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Uma mulher de León, em Espanha, decidiu cortar os cabos de fibra ótica que percorriam a fachada da sua casa, deixando a sua vizinhança sem internet.
Segundo o meio local Leonoticias, mais de 15 pessoas ficaram sem telecomunicações no Los Barrios de Gordón, durante vários dias devido a um conflito que já obrigou uma mulher a ter que abandonar a localidade.
Segundo os mesmos, tudo terá começado há cerca de 3 anos, quando a mulher deu autorização para que a empresa colocasse na sua fachada uma caixa de conexões. Porém, depois de ter dado o consentimento, a mulher, "agora, impede que os técnicos trabalhem junto à sua fachada para colocar novas linhas".
"Quando instalaram a fibra, não houve nenhum problema", recorda Santiago Gutiérrez, um dos moradores afetado. "Porém, há meio ano, sempre que alguém vai ligar ou reparar uma avaria, não deixa o técnico subir. Há alguns dias, apareceram alguns cabos cortados e, desde então, vários de nós ficámos sem internet", acrescenta.
Mulher teve que sair de casa
O programa de TV espanhol 'Vamo a ver' deslocou-se até ao local para perceber como vive esta comunidade após o sucedido.
Isidro, que trabalha de forma independente, diz que se mudou para esta localidade a partir do momento em que começou a exercer a sua atividade profissional em regime de teletrabalho. Algo que teve de deixar de fazer após a 'maldade' da sua vizinha.
"A minha atividade depende de uma conexão de internet. Não poder trabalhar significa não poder ganhar dinheiro", afirmou o homem, que não é o único a sofrer sequelas da situação.
Maria José, por exemplo, revela que a mãe vive com um alarme de emergência ligado à rede e que, devido ao corte dos cabos, teve de se deslocar para León. "Ela quer ficar em casa, mas sem o alarme não pode ficar sozinha", dá conta.
A mulher seria acompanhada pela família através de um sistema de videovigilância, que agora não funciona.
Solução sem fim à vista
A explicação para o sucedido ainda não está dada como certa, mas segundo acreditam os vizinhos, em causa está uma disputa judicial entre a vizinha e a operadora de telecomunicações.
A mulher impede que qualquer técnico faça trabalhos junto da sua fachada, pelo que não conseguem resolver a situação para recuperar as suas comunicações.
Os vizinhos dizem entender o ponto de vista e a revolta da mulher, mas lembram que não podem ser prejudicados por essa mesma guerra.
Entretanto, o autarca local, desafiado a comentar o caso, diz que se trata de "um tema bastante delicado" e que demorará "tempo até que seja encontrada uma solução".
"Estamos há algum tempo a tentar gerar isto da melhor maneira. Não nos podemos precipitar porque se trata de uma vivenda particular e de uma empresa que não depende de nós", afirma Santiago Antonio García Arias.
Os moradores, por seu turno, recordam que "somos muitos a depender desta conexão".
"A fibra foi instalada para facilitar a vida aqui e agora o que está a acontecer é precisamente contrário", lamentam.
IN:NM