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A dengue é uma das principais doenças transmitidas por mosquito no mundo e um problema gravíssimo especialmente em países tropicais como o Brasil, onde o clima e os hábitos urbanos oferecem condições óptimas para o desenvolvimento e proliferação do mosquito transmissor, o Aedes aegypti. Em algumas zonas do Brasil recebe o nome de "febre quebra-ossos".
É transmitida por mosquitos dos géneros Aedes ou menos frequentemente Stegomyia, em climas ou estações quentes. Existe endemicamente em África, Ásia tropical, regiões tropicais límitrofes do Pacífico, Caraíbas e América do Sul, incluindo Brasil. Existem quatro tipos de vírus conhecidos : 1, 2, 3 e 4.
A dengue é transmitida através da picada de uma fêmea contaminada do Aedes aegypti, pois o macho alimenta-se apenas de seiva de plantas. Um único mosquito destes pode contaminar até 300 pessoas, durante a sua vida (400 dias).
O reservatório da infecção são os macacos, mas os seres humanos também podem transmitir o vírus aos mosquitos que o passam a outros seres humanos.
Imunologia
Na primeira vez em que uma pessoa é contagiada por qualquer dos quatro tipos de vírus, adquire a dengue clássica e nunca mais voltará a ter dengue daquele mesmo tipo de vírus. Se infectada por outro dos três restantes tipos de vírus, pode apresentar o quadro de dengue hemorrágica.
A classificação 1, 2, 3 ou 4 não tem qualquer relação com a gravidade da doença, diz respeito à ordem da descoberta dos vírus.
Cerca de 90% dos casos de dengue hemorrágica ocorre em pessoas anteriormente contaminadas por um dos quatro tipos de vírus. Todavia, aproximadamente 10% dos pacientes apresenta esse quadro já na primeira contaminação.
Progressão e sintomas
O período de incubação é de três a quinze dias após a picada. Dissemina-se pelo sangue (viremia). Os sintomas iniciais são inespecíficos como febre baixa (frequentemente vai a menos de 35ºC) de ínicio abrupto, mal-estar, pouco apetite, dores de cabeça e musculares e por vezes sangramento fácil dos olhos e nariz.
Mais tarde pode provocar hemorragias internas e coagulação intravascular disseminada, com danos e enfartes em vários órgãos, que são potencialmente mortais. Ocorre frequentemente também hepatite e por vezes choque mortal devido às hemorragias abundantes para cavidades internas do corpo. Há ainda exantemas cutâneos típicos (manchas vermelhas na pele), e dores agudas das costas (origem do nome, doença “quebra-ossos”).
A síndrome de choque hemorrágico da dengue ocorre quando pessoas imunes a um sorotipo devido a infecção passada já resolvida viajam e são infectadas por outro sorotipo. Os anticorpos produzidos não são suficientemente específicos para neutralizar o novo sorotipo, mas ligam-se aos virions formando complexos que causam danos endoteliais, produzindo hemorragias mais perigosas que as da infecção inicial.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico normalmente é feito por IVIS, isolamento viral através de inoculação de soro sanguíneo em culturas celulares, ou por morologia.
As pessoas que residem em áreas endémicas e têm sintomas como febre alta devem consultar um médico para fazer análises. É aconselhável ficar em repouso e beber líquidos. É importante evitar a automedicação, porque pode ser perigosa, usando apenas a prescrição médica.
Não é aconselhável usar remédios à base de ácido acetilsalicílico (AAS), como aspirina ou outros AINEs, porque facilitam a hemorragia. Caso o nível de plaquetas desça abaixo do nivel funcional mínimo (trombocitopenia), justifica-se a transfusão destes elementos.
Recentemente, cientistas da UNESP de São José do Rio Preto - Estado de São Paulo, descobriram que a larva do mosquito da Dengue pode ser combatida através de borra de café, já utilizada. Use duas colheres dessa borra para cada meio copo d'água. Apenas 500 microgramas são necessários para matar a larva do mosquito transmissor.
Prevenção
O controlo é feito basicamente através do combate ao mosquito vetor, principalmente na fase madura do insecto. Deve evitar-se a acumulação de água em possíveis locais de desova dos mosquitos. Quanto à prevenção individual da doença, aconselha-se o uso de telas nas janelas, além do uso de repelentes.
É importante tratar todos os lugares onde se encontram as fases imaturas do insecto, neste caso a água. O mosquito da dengue coloca oss ovos em lugares com água parada (limpa). Embora na fase larvar os insectos vivam na água, os ovos são depositados pela mãe na parede dos recipientes, aguardando a subida do nível da água para eclodirem.
Um dos principais problemas no combate ao mosquito é localizá-lo. Actualmente, o Ministério da Saúde Brasileiro utiliza o Índice Larvário, um método antigo, do início do século XX, cujas informações são pouco fiáveis e demoradas.
Recentemente, cientistas da Universidade Federal de Minas Gerais desenvolveram um método de monitoramento do mosquito utilizando armadilhas, produtos atraentes, computadores portáteis e mapas georeferenciados. O sistema, chamado MI Dengue, permite localizar rapidamente a população de mosquitos nas áreas urbanas, permitindo acções de combate apenas nos locais afectados, com aumento da eficiência e economia de recursos.
É transmitida por mosquitos dos géneros Aedes ou menos frequentemente Stegomyia, em climas ou estações quentes. Existe endemicamente em África, Ásia tropical, regiões tropicais límitrofes do Pacífico, Caraíbas e América do Sul, incluindo Brasil. Existem quatro tipos de vírus conhecidos : 1, 2, 3 e 4.
A dengue é transmitida através da picada de uma fêmea contaminada do Aedes aegypti, pois o macho alimenta-se apenas de seiva de plantas. Um único mosquito destes pode contaminar até 300 pessoas, durante a sua vida (400 dias).
O reservatório da infecção são os macacos, mas os seres humanos também podem transmitir o vírus aos mosquitos que o passam a outros seres humanos.
Imunologia
Na primeira vez em que uma pessoa é contagiada por qualquer dos quatro tipos de vírus, adquire a dengue clássica e nunca mais voltará a ter dengue daquele mesmo tipo de vírus. Se infectada por outro dos três restantes tipos de vírus, pode apresentar o quadro de dengue hemorrágica.
A classificação 1, 2, 3 ou 4 não tem qualquer relação com a gravidade da doença, diz respeito à ordem da descoberta dos vírus.
Cerca de 90% dos casos de dengue hemorrágica ocorre em pessoas anteriormente contaminadas por um dos quatro tipos de vírus. Todavia, aproximadamente 10% dos pacientes apresenta esse quadro já na primeira contaminação.
Progressão e sintomas
O período de incubação é de três a quinze dias após a picada. Dissemina-se pelo sangue (viremia). Os sintomas iniciais são inespecíficos como febre baixa (frequentemente vai a menos de 35ºC) de ínicio abrupto, mal-estar, pouco apetite, dores de cabeça e musculares e por vezes sangramento fácil dos olhos e nariz.
Mais tarde pode provocar hemorragias internas e coagulação intravascular disseminada, com danos e enfartes em vários órgãos, que são potencialmente mortais. Ocorre frequentemente também hepatite e por vezes choque mortal devido às hemorragias abundantes para cavidades internas do corpo. Há ainda exantemas cutâneos típicos (manchas vermelhas na pele), e dores agudas das costas (origem do nome, doença “quebra-ossos”).
A síndrome de choque hemorrágico da dengue ocorre quando pessoas imunes a um sorotipo devido a infecção passada já resolvida viajam e são infectadas por outro sorotipo. Os anticorpos produzidos não são suficientemente específicos para neutralizar o novo sorotipo, mas ligam-se aos virions formando complexos que causam danos endoteliais, produzindo hemorragias mais perigosas que as da infecção inicial.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico normalmente é feito por IVIS, isolamento viral através de inoculação de soro sanguíneo em culturas celulares, ou por morologia.
As pessoas que residem em áreas endémicas e têm sintomas como febre alta devem consultar um médico para fazer análises. É aconselhável ficar em repouso e beber líquidos. É importante evitar a automedicação, porque pode ser perigosa, usando apenas a prescrição médica.
Não é aconselhável usar remédios à base de ácido acetilsalicílico (AAS), como aspirina ou outros AINEs, porque facilitam a hemorragia. Caso o nível de plaquetas desça abaixo do nivel funcional mínimo (trombocitopenia), justifica-se a transfusão destes elementos.
Recentemente, cientistas da UNESP de São José do Rio Preto - Estado de São Paulo, descobriram que a larva do mosquito da Dengue pode ser combatida através de borra de café, já utilizada. Use duas colheres dessa borra para cada meio copo d'água. Apenas 500 microgramas são necessários para matar a larva do mosquito transmissor.
Prevenção
O controlo é feito basicamente através do combate ao mosquito vetor, principalmente na fase madura do insecto. Deve evitar-se a acumulação de água em possíveis locais de desova dos mosquitos. Quanto à prevenção individual da doença, aconselha-se o uso de telas nas janelas, além do uso de repelentes.
É importante tratar todos os lugares onde se encontram as fases imaturas do insecto, neste caso a água. O mosquito da dengue coloca oss ovos em lugares com água parada (limpa). Embora na fase larvar os insectos vivam na água, os ovos são depositados pela mãe na parede dos recipientes, aguardando a subida do nível da água para eclodirem.
Um dos principais problemas no combate ao mosquito é localizá-lo. Actualmente, o Ministério da Saúde Brasileiro utiliza o Índice Larvário, um método antigo, do início do século XX, cujas informações são pouco fiáveis e demoradas.
Recentemente, cientistas da Universidade Federal de Minas Gerais desenvolveram um método de monitoramento do mosquito utilizando armadilhas, produtos atraentes, computadores portáteis e mapas georeferenciados. O sistema, chamado MI Dengue, permite localizar rapidamente a população de mosquitos nas áreas urbanas, permitindo acções de combate apenas nos locais afectados, com aumento da eficiência e economia de recursos.