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Descoberta de substância tóxica reduz possibilidades de vida em Marte
LOS ANGELES - A sonda Phoenix Mars Lander pode ter encontrado perclorato, uma substância potencialmente tóxica usada no combustível espacial, nas amostras de solo recolhidas em Marte, disseram cientistas da Nasa na segunda-feira.
O anúncio da Nasa representa um verdadeiro balde de água fria para a agência espacial americana, depois que, na quinta-feira passada, foi confirmada a existência de água em Marte. No entanto, os responsáveis da missão preferem manter a calma e esperar mais testes para determinar se o perclorato realmente é um componente do solo marciano ou não.
A agência espacial ainda vai realizar novos testes para confirmar a presença do material, mas descartou a contaminação da sonda.
" Novas provas revelaram aspectos na química do solo de Marte que não se parecem com os da superfície terrestre "
- As análises iniciais sugeriam que o solo de Marte se parecia com o da Terra, mas novas provas revelaram aspectos na sua química que não se parecem com os da superfície terrestre - disse Peter Smith, cientista-chefe da Phoenix. - É surpreendente, já que uma medição anterior (do equipamento chamado Analisador Termal e Gás-Evoluído) do material na superfície não era conclusivo a respeito da presença do perclorato.
A Nasa evitou dizer que a presença do perclorato impediria a vida, embora seja sabido que essa substância oxidante é nociva aos humanos sobre certas circunstâncias. Sua presença no solo pode sugerir um ambiente menos hospitaleiro do que os cientistas pensavam.
- Estamos comprometidos com um processo científico rigoroso. Não terminamos nosso processo com estas mostras de superfície, mas temos resultados imediatos muito interessantes - afirmou o cientista.
Segundo ele, para excluir a hipótese de que o perclorato tenha sido levado a Marte pela Phoenix, a Nasa está revendo seus processos de controle de contaminação pré-lançamento.
" Não terminamos nosso processo com estas mostras de superfície, mas temos resultados imediatos muito interessantes "
Em análises preliminares, consideradas "um enorme passo à frente", a Nasa havia revelado, em julho, a existência de magnésio, sódio, potássio e outros elementos num solo que é mais alcalino do que os cientistas pensavam - e portanto mais propenso à vida. Semanas depois, ao comprovar a existência de água congelada em Marte, a Nasa decidiu prorrogar em cinco semanas a missão da sonda. Isso acrescenta um custo de cerca de US$ 2 milhões aos US$ 420 milhões já gastos na missão, que chegou a Marte em 25 de maio e deveria funcionar por três meses.
A Phoenix tem como objectivo estabelecer se existiram, nesta região do planeta, condições favoráveis ao desenvolvimento de algum tipo de vida microbiana.
Publicada em 05/08/2008 às 17h11m
O Globo Online
Agências internacionais
LOS ANGELES - A sonda Phoenix Mars Lander pode ter encontrado perclorato, uma substância potencialmente tóxica usada no combustível espacial, nas amostras de solo recolhidas em Marte, disseram cientistas da Nasa na segunda-feira.
O anúncio da Nasa representa um verdadeiro balde de água fria para a agência espacial americana, depois que, na quinta-feira passada, foi confirmada a existência de água em Marte. No entanto, os responsáveis da missão preferem manter a calma e esperar mais testes para determinar se o perclorato realmente é um componente do solo marciano ou não.
A agência espacial ainda vai realizar novos testes para confirmar a presença do material, mas descartou a contaminação da sonda.
" Novas provas revelaram aspectos na química do solo de Marte que não se parecem com os da superfície terrestre "
- As análises iniciais sugeriam que o solo de Marte se parecia com o da Terra, mas novas provas revelaram aspectos na sua química que não se parecem com os da superfície terrestre - disse Peter Smith, cientista-chefe da Phoenix. - É surpreendente, já que uma medição anterior (do equipamento chamado Analisador Termal e Gás-Evoluído) do material na superfície não era conclusivo a respeito da presença do perclorato.
A Nasa evitou dizer que a presença do perclorato impediria a vida, embora seja sabido que essa substância oxidante é nociva aos humanos sobre certas circunstâncias. Sua presença no solo pode sugerir um ambiente menos hospitaleiro do que os cientistas pensavam.
- Estamos comprometidos com um processo científico rigoroso. Não terminamos nosso processo com estas mostras de superfície, mas temos resultados imediatos muito interessantes - afirmou o cientista.
Segundo ele, para excluir a hipótese de que o perclorato tenha sido levado a Marte pela Phoenix, a Nasa está revendo seus processos de controle de contaminação pré-lançamento.
" Não terminamos nosso processo com estas mostras de superfície, mas temos resultados imediatos muito interessantes "
Em análises preliminares, consideradas "um enorme passo à frente", a Nasa havia revelado, em julho, a existência de magnésio, sódio, potássio e outros elementos num solo que é mais alcalino do que os cientistas pensavam - e portanto mais propenso à vida. Semanas depois, ao comprovar a existência de água congelada em Marte, a Nasa decidiu prorrogar em cinco semanas a missão da sonda. Isso acrescenta um custo de cerca de US$ 2 milhões aos US$ 420 milhões já gastos na missão, que chegou a Marte em 25 de maio e deveria funcionar por três meses.
A Phoenix tem como objectivo estabelecer se existiram, nesta região do planeta, condições favoráveis ao desenvolvimento de algum tipo de vida microbiana.
Publicada em 05/08/2008 às 17h11m
O Globo Online
Agências internacionais