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Dezenas de enfermeiros protestam junto ao Ministério da Saúde

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Dezenas de enfermeiros protestam junto ao Ministério da Saúde

Dezenas de enfermeiros concentraram-se hoje frente ao Ministério da Saúde para contestar a proposta salarial do Governo que classificam de «insuficiente, injusta, discriminatória e humilhante».

«Exigimos respeito pela nossa formação», «não somos licenciados de segunda» e «exigimos remuneração adequada à formação» foram algumas das palavras de ordem usadas pelos enfermeiros.

José Carlos Martins, porta-voz da comissão negocial que engloba os quatro sindicatos que representam os enfermeiros e que convocaram a concentração, disse aos jornalistas que é inaceitável a proposta apresentada.

Segundo José Carlos Martins, os enfermeiros são os únicos profissionais da administração pública cujo ordenado não reflecte o facto de serem licenciados, chegando a receber menos 300 euros do que a restante função pública.

Os enfermeiros que hoje participaram no protesto exigem que nas reuniões negociais, marcadas para 21 e 22 de Setembro, o Ministério da Saúde (MS) apresente os elementos que fundamentam as suas propostas e opções e evolua de posição.

Estes profissionais consideram na moção aprovada e entregue hoje no MS que «é inadmissível» que seja proposta, na transição para a nova carreira, a manutenção dos mesmos salários.

Os enfermeiros contestam ainda o facto de os novos profissionais que ingressem na carreira poderem vir a ter um ordenado superior a profissionais com mais de 10 anos de experiência.

«É intolerável que enfermeiros com menos anos de exercício, que ingressam na carreira, passem a auferir vencimentos superiores a enfermeiros com mais anos (14 anos) de exercício», lê-se na moção aprovada.

Dirigindo-se às dezenas de enfermeiros que hoje participaram no protesto, o dirigente sindical José Carlos Martins agradeceu a presença destes profissionais, explicando que a concentração foi marcada sem pré-aviso de greve, pelo que só os enfermeiros de folga ou que fizeram trocas de serviço puderam participar no protesto.

«Não desmoralizem. Já tivemos grandes concentrações e outras com menos gente. Hoje, numa concentração sem pré-aviso de greve, estão os colegas que podiam estar. Estão aqui para lutar pelos milhares que não podem vir», disse.


Diário Digital / Lusa
 
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