O director do Serviço de Oftalmologia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, Monteiro Grillo, afirmou ontem que "foi outro medicamento, que não o Avastin", a ser injectado nos olhos dos seis doentes, causando-lhes a cegueira. Poucos minutos depois desta declaração, o gabinete de comunicação do hospital informou que o médico desmentiu a possibilidade de ter havido uma troca de medicamento. A administração hospitalar não avança com mais explicações "enquanto decorrem as investigações".
"Pelas análises recebidas até agora, tudo indica que não foi o medicamento Avastin injectado nos doentes, mas foi outro medicamento. Seis doentes foram tratados com Avastin e outros seis com outro medicamento e são ambos completamente diferentes", explicou Monteiro Grillo, referindo-se a análises feitas num laboratório privado. Os exames foram feitos ao produto retirado dos olhos e ao sangue dos doentes, amostras que o médico garante "não conterem vestígios de Avastin".
O Santa Maria rejeita que "tenha havido uma troca porque ainda não se conhecem os resultados das análises".
Estão envolvidas nas investigações a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), a Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS), o Instituto Nacional de Medicina Legal e o Ministério Público, que poderá ainda vir a contar com a colaboração da Polícia Judiciária .
Para já a única certeza é de que o lote do Avastin analisado pelo Infarmed "não revela defeito de qualidade", segundo já afirmou o presidente do instituto, Vasco Maria.
ESPECIALISTAS EM NEGLIGÊNCIA NA INVESTIGAÇÃO
Maria José Morgado revelou ontem que a equipa do Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa (DIAP) que investiga os casos de cegueira no Hospital de Santa Maria é "especializada em crimes de negligência médica". A directora do DIAP adiantou que se trata de uma equipa "com grande experiência na matéria, apoiada por equipas médicas e do Instituto Nacional de Medicina Legal, do Infarmed e de especialistas na matéria. E em coordenação também com a polícia, se for o caso", afirmou Maria José Morgado.
CM
"Pelas análises recebidas até agora, tudo indica que não foi o medicamento Avastin injectado nos doentes, mas foi outro medicamento. Seis doentes foram tratados com Avastin e outros seis com outro medicamento e são ambos completamente diferentes", explicou Monteiro Grillo, referindo-se a análises feitas num laboratório privado. Os exames foram feitos ao produto retirado dos olhos e ao sangue dos doentes, amostras que o médico garante "não conterem vestígios de Avastin".
O Santa Maria rejeita que "tenha havido uma troca porque ainda não se conhecem os resultados das análises".
Estão envolvidas nas investigações a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), a Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS), o Instituto Nacional de Medicina Legal e o Ministério Público, que poderá ainda vir a contar com a colaboração da Polícia Judiciária .
Para já a única certeza é de que o lote do Avastin analisado pelo Infarmed "não revela defeito de qualidade", segundo já afirmou o presidente do instituto, Vasco Maria.
ESPECIALISTAS EM NEGLIGÊNCIA NA INVESTIGAÇÃO
Maria José Morgado revelou ontem que a equipa do Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa (DIAP) que investiga os casos de cegueira no Hospital de Santa Maria é "especializada em crimes de negligência médica". A directora do DIAP adiantou que se trata de uma equipa "com grande experiência na matéria, apoiada por equipas médicas e do Instituto Nacional de Medicina Legal, do Infarmed e de especialistas na matéria. E em coordenação também com a polícia, se for o caso", afirmou Maria José Morgado.
CM