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Controlar a progressão da doença

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Controlar a progressão da doença

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Novo tratamento para cancro do pulmão aumenta Os doentes com cancro do pulmão em estado avançado poderão sobreviver mais tempo quando é associada à quimioterapia uma nova molécula chamada cetuximab, conclui um estudo realizado com pacientes em Portugal.
O novo tratamento permitiu "reduzir o tumor e controlar a progressão da doença", segundo o estudo realizado com 48 pacientes, entre 2006 e 2008, sob a coordenação do director de Pneumologia do Centro Hospitalar de Coimbra (CHC), Fernando Barata.
Dos pacientes que se submeteram ao estudo, promovido pelo Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão, 35,4 por cento apresentaram "significativas reduções do tumor" sem aparecimento de novas lesões e em 41,7 por cento a doença estabilizou.
Quanto ao tempo de vida dosdoentes, verificou-se um aumento entre dois a quatro meses.
"Este estudo veio demonstrar que a junção desta molécula à quimioterapia clássica trouxe uma mais-valia que é fundamental para aumentar a sobrevivência bem como a qualidade de vida dos doentes", disse hoje o pneumologista à agência Lusa.
Um aspecto curioso que surgiu no decorrer do estudo é o facto de os doentes que nas primeiras semanas de tratamento apresentaram um "rash cutâneo" sobreviverem mais tempo do que aqueles que tinham sido afectados por esse efeito secundário do fármaco.
"O rash cutâneo, uma espécie de borbulhas, fundamentalmente na cara e peito, foi um achado nosso, posteriormente confirmado por investigadores europeus e que continua em estudo", afirmou o especialista.
Os doentes que manifestaram rash cutâneo nas primeiras três semanas da terapêutica tiveram uma sobrevida global de 16 meses, contra os seis mees de vida dos que não apresentaram o rash cutâneo.
"Aparentemente, o rash cutâneo poderá traduzir que o fármaco está a ser efiaz, que o organismo está a responder", afirmou Fernando Barata, considerando "um facto extraordinário os doentes terem uma sobrevida de 15 a 16 meses, quando a média, sem a nova terapêutica, é de oito meses".
O especialista, que preside ao Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão, refere que o cancro do pulmão mata em Portugal entre três mil a 3.500 pessoas por ano e tem uma prevalência de 28 casos por cada cem mil habitantes.
Os resultados do estudo "Coimbra" estiveram em destaque no maior congresso mundial de Pneumologia, em Agosto, nos Estados Unidos, e serão compilados para que o novo fármaco seja submetido às autoridades europeias e ao INFARMED, em Portugal.

Fonte:Correio dos
Açores

 
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