores calmantes como os da menta, do limão ou do gengibre proporcionam algum alívio.




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Como aliviar a dor no pescoço





Como aliviar a dor no pescoço




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[SIZE=-2]A tensão no pescoço pode ser conseq[SIZE=-2]u[/SIZE]ência de maus hábitos de sono [/SIZE]





O pescoço


"Esse trabalho é insuportável" pode ser mais que uma simples expressão. Tensão no trabalho ou em casa, tarefas que requerem muita atenção, postura incorreta e até mesmo um colchão muito mole podem deixar o pescoço dolorido e duro. Naturalmente, algumas dores no pescoço são resultado de lesão ou doença, mas a maior parte delas deve-se a uma simples tensão muscular. O pescoço, com sua grande mobilidade e estrutura intrínseca, fica particularmente vulnerável ao estresse e à tensão. A cabeça, que pesa entre 5kg e 10kg, é sustentada por um conjunto de sete ossos pequenos, chamados vértebras, e mantida no lugar por 32 músculos complexos.

Ligadas às vértebras, e localizadas entre elas, existem pelotas de cartilagem fibrosa chamadas de discos, que agem como almofadas, ou amortecedores de choque. Oito nervos, que transmitem as sensações (incluindo a dor), e quatro artérias principais, que conduzem o sangue, passam pelo pescoço e ligam a cabeça aos ombros, tórax e braços. A frágil medula espinhal passa pelo centro do conjunto de vértebras e é protegida por ele. Acrescente a essa estrutura complexa o fato de que o pescoço se move mais do que qualquer outra parte do corpo, e que você descobriu a fórmula para o problema.

É um círculo vicioso. Quando nossos músculos ficam tensos, seja por estresse físico ou emocional, o suprimento de sangue para os músculos diminui, provocando a dor. Essa dor faz com que os músculos fiquem mais tensos. É por esse motivo que a melhor maneira de aliviar a dor no pescoço é tentar eliminar ou diminuir o estresse físico ou emocional, além de tratar dos músculos.
As sugestões na página seguinte podem ajudá-lo a quebrar o ciclo tensão-dor e a conhecer novos hábitos que impedirão o desenvolvimento da tensão, em primeiro lugar.

Sugestões para aliviar a dor no pescoço



Livre-se dessa dor no pescoço prestando atenção nas recomendações a seguir.


Descanse - uma das maneiras mais simples de aliviar a dor é deitar e deixar que os músculos do pescoço se recuperem. Mas não use um travesseiro alto que deixe seu pescoço dobrado.

Coloque gelo - o gelo ameniza efetivamente a dor e diminui a inflamação. Coloque gelo triturado em uma sacola plástica e cubra a sacola com uma fronha (o tecido de toalha é muito grosso para passar o frio com eficácia). Aplique a compressa de gelo no pescoço por 15 minutos de uma vez.

Aqueça-o - o calor aumenta a circulação e pode ser eficaz no alívio da tensão muscular. Use uma toalha úmida ou uma bolsa de água quente, ou, então, fique embaixo do chuveiro quente. Mas não faça isso por muito tempo. O calor em excesso pode piorar os sintomas e causar mais dor. Talvez você queira fazer a aplicação quente e em seguida alguns minutos de tratamento frio.

Relaxe - o estresse emocional pode provocar tensão muscular. Preste atenção no que o estressa: o percurso até o trabalho, sua afobação para preparar o jantar toda noite, as reuniões com o chefe, e assim por diante. Depois de identificar os causadores mais comuns do seu estresse, seja criativo e pense em como reduzi-lo. Uma forma de controlar o estresse é através de técnicas de relaxamento, como o relaxamento progressivo ou a respiração abdominal.

Para fazer o relaxamento progressivo, procure um lugar calmo onde você não seja incomodado. Sente ou deite e feche os olhos. Então, começando com a cabeça e o pescoço e forçando todo o corpo para baixo, contraia intencionalmente os músculos da região e solte-os completamente.

Para fazer a respiração abdominal, sente e respire fundo, lentamente, de modo a encher o peito de ar, coloque uma mão no abdome para senti-lo dilatar e para confirmar que você está respirando profundamente. Em seguida, solte-o completamente, absorvendo suavemente em seu estômago. Respire lenta e profundamente durante alguns minutos (se fizer muito rápido, pode começar a hiperoxigenar).

Outras técnicas de relaxamento incluem meditação, ioga e exercícios. Além disso, talvez você queira desenvolver alguns de seus próprios métodos de relaxamento, como arranjar um passatempo ou ouvir a uma boa música. Faça aquilo que funcionar em você.

Use massagem -
a massagem pode ajudar a diminuir a tensão dos músculos e dar um alívio temporário, além de ajudá-lo a dormir
melhor. Primeiro, tome um banho quente para relaxar os músculos. Depois, peça a seu companheiro que passe óleo ou loção no pescoço e nos ombros, pressionando levemente com os dedos, em movimentos circulares. Em seguida, peça a ele que esfregue o pescoço e os ombros, fazendo movimentos firmes e prolongados de cima para baixo. Não se esqueça da região do tórax. Se ele não tiver boa vontade, tente esfregar seu próprio pescoço e o tórax com óleo ou loção por 10 ou 15 minutos.


Tome um analgésico que não precise de receita médica - os analgésicos vendidos diretamente, como a aspirina e o ibuprofeno, podem diminuir a dor e a inflamação. Se não puder tomar esses medicamentos porque é alérgico, tem problemas de estômago ou por qualquer outro motivo, experimente o acetaminofeno; ele não diminuirá a inflamação, mas ajudará a aliviar a dor.

Tenha boa postura - a dor no pescoço tem muito mais relação com a postura do que as pessoas imaginam. A cabeça e a espinha se equilibram em relação à gravidade. Quando a má postura força a lombar para frente, a parte superior das costas vai para trás para compensar. Em resposta, o pescoço é forçado para frente.

Você pode usar uma parede para ajudar a alinhar seu corpo corretamente e melhorar a postura: vire de costas para a parede e incline o corpo para frente alguns centímetros; suas nádegas e seus ombros devem tocar a parede, e a parte de trás da cabeça deve ficar próxima à ela; mantenha seu queixo firme; agora, afaste-se da parede; volte e veja sua posição; tente manter essa postura durante todo o dia.

Mantenha a boa forma - estar acima do peso também força os músculos do corpo, incluindo os do pescoço.

Fortaleça os músculos do estômago - assim como a má postura e a obesidade podem causar tensão muscular no pescoço, pouco tônus nos músculos do estômago força a parte superior das costas para trás e o pescoço para frente. Faça exercícios, como curvar-se com os joelhos dobrados (feitos basicamente sentado, em que você levanta somente a cabeça e a parte superior das costas, em vez de todo o dorso, fora do chão) para fortalecer os músculos abdominais.

Faça exercícios para o pescoço - dois tipos de exercícios para o pescoço podem ajudar a aliviar e prevenir a dor: exercícios leves de movimentos variáveis e exercícios isométricos. Faça compressa quente no pescoço antes de fazer os exercícios. Cada exercício deve ser feito cinco vezes por sessão, três sessões por dia.

Os exercícios de movimentos variados ajudam a alongar os músculos do pescoço. Sente-se ereto, porém relaxado. Lentamente, vire sua cabeça para a direita, o máximo que puder, mantenha-se nessa posição e volte ao centro. Repita o movimento para a esquerda. Então, baixe o queixo lentamente em direção ao tórax, mantenha-se nessa posição e relaxe. Levante a cabeça. Agora, incline a cabeça em direção ao ombro esquerdo, mantenha-se nessa posição e volte ao centro. Faça o mesmo com o lado direito.

Os exercícios isométricos são realizados contra resistência, mas sem mover a cabeça. Experimente essa rotina:


  1. sente-se ereto e relaxado, coloque a mão na testa e pressione-a contra a palma da mão, de modo a impedir o movimento;

  2. coloque sua mão direita no lado direito da cabeça e pressione-a contra a mão (como se tentasse levar a orelha direita até o ombro), mas use a mão para impedir o movimento da cabeça. Faça o mesmo com o lado esquerdo;

  3. coloque as mãos atrás da cabeça, enquanto tenta empurrá-la para trás, impedindo seu movimento com as mãos;

  4. pressione a mão contra o lado direito do rosto, enquanto tenta girar a cabeça em direção ao ombro direito, impedindo o movimento com a mão. Repita, pressionando a mão esquerda contra o rosto, enquanto tenta olhar sobre o ombro esquerdo.

Mantenha a forma -
quanto mais forte e flexível você estiver, menor a probabilidade de sofrer dores no pescoço. A natação é um dos melhores e mais completos exercícios para fortalecimento do pescoço e das costas.




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Fortaleça seu pescoço incluindo a natação na sua rotina de exercícios[/SIZE]


Mantenha o trabalho no nível dos olhos -
se o desconforto do seu pescoço começa no final dia, é provável que seu local de trabalho ou seus hábitos de trabalho sejam a causa do problema. As pessoas geralmente ficam com "dor no pescoço" de tanto ficarem olhando para baixo ou para cima, durante longos períodos, no trabalho. Se possível, sempre mantenha seu trabalho no nível dos olhos. Mude a altura de sua cadeira, mesa ou monitor, use um suporte para deixar os materiais de leitura e uma escadinha, banquinho ou um apoio mais alto para pegar alguma coisa no alto.


Faça intervalos freqüentes - mude a posição do corpo com freqüência, especialmente se tiver que ficar em uma posição fisicamente estressante. Levante e ande pelo menos uma vez a cada hora.

Esqueça hábitos que "forcem o pescoço" - você segura o telefone entre o pescoço e o ombro? Você geralmente dorme sentado em uma cadeira e levanta com a cabeça pendurada para trás ou com o queixo encostado no peito? Você lava sua cabeça na pia? Todos esses hábitos podem causar tensão no pescoço. Fique atento a esses hábitos que prejudicam seu pescoço e substitua-os por hábitos saudáveis.

Durma em um colchão firme - se você acorda de manhã com o pescoço duro ou dolorido, provavelmente seu colchão, travesseiro ou seus hábitos de sono sejam os culpados. Use um colchão firme e mantenha sua cabeça alinhada à coluna. Não durma de bruços, já que força a cabeça para cima. Evite travesseiros que sejam muito altos e duros e experimente travesseiros de pena ou de flocos de espuma, em vez de espuma de borracha.

Como você pode ver, muitos dos seus hábitos diários podem contribuir para a dor no pescoço. Siga os passos citados nesse artigo para manter seu pescoço firme e saudável.


[SIZE=+1]Quando procurar um médico
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[SIZE=+1]
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[SIZE=-1]Embora a maioria dos casos de uma simples tensão muscular possa ser resolvida com remédios caseiros, alguns tipos de dor no pescoço devem ser avaliados por um médico. Procure um médico, se:

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  • [SIZE=-1]sua dor for, ou puder ser, resultado de uma lesão. (quedas, colisões e acidentes de carro podem causar dor no pescoço e lesão que não seja aparente de imediato);
    [/SIZE]
  • [SIZE=-1]a dor no pescoço pode ser acompanhada de febre, dor de cabeça e dores musculares;
    [/SIZE]
  • [SIZE=-1]tiver formigamento ou dormência nos braços ou mãos;
    [/SIZE]
  • [SIZE=-1]tiver transtornos visuais;
    [/SIZE]
  • [SIZE=-1]a dor no pescoço aumentar ou persistir por vários dias, apesar dos tratamentos caseiros. [/SIZE]




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Como aliviar a tendinite




Como aliviar a tendinite



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O aquecimento adequado antes da prática de exercícios é a chave para evitar a tendinite


Algumas vezes, é difícil dizer o que incomoda mais: os constantes problemas com a tendinite ou o fato de não poder fazer todas as atividades que você fazia antes de sentir dores.
Os tendões são fibras de tecidos de conexão resistentes que ligam o músculo ao osso. A tendinite é um aviso enviado pelos tendões de que estão inflamados.

A tendinite também o avisa, em um determinado período de tempo, quando você está trabalhando de forma muito rápida - digitando em um teclado ou correndo em uma pista - sem o aquecimento necessário. A tendinite no braço às vezes é confundida com algum outro tipo de lesão por movimentos repetitivos, como a Síndrome do Túnel do Carpo, que afeta o tendão que passa pelo pulso.

Enquanto fica prometendo para você mesmo que irá maneirar e fazer o devido aquecimento da próxima vez, veja as dicas na próxima seção para ajudá-lo com as dores nas juntas.


Dicas para cuidar de seus tendões


Cuide de seus tendões, e eles retribuirão com gratidão. Siga estas instruções caso sinta dores ou pequenos choques.

Coloque gelo na região - quando os tendões estão inflamados, o resfriamento pode reduzir a inflamação. Pegue uma bolsa de gelo ou enrole uma toalha fina ao redor de um saco plástico com gelo, ou um pacote fechado de ervilhas congeladas, ou um saco reutilizável com grãos de milho congelados e aplique sobre o tendão dolorido. Deixe o gelo no local por até 10 minutos, três ou quatro vezes ao dia, até que os sintomas desapareçam.

Massageadores de gelo - faça um massageador de gelo enchendo um copo de papel ou de plástico com água fria e coloque no congelador. Quando a água estiver congelada, rasgue o copo e aparecerá um gelo na forma de copo. Coloque uma toalha umedecida na região dolorida e esfregue o gelo por cima. Conforme o gelo derrete, mais água gelada escorre do gelo. Coloque seu massageador caseiro no congelador entre os usos.


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Alterne sua rotina de exercícios e dê
folga a seus músculos. Nadar é uma excelente alternativa




A aspirina pode ajudar - aspirina e ibuprofeno são dois remédios antiflamatórios vendidos em farmácias que podem aliviar a dor e a inflamação. O acetaminofeno - ou paracetamol - pode ajudar na diminuição da dor, mas não reduz a inflamação ou acelera o processo de cura.

Deixe a região levantada - se possível, mantenha o tendão lesionado elevado acima da altura do coração para ajudar a conter o inchaço.

Imobilização com faixa - uma bandagem elástica em volta do joelho, tornozelo ou pulso afetado pode ajudar a sustentar as juntas e manter o mínimo de inchaço possível. Entretanto, essa bandagem não fará bem algum se não for colocada da maneira correta e segura (mas nunca muito apertada). Leia as instruções da embalagem ou consulte um profissional da saúde, e verifique se seus dedos próximos da bandagem não estão sofrendo alterações, como pele fria ou pálida, o que indica que está muito apertado.

Imobilização com tala - alguns especialistas recomendam uma tala ao invés de bandagens pois elas são mais rígidas e ajudam a manter a região afetada em uma posição de descanso.

Considere o tratamento cruzado - partindo do princípio que a tendinite geralmente aparece devido aos movimentos constantes e repetitivos, você deve alternar entre seus exercícios preferidos e outros. Isso irá minimizar as chances de sobrecarregar um grupo de músculos, o que deixa os tendões propensos a sofrerem de tendinite. Nadar não força tanto as pernas como uma corrida faria, por isso é um bom exercício para ser alternado com corridas regulares. O treinamento cruzado pode ser tão simples quanto intercalar um dia de natação e outro de corrida. Os treinamentos cruzados permitem que você exercite diferentes tipos de músculo em dias diferentes, aumentando sua boa forma.

Fortaleça seu corpo - antes de entrar em uma rotina de exercícios, como correr ou nadar, condicione os músculos que irá precisar. Levantamento de peso é a melhor maneira de fortalecer um grupo de músculos específico como, por exemplo, os músculos da perna ou do braço, com exercícios sem ou com peso.

Faça um aquecimento antes de executar uma atividade física - para as pessoas fisicamente ativas, alongamento é sinônimo de aquecimento. Porém existem vários exercícios de aquecimento além de apenas esticar os membros e dar pequenos pulos. Antes de alongar qualquer parte do corpo, você deve fazer algum tipo de exercício aeróbico leve por alguns minutos, pois o alongamento pode fazer com que os músculos ainda "frios" fiquem com tendinite. Exercícios leves de pré-aquecimento podem ser uma pequena corrida, pular corda, fazer uma seção leve em uma bicicleta estacionária ou até mesmo uma caminhada. Se a caminhada for o exercício escolhido como principal, você pode fazer o aquecimento caminhando a uma velocidade mais baixa do que costuma andar quando se exercita. O mesmo serve para quem vai correr ou nadar.


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Faça exercícios de aquecimento, como pular corda,
para esquentar seus músculos antes da atividade física


Faça alongamentos sem causar dor - estique-se até que seus músculos estejam rígidos, mas não por muito tempo. Se doer, você está esticando mais do que devia. Faça cada movimento de alongamento de forma suave e lenta, sem contrair o músculo nem deixá-lo solto.

Faça as coisas com calma - se você está começando uma nova atividade física ou voltando a praticar uma outra que já praticava antes de sofrer de tendinite, comece com uma rotina breve e não faça muito esforço. Corra dois a três km ao invés de cinco ou seis; caminhe em lugares planos e não em terrenos acidentados; ande a uma velocidade moderada ao invés de andar o mais rápido que conseguir.

Use um tênis apropriado - hoje em dia, podemos encontrar calçados esportivos para praticamente qualquer tipo de atividade, que permitem que você possa utilizá-los sempre que possível. Se você pensa que seus tênis irão dar o suporte e amortecimento necessários durante uma corrida, você pode estar - quase completamente - enganado.

Quando for comprar um novo par de tênis para uma atividade específica, tente imaginar a quantidade de tensão que suas pernas e pés irão sofrer, e escolha os tênis que reduzam mais essa tensão. Por exemplo, para uma série de esportes que necessitem de salto ou sustentação, procure um tênis com câmaras de ar; isso irá fornecer um amortecimento extra necessário para a absorção de algum impacto que iria direto para os pés, tornozelos e joelhos Você também precisa prestar atenção em como usar seus tênis (verifique as recomendações e avisos em seus tênis).

Tipos de terreno - pessoas que correm normalmente fazem a mesma rota, correndo na mesma direção, no mesmo tipo de superfície, dia após dia. A rotina repetitiva pode causar tendinite. Quer você perceba ou não, a maioria das estradas, ruas pavimentadas, trilhas e até mesmo pistas de corrida possuem uma leve inclinação, normalmente para facilitar a drenagem da água das chuvas. Correr em superfícies mesmo com pouca inclinação provoca um peso maior de um lado do corpo do que do outro, e se você utiliza o mesmo caminho na mesma direção todas as vezes, o lado sobrecarregado nunca fica aliviado e fica propenso a sofrer tendinites.

Por esse motivo, faça um esforço para variar sua rota para prevenir que qualquer lado do seu corpo fique sobrecarregado. Se suas opções são limitadas, mudar a direção que você corre em uma trilha pode ser de grande ajuda. Mas se você puder, tente também variar as superfícies em que você anda ou corre, podendo variar entre o asfalto, pista de terra, grama e pedra britada (tente evitar superfícies muito duras ou muito macias). A variação de superfície pode não apenas ajudar a prevenir a tendinite, mas também previne cãibras deixando seu passeio mais prazeroso.

Evite a areia - embora andar e correr a beira da praia pareça uma maneira agradável de se exercitar, a areia não é uma boa superfície para essas atividades. A areia pode causar torção em seus joelhos ou tornozelos, o que pode causar tensão, deslocamento ou tendinite. O mesmo é válido para a neve.

Diminua o ritmo após exercitar-se - gaste os últimos minutos com um ritmo menos intenso, assim seu corpo poderá acalmar-se lentamente, e logo depois alongue com cuidado os músculos tensionados. E se tiver tendência a tendinite ou estiver se repuperando de uma crise de tendinite, coloque gelo para prevenir câimbras .

Tome cuidado com calçados com travas (chuteira) - jogadores de futebol, beisebol e futebol americano prestem atenção: os tendões normalmente recebem toda a força de um impacto quando você está usando um calçado com travas, que ancora o pé no chão.

Utilize joelheiras e tornozeleiras - elas ajudam a absorver o impacto e proteger estas áreas durante a prática de esportes como o vôlei, o hóquei e o futebol.



Verifique as recomendações e avisos em seus tênis


Usar o calçado certo é tão importante como usá-lo de forma adequada. Quando o cadarço estiver amarrado, seu pé deve ficar um pouco solto, mas não folgado dentro do calçado. Se seu tênis estiver muito folgado, seu corpo irá precisar de um esforço maior para manter seu pé na posição correta. E se o tênis estiver apertado demais, você não está permitindo que os pés e pernas tenham a mesma liberdade de movimento que necessitam.

Verifique também a sola na região do calcanhar. Ela ficou gasta de forma desigual? Caso tenha ficado desgastada, você precisará mais do que um novo par de tênis - irá precisar de calçados ortopédicos. Estes calçados feitos especialmente ajudam a corrigir os desvios de postura, como a pronação (seus pés tendem a pisar com a extremidade interior) ou supinação (seus pés tendem a pisar com a extremidade exterior). Usando o calçado apropriado, todo seu corpo irá trabalhar de forma apropriada quando você se exercitar, e é menos provável que sua rotina seja interrompida pela tendinite.



Não fique intimidado com a tendinite. Siga as dicas fornecidas nesse artigo e seus tendões irão continuar em forma.



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Como aliviar dores no joelho



Como aliviar dores no joelho



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Poucas pessoas realmente dão a devida importância aos joelhos, mas nós os usamos o tempo inteiro. Os joelhos são uma das articulações mais complexas e propensas a lesões do nosso corpo. Por quê?

A articulação do joelho é muito exposta e bastante vulnerável. Essencialmente, o joelho é constituído pelo osso da coxa (fêmur), que tem uma base constituída de duas saliências arredondadas (côndilos), assentados na parte superior e relativamente plana da tíbia. A patela é um osso pequeno e arredondado que fica sobre o sulco vertical entre os côndilos e dá força à articulação. Lesões no joelho devem ser avaliadas e tratadas por um médico. Veja abaixo em que situações é recomendado procurar um médico.


  • Você não suporta peso sobre o joelho.
  • Seu joelho parece deformado ou anormal.
  • Seu joelho trava ou estrala quando você o dobra.
  • Você tem dores fortes no joelho mesmo quando está em descanso.
  • Você está com o joelho perceptivelmente inchado ou avermelhado.
  • Seu joelho joelho está sensível ao toque.
  • A panturrilha sob o joelho machucado está dolorida, inchada, adormecida, dando pontadas ou com manchas.
  • O joelho ainda dói depois de dias de descanso e de remédios caseiros.

Conforme o joelho se dobra ou se estica, a patela desliza para cima e para baixo na cavidade. Um tendão prende a patela aos músculos acima e um ligamento a conecta à tíbia, abaixo. A patela age como uma roldana, aumentando a força dos músculos presos a ela.

Esse desenho complexo pode causar problemas, especialmente para a patela, que é a fonte de cerca de 20% de todos os casos de dores nos joelhos.O funcionamento correto do joelho e da patela não depende do alinhamento dos ossos, mas do alinhamento das estruturas ao seu redor.

Pense na patela como uma marionete: músculos, tendões e ligamentos. Contanto que todos os fios puxem da maneira correta, a patela move-se suavemente para frente e para trás no seu trajeto. Mas se qualquer fio distender com muita força ou sem força o suficiente, a patela é tirada do seu trajeto e não consegue mais deslizar com facilidade contra o fêmur, o que pode causar dor e até mesmo danificá-la.

Como as mulheres têm quadris maiores, o osso superior da perna delas entra no joelho em um ângulo maior, o que torce o joelho. Isto as torna mais vulneráveis a certos tipos de lesões como a condromalacia (em que a camada mais macia de cartilagem que cobre a extremidade do fêmur torna-se áspera ou rachada) e também problemas com o ligamento anterior cruzado (LAC).

Se os grandes músculos da coxa (quadríceps) estiverem rígidos devido ao desuso ou à falta de alongamento antes dos exercícios ou se estes músculos estiverem sobrecarregados, eles podem causar inflamação dos tendões do joelho (tendinite patelar). Desequilíbrios musculares, em que um grupo de músculos é mais forte que outro e distende com mais força, podem causar problemas nos joelhos também.

Enquanto os problemas no joelho podem resultar de lesões como quedas, acidentes automobilísticos, lesões atléticas ou doenças como artrite, a vasta maioria é causada pela sobrecarga do joelho durante atividades como corridas, alpinismo ou outros exercícios repetitivos de alto impacto. Músculos da perna em condições insatisfatórias também sobrecarregam os joelhos.

Contudo, se os problemas com o joelho forem o resultado de sobrecarga, falta de uso (sedentarismo) ou treinamento impróprio em vez de lesões, você pode usar as estratégias na próxima seção para melhorar e manter a saúde dos joelhos.


Estratégias para proteger os joelhos



Já que os joelhos sofrem tanto impacto dos exercícios e da vida cotidiana, é importante mantê-los saudáveis. Veja as sugestões abaixo.

Mantenha o peso ideal - consulte seu médico sobre o seu peso ideal. Estar acima do peso sobrecarrega todas as articulações do corpo, especialmente a dos joelhos, porque a cada passo você exerce uma força igual a uma vez e meia o peso do seu corpo. Quando você corre, a força é cinco vezes o seu peso. Nove, treze, dezoito quilos extras ou mais de peso corpóreo (geralmente de gordura corpórea) realmente sobrecarregam os joelhos.
Por exemplo, se estiver somente 9 quilos acima do peso e for fazer cooper, estará colocando 45 quilos de força a mais sobre os joelhos a cada passo.

Olhe para o seu pé - uma causa comum de problemas no joelho é a pronação excessiva (rotação dos pés para dentro). Um certo grau de pronação é normal, mas o excesso pode causar problemas nos joelhos porque os tira do alinhamento.
Você pode corrigir a hiperpronação com sapatos corretivos desenhados para prevenir a pronação ou com palmilhas especiais colocadas dentro dos sapatos. Você pode comprar palmilhas genéricas ou mandar fazê-las sob medida em um podólogo, quiropata ou um especialista em medicina esportiva.

Compre os sapatos corretos - use o salto mais baixo possível. O corpo pode tolerar um salto de cerca de 2 cm. Saltos mais altos jogam o corpo para a frente e sobrecarregam os joelhos. Se tiver tendência à pronação, compre um sapato que tenha dispositivos antipronação ou material de alta densidade na parte interna e material amortecedor na parte interna da sola. Procure também sapatos que tenham contrafortes duros (parte do sapato que acomoda o calcanhar) porque ajuda a estabilizá-lo.
Para esportes, compre calçados desenvolvidos para a prática: calçados de caminhada para caminhar, calçados de corrida para correr e assim por diante. Usar calçados de corrida para caminhar pode causar dores na tíbia e, em alguns casos, dores no joelho.

Substitua os calçados - freqüentemente, problemas nos joelhos são simplesmente o resultado de caminhar ou correr com sapatos que estão desgastados.

Verifique o alinhamento dos joelhos - se tiver pernas arqueadas ou os joelhos para dentro, você está mais propenso a ter problemas nos joelhos. Para verificar o alinhamento, fique de pé com seus tornozelos se tocando. Se estiver alinhado, tanto os ossos do tornozelo quanto seus joelhos devem se tocar. Se seus joelhos se tocarem, mas houver um grande espaço entre os tornozelos, você tem os joelhos para dentro. Se seus tornozelos se tocarem, mas houver espaço entre os joelhos, você tem pernas arqueadas.
Se você não estiver alinhado, atividades como natação ou ciclismo, em que os joelhos não carregam muito peso, têm menos probabilidade de causar dores do que uma corrida, por exemplo(se escolher o ciclismo, certifique-se de que o banco está na altura suficiente para que a perna esteja quase totalmente estendida quando o pedal alcançar o nível inferior, para evitar a tensão no joelho).

Não confie em joelheiras - freqüentemente vemos pessoas usando joelheiras ou ataduras compradas em farmácias. A joelheira torna você consciente do joelho e o lembra de evitar treinar excessivamente, mas não corrige ou previne problemas. Na verdade, pode dar a falsa impressão de segurança e fazê-lo a ser menos cuidadoso do que deveria. E fique atento a uma coisa: se o joelho dói o suficiente para querer atá-lo, o aconselhável é consultar um médico.

Evite atividades que possam lesionar os joelhos - flexões violentas e agachamentos podem parecer grandes aliados da boa forma, mas exigem demais dos joelhos. Ajoelhar também, especialmente sobre superfícies duras.

Não fique sentindo dores - a dor é um sinal de que algo está errado e que, se forçá-lo pode causar mais problemas. Nesse caso, procure um médico.

Troque as superfícies - se você caminha ou faz cooper na estrada, faça isso na parte mais plana (as estradas inclinam-se para baixo em direção às margens para que a água seja drenada). Se a margem da estrada for sua única opção, mude de lado com freqüência. Superfícies duras, como o concreto ou o asfalto, também podem aumentar a trepidação que os joelhos sofrem. Se possível, corra ou caminhe sobre uma superfície mais macia, como uma trilha ou uma pista de corrida. Contudo, desvie de areia macia porque pode sobrecarregar os joelhos. Descer caminhando ou correndo pode trazer problemas para os joelhos também. A tendência natural é "frear" com os joelhos quando se está descendo, o que pode sobrecarregá-los. Diminua a velocidade e, quando possível, ande em zigue-zague em vez de descer em linha reta. Se estiver com problemas nos joelhos, você deve evitar treinar em declives.

Mescle exercícios- movimentos repetitivos fortalecem alguns músculos enquanto permitem que outros se enfraqueçam com o desuso. Esta é a razão pela qual o treinamento cruzado é uma boa idéia. Quando você faz o treinamento cruzado, pratica uma variedade de atividades físicas em vez de uma única. Combine corrida ou caminhada com ciclismo, natação, aeróbica, treinamento com pesos ou quaisquer outras atividades de que goste.

Alongue e se fortaleça - para joelhos fortes e flexíveis, tente fazer estes exercícios regularmente.


  • Alongamento do tendão do jarrete: deite sobre as costas, levante a perna direita e levante a coxa com as mãos. Deixe alongar por 10 a 20 segundos. Repita de três a cinco vezes em cada perna.



  • Alongamento do quadríceps: fique de pé com a mão direita nas costas de uma cadeira. Com a mão esquerda, puxe o calcanhar esquerdo em direção à sua nádega esquerda e aponte o joelho esquerdo para o chão e deixe alongar por 10 a 20 segundos. Repita com a perna direita.



  • Alongamento da panturrilha: fique de 60 a 90 cm da parede e jogue o pé direito para frente. Mantenha a perna esquerda reta, com o calcanhar sobre o chão e mantenha a perna direita ligeiramente dobrada. Apoie-se na parede com ambas as mãos e permaneça nessa posição por 10 a 20 segundos. Repita com a perna esquerda dobrada e a direita reta.


Descanso, gelo, compressão e elevação - apesar de todos os bons conselhos, você exagerou e os joelhos doem. Descanse, coloque gelo, comprima e coloque o joelho para cima. Tire o peso do joelho. Durante as primeiras 24 horas, use uma bolsa de gelo envolta por uma toalha fina (coloque 20 minutos e retire por 20 minutos) para manter o joelho desinchado. Então envolva o joelho (não muito apertado) em uma bandagem elástica para reduzir o inchaço e mantenha o pé levantado.

Tome um antiinflamatório - aspirina pode reduzir a dor, a inflamação e o inchaço. Contudo, não use antinflamatórios se tiver úlcera, sangramento ou estômago sensível. Consulte um médico pra saber que medicamento usar.

Evite calor - gelo previne, mas o calor pode provocar o acúmulo de fluido. Nas primeiras 72 horas depois de uma lesão no joelho, quando ele ainda está provavelmente inchado, evite banheiras ou bolsas de água quente.

Massageie-o - a massagem não afeta as estruturas dos ossos do joelho, mas aumenta a circulação e consegue soltar os tendões e outros tecidos que podem estar tensionando o joelho. Se você já sente dor nos joelhos, consulte um massagista ou um fisioterapeuta, não apenas um amigo.

[SIZE=+1]Músculos fortes, joelhos fortes
[SIZE=+1]
[/SIZE][/SIZE][SIZE=-1]Freqüentemente, um desequilíbrio muscular (um músculo ou grupo de músculos é mais forte que o outro) causa problemas nos joelhos. Em outros casos, falta de flexibilidade pode contribuir para dor ou lesão no joelho. Para os joelhos trabalharem bem, os músculos ao seu redor precisam ser fortes e flexíveis. Você pode fazer isso fortalecendo e alongando tanto o quadríceps (os músculos da frente da coxa) quanto os tendões do jarrete (os músculos da parte de trás da coxa).

Enquanto descansar é importante quando se machuca o joelho, descanso demais pode contribuir para problemas. Falta de uso pode fazer os músculos enfraquecerem. Exercícios suaves, como natação podem manter os músculos tonificados mesmo quando os joelhos estiverem um pouco sensíveis. Exercícios regulares podem corrigir desequilíbrios, aumentar a flexibilidade e prevenir lesões.

Contudo, nem todos os exercícios são saudáveis para os joelhos. Evite sobrecarregá-lo com peso quando ele estiver numa posição de 90° (que é o mesmo ângulo em que ele fica quando você está sentado em uma cadeira) ou dobrado ainda mais do que isso, especialmente se tiver dor na patela. A menos que esteja sentado e vá se levantar, evite esta posição.
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Não deixe os problemas no joelho impedi-lo de fazer as coisas das quais gosta. Tome conta desta articulação desde o começo seguindo as dicas deste artigo.




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Como amenizar a bronquite





Como amenizar a bronquite



Causas da bronquite


Você achou que finalmente iria se livrar daquele resfriado, mas a tosse está pior do que nunca: você está com muito catarro e sente como se alguém tivesse passado a noite sapateando no seu peito. Provavelmente você desenvolveu bronquite aguda, uma infecção nos brônquios - principais tubos que levam o ar aos pulmões.

A bronquite aguda costuma ser causada por um vírus, freqüentemente o mesmo que causa resfriados, mas o vírus da gripe também pode ser um dos causadores. A bronquite aguda ta
mbém pode ser causada por uma bactéria ou um fungo, mas esses casos são raros.

A bronquite normalmente acontece após um resfriado ou gripe, quando a resistência está baixa e os pulmões já estão irritados. Qualquer um que esteja com a resistência baixa ou que tenha outro de tipo de irritação ou lesão dos pulmões, especialmente decorrentes da exposição à fumaça de cigarro ou outros gases tóxicos, está correndo um risco maior de desenvolver bronquite. E os vírus que causam a bronquite são transmitidos da mesma maneira que os vírus do resfriado e da gripe: partículas do vírus espalhadas pelo ar através da tosse de uma pessoa infectada, ou transmitidas através de apertos de mão.

O vírus ataca as paredes internas dos brônquios, que incham e produzem uma quantidade muito maior de muco denso amarelo ou verde (os dutos costumam produzir 28 gramas por dia de muco fino claro ou branco, que ajuda a aprisionar e remover partículas estranhas). A irritação dos pulmões e o muco disparam uma tosse gutural e persistente, marca registrada da bronquite aguda.

Também podemos sentir a garganta irritada (devido à tosse), queimação ou dor logo abaixo do osso esterno, uma sensação de aperto no peito, dificuldades na respiração ou falta de ar, e/ou uma sensação de "chiado" nos pulmões e no peito. Em alguns casos podem ocorrer febre baixa, calafrios e desconforto. A irritação causada pelo vírus, por sua vez, deixa o trato respiratório vulnerável a outras complicações, como a pneumonia.

Se você sofrer de asma, alergia, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ou qualquer outra doença respiratória ou problema cardíaco sério, será necessário entrar em contato com o seu médico. Se aparecerem sintomas da bronquite em crianças, idosos ou qualquer um com o sistema imunológico debilitado, o médico deverá ser procurado.

No entanto, se você for saudável, vai ter que deixar a infecção completar o seu ciclo de vida. Especialmente porque os antibióticos são inúteis contra infecções virais. Felizmente, a bronquite cstuma desaparecer sozinha dentro em até uma semana, apesar da tosse poder persistir por semanas ou meses.

Mas isso não significa que você tenha que ficar na cama esperando que seu corpo derrote o vírus. Neste artigo, descobriremos as maneiras de auxiliar o organismo a se curar de uma infecção dos brônquios e amenizar os sintomas desse mal. Vá para a próxima seção para aprender algumas dicas sobre como aliviar a congestão e a tosse características da bronquite.



Dicas básicas


Até que o seu organismo tenha se livrado da infecção dos brônquios, há algumas coisas que podem ser feitas para diminuir o desconforto e ajudar o seu corpo a se curar:

Deixe o ambiente úmido - acredite ou não, tossir faz bem. É o jeito que seu corpo encontrou para eliminar a infecção que causa a bronquite. Então, em vez de sufocar a tosse com um remédio supressor sem receita, ajude-a ao usar um umidificador de ar quente ou frio (lembre-se de usar e limpar o umidificador de acordo com as instruções do fabricante). A umidade acrescentada vai ajudar a expelir o catarro. Ficar em um chuveiro com muito vapor mantendo a porta do banheiro fechada ou deixar uma panela de água fervente no fogão também pode ajudar a soltar o catarro.


Beba muito líquido - ingerir uma quantidade extra de líquidos ajuda a manter o catarro mais fluido e, conseqüentemente, mais fácil de ser expelido. O tipo de líquido que você bebe não é tão importante, apesar de chá, sopa e outros líquidos quentes trazerem uma sensação melhor do que os frios. Líquidos quentes também aliviam a irritação da garganta, que ocorre devido à tosse.

Gargareje com água salgada morna - isso pode fornecer uma dose dupla de alívio ao acalmar a inflamação e eliminar parte do muco que pode estar revestindo e irritando as tão sensíveis membranas da garganta. Só precisamos de uma colher de chá de sal em um copo de água morna. Sal demais queima a garganta, e pouco sal não tem efeito. Gargareje sempre que necessário, mas certifique-se de cuspir a água salgada após gargarejar.

Descanse, descanse, descanse - pode ser difícil ficar parado muito tempo, mas ficar andando por aí com bronquite só vai fazer com que você se sinta pior e irá diminuir a habilidade do seu corpo em lutar contra a infecção, portanto, vai ter que pegar leve.



Tome aspirina ou ibuprofeno para aliviar a dor no peito - se um ataque de bronquite produzir dor muscular no peito, estes anti-inflamatórios podem aliviar um pouco. O paracetamol não possui efeito anti-inflamatório e pode não ser tão útil (devido ao risco de contrair a Síndrome de Reye, não dê aspirina a crianças. Em vez disso, use o paracetamol).


Remédios para a tosse são o último recurso - lembre-se de que a tosse é a maneira que seu corpo encontrou para se livrar da infecção. Procure manter as passagens de ar livres. Os melhores remédios para tratar a tosse causada pela bronquite contêm guaifenesina, que ajuda a transportar o catarro para fora do corpo. Mas se você já está no limite da sua paciência e não consegue agüentar mais nem um minuto de tosse, principalmente se ela não lhe deixa dormir o necessário para se recuperar, experimente um remédio que evita a tosse, o supressor dextrometorfano.

Mas tome somente quando realmente necessário. Produtos combinados geralmente devem ser evitados: descongestionantes, anti-histamínicos e álcool (ingredientes comuns em produtos combinados) tornam ineficaz o tratamento da tosse e podem aumentar o desconforto ao causar efeitos colaterais. A maior parte das pastilhas para tosse age como demulcente na garganta, ou seja, suas propriedades aliviadoras devem-se, em grande parte, ao açúcar que contêm.

Olho vivo nas complicações - embora deixar a natureza agir seja o melhor tratamento para a bronquite aguda, podem ocorrer complicações. Por isso, fique de olho nos sinais que indicam a hora de consultar o seu médico. Fique alerta à pneumonia, sinusite e otite, pois todas elas precisam ser tratadas com antibióticos receitados por seu médico.

Os sinais de que uma ou mais dessas complicações podem estar presentes incluem febre alta persistente (diferente daquela característica da bronquite), forte falta de ar, crises de tosse prolongada ou tosse que dura mais de quatro a seis semanas, dor aguda no peito, dor por trás dos olhos, ou dor de ouvido.

Confira se há sangue no seu catarro ou se há mudanças drásticas na cor e consistência desse catarro e informe o seu médico sobre isso. Além disso, informe se você tiver crises freqüentes de bronquite, já que isso pode significar um problema respiratório mais sério que precisa de tratamento médico.

A bronquite ocasiona dores fortes, mas seguir os passos que mostramos vai facilitar a sua vida enquanto o seu corpo elimina a infecção.




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Como as fraturas são consertadas?





Como as fraturas são consertadas?



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Seu corpo trabalha arduamente para recuperar um osso quebrado, desde o momento da fratura.


Se você enfrenta problemas com o motor do carro, você o leva ao mecânico. Caso o problema seja o encanamento, você chama o encanador. E se você fratura uma perna, a ação natural é visitar um médico. Mas ao contrário de outras coisas que podem ser quebradas na vida, os ossos começam por conta própria o seu conserto antes mesmo de você chegar à sala de espera.

O corpo humano possui uma espantosa capacidade de se auto-consertar, que permite que ele se recupere de uma série de doenças e lesões. Ocasionalmente, as fraturas podem ser consertadas de maneira tão perfeita que, em poucos meses, nem mesmo um raio-x é capaz de detectar a linha original da fratura.

Os médicos muitas vezes desempenham papel vital no processo de cura dos ossos, mas o que esses especialistas fazem é basicamente ajudar no processo natural de cura, oferecendo condições para o conserto e a recuperação desses ossos. O resto do trabalho cabe às células do paciente.

Mas como funciona esse notável processo biológico? Como pode um membro fraturado recuperar a força que tinha originalmente? Para compreender, primeiramente é preciso observar mais de perto do que são feitos os ossos.


[SIZE=+1]Tipos de fraturas[/SIZE][SIZE=-1]
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[SIZE=-1]Quando se trata de ossos quebrados, a lesão mais simples que se pode esperar é a fratura simples ou fechada, sem desvio do osso ou perfuração da pele. Como o nome indica, o osso se quebra de maneira simples, em um lugar apenas, sem trauma adicional. Outros tipos de lesões podem não ser tão fáceis de ser reparadas.[/SIZE]



  • [SIZE=-1]Fratura exposta - o osso quebrado perfura a pele. [/SIZE]

  • [SIZE=-1]Fratura impactada - uma ponta do osso fraturado é empurrada contra outra. [/SIZE]

  • [SIZE=-1]Fratura cominutiva - parte do osso se estilhaça em fragmentos. [/SIZE]

  • [SIZE=-1]Fratura parcial - o osso se dobra e racha, mas sem quebrar. [/SIZE]

  • [SIZE=-1]Fratura por avulsão - uma poderosa contração muscular separa o tendão do osso, forçando uma fratura. [/SIZE]
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Fratura patológica
- ossos enfraquecidos por uma doença se quebram mesmo diante de impactos fracos. [/SIZE]





O processo de reparação dos ossos




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Quando um osso se quebra, o corpo já tem um plano sobre como consertá-lo.



É fácil pensar nos ossos como matéria sólida e morta, sobre a qual repousam tecidos vivos, mas o esqueleto é parte tão viva do organismo quanto os tecidos ou os órgãos. O corpo armazena minerais nos ossos compactos, produz glóbulos vermelhos na medula óssea vermelha e armazena gordura na medula óssea amarela.

É importante lembrar que os ossos estão constantemente mudando. Células conhecidas como osteoclastos constantemente dissolvem os ossos velhos, de modo que os osteoblastos possam substituí-los por novo tecido ósseo - um processo conhecido como remodelamento ósseo.

Um outro tipo de célula, conhecido como condroblasto, forma novas cartilagens. Essas são as três células primordialmente responsáveis pelo crescimento dos ossos - e não só pelo crescimento ósseo que as pessoas experimentam no começo da vida. Esse constante remodelamento de ossos gradualmente substitui o tecido ósseo antigo por tecido novo, ao longo de meses.



[SIZE=+1]Os riscos para os ossos[/SIZE][SIZE=-1]

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Você corre o risco de quebrar um osso? A Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos relata que homens com menos de 45 anos experimentam os maiores riscos de fratura, e que mulheres na menopausa e acima dos 45 anos sofrem o maior número de fraturas. O rádio, um osso do pulso, é o que mais costuma quebrar, pelo menos entre as pessoas com menos de 75 anos. Entre os idosos, fraturas de bacia são muito mais comuns.

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Quase imediatamente depois da quebra, o corpo começa a tentar corrigir o problema. Os médicos costumam dividir o processo em quatro fases.


  1. Quando um osso se quebra, a fissura também rompe os vasos sangüíneos que percorrem todo o comprimento do osso. O sangue vaza dessas veias e rapidamente forma um coágulo chamado de hematoma no local da fratura. Isso ajuda a estabilizar o osso e a manter as duas partes alinhadas para a cura. O coágulo também interrompe o fluxo de sangue para extremidades partidas dos ossos. Sem receber sangue, essas células ósseas rapidamente morrem. Seguem-se inchaço e inflamação, devido ao trabalho das células que estão removendo tecidos mortos e danificados. Pequenos vasos sangüíneos se estendem até o hematoma sobre a fratura a fim de alimentar o processo de cura.
  2. Depois de diversos dias, o hematoma sobre a fratura se transforma em um tecido mais duro que forma o calo mole. Células conhecidas como fibroblastos começam a produzir fibras de colágeno, a mais importante proteína dos ossos e do tecido conectivo. Depois, os condroblastos começam a produzir um tipo de cartilagem conhecida como fibrocartilagem, que transforma o calo em um calo fibrocartilaginoso, mais duro. Esse novo calo preenche o espaço entre as partes fraturadas do osso, e dura aproximadamente três semanas.
  3. Em seguida, os osteoblastos começam a produzir células ósseas, formando o calo ósseo. Essa cobertura rígida dura de três a quatro meses e oferece a proteção e a estabilidade necessárias para que o osso entre em seu estágio final de cura.
  4. A essa altura, o corpo estabeleceu a posição do osso dentro dos músculos, começou a reabsorver porções mortas de osso e criou um calo duro para ocupar o espaço entre as duas porções do osso fraturado. Mas esse tecido ainda precisa de muito trabalho antes que o osso possa absorver a carga costumeira de peso. Osteoclastos e osteoblastos passam meses remodelando o osso e substituindo o calo ósseo por matéria óssea compacta, de maior dureza. Essas células também reduzem o volume do calo ósseo e devolvem o osso ao seu formato original. A circulação sangüínea no osso melhora e o influxo de nutrientes que ajudam a reforçar os ossos, como o cálcio e o fósforo, dão maior resistência ao osso.

Mas mesmo no mais simples dos casos, as fraturas requerem atenção médica para que a cura seja a mais segura possível. Será que Humpty Dumpty precisava apenas da ajuda de um ortopedista (em inglês) de talento? Na próxima página, aprenda como os médicos podem ajudar no conserto das fraturas.


Tratamentos médicos para ossos quebrados

Diversas complicações podem ocorrer em casos de fratura, dependendo do osso, da gravidade da fratura e da idade da pessoa. Crianças são suscetíveis a outras formas de fratura, mas seus ossos tendem a se curar de maneira mais rápida e mais completa que os dos adultos.



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Dois cirurgiões examinam raio-x de perna quebrada

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A infecção representa um risco em qualquer caso de fratura exposta, já que a ruptura da pele permite que germes penetrem no local da fratura. Costelas quebradas podem perfurar órgãos internos e o processo de reconstrução do osso pode, inadvertidamente, prejudicar outros órgãos ou tecidos.

Na síndrome compartimental, o músculo lesionado por uma fratura incha a ponto de impedir que oxigênio entre no tecido, por compressão dos vasos que transportam sangue. Sem oxigênio suficiente, o tecido muscular pode continuar inchando até que lesões graves com morte de uma parte ou de todo o músculos aconteçam.

A fratura de um osso, especialmente do fêmur em pessoas idosas leva à imobilidade, e ela, por sua vez, pode levar à formação de trombos também chamados de coágulos. Por exemplo, pode-se formar um coágulo quando o sangue que circula em uma perna que ficou imobilizada em um paciente com fratura de fêmur coagular. A movimentação da perna faz com que o sangue volte mais rápido para o coração.

A ausência de movimentação faz o sangue andar mais devagar e há risco de formação de coágulos. Se uma parte desse coágulo se desprender, ela pode seguir pela veia cava até o coração e atingir o pulmão. No pulmão, o coágulo impede que o sangue venoso receba o oxigênio.

Esse processo recebe o nome de embolia de pulmão. O êmbolo é o pedaço de coágulo que se desprende e viaja pelo sangue até o pulmão. É um problema bastante comum em casos de fraturas da pélvis e da bacia e responde por cerca de 1/3 do total de mortes causadas por fraturas de bacia.

Com todas essas possibilidades em mente, um médico aborda uma possível fratura seguindo diversas etapas que garantem uma recuperaçãocompleta do osso.



  • Diagnóstico - o primeiro passo envolve a definição pelo médico da ocorrência ou não de uma fratura. Caso tenha ocorrido, ele precisa determinar a gravidade do caso. Para isso, ele realiza uma radiografia da área lesada.


  • Tratamento inicial - a fratura limita a mobilidade e causa muita dor. O tratamento pode começar com a remoção do paciente a um hospital, de maneira a minorar seu sofrimento. Além disso, quaisquer ferimentos abertos devem ser fechados cirurgicamente, após ampla limpeza, o mais rápido possível.


  • Imobilização - da mesma maneira que o corpo faz sua parte para alinhar os ossos quebrados e limitar sua movimentação, o médico deve garantir o alinhamento correto, e também imobilizar a área afetada com gesso, uma tipóia, faixas ou uma armação metálica. Como a fratura pode requerer alinhamento adicional, o paciente pode necessitar de anestesia local ou até mesmo de anestesia completa, para atenuar a dor durante o processo de realinhamento do osso chamado de redução da fratura.


  • Tração - a simples imobilização nem sempre basta para garantir que os ossos sejam curados devidamente. Em caso de fraturas mais complexas, um sistema de pesos, polias e roldanas traciona os osso fraturados o tempo todo para manter o seu alinhamento.


  • Cirurgia - a maioria das fraturas pode ser tratada sem cirurgia, mas algumas lesões precisam ser resolvidas cirurgicamente para que os ossos possam ser consertados da forma correta. Algumas vezes, os médicos terão que fazer cirurgias a fim de remover materiais estranhos ou fragmentos ósseos. A melhor maneira de estabilizar certas fraturas é alinhar os ossos por meio de varinhas metálicas, parafusos e pinos. Algumas fraturas, como as de bacia e as que atingem algumas articulações, tem que ser corrigidas com a instalação de próteses que são substitutos artificiais .


  • Reabilitação - a mesma imobilização que garante o conserto do osso quebrado também deixa os músculos adjacentes à fratura com pouco a fazer. Isso gera perda de massa muscular, de força e de flexibilidade. Rotinas especiais de exercícios permitem que as pessoas reabilitem gradualmente a sua musculatura, sem risco de causar nova lesão.




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