Cordão umbilical: quando deixa de ser preciso

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Para "desligar" o bebé da mãe, o médico coloca uma pinça no cordão umbilical e outra a poucos centímetros de distância e corta entre elas.
Há alguns anos, o obstetra colocava o bebé que acabava de nascer em cima do corpo materno e aguardava que o cordão parasse de pulsar para fazer o corte.

Actualmente, a tendência é realizar logo o corte e entregar a criança rapidamente ao pediatra, que trata de garantir a sua respiração, removendo os líquidos que podem dificultar a passagem do ar nas vias aéreas.

É nesta altura que os pulmões do bebé começam a funcionar. Os vasos sanguíneos ligados ao cordão umbilical deixam de ser utilizados e o sangue inaugura um novo percurso no corpinho do bebé.

"Esperar que os batimentos cardíacos diminuam para cortar o cordão não traz benefícios e pode atrazar o atendimento", alerta a especialista.

Para "desligar" o bebé da mãe, o médico coloca uma pinça no cordão umbilical e outra a poucos centímetros de distância e corta entre elas. As pinças impedem emorragias de ambos os lados.

O bebé não sangra pelo pedaço do cordão que continua ligado ao seu corpo, nem a mãe perde sangue pela parte presa à placenta.

O pediatra completa o serviço: põe um clipe em plástico, esterilizado, no cordão, a 2 cm do abdómen do bebé e corta o restante.

"Esse clipe não é colocado rente à pele porque dificultaria a limpeza do coto", explica Marisa Sassaki.

O pedacinho de cordão que sobra tende a secar, porque o sangue deixou de passar por ali. Escurece e, um ou dois dias depois, adquire a aparência de ameixa seca, quando o clipe é retirado. Portanto, muitos bebés saem da maternidade sem ele.

Quando demora mais a secar, o clipe é mantido e cai junto com o coto, de 7 a 15 dias após o nascimento.

cuidados em casa

O principal cuidado é manter a área seca e limpar o local em que o coto se insere na pele.
A higienização bem feita acelera a queda do coto. O principal cuidado é manter a área seca e limpar o local em que o coto se insere na pele.

"Humedeça um cotonete em álcool a 70%, segure o coto, levante-o sem puxar e passe o cotonete ao redor" ensina a enfermeira-obstetra Márcia Regina da Silva.

"Use pouco álcool, para que evapore logo. Se molhar muito, seque a área com uma gaze. Não tenha receio de manipular esse tecido que está a secar, pois o bebé não sente dor. O cordão umbilical não possui nervos, tanto é que o obstetra faz o corte sem anestesia."

"O recém-nascido chora porque o álcool está frio", explica Marisa Sassaki. Mas nada de o aquecer. O álcool é inflamável e pode provocar um acidente grave.

Certifique-se de que as suas mãos não estão frias, o que também pode trazer desconforto à criança.

A limpeza deve ser feita, no mínimo, três vezes por dia, duas nas mudas de fralda e uma após o banho.

Se o umbigo juntar muitas secreções, pode ser limpo a cada troca de fralda. Lembre-se, porém, de limpar primeiro o umbiguinho e depois os genitais, para afastar o perigo de contaminar o coto com as mãos sujas de fezes.

E por falar em banho, não é preciso esperar a queda do coto para lavar o bebé. O umbigo pode-se molhar, sem risco de problemas, como temem algumas mães.

Coloque o seu filho na banheira, lave-lhe o corpo com água e sabão, depois seque com uma toalha e limpe o coto do cordão com o álcool.
 
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