Diabetes pode aparecer já nos primeiros meses

Luz Divina

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Diabetes pode aparecer já nos primeiros meses




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Identificar o problema é o primeiro passo. Depois, um tratamento de controle do açúcar no sangue é fundamental

Você sabia que a diabetes infantil pode se manifestar nos primeiros meses de vida do bebê? Pois é verdade. Embora seja mais frequente em crianças e adolescentes de 9 a 14 anos, os bebês não estão imunes à doença.

O mais complicado, no entanto, neste primeiro momento é detectar que o bebê é diabético, já que os incômodos comuns nessa fase da vida – fome, frio, cólicas, entre outros – acabam dificultando o diagnóstico da diabetes.

Como identificar



Normalmente, o bebê diabético tem o estado de saúde enfraquecido, com sinais de desidratação e emagrecimento bem perceptíveis.

Outros pontos de atenção são: sede acentuada, excesso de urina e dificuldade para ganhar peso. Diante desses sintomas, o médico indicará o procedimento necessário, como o exame de glicemia em jejum, realizado por coleta de sangue.


A diabetes mais comum em bebês é a do tipo1, causada por uma doença autoimune. Nesse quadro, o organismo fabrica anticorpos contra células que produzem insulina, hormônio que facilita a absorção da glicose pelo organismo.

“Esses anticorpos destroem a insulina, ocasionando o acúmulo do açúcar no sangue e, consequentemente, fazem com que a diabetes apareça abruptamente”, diz Fadlo Fraige, endocrinologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo.


Segundo Fadlo, este tipo de diabetes não é hereditário, mas ainda não se sabe o que desencadeia o processo imunológico de destruição das células do pâncreas.

Uma das hipóteses existentes considera uma proteína do leite bovino, semelhante à molécula de insulina, como a possível desencadeadora da ação de anticorpos por meio de uma reação alérgica tão no início da vida.


Glicemia sob controle



O tratamento é realizado pela reposição de insulina e exige disciplina dos pais. São administradas injeções subcutâneas, geralmente de duas a quatro doses ao dia, antes das refeições, com seringas ou canetas aplicadoras, além do controle da glicemia (quantidade de açúcar no sangue), feito por punção na ponta do dedo, várias vezes ao dia. Os cuidados com a alimentação também são imprescindíveis.

As dosagens de insulina variam de acordo com a glicemia do momento e com a quantidade de carboidrato que o bebê costuma ingerir ao longo do dia. “Hoje, existe a insulina chamada basal bôlus, que é aplicada apenas uma vez ao dia. Entretanto, como todo medicamento mais avançado, tem um custo elevado”, explica o endocrinologista.

O lado psicológico



Se por um lado, a diabetes pode ser controlada de forma prática, do outro, existe uma dificuldade enfrentada pela maioria dos pais: o sentimento de culpa que acompanha as picadas diárias na pele dos bebês. “É importante lidar com o assunto de forma tranquila, pois as aplicações garantem o controle da doença.

O apoio familiar é fundamental para que a criança tenha uma vida normal e não se sinta limitada, em nenhum aspecto”, conclui Fadlo.


Apesar de não existirem medidas preventivas para a diabetes infantil, a boa notícia é que novos medicamentos estão em fase de pesquisa e representam o início da cura definitiva do diabetes tipo 1. Vamos aguardar.



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